A vingança de Donald Trump

24 de setembro de 2025 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)


A condenação do ex-presidente Jair Bolsonaro a 27 anos e 3 meses de prisão pelo Supremo Tribunal Federal (STF), marcou um capítulo histórico na política brasileira. Com o placar de 4 a 1, apenas o ministro Luiz Fux votou contra a decisão. O julgamento trouxe à tona não apenas debates internos, mas também repercussões internacionais, especialmente nos EUA.

O julgamento contou com votos importantes de ministros como Alexandre de Moraes e Cármen Lúcia, esta última que em 2016 havia negado o habeas corpus do ex-presidente Lula, também votou pela condenação de Bolsonaro. O ministro Luiz Fux, no entanto, adotou uma posição mais cautelosa, questionando se o julgamento deveria ocorrer no STF e criticando a extensão do processo.

Com a decisão, Bolsonaro tornou-se o primeiro ex-presidente brasileiro condenado por crimes relacionados a tentativa de golpe de Estado.

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Pronunciamento de Trump

Logo após a sentença, o ex-presidente Trump elogiou Bolsonaro e traçou paralelos com sua própria trajetória política. Já o secretário Marco Rubio criticou duramente a decisão do STF, classificando-a como “caça às bruxas” e sugerindo possíveis sanções contra ministros da Suprema Corte com base na Lei Magnitsky.

O Itamaraty, por sua vez, respondeu defendendo a independência do Judiciário e a legitimidade do processo, reforçando que os réus tiveram amplo direito de defesa.

Novas sanções

Eduardo Bolsonaro, deputado federal e filho do ex-presidente, afirmou esperar novas sanções dos EUA contra autoridades brasileiras. Ele destacou ainda que ministros que votaram a favor da condenação podem ser alvo de futuras medidas, como já ocorreu com Alexandre de Moraes.

No entanto, para analistas, as críticas americanas podem ter um objetivo estratégico: aumentar a pressão sobre o governo Lula e abrir espaço para um futuro presidente brasileiro mais alinhado com os interesses dos EUA.

Brasil x EUA

O Brasil não é uma potência nuclear, não representa risco militar e, ainda assim, está sob os olhos atentos dos EUA. O motivo? Somos um país com riqueza mineral, grande produção agrícola e um governo que, para os EUA, está “saidinho demais” em alguns temas.

A leitura americana parece clara: o Brasil precisa voltar para o “quintal” dos EUA. E, na visão deles, o atual governo não oferece a previsibilidade que gostariam.

A pressão dos EUA não é apenas sobre decisões judiciais, mas sobre o clima político geral. Mesmo que não consigam reverter nada diretamente, conseguem gerar instabilidade, abalar a confiança no Judiciário e no governo e indiretamente, influenciar a próxima eleição.

A lógica é simples: quanto maior a sensação de caos e medo, maior a chance de o eleitorado buscar um presidente alinhado aos EUA no futuro.

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Tarcísio será presidente?

Com Bolsonaro fora do jogo eleitoral, nomes como Tarcísio de Freitas ou Romeu Zema ganham força. Eles são vistos como políticos mais moderados, com menos rejeição e mais abertura para diálogo com investidores e com Washington.

Para parte do empresariado, a ausência de Bolsonaro pode significar uma eleição menos polarizada. E portanto, mais previsível, especialmente do ponto de vista econômico.

O problema é que o Brasil não tem poder militar para disputar nada. Nossa força está na produção de alimentos e na capacidade de negociar. Mas, para isso, é preciso inteligência e firmeza, coisas que o Itamaraty sempre teve e que a política recente parece ter enfraquecido.

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