22 de agosto de 2020 - por Jaíne Jehniffer

Investimento em renda variável costuma ser indicada a investidores que não têm medo de diversificar a carteira. Mas, nem todo mundo entende que isso tem seus riscos ou sequer sabem como funciona. Para esclarecer um pouco, trouxemos esse artigo com detalhes sobre renda variável, as formas de investir e, é claro, suas principais diferenças com a renda fixa.
Aproveite para compartilhar com outras pessoas que precisam entender melhor como isso funciona. Confira a seguir.
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O que é renda variável?
Renda variável é quando você investe sem ter certeza do quanto vai ganhar, porque o valor do seu dinheiro pode subir ou cair de acordo com o movimento do mercado.
Ao contrário da renda fixa, que já dá uma noção do retorno, aqui tudo depende de fatores como a economia, as empresas e até o comportamento dos investidores.
Ações, fundos imobiliários e criptomoedas são alguns exemplos. Esse tipo de investimento pode trazer resultados muito bons, mas também envolve riscos maiores.
É como entrar em um jogo de longo prazo, onde quem aceita os altos e baixos pode colher ganhos mais interessantes lá na frente.
Como funciona a renda variável?
A renda variável funciona de um jeito bem simples na teoria, mas cheio de nuances na prática. Quando você investe nesse tipo de ativo, como ações ou fundos imobiliários, o valor do seu dinheiro passa a acompanhar o sobe e desce do mercado.
Isso acontece porque o preço desses investimentos muda o tempo todo, seja pela situação da economia, pelos resultados das empresas ou até pelo que os investidores estão sentindo em determinado momento.
Diferente da renda fixa, aqui não existe um rendimento pré-definido. Em alguns momentos você pode ter ganhos expressivos, e em outros, perdas.
Justamente por isso, a renda variável costuma ser vista como uma opção para quem tem paciência, pensa no longo prazo e está disposto a enfrentar essa montanha-russa em busca de retornos maiores.
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Quais são os tipos de investimentos em renda variável?
1. Ações
Açõs são pedaços de empresas que você pode comprar. Se a empresa cresce e valoriza, sua ação também sobe, mas se ela vai mal, o preço pode cair. É um jeito de se tornar sócio de grandes companhias.
2. Fundos Imobiliários (FIIs)
Funcionam como uma forma de investir em imóveis sem precisar comprar um prédio ou sala comercial sozinho. Você compra cotas do fundo e recebe uma parte dos aluguéis ou da valorização dos imóveis.
3. ETFs
São fundos que replicam índices da bolsa, como o Ibovespa. Em vez de comprar várias ações separadas, você compra uma única cota e já tem uma carteira diversificada.
4. BDRs
Esses são certificados que permitem investir em ações de empresas estrangeiras sem sair da bolsa brasileira. Assim, dá para ter exposição a gigantes globais, como Apple ou Google.
5. Criptomoedas
Como o Bitcoin e o Ethereum, são ativos digitais que não têm uma rentabilidade previsível. Os preços variam bastante, o que pode gerar grandes lucros ou perdas rápidas.
6. Commodities
São produtos básicos, como ouro, petróleo ou soja. Eles também fazem parte da renda variável porque o preço oscila bastante, de acordo com oferta, demanda e até questões internacionais.
Vantagens e desvantagens de investir em renda variável
Investir em renda variável tem seus altos e baixos. O lado bom é que ela pode trazer ganhos muito maiores do que a renda fixa, especialmente quando você pensa no longo prazo.
É também uma forma de diversificar, participar do crescimento de empresas e, em alguns casos, até receber uma renda extra, como os dividendos de ações ou os aluguéis dos fundos imobiliários.
Mas existe o outro lado, cé claro. Os preços sobem e descem o tempo todo, e isso pode gerar ansiedade para quem não está acostumado.
Além disso, não dá para esperar retorno rápido nem garantido, porque o mercado é imprevisível. Por isso, a renda variável costuma ser indicada para quem tem paciência, aceita correr riscos e enxerga os investimentos como uma jornada de longo prazo.
É seguro investir em renda variável?
Investir em renda variável não é exatamente seguro no sentido de previsibilidade, porque o valor dos ativos pode oscilar bastante de acordo com o mercado, a economia e até acontecimentos globais. Ao mesmo tempo, isso não significa que seja sinônimo de perigo.
O que existe é um nível maior de risco em comparação à renda fixa, e esse risco vem junto da possibilidade de ganhos maiores.
A segurança, nesse caso, depende de como você investe. Escolher bons ativos, diversificar a carteira e, principalmente, ter paciência para o longo prazo costuma reduzir bastante as chances de grandes perdas.
Em outras palavras, não é um investimento para quem busca garantias, mas pode ser seguro dentro de uma estratégia bem pensada e alinhada ao seu perfil.
Como investir em renda variável?
1. Abrir conta em uma corretora
E como ter a sua porta de entrada para o mercado. Pela corretora você consegue comprar e vender ações, fundos imobiliários, ETFs e outros ativos.
2. Conhecer seu perfil de investidor
Antes de investir, é importante entender se você é mais conservador, moderado ou arrojado. Isso ajuda a escolher os investimentos que combinam com você e evitam sustos desnecessários.
3. Aprender sobre os ativos
Renda variável tem várias opções, como ações, fundos imobiliários, ETFs e até criptomoedas. Vale estudar um pouco cada um para não investir no escuro.
4. Começar com pouco
Não é preciso colocar muito dinheiro de uma vez. Dá para começar com pequenas quantias e ir ganhando confiança aos poucos.
5. Diversificar os investimentos
Em vez de apostar tudo em uma única empresa ou ativo, espalhar o dinheiro em diferentes opções ajuda a equilibrar riscos e oportunidades.
6. Pensar no longo prazo
Na renda variável, as oscilações do dia a dia fazem parte do jogo. O segredo é olhar mais para frente, porque é no tempo que os bons investimentos costumam dar resultados.
7. Acompanhar o mercado com calma
Acompanhar notícias e os resultados dos seus investimentos é importante, mas sem cair na armadilha de querer prever cada movimento.
Como declarar os investimentos de renda variável no imposto de Renda?
Declarar investimentos de renda variável no Imposto de Renda pode parecer complicado no começo, mas fica bem mais simples quando você entende a lógica.
Cada operação que você faz, seja compra, venda, ganho com dividendos ou recebimento de rendimentos, precisa ser registrada. Isso serve para a Receita Federal acompanhar se houve lucro e se você pagou os impostos devidos.
Na prática, você informa os ativos que possui na ficha de bens e direitos, colocando os dados da corretora e o valor investido.
Quando há lucro na venda de ações, fundos imobiliários ou outros ativos, é preciso calcular o imposto sobre esse ganho e pagar via DARF dentro do prazo. Já dividendos e alguns rendimentos precisam ser informados como isentos ou tributados, dependendo do caso.
O segredo é manter tudo organizado! Guardar notas de corretagem, extratos e comprovantes ajuda muito na hora de preencher a declaração. Assim, você evita erros e garante que está em dia com o fisco sem dores de cabeça.
Quais são as diferenças entre renda variável e renda fixa?
A principal diferença entre renda variável e renda fixa está na previsibilidade dos ganhos. Na renda fixa, você já sabe, ou pelo menos consegue estimar, quanto vai receber no final, porque os juros ou rendimentos são definidos no momento do investimento. É como caminhar por uma estrada reta: você sabe para onde vai e consegue planejar cada passo.
Já a renda variável é como navegar em um rio com correntezas. Os ganhos podem subir ou cair de acordo com o mercado, a economia e o desempenho das empresas ou ativos em que você investe. Aqui, não há garantia de retorno, mas existe a possibilidade de lucros maiores no longo prazo.
Além disso, a renda fixa costuma ter menos riscos e ser mais indicada para quem busca segurança e planejamento financeiro. A renda variável exige mais paciência, atenção e tolerância a altos e baixos, sendo uma opção para quem quer crescimento e está disposto a lidar com as incertezas do mercado.
De forma direta, enquanto a renda fixa oferece estabilidade, a renda variável oferece oportunidade, e também a necessidade de lidar com a imprevisibilidade.
Fontes: Bora Investir; Itau; Nubank; Santander; Info Money; Sicredi;