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O que é reserva de emergência
A reserva de emergência é uma quantia de dinheiro reservada para imprevistos. Ou seja, como o próprio nome sugere, é um dinheiro para ser usado para lidar com emergências.
Ter essa reserva é essencial pois imprevistos sempre acontecem. Logo, ao ter uma reserva de emergência, você vai estar preparado para lidar financeiramente quando eles surgirem.
Sendo assim, você não vai precisar ficar desesperado, por exemplo, caso perca o emprego. Neste caso, você terá a reserva de emergência como um suporte financeiro até arrumar outro trabalho.
Dessa maneira, a grande vantagem de ter uma reserva é ter a tranquilidade de saber que, se um imprevisto financeiro acontecer, você vai poder lidar com isso.
Quando usar
A reserva de emergência deve ser usada apenas para emergências! Pode ser tentador usar o dinheiro, por exemplo, para fazer uma viagem.
Mas lembre-se que, se você usar o dinheiro, não terá esse suporte financeiro caso surja uma emergência de fato.
Portanto, tenha autocontrole e nada de gastar a sua reserva! Alguns exemplos de casos em que você pode usar a reserva são:
- Perda de emprego
- Doenças graves
- Acidentes de carro
- Reparos em casa
- Falecimentos
Como você pode notar com base nos exemplos acima, a reserva realmente serve para situações imprevistas e que muitas vezes mexem com o nosso psicológico.
Por exemplo, imagine perder o emprego de uma hora para a outra e não ter nenhum dinheiro para se sustentar até encontrar outro trabalho?
Outro exemplo é o falecimento inesperado de algum familiar. Não gostamos de pensar sobre essa possibilidade, eu sei. Mas acontece. Se alguém morrer e você tiver uma reserva, você vai poder lidar com todos os custos que surgirem.
Por outro lado, sem uma reserva, além de ter que lidar com a dor da perda, você ainda terá que buscar formas de conseguir dinheiro.
Quanto guardar
A lógica ao montar uma reserva é levar em conta os seus gastos mensais. Ou seja, para montar a sua reserva, o primeiro passo é saber o quanto você gasta por mês.
O valor indicado da reserva varia. Mas boa parte dos especialistas indicam que ela seja correspondente a, no mínimo, 6 meses do seus gastos mensais.
No entanto, se você não trabalha com carteira assinada ou tem uma fonte de renda estável, esse valor deve ser maior. Por exemplo, se você for autônomo, você pode criar uma reserva equivalente a 12 meses dos seus gastos mensais.
Como calcular a reserva de emergência
Para calcular a sua reserva de emergência, você precisa saber o quanto você gasta por mês. Desse modo, você deve verificar quais são os seus gastos para que o seu padrão de vida atual seja mantido.
Depois disso, é preciso definir por quantos meses a sua reserva será equivalente. Por exemplo, você pode montar uma reserva equivalente a 8 meses.
Vamos usar um exemplo para ficar mais fácil de entender. Suponhamos que os seus gastos mensais são de R$ 3 mil e que você queira montar uma reserva para 6 meses.
Neste caso temos que: 3 mil x 6 meses = 18 mil reais.
Portanto, tendo um gasto mensal de R$ 3 mil, para ter uma reserva que te dê suporte financeiro por 6 meses, você precisa juntar R$ 18 mil. Este valor pode parecer muito, mas você pode ir juntando aos poucos.
Enfim, para saber quanto tempo você vai demorar para criar a sua reserva com base na porcentagem do salário que será destinado a isso, basta usar a calculadora de reserva de emergência.
Onde deixar a reserva de emergência
Não existe um consenso sobre o local em que você deve deixar a sua reserva de emergência. Algumas pessoas defendem que este dinheiro deve estar sempre disponível e outras argumentam que não investir é uma perda de dinheiro.
Vamos entender os dois argumentos.
1- Não investir a reserva
O primeiro argumento faz muito sentido pois emergências podem ocorrer a qualquer momento. Logo, se o dinheiro estiver investido, você pode não conseguir resgatá-lo imediatamente.
Mesmo em ativos com alta liquidez isso pode ser um problema. Imagine que ocorra uma emergência no sábado à noite. Você não vai conseguir resgatar a aplicação.
Enfim, uma boa alternativa seria deixar o dinheiro na poupança, já que nela o dinheiro rende um pouco e você tem acesso ao dinheiro a qualquer momento. Você pode deixar também uma parte em dinheiro físico em casa.
2- Investir
Já as pessoas que defendem investir o dinheiro da reserva argumentam que é uma perda de dinheiro manter a reserva na poupança ou em cédulas.
De fato, é uma quantia considerável que poderia ter um bom retorno. Mas lembre-se de que o objetivo da reserva de emergência é lidar com imprevistos. Ou seja, o seu intuito não é multiplicar o seu patrimônio.
Caso você queira um meio termo, você pode investir uma parte da reserva em ativos de alta liquidez e deixar o restante em um local de fácil acesso como a poupança, por exemplo.
Neste caso, você deve investir em ativos seguros, afinal de contas, você não quer perder a sua reserva, não é mesmo?
Além disso, evite colocar o dinheiro em ativos com prazo de vencimento longo e que não podem ser resgatados com antecedência. Portanto, se você for investir a sua reserva, não deixe de considerar a tríade dos investimentos:
- Risco. Prefira aplicações de baixo risco. Se você colocar o dinheiro na bolsa, por exemplo, você corre o risco de ter que fazer o resgate justo em um momento de baixa da bolsa e perder dinheiro.
- Liquidez. É a facilidade com que você consegue resgatar a aplicação. Como emergências podem surgir a qualquer momento, prefira ativos com alta liquidez. Ou seja, ativos que você possa resgatar de forma rápida e fácil.
- Rentabilidade. Você pode gostar da ideia de fazer o dinheiro da sua reserva render, mas lembre que essa não é a prioridade de uma reserva de emergência.
Enfim, uma opção de investimento para a reserva é o Tesouro Selic. Em resumo, o Tesouro Selic tem alta liquidez, é considerado o ativo mais seguro do mercado e conta com um retorno mais alto do que a poupança.