A inflação é o aumento generalizado dos preços de produtos e serviços. Esse aumento pode ter várias causas como, por exemplo, o excesso de dinheiro em circulação na economia, que leva ao aumento da demanda frente a oferta, resultando no aumento de preços.
Vários são os índices usados para medir a inflação, mas o índice oficial é o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA).
A inflação alta é problemática e tem várias consequências. Por exemplo, a alta dos preços reduz o poder de compra da população, sendo preciso de mais dinheiro para comprar os mesmos produtos que antes.
O que é Inflação?
A inflação é o aumento generalizado dos preços de bens e serviços. Portanto, a palavra inflação representa o aumento de preços, sendo um indicador das alterações de preço durante certo período.
Ela é definida por meio de um cálculo que tem como base os índices de preços. Ou seja, são os índices de preços, chamados de índices de inflação, que definem a inflação.
Quando a inflação sai de controle, ela se torna a hiperinflação. A hiperinflação é muito ruim, pois corrói o poder de compra da população. Inclusive, o Brasil já passou por um período de hiperinflação antes do Plano Real.
Ter a inflação sob controle é muito importante pois ela afeta o poder de compra da população. Quanto mais alta a inflação, mais dinheiro é preciso para comprar as mesmas coisas de antes.
Quais são as causas da inflação?
As causas da inflação são as mais diversas, tais como:
1- Desequilíbrio entre a oferta e a demanda
Essa causa da inflação está diretamente ligada à lei da oferta e demanda. Sendo assim, quando a demanda por certo produto ou serviço é muito grande e a oferta não é equivalente, a tendência é que os preços subam, causando a inflação.
2- Maior taxa de emissão de papel-moeda
O excesso de dinheiro em circulação no mercado faz com que a demanda suba em relação à oferta, causando o aumento dos preços de bens e serviços, resultando na inflação. É por isso que a política monetária expansionista, onde é injetado dinheiro no mercado, tende a causar o aumento de preços.
3- Indexação de preços ou inércia
Isso ocorre quando o preço de serviços sobem com base na inflação de um período precedente, o que contribui com a elevação do cálculo da inflação atual.
4- Preocupação sobre futuros aumentos de preços e custos
A expectativa de que os preços de serviços e produtos irão subir, pode fazer com que, de fato, esses preços subam. Essa expectativa pode ter como causa vários motivos, tais como: guerras, crises políticas e conflitos internacionais.
5- Custos de produção elevados
Por fim, a inflação pode ser causada ainda pelo aumento no custo de produção das mercadorias. Esse aumento dos custos de produção geralmente é repassado ao consumidor por meio da alta dos preços do produto final.
Tipos de inflação
Podemos dividir a inflação em quatro tipos diferentes:
1- Inflação de Demanda
Quando a demanda por certo produto é superior a sua oferta, a tendência é o aumento dos preços.
2- Custos
A inflação de custo, ou inflação de oferta, é consequência do aumento de custos da produção. Esse aumento pode ser na matéria-prima, na mão de obra, nos tributos, nas fontes de energia ou, até mesmo, na taxa de juros. Por fim, esse valor é, de certa forma, reparado para o consumidor final, como consequência, temos a inflação de custos.
3- Inercial
Esse tipo não tem como base nenhum índice, apenas o histórico econômico do país. Na verdade, se trata de um aspecto psicológico, uma sensação por parte do mercado econômico e suas vertentes de que a inflação está elevada. Dessa forma, os preços sobem de forma antecipada, causando de fato a inflação.
4- Inflação Estrutural
É parecida com a inflação de custos. Contudo, a inflação estrutural é gerada pela ineficiência da infraestrutura produtiva da economia do país.
Quais são as consequências da inflação?
A inflação cria um cenário de incerteza econômica no país. Primeiramente, temos a desvalorização da moeda nacional e os produtos importados se tornam mais caros, podendo afetar a produção local pois os custos produtivos podem ficar mais altos.
Nesse cenário de incerteza e desvalorização da moeda, os investimentos internacionais tendem a diminuir, já que o cenário instável é pouco atrativo. Além disso, com o aumento dos preços, a população sofre com a redução do poder de compra.
Acontece que apesar dos produtos e serviços custarem mais caro, não ocorre um reajuste de preços. Isso significa que as pessoas conseguem comprar menos produtos do que antes e pode até mesmo, optar por consumir menos, contribuindo para a desaceleração da economia.
Como é possível reduzir a inflação?
O governo pode tomar algumas medidas para controlar a inflação como, por exemplo, aumentar a arrecadação de impostos. Outra medida é o aumento da taxa Selic, com o intuito de tornar o acesso ao crédito mais caro.
Pode ocorrer ainda o aumento da produção. Ao produzir mais, a quantidade de oferta ultrapassa a demanda, o que resulta na diminuição de preços.
Outra medida é a redução dos gastos governamentais. Neste caso, o governo diminuindo seus gastos a ponto de arrecadar mais do que realmente gasta, faz com que não seja necessário a emissão de mais dinheiro para pagar suas contas.
Como se dá a inflação no Brasil e como é medida?
No Brasil, o cálculo da inflação tem como base em indicadores inflacionários como, por exemplo, o INPC (Índice Nacional de Preços ao Consumidor) e o IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo). Sendo que o IPCA é o considerado oficial pelo governo federal.
Como observado no significado das siglas, a grande diferença entre elas é o uso da palavra “amplo”. Isso significa que o IPCA engloba uma parcela maior da população, em comparação com o INPC.
Essa diferença entre os dois índices se deve ao fato de que o IPCA mostra o custo de vida médio de famílias com renda mensal de 1 a 40 salários mínimos. Por outro lado, o INPC analisa os dados de famílias de 1 a 5 salários mínimos.
A intenção básica dos indicadores é medir a variação dos preços dos produtos e serviços que a população consome.
O conjunto de produtos que se encaixa dentro da pesquisa é a cesta de produtos e serviços. A cesta pesquisada para definir os índices é estabelecida pela Pesquisa de Orçamentos Familiares (POF), do Índice Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A política monetária brasileira usa um regime de metas de inflação, desde a década de 1990. Essas metas são estabelecidas pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) e servem para nortear o planejamento econômico do país, evitando o descontrole do aumento de preços.
E o que é deflação
A deflação é o oposto da inflação. Na inflação, os preços estão inflados, ao passo em que na deflação os preços são desinflados. Sendo assim, na deflação os preços caem e o poder de compra da população sobe.
As causas da deflação estão ligadas às causas da inflação. Por exemplo, uma oferta superior à demanda pode levar à redução dos preços.
À primeira vista, a deflação parece positiva, mas ela também pode ser prejudicial no longo prazo. Por exemplo, em uma situação de declaração, as empresas podem ter prejuízo ao reduzir os preços e, com isso, optarem por reduzirem os custos, diminuindo a produção e demitindo funcionários.
O ideal é que a economia do país tenha uma inflação controlada, com os preços relativamente estáveis ao longo do tempo, com um crescimento que acompanhe o crescimento do país.
Agora que você entende o que é inflação leia também Tudo o que você precisa saber sobre a alta do dólar
Fontes: IBGE, Significados, Brasil escola, Infomoney, Capital, Apas e Brasil escola