O que vai acontecer com a Economia Brasileira pós ChatGPT? Gemini e afins?

23 de outubro de 2025 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)


A Inteligência Artificial está transformando o mundo em ritmo acelerado e o Brasil, mesmo com seus desafios estruturais, tem um grande potencial para crescer com essa nova onda tecnológica. Segundo estudos da PwC e do FMI, a IA pode aumentar o PIB brasileiro em até 13% até 2035.

O segredo está em usar essa tecnologia para impulsionar a produtividade, um dos pontos mais frágeis da economia nacional. Hoje, o mercado de IA no país movimenta cerca de US$ 3 bilhões e deve chegar a US$ 11 bilhões até 2030, talvez até mais.

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Setores que devem se transformar

A revolução tecnológica tende a alcançar praticamente todos os setores da economia. No Brasil, alguns deles terão impacto especial.

No agronegócio a IA pode reduzir desperdícios e aumentar a eficiência do campo, com colheitadeiras e sistemas inteligentes de plantio e coleta. Isso irá melhorar o uso de recursos e acelerar todos os processos, o que irá resultar em muito mais produtividade.

No setor da saúde, as ferramentas de diagnóstico automatizadas, devem transformar o atendimento. Embora ainda pouco difundidas, elas já são realidade em outros países e assim que chegarem ao Brasil, devem cooperar com a redução de custos e melhorar a triagem de pacientes.

A IA também deve afetar positivamente o setor público, de forma geral. Ela já vem sendo usada em áreas como arrecadação fiscal, cruzando dados para reduzir a sonegação. No entanto, seu potencial é muito maior: automatizar processos burocráticos, integrar sistemas entre estados e acelerar serviços como abertura de empresas e emissão de documentos.

Além disso, com a IA, o desenvolvimento de medicamentos e novas tecnologias pode se tornar mais ágil e acessível. Isso abre caminho para que o Brasil avance em inovação, o que é um desafio histórico do país.

Impactos no mercado de trabalho

Infelizmente, nem tudo são boas notícias. Estima-se que mais de 30 milhões de postos de trabalho no Brasil podem ser afetados pela automação. Profissões ligadas a atendimento, redação, design, jurídico e contabilidade já vêm sendo impactadas por ferramentas de IA.

O atendimento humano em call centers e vendas, por exemplo, tende a ser substituído por assistentes virtuais cada vez mais sofisticados. Esse processo deve ocorrer de forma gradual, mas inevitável.

Ao mesmo tempo, novas funções surgem: programadores, analistas de dados, engenheiros de IA e especialistas em automação serão cada vez mais demandados. Isso reforça a necessidade urgente de requalificação profissional e investimento em educação tecnológica.

Os riscos da desigualdade tecnológica

O maior desafio não é a IA em si, mas a forma como o Brasil vai lidar com ela. Sem planejamento, a automação pode agravar desigualdades regionais e concentrar o poder tecnológico nas mãos de poucas empresas.

Sem uma estratégia nacional, corremos o risco de depender de soluções estrangeiras e ver nossos talentos sendo exportados a baixo custo.

O ponto positivo é que o brasileiro tem alta afinidade com tecnologia. O país foi um dos que mais rapidamente adotou o WhatsApp e os pagamentos digitais. Essa cultura digital pode ajudar a impulsionar a transformação.

Como isso afeta os investidores?

Do ponto de vista de investimentos, o cenário é promissor, especialmente para empresas sólidas e financeiramente saudáveis.

Companhias com baixa dívida e bom caixa estão em posição vantajosa para investir em inovação, adquirir startups e incorporar novas tecnologias. Empresas tradicionais como WEG, Klabin, Suzano e Blau Farmacêutica já vêm fazendo esse movimento há anos.

Por outro lado, empresas altamente endividadas correm o risco de ficar para trás, como ocorreu em outras revoluções tecnológicas.

Em momentos de transição como este, liquidez e capacidade de investimento são diferenciais estratégicos. Então, opte por empresas que estão com baixo nível de endividamento e que tem ampla capacidade de investir em tecnologia. Essas são as melhores opções para o investidor que pensa no longo prazo.

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O que vai acontecer com a Economia Brasileira pós ChatGPT? Gemini e afins?

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