Os EUA e a China vão entrar em guerra? Como lucrar com esse cenário

A relação de EUA e China está cada vez mais tensa! Os países vão entrar em guerra? É possível lucrar com isso de alguma forma? Leia e entenda melhor sobre.

13 de dezembro de 2024 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)


Nos últimos anos, a tensão entre os Estados Unidos e a China tem se intensificado, assim como os boatos de uma possível guerra. Já era previsível que, com o crescimento econômico chinês e sua tentativa de aumentar cada vez mais sua influência no cenário mundial, as duas nações entrariam em rota de colisão.

Mas o que realmente está acontecendo e como isso afeta o nosso bolso? Existe a chance de que esses países entrem em guerra? É sobre isso que vamos falar hoje!

Tensão aumenta

O aumento da tensão entre países já está produzindo efeitos visíveis. Trump, por exemplo, mencionou a possibilidade de taxar produtos chineses, como os veículos da BYD. Paralelamente, a União Europeia tem demonstrado um afastamento gradual dos Estados Unidos, buscando uma aproximação estratégica com a China. Um reflexo disso é que a China já está fabricando carros dentro do território europeu, algo que os EUA tradicionalmente fizeram.

Ao falar sobre a China, é fundamental entender que o país opera sob um sistema único, marcado por centralização e controle. O governo regula uma ampla gama de atividades, incluindo a proibição de plataformas como Google e Instagram. Além disso, impõe limites rigorosos ao uso de plataformas domésticas como o TikTok. Essas restrições muitas vezes entram em contraste com os valores de liberdade individual característicos do Ocidente.

Um ponto controverso é a postura conservadora do governo chinês, que muitas vezes é ignorada por setores da esquerda global. Um exemplo recente foi a remoção de uma personagem lésbica da série Arcane devido a um beijo entre duas mulheres.

Outro aspecto significativo é a postura de Xi Jinping em relação ao papel das mulheres na sociedade. Em discursos recentes, ele destacou o desejo do partido de reforçar os papéis tradicionais femininos, incentivando mulheres a voltarem para casa e se dedicarem a atividades familiares. Essa estratégia está diretamente relacionada às preocupações com a baixa taxa de natalidade no país. Enquanto a queda na natalidade é um problema generalizado em diversas nações, a resposta chinesa tem sido a criação de campanhas que promovem o retorno das mulheres a papéis tradicionais, buscando mitigar o impacto desse desafio demográfico.

Investimento em tecnologia

Apesar de todas essas questões, meu maior temor em relação à China está mais ligado ao aspecto cultural. Por mais que o governo seja extremamente centralizado em diversas áreas, é inegável que existem pontos em que o país se destaca em eficiência. A escolha estratégica de empresários, os altos investimentos em tecnologia e a liberdade comercial são exemplos disso.

Curiosamente, a China demonstra uma flexibilidade comercial que supera até mesmo a do Brasil, o que a torna um ambiente favorável para empreender. Essa combinação de controle estatal com eficiência em setores estratégicos faz do país um exemplo único de adaptação econômica e inovação no cenário global.

EUA mais fechado

Embora os EUA continuem a ser um símbolo de liberdade e de mercado aberto, há sinais de que o país está adotando uma postura mais fechada. Recentemente, o governo americano tem demonstrado disposição para tomar medidas contra a China, como a ameaça de banir o TikTok e a imposição de tarifas sobre produtos chineses.

Com tudo isso, os EUA começam a se tornar um pouco mais parecido com a China e vice-versa. E, claro, o desfecho dessa situação não é o fim de nenhum dos países. Existe lugar para ambas as potências sobreviverem e se desenvolverem. Acredito que no futuro teremos os EUA como segunda maior potência no mundo, que por enquanto, é algo que o país considera inaceitável e tentará evitar a todo custo.

O que fazer diante dessa situação?

Como não podemos mudar nada disso, o que precisamos é aprender a ganhar dinheiro com toda essa situação. Existem algumas formas possíveis de lucrar e isso depende do que você quer e acredita.

Se você acredita muito na China e que o país será a maior potência do mundo, você pode começar a investir lá por meio de ETFs. Esses ETFs oferecem exposição a um mercado com alto potencial de crescimento, embora também apresentem riscos devido à regulação governamental centralizada e as mudanças frequentes nas regras do jogo.

A China é controlada por um governo centralizado e centralizador. A qualquer momento eles podem alterar a regra do jogo e eles fazem isso com certa frequência. Por exemplo, empresas de educação chinesas, que antes eram lucrativas, viram seus modelos de negócios impactados por novas regulamentações que o governo impôs de que empresas do ramo não podem dar lucro.

Apesar disso, a China tem demonstrado mais transparência, com o governo oferecendo relatórios governamentais claros sobre suas decisões e metas de longo prazo, facilitando o acesso dos investidores.

Para quem preferem os EUA

Se você acredita que Trump está prestes a apertar um “botão do pânico vermelho” e vê uma possível nova guerra fria no horizonte, há também formas de se posicionar para lucrar com esse cenário.

Muitos investidores voltam sua atenção para setores como defesa e tecnologia em momentos de tensão geopolítica. Por exemplo, ETFs como o SPACEX e o ITA oferecem exposição à indústria de armamentos e defesa, um setor historicamente associado a períodos de disputas internacionais. Esses segmentos tendem a se beneficiar do aumento nos gastos militares, impulsionados por rivalidades como a entre EUA e China.

Outro mercado relevante nesse contexto é o de metais raros, essenciais para tecnologias avançadas e armamentos. O ETF XME, que inclui empresas de extração e comercialização desses materiais, é uma opção interessante. Metais raros são cruciais para a fabricação de dispositivos de alta tecnologia e componentes militares, tornando esse segmento estratégico em cenários de tensão global.

Possibilidade de guerra?

Na minha opinião, o mundo moderno tem cada vez menos tolerância para conflitos armados generalizados. Por isso, acredito que uma guerra de grandes proporções não seja o desfecho mais provável. O mais plausível é que vejamos sanções mútuas e retaliações econômicas, onde todos buscam se beneficiar, mas muitas vezes acabam prejudicando a si mesmos. É nesse equilíbrio instável que espero que tudo se resolva, sem consequências graves.

Independentemente de como a situação evolua, acredito que há oportunidades para nos beneficiarmos, seja por meio de investimentos estratégicos ou pelo aprendizado que esses cenários trazem. Se você quer entender mais sobre o tema, confira o vídeo completo em que aprofundo essa discussão!

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