8 de setembro de 2023 - por Evelyn
Ouça as notícias pelo nosso podcast!
Bom dia, Investidor Sardinha.
Hoje é sexta-feira, dia de bondade
Dia de valorizar os amigos, conhecer novas pessoas e aproveitar oportunidades
Dia de amar, sorrir, brindar conquistas e planejar o futuro
De deixar para trás qualquer coisa que te deixe inseguro
Hoje é sexta-feira e também é dia de maldade
Dia de combinar rolê com a galera e depois sumir como se nada tivesse acontecido
De marcar sair pro bar de noite, mas ir pra casa antes e ter que tirar um cochilo
Este é mais um Soco Matinal com as principais notícias do dia no mercado financeiro e no mundo, tudo em 5 minutos, para você já começar o dia zonzo.
IBOVESPA
No dia 06/09/2023, o nosso IBOVESPA, o principal índice da nossa bolsa de valores, o Ibov, teve queda de 1,15% e encerrou o pregão de véspera de feriado em 115.985 pontos.
Mais uma vez o exterior pesou aqui pra gente, os dados sobre a economia de países importantes a nível global acabaram dando um toque meio deprê pra gente aqui. A gente viu que nos EUA a questão de preços de serviços deu uma acelerada, agora é que a porca torce o rabo, pois o Fed pode ter que aumentar mais os juros… ou pelo menos vai ter que manter as taxas de juros mais altas por um tempo. Explico: se você tem um setor da economia bombando, no caso o setor de serviços, você precisa dar uma freada por conta do aumento de preços e aí você sardinha raiz me fala: como dar um breque? deixando o dinheiro mais caro. Como deixar mais caro? aumentando a taxa de juros ou mantendo ela alta…
Ainda que a Petrobras tenha se beneficiado com essa história de cortarem a produção de petróleo na gringa, o setor de educação também animado com a questão sobre o FIES, o nosso índice deu uma baqueada.
Os bancos deram um zoada legal no índice, Bradescão da massa foi um. A questão sobre os juros do rotativo deram uma grampeada no desempenho deles.
AO MESMO TEMPO TIVEMOS OS SEGUINTES DESTAQUES DO ÚLTIMO PREGÃO
De antemão, as empresas que se saíram bem dentro do índice:
- Braskem (BRKM5): R$ 23,91 (+5,66%)
- Eneva (ENEV3): R$ 11,97 (+1,61%)
- Yduqs (YDUQ3): R$ 20,19 (+1,61%)
- Cogna (COGN3): R$ 2,90 (+1,40%)
- Grupo Soma (SOMA3): R$ 7,67 (+1,05%)
Por outro lado, as empresas com os piores desempenhos:
- Vamos (VAMO3): R$ 10,79 (−6,58%)
- CVC Brasil (CVCB3): R$ 2,30 (−5,35%)
- IRB Brasil (IRBR3): R$ 41,32 (−4,44%)
- Iguatemi (IGTI11): R$ 20,27 (−3,84%)
- Arezzo (ARZZ3): R$ 69,10 (−3,80%)
CÂMBIO
Atualmente o dólar está em R$ 4,97 mesmo depois de subir 0,23%.
Por fim, saindo um pouco do mercado nacional, vamos falar sobre as bolsas mundiais e os índices de mercado internacional.
Morning call de Índices Internacionais
Antes de mais nada, no cenário internacional, as bolsas mundiais fecharam no negativo no dia 6 de setembro, mas ontem:
Nos Estados Unidos:
- DOW JONES: +0,17%
- S&P 500: -0,32%
- NASDAQ: -0,89%
Já nas bolsas europeias tivemos os seguintes resultados:
- DAX (Alemanha): +0,21%
- FTSE 100 (Inglaterra): +0,21%
- CAC 40 (França): +0,03%
- FTSE MIB (Itália): -0,20%
Por fim, nas bolsas asiáticas:
- Nikkei (Japão): -0,75%
- Shangai (China): -1,13%
- KOSPI (Coreia do Sul): -0,59%
Enquanto isso, as criptomoedas nas últimas 24h (7h57min):
- Bitcoin: US$ 25.833 (+0,35%)
- Ether: US$ 1.626 (-0,24%)
Ainda, nas commodities:
- Ouro: US$ 1.942/Onça troy (-0,09%)
- Petróleo Brent (Futuros): US$ 89,92/barril (-0,75%)
- Minério de Ferro (Futuros): US$ 117,40/tonelada (-1,32%)
Agora vamos falar de ações e stocks (exterior):
Morning call de ações
BRASIL
SOQUINHO
- A Vamos fez um business de R$ 576 milhões com a Cervejaria Petrópolis. Uma das maiores transações recentes no mercado de caminhões, com a cervejaria tentando dar seus pulos no seu processo de recuperação judicial. Ainda deve rolar aceitação ou não dos credores da Petrópolis e pelo juiz da recuperação judicial dela. Se rolar, vai dar uma alavancadinha na empresa, mas depois compensa com a receita.
- A Ultrapar (UGPA3) anunciou a criação de suporte logístico para o setor agrícola por meio de sua subsidiária Ultracargo. O que vai rolar? Ela vai criar terminais de armazenamento para distribuir etanol à base de milho na região Centro-Oeste. Depois talvez role expandir sua subsidiária no interior do Brasil aproveitando o aumento da demanda por biocombustíveis e o crescimento do agronegócio. Além disso, há possibilidade de expansão de bases de produção e redução de custos operacionais a Supergasbras. A reestruturação da Ipiranga, subsidiária de distribuição de combustíveis da Ultrapar, também está em curso, com o fechamento de postos ineficientes e o foco na eficiência logística.
EXTERIOR
EUROPA, CRISE, CHEVRON E GREVE
Voltamos a falar dos preços do gás na Europa que aumentaram significativamente devido a greves nas instalações de gás natural na Austrália, causando preocupações sobre uma possível escassez global de suprimentos. Os trabalhadores das instalações de GNL Gorgon e Wheatstone na Austrália Ocidental entraram em greve devido a uma longa disputa sobre remuneração e segurança no emprego.
Atualmente não há mais negociações agendadas entre a Chevron e os sindicatos envolvidos. As paralisações devem continuar por até 11 horas e podem se estender para uma greve de duas semanas. Os preços europeus do gás aumentaram cerca de 10% no mês anterior, atingindo 36 euros por megawatt-hora devido a esses desenvolvimentos. A volatilidade nos preços do gás deve persistir no curto prazo. A Chevron tomou medidas para manter as operações em caso de interrupção nas instalações.
AGORA OS POBRES PREMIUM CHORAM
Se você é chocolover e é disposto a pagar mais por um chocolate que não seja puro açúcar e parafina, agora é seu momento de chorar:
A Nestlé Brasil anunciou a compra do Grupo CRM, proprietário das marcas Kopenhagen e Brasil Cacau, por um valor aproximado de R$ 4,5 bilhões, com a expectativa de concluir a transação em 2024. A aquisição é parte da estratégia da Nestlé para expandir sua presença no mercado de chocolates e alavancar o crescimento.
Eles vão manter a CEO do Grupo CRM, Renata Vichi e a Advent International, que adquiriu a Kopenhagen em 2020, está saindo do negócio para realizar lucro.
Com mais de 1.000 lojas, o Grupo CRM é um dos principais franqueadores do Brasil e a parceria com a Nestlé busca fortalecer ainda mais a categoria de chocolates no país. A operação está sujeita à aprovação do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE). Será que vai rolar logo? Daqui a pouco a gente só vai ter 1 marca de chocolate para enfiar gordura hidrogenada na nossa goela… #chateada
Agora vamos às notícias do cenário interno e mundial:
Resumo de notícias do Brasil e exterior
BRASIL
INADIMPLÊNCIA DO PRODUTOR RURAL
De acordo com o Serasa Experian, 28% dos produtores rurais do Brasil estavam inadimplentes em julho, teve aumento de 1% em relação a março. Para fins de comparação, a população geral tem inadimplência no patamar de 43,7% no mesmo período. Dentre vários fatores, a idade dos trabalhadores rurais é algo que contribui para isso. A exemplo disso, os de 60 anos dão menos calote que os que possuem entre 18 e 25 anos.
No Sul do Brasil há o menor nível de inadimplência rural, com apenas 15% dos trabalhadores rurais registrando inadimplência. Em seguida, Sudeste (24,6%), Centro-Oeste (30,4%), Nordeste (33,8%) e Norte (40,1%).
Por fim, as Unidades Federativas (UF): Amapá, primeiro lugar com 53,4% dos produtores inadimplentes, enquanto o estado de Santa Catarina teve o cenário mais positivo: apenas 13,3% de inadimplência entre os produtores rurais.
QUER SER BLOGUEIRINHO DE FINANÇAS?
Olha, que o mercado financeiro deu um boom há poucos anos, você deve saber, aliás, você deve ter sido um desses que entrou para esse mundo ali perto do período anterior à pandemia.
Agora, uma coisa não podemos negar, existem muitas pessoas por aí criando conteúdo, até mesmo ensinando coisas que não refletem a única verdade possível, né? Coisa que você sardinha raiz sabe que pode ficar tranquilo com o conteúdo aqui, pois sabe que selecionamos as notícias e sempre mandamos a real.
No entanto, com milhares de canais, profissionais e até aventureiros, a B3 mandou assim: Einh, vocês que estão na bolsa terão que seguir algumas regras:
Os “finfluencers” terão a verificação do histórico e vínculos do influenciador, bem como a estipulação de penalidades em caso de infrações regulatórias. A B3 está se adiantando a possíveis regulamentações relacionadas aos influenciadores, visto que eles desempenham um papel importante na informação sobre investimentos para muitos investidores brasileiros.
As principais recomendações da B3 incluem:
1. Verificar se o influenciador possui algum registro de inabilitação ou suspensão para exercer cargos em instituições financeiras por órgãos reguladores ou condenações em processos administrativos.
2. Checar se o influenciador está envolvido em acusações ou condenações por crimes relacionados ao mercado financeiro, como prevaricação, lavagem de dinheiro e ocultação de bens.
3. Realizar uma análise de conflitos de interesse antes de formalizar o vínculo com o influenciador.
4. Garantir que o vínculo entre a empresa e o influenciador seja divulgado de forma transparente, especialmente em publicações nas redes sociais.
5. Esclarecer possíveis envolvimentos do influenciador com outros participantes do mercado, como emissores de ativos.
6. Monitorar a atuação do influenciador para detectar qualquer atividade que possa criar condições artificiais de demanda, oferta ou preço de ativos, manipulação de preços ou outras práticas ilícitas.
7. Garantir que o influenciador não promova informações falsas, incompletas ou inconsistentes, nem tente obter vantagens por meio de manifestações tendenciosas.
8. Prever em contratos com influenciadores a proibição de comunicação agressiva contra competidores, evitando comentários depreciativos sobre administradores, gestores de fundos, assessores de investimento e emissores de ativos.
Essas recomendações visam aumentar a transparência e a responsabilidade na contratação e uso de influenciadores no mercado financeiro, prevenindo práticas inadequadas e garantindo a qualidade das informações compartilhadas com os investidores.
E aí, curtiu? Eu achei essencial.
EXTERIOR
DADOS DO LIVRO BEGE NOS EUA
O Livro Bege do Federal Reserve dos Estados Unidos revelou um crescimento econômico modesto em julho e agosto, mas destaca gastos robustos dos consumidores, especialmente em turismo, indicando uma possível fase final de demanda reprimida por lazer pós-pandemia. No entanto, outros gastos no varejo desaceleraram. O emprego cresceu moderadamente, mas a escassez de trabalhadores qualificados persiste. (Aí, você que é bom profissional, já dá uma googada aí em Eb-3 e outros tipos de vistos… só cuidado para não cair em golpe.)
De outro lado, os consumidores estão recorrendo a empréstimos, e as vendas de automóveis aumentaram. O mercado imobiliário enfrenta escassez de casas à venda, impulsionando a construção de novas habitações. Os preços desaceleraram em geral, exceto nos seguros imobiliários.
COMMODITY E A EXPECTATIVA GLOBAL
O atual preço do petróleo Brent a US$ 90 por barril desafia a dinâmica do mercado como um todo. Com a Arábia Saudita e Rússia com essa zona aí de cortes voluntários de oferta até o final do ano, acaba que causa mais preocupações sobre a escassez de petróleo. No entanto tem quem acredite que outros agentes do mercado, como o Irã, por exemplo, poderiam ser um step, ali, entende?
Aliás, o Irã já parece estar compensando mais da metade dos cortes anunciados pela Arábia Saudita em suas exportações de petróleo. Além disso, a China não deve aumentar significativamente sua demanda global de petróleo, devido aos desafios econômicos enfrentados e à transição energética em andamento. Aí uma coisa vai compensando a outra…
Tem uma possibilidade de potencial de queda do que de alta para os preços do petróleo no futuro. Embora o mercado possa apertar no curto prazo, a tendência deve perder força à medida que a dinâmica da oferta e da demanda se ajusta.
A alta nos preços do petróleo preocupa os mercados globais devido ao risco adicional de inflação, especialmente nos Estados Unidos. Um aumento na inflação pode impactar os consumidores e dificultar os esforços dos bancos centrais para controlá-la. A decisão da Arábia Saudita de estender os cortes de produção até o final do ano aumenta o risco de inflação global.
A atividade do mercado de trabalho nos EUA também está sendo monitorada de perto, com a queda nos pedidos de auxílio-desemprego, indicando que o mercado de trabalho continua aquecido. Isso pode afetar as expectativas em relação às políticas de juros do Federal Reserve na próxima reunião do FOMC em setembro.
QUEM VAI SE DAR BEM NO FUTURO?
A Índia e alguns países do Sudeste Asiático, como Indonésia, Filipinas e Vietnã, são considerados impulsionadores significativos do crescimento econômico global, de acordo com a S&P Global Insights. A Ásia-Pacífico é vista como um motor-chave tanto no curto prazo quanto no longo prazo para a economia global. Ainda, espera-se que a Índia experimente uma expansão maciça em sua economia, com perspectivas favoráveis no Sudeste Asiático, especialmente em países como Indonésia, Filipinas e Vietnã.
O PIB do Vietnã cresceu 4,14% no segundo trimestre em comparação com o ano anterior, enquanto a Indonésia expandiu 5,17% e a Filipinas cresceu 4,3%. A economia indiana registrou um crescimento de 7,8% no trimestre de junho, sendo considerada robusta e com forte impulso econômico.
A S&P Global projeta que a Índia se tornará a terceira maior economia do mundo até 2030, ultrapassando o Japão, com um aumento significativo no PIB. A Ásia-Pacífico como um todo está prevista para ver um fortalecimento no crescimento, passando de 3,3% no ano passado para 4,2% este ano, com a região contribuindo significativamente para o aumento total do PIB global.
Os Estados Unidos continuarão sendo um importante impulsionador da economia global, representando 15% do crescimento mundial na próxima década, enquanto a China também desempenhará um papel fundamental, contribuindo com cerca de um terço do aumento total no mesmo período. No entanto, a recuperação econômica da China tem sido mais fraca do que o esperado, e o crescimento enfrentou desafios.
Por fim, a S&P Global prevê um crescimento global de 2,5% para este ano e o próximo.
A ALEMANHA TEVE INFLAÇÃO MENOR
A inflação ao consumidor (CPI) na Alemanha em agosto ficou em 6,1% em termos anualizados, ligeiramente abaixo dos 6,2% registrados em julho. Isso foi impulsionado principalmente pelos aumentos nos preços de energia (8,3%) e alimentos (9%).
O núcleo do CPI, que exclui energia e alimentos, permaneceu estável em 5,5% em agosto, o mesmo valor de julho. Enquanto isso, a inflação da energia foi influenciada pelo aumento dos preços da eletricidade, que subiram 16,6% em relação ao ano anterior, enquanto os preços dos alimentos desaceleraram em comparação com julho, mas ainda registraram um aumento de 9,0%.
Os preços dos serviços também aumentaram 5,1% em agosto em comparação com o mesmo mês do ano anterior. Esses números estão em linha com as projeções de analistas e indicam uma persistente pressão inflacionária na Alemanha.
O PIB JAPONÊS
O PIB do Japão cresceu abaixo das expectativas no segundo trimestre de 2023. A economia japonesa avançou 1,2% em relação ao primeiro trimestre do ano e 4,8% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior, de acordo com dados oficiais divulgados. E, pior, esses números ficaram abaixo das leituras preliminares, que indicavam um crescimento de 1,5% no trimestre e 6% no ano.
Além disso, as estimativas de mercado também não foram atendidas, com as projeções apontando para um avanço de 5,6% na comparação anual. Afinal, o consumo privado, que representa mais da metade do PIB japonês, caiu 0,6% no segundo trimestre, e as despesas de capital também tiveram uma queda de 1%.
AS DIFICULDADES ATUAIS DO MUNDO
O diretor-geral do Banco Asiático de Desenvolvimento (ADB) destacou os “imensos” desafios enfrentados pela Ásia e pelo mundo, incluindo mudanças climáticas, pandemias e desastres naturais. Ele enfatizou a necessidade de os bancos multilaterais de desenvolvimento tomarem medidas ousadas para enfrentar esses desafios.
Após a pandemia de COVID-19, muitos países precisaram tomar empréstimos adicionais, o que limita sua capacidade de assumir mais dívidas para o desenvolvimento sustentável e combate às mudanças climáticas.
O ADB está trabalhando para aumentar sua capacidade de empréstimo e mobilizar mais financiamento do setor privado. Além disso, o diretor-geral destacou a importância de lidar com questões relacionadas à dívida pública, uma vez que muitos países acumularam dívidas significativas após a pandemia.
O ADB está desenvolvendo uma estrutura de adequação de capital que, se aprovada, poderia aumentar substancialmente sua capacidade de empréstimo para a próxima década e além.
Quer saber mais sobre algum assunto desta edição? Vai lá no @evysardinha que a gente bate um papo legal sobre os assuntos trazidos aqui.
Assim termina nosso morning call. Bons investimentos.