Magazine Luiza

O que a empresa faz?

À primeira vista, a Magazine Luiza é uma rede varejista brasileira. Nesse sentido, sua principal atuação é na venda de eletroeletrônicos e eletrodomésticos. Entretanto, muitas pessoas afirmam que a Companhia na verdade é uma empresa de tecnologia e inovação. De acordo com os próprios donos, a Magazine Luiza é:

Uma plataforma digital, com pontos físicos e calor humano.

Suas principais características e vantagens competitivas que a tornam diferenciada nesse mercado são:

• Variada plataforma de vendas: lojas físicas, lojas virtuais, televendas, plataforma e-commerce, Magazinevocê e vendas corporativas;
• Abrangência nacional, mesmo onde não há presença física;
• Marketing intenso, especialmente nas mídias digitais

Modelo de Negócio

Primeiramente, podemos dividir o modelo de negócios da Magazine Luiza em três segmentos:

• Lojas convencionais (Físicas)
• Lojas virtuais
• E-commerce e Market-Place

Lojas físicas

Nesse segmento, a Companhia atua com lojas tanto em ruas e pontos comerciais estrategicamente localizados quanto em shoppings centers. As lojas convencionais geralmente são construídas com uma área de 700 metros quadrados e todas possuem mostruário e estoque próprio. A Companhia possui mais de 1.000 lojas físicas espalhadas em mais de 700 cidades ao redor do Brasil. Se não bastasse isso muitas unidades não só atuam com a venda dos próprios produtos da empresa como também com itens de cerca de 8 mil sellers (vendedores) que fazem parte do marketplace (plataforma digital de vendas) da Companhia.

Mais que isso, as lojas convencionais se desenvolveram em direção a uma integração com a loja online, o chamado omnichannel. Logo, o serviço de Retirar na Loja, que permite que as compras feitas pelo App ou pelo site sejam retiradas nos pontos físicos em até dois dias vem sendo cada vez mais expressivo na receita da empresa. A Companhia também atua em parceria com o Itaú Unibanco, com a Luizacred. Essa rede de cartões de crédito pessoal consegue não só auxiliar os clientes nas compras, mas também permite que a empresa obtenha parte do lucro a partir dos empréstimos realizados.

Lojas virtuais

De modo pioneiro, a Magazine Luiza iniciou as operações com lojas virtuais em 1992, com a entrada de Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues , sobrinha da fundadora. Nesse modelo, a empresa atua com lojas menores e sem mostruário. Contudo, o portfólio de produtos é semelhante ao da Loja convencional e toda demonstração dos produtos é feita através de recursos digitais utilizadas pelos vendedores. Em contrapartida, as lojas virtuais demandam menor custo de operação e, com isso, conseguem alcançar cidades menores.

E-commerce e Market-Place

Por meio de ofertas exclusivas, serviços diferenciados e integração completa com os canais de vendas, o E-commerce da Companhia fornece uma experiência diferenciada ao cliente. Desse modo, ela oferece através do App Magalu e do seu próprio site um mix completo de produtos. Além disso, a empresa vende nessas plataformas produtos de terceiros, como a categoria de viagens, livros, suplementos alimentares, artigos esportivos, entre outros. Outra estratégia interessante é a magazinevocê, na qual a Companhia oferece aos indivíduos a oportunidade de se tornarem parceiros da empresa, e assim ganharem comissões com suas vendas. Nitidamente, isso consegue alavancar as vendas e expandir o canal digital, com engajamento da comunidade.

Incrivelmente, a Magazine Luiza após adquirir a Netshoes em 2019, tornou-se líder no varejo online de roupas, calçados e artigos esportivos, agregando mais de 250.000 itens ao seu portfólio, agregando muito a sua estratégia digital.

Ademais, a apelidada Magalu também possui o LuizaLabs, um laboratório de desenvolvimento e inovação no qual trabalham mais de 400 desenvolvedores, colocando a tecnologia a serviço da experiência de compra. O LuizaLabs é exemplo da cultura digital da Companhia, que já deu origem ao Mobile Vendas, Mobile Montador, Mobile Estoquista e à adoção do Big Data (sistema personalizado de recomendação de produtos).

Logística e Marketing

Esta grande varejista possui mais de 15 centros de distribuição localizados estrategicamente no Brasil e conta com cerca de 22.000 funcionários. A estratégia de multicanalidade integrada da empresa que vem sendo fortalecida desde 2015, também favorece sua logística, uma vez que os pontos de entrega nas lojas físicas ficam mais próximos dos clientes.

Como qualquer outra grande empresa, a publicidade é fundamental para consolidar e divulgar sua marca no país. Nesse sentido, a Magazine Luiza investe fortemente há anos no marketing em diversas plataformas da mídia, sempre contando com a presença de personalidade reconhecidas no cenário brasileiro. Definitivamente, o foco da empresa é liderar as transformações digitais que estão ocorrendo, além de ganhar marketshare e eficiência operacional, com grande visibilidade.

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Breve história da empresa

Toda história da Magazine Luiza começa no ano de 1957, quando os fundadores Luiza Trajano Donato e Pelegrino José Donato abrem uma pequena loja de presentes em Franca-SP. Em 1976, após adquirir a Lojas Mercantil, a Companhia passa a abrir filiais em outras cidades no estado de São Paulo. O crescimento fica mais evidente em 1983, quando suas lojas chegam à região do Triângulo mineiro.

Um novo ciclo na empresa dá início em 1992, quando a sobrinha da fundadora assume a diretoria da Companhia. No ano seguinte, sob a direção de Luiza Helena Trajano, já são inauguradas as primeiras lojas virtuais e em 1996 as lojas físicas chegam nos estados do Paraná e Mato Grosso do Sul. O processo de modernização foi se concretizar alguns anos depois, revelando a capacidade da empresa em se tornar uma referência.

Com a virada do século é dado um grande passo na evolução da empresa, com a criação do site para comércio eletrônico. Em 2001, a Magalu cria a Luizacred em parceria com o banco Itaú para auxiliar os negócios do varejo, tendência adotada por outras empresas facilitando as operações atreladas ao crédito nos negócios da empresa.

Em 2003, a Lojas Líder é adquirida pela empresa, e no ano seguinte, passam a ter controle também da Lojas Arno no Rio Grande do Sul. Em 2010, a Magazine Luiza chega ao Nordeste brasileiro por meio da aquisição da Lojas Maia, a qual na época já contava com 136 unidades.

IPO da Magazine Luiza

O IPO da empresa foi em 2011 e após oferta pública inicial suas ações no mercado, a Magazine Luiza passa a ser listada no segmento do Novo Mercado da Bovespa. A precificação foi em R$ 16, no piso da faixa de 16 a 21 reais. O giro total da operação entre oferta primária e secundária, smou um valor de R$ 925,8 milhões de reais.

Após a abertura de capital, três anos depois em 2014, nove centros de distribuição são integrados e passam a funcionar de modo cooperativo para reduzir o tempo de entrega dos produtos e assim melhorar a experiência de compra.

Nesse mesmo ano é criado o LuizLabs, a fim de criar uma base de inovação digital na Companhia. Ao final de 2015, 75 engenheiros de software já trabalhavam nesse laboratório de desenvolvimento nas cidades de São Paulo e Franca. Ainda em 2015, a Magazine Luiza lança a nova versão do App de vendas, bem como integra o serviço Mobile Vendas em mais de 180 lojas, num processo de digitalização das lojas físicas.

Recentemente, em 2019, a Magazine Luiza consegue finalmente realizar a aquisição da Netshoes por aproximadamente US$ 115 milhões. Diante disso, ela consegue agregar diversas marcas do segmento de varejo esportivo no seu portfólio e expandir sua base de clientes.

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Diretoria

Frederico Trajano Inácio Rodrigues (Diretor Presidente / Superintendente)

Fabrício Bittar Garcia (Diretor Vice Presidente/ Superintendente)

Roberto Bellissimo Rodrigues (Diretor de Relações com Investidores)

Maria Isabel Bonfim de Oliveira (Diretora de Administração e Controle)

Patricia Pugas (Diretora Executiva de Gestão de Pessoas)

Eduardo Galanternick (Diretor Executivo de E-commerce)

Decio Sonohara (Diretor Executivo de Logística)

Luiz Fernando Rego (Diretor Executivo Comercial)

André Fatala (Diretor de Tecnologia)

Leandro Leite Soares (Diretor de Merketplace)

Julio Cesar Trajano (Diretor Comercial do E-commerce)

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Conselho administrativo

Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues (Presidente do Conselho de Administração)

Marcelo José Ferreira e Silva (Vice Presidente do Conselho de Administração)

Carlos Renato Donzelli

José Paschoal Rossetti

Inês Corrêa de Souza

Betânia Tanure de Barros

Sílvio Romero de Lemos Meira

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Principais concorrentes

Via Varejo (VVAR3)

B2W (BTOW3)

Lojas Americanas (LAME3, LAME4)

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Perspectiva para o futuro

O futuro da empresa é composto pela visão de inovação presente na marca e na trajetória da empresa. A empresa não poupa gastos no processo de consolidação da marca e atualmente se transformou na maior de seu segmento. Os investimentos da empresa para a criação de “uma plataforma digital, com pontos físicos e calor humano” geraram frutos como os centros de distribuição automatizados e extremamente inovadores.

Sabe-se que o E-commerce no Brasil, no segmento de eletrodomésticos e eletroeletrônicos, ainda possui uma grande perspectiva de crescimento. Ainda no cenário nacional persiste uma certa resistência pelo consumo online quando comparada a abrangência de tais práticas no mercado exterior. Não é de costume realizar compras majoritariamente no mercado online como um todo.

Apesar disto a empresa investe não só no canal digital como também na expansão de suas lojas físicas. Mais que isso, seu objetivo é revolucionar a experiência de compras nas lojas convencionais, através do processo de digitalização destes ambientes, encontrando assim um meio termo para o futuro próximo.

Por último, mas não menos importante, devemos citar a aquisição da Netshoes pela Companhia em 2019. Este movimento pode ser considerado um grande avanço para aumentar sua participação de vendas no amplo segmento esportivo, penetrando assim uma nova parcela do varejo nacional. Aliás, essa parceria também garante uma publicidade elevada para a empresa, que pode se beneficiar de marcas enraizadas no mercado externo, pela revenda de produtos de outras marcas.

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Composição acionária

MGLU3	Acionista	Percentual
1	Luiza Helena Trajano Inácio Rodrigues	1,25%
2	Ltd Administração E Participações S.A.	53,38%
3	Fernando Henrique Borges Trajano	0,34%
4	Ismael Borges Trajano	0,36%
5	Fabrício Bittar Garcia	0,21%
6	Flávia Bittar Garcia Faleiros	0,15%
7	Administradores (Conselho de Administração E Diretoria)	0,08%
8	Wagner Garcia Participações S.A.	3,17%
9	Franco Bittar Garcia	0,14%
10	Ações em Tesouraria	0,19%
11	Free Float	40,73%