Suzano
Avaliação dos usuários
Empresa |
4 de 5
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Gestão |
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Ticker | SUZB3 |
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Fundador | Leon Feffer |
Presidente da empresa | Walter Schalka |
Alavancada? | Não |
Registra lucro? | Sim |
Histórico de distribuição de dividendos | A empresa distribuí dividendos consecutivamente desde 2000, com exceção de 2008 e 2012. Acesse para conferir o histórico de pagamento de dividendos. |
Prêmios | 50 Melhores Empresas do Agronegócio no Brasil 2018 / Prêmio Amec de Eventos Corporativos 2017 / Prêmio Fornecedor Anatec - Associação Nacional de Editores de Publicações / Sofidel Suppliers Sustainability Award |
Participação do Estado | 11.04% |
Ano de fundação | 1924 |
Ano do IPO | 2012 |
Setor de atuação | Celulose |
Recuperação judicial? | Não |
Tamanho da empresa | Mid Cap |
Links úteis | |
Principais produtos | A Suzano é uma das gigantes no ramo de papel e celulose do Brasil. Em números totais a companhia conta com diversas instalações logísticas, focadas na exportação da commoditie de celulose. Os principais produtos oferecidos pela empresa são:
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O que a empresa faz?
A Suzano é uma empresa que atua no setor de celulose. Sendo assim seu foco é a produção e venda de itens derivados dessa commoditie. No ramo de celulose seu modelo de negócios está baseado no plantio de florestas de eucaliptos a fim de gerar um portfólio completo de diversos tipos de papéis e embalagens.
Além disto a Suzano também realiza a comercialização da própria celulose crua, para outras empresas do segmento, ou que a utilizem para algum fim específico.
De um modo geral, a Companhia possui algumas importantes características que a tornam diferencial nesse mercado:
- Maior diversidade de produtos.
- Ampla cobertura geográfica: com vendas para mais de 90 países.
- Constantes avanços em pesquisa e desenvolvimento.
- Atuação ambiental: foco no desenvolvimento sustentável e climate positive.
Consequentemente, a Suzano é considerada a maior empresa brasileira do agronegócio.
Linhas de Negócios
Celulose
No ramo de celulose a empresa atua com a produção e venda de dois tipo0 principais de celulose, sendo eles:
- Celulose de mercado
- Celulose fluff
Celulose de mercado
A celulose de mercado é obtida por meio do extrativismo da celulose. Para garantir um padrão de qualidade, as árvores a serem plantadas são selecionadas de acordo com seu material genético para que o plantio favoreça o crescimento e a produção de celulose.
Em um segundo momento as mudas dos eucaliptos são reproduzidas em um viveiro, e posteriormente colocadas no campo após 120 dias do brotamento. Apenas após realização da silvicultura, ou seja, limpeza e preparo do solo, a empresa realiza o plantio.
Depois de alcançar um tamanho ideal, levando em torno de 6 a 10 anos, a colheita é realizada. Nesse cenário, entram as máquinas Feller Buncher, a qual colhe as árvores com cascas, e a Harvester, que colhe e já descasca as toras. Após serem colhidas, as madeiras são transportadas até a fábrica por caminhões, onde serão processadas, passando pelas etapas de cozimento, deslignificação, depuração, pré-branqueamento, branqueamento, secagem enfardamento.
Por fim, após serem cortadas e embaladas, os pacotes de celulose seguem para a logística industrial. Incrivelmente, esta grande indústria do agronegócio é a quinta maior produtora de celulose de mercado do mundo.
Celulose fluff
Simplificadamente, a celulose do tipo fluff é utilizada nos segmentos de absorventes e fraldas descartáveis uma vez que possuem alta capacidade de absorção. Diante da alta demanda do mercado por este item, a Suzano desenvolve a Eucafluff, um celulose de fibra curta, que mantém a mesma capacidade de absorção apresentada pela celulose fluff de fibra longa, comumente empregada com este fim. Atualmente, a empresa possui uma capacidade de produção de mais de 100 mil toneladas por ano deste material.
Papel
Nesse ramo de atuação, a empresa atua com a produção de papel nas categorias:
- Imprimir e Escrever: revestido e não-revestido
- Papel cartão
A primeira delas, é usada rotineiramente em apresentações, projetos, trabalhos escolares e nas demais atividades do dia a dia. Os não revestidos incluem os papéis com uso em livros, cadernos, agenda, fôlder e embalagens leves. Já os revestidos, inclui uma linha própria para projetos gráficos, como catálogos, revistas e livros. Sendo assim, a linha Imprimir e Escrever chega ao consumidor final sob as marcas:
- Report Premium
- Report Reciclato
- Report Colorido
- Report Senninha
- Copimax
Além disso, a Suzano conta com uma linha de Papel cartão com ampla variedade de usos, como por exemplo, para embalar produtos de limpeza e higiene, beleza e cosméticos, medicamentos, alimentos, entre outros, bem como em capas de livros e materiais promocionais.
Pensando no futuro consumo consciente com preservação ambiental e do ecossistema, a Suzano possui uma linha de papéis especiais, composta por materiais de fontes renováveis para produção de canudos e copos descartáveis. Sob esse ponto de vista, ela comercializa estes itens com as marcas Loop e Bluecup Bio.
Bens de consumo
Nesse nicho de produtos, a empresa atua com a fabricação de itens de consumo para a família, para os bebês e para as empresas. Dessa forma, ela comercializa uma linha de papel higiênico através das 4 marcas:
- Mimmo
- Floral
- La Vie Blanc
- Max Pure
A tecnologia Eucafluff da Suzano também está presente no conforto, na qualidade e na proteção aos bebês pela marca de fraldas Maxx Baby. Neste item, o Maxxigel permite maior absorção e retenção de líquido, gerando maior adaptação e um toque suave.
Mais que isso, ela possui uma linha de papel toalha por meio da marca Scala e uma linha de toalhas de papel da marca Econoclean para empresas de todos os segmentos e tamanhos. Tais toalhas são vendidas nas versões em bobina ou toalha interfolhada, em folha simples, folha dupla, com papel 100% celulose ou branco reciclado.
Posicionamento e Logística
De antemão, vimos que a Suzano possui uma operação verticalizada, ou seja, realiza desde o plantio e colheita das madeiras a partir das florestas de eucalipto, até o processamento e produção de itens derivados da celulose. Para se ter uma ideia, a empresa controla uma base florestal de mais de 1,2 milhão de hectares em diversos estados próximos às unidades produtivas.
A Suzano conta com 11 unidades industriais localizadas em 7 estados brasileiros. Com mais de 37 mil colaboradores, ela possui uma capacidade produtiva anual de 11 milhões de toneladas de celulose e 1,4 milhão de toneladas de papel. Ainda, a estrutura operacional inclui escritórios administrativos em Salvador-BA e em São Paulo-SP.
Tendo em vista que suas exportações atendem mais de 90 países, ela realiza a logística de escoamento dos produtos por meio de 5 terminais portuários nos estados da Bahia, Maranhão, Espírito Santo e São Paulo.
No exterior a empresa mantém escritórios de representação na China e Inglaterra e controladas nos Estados Unidos, Suíça, Argentina e Áustria. A Companhia é uma das maiores empresas com estrutura para distribuição de papéis e produtos gráficos da América do Sul.
Para manter seus produtos inovadores e com qualidade no mercado, além de almejar uma estratégia sustentável, ela conta com a FuturaGene, uma base de pesquisa e desenvolvimento que atua com melhoramento genético. As linhas de pesquisa da Suzano incluem celulose microfibrilada, nanocristalina, biocompósitos. Assim, ela detém participação nas empresas Celluforce, líder mundial na produção comercial de nanocelulose e Ensyn Corporation, que investe na produção de combustíveis de matriz renovável.
Tudo isso, visa a redução dos custos de formação florestal, bem como da necessidades de terras para plantio, gerando menor gasto com fertilizantes e menos desmatamento.
Breve história da empresa
A longa trajetória desta empresa começa em 1924, ano em que o imigrante ucraniano Leon Feffer funda a Suzano Papel e Celulose. Cerca de 17 anos depois, iniciam as operações na primeira fábrica de papéis em São Paulo-SP, no bairro do Ipiranga.
Em 1956, a Companhia inicia a produção de celulose a partir da fibra do eucalipto. No ano seguinte, ela adquire uma planta fabril na cidade de Suzano-SP.
Entre os anos de 1960 e 1990, a Suzano realiza diversas aquisições importantes a fim de expandir seus negócios. Sendo assim, ela realiza a compra da Indústrias de Papel Rio Verde, possibilitando produzir celulose e papéis totalmente feitos de fibra de eucalipto em larga escala.
Logo, em 1975 iniciam as exportações de papel para a Europa. Nesse meio tempo, em 1982, a pesquisa e desenvolvimento da empresa geram ótimos resultados, permitindo que ela aplicasse a biotecnologia em suas plantações, através das práticas de micropropagação, isto é, do cultivo de espécies de árvores in vitro.
Já em 1992, ela começa a atuar no sul da Bahia com a produção de celulose. No século seguinte, em 2004, a Companhia realiza a aquisição da Ripasa, futura unidade localizada na cidade de Limeira-SP, em um consórcio junto à VCP.
Em 2010, a Suzano adquire a Futuragene, empresa pioneira em biotecnologia para aumento de produtividade em seus ativos florestais.
O ano de 2012 é marcado pela oferta pública inicial de suas ações, proporcionando uma captação que totalizou R$ 1,48 bilhão, sendo que seus estes ativos passaram a ser negociados no segmento do Novo Mercado apenas cinco anos depois, em 2017.
Pouco tempo depois, em 2014, a empresa inaugura mais uma unidade, agora em Imperatriz-MA. Apenas um ano depois, a já reconhecida Suzano realiza compra de metade da Ibema, terceira maior fabricante de papel cartão do país na época.
Mais recentemente, em 2019, ela realiza uma fusão de extrema importância com a Fibria, gerando uma sinergia fundamental para atingir a liderança nesse mercado e alcançar uma presença global marcante.
Diretoria
Walter Schalka (Diretor Presidente)
Aires Galhardo (Diretor Executivo de Operação Celulose)
Alexandre Chueri Neto (Diretor Executivo Florestal)
Carlos Aníbal de Almeida Jr (Diretor Executivo de Comercial Celulose)
Christian Orglmeister (Diretor Executivo de Estratégia, Gente, Comunicação, TI e Digital)
Fernando de Lellis Garcia Bertolucci (Diretor Executivo de Pesquisa e Desenvolvimento)
Leonardo Grimaldi (Diretor Executivo de Papel)
Marcelo Feriozzi Bacci (Diretor Executivo de Finanças e RI)
Conselho administrativo
David Feffer (Presidente)
Maria Priscila Rodini Vansetti Machado
Principais concorrentes
Klabin (KLBN3, KLBN4, KLBN11)
Perspectiva para o futuro
A perspectiva da empresa é baseada num futuro padrão de consumo sustentável atrelado a um aumento da demanda por produtos derivados da celulose. Nesse sentido, ela vem realizando maiores investimentos em pesquisa e desenvolvimento para inovar e agregar novos produtos ao seu portfólio, almejando também um ganho de escala.
Assim, tendo em vista a possibilidade de redução do consumo de embalagens de plástico por itens biodegradáveis, a Suzano se beneficiará dessa tendência e poderá ampliar sua operação no Brasil e no mundo.
Nitidamente, sua fusão com a empresa do mesmo setor chamada Fibria, deverá aumentar a capacidade produtiva e eficiência operacional total, fortalecendo sua atuação nesse mercado que possui grande expectativa futura.
Composição acionária
SUZB3 | Acionista | Percentual |
---|---|---|
1 | Daniel Feffer | 3,53% |
2 | Jorge Feffer | 3,41% |
3 | Ruben Feffer | 3,44% |
4 | David Feffer | 3,93% |
5 | Suzano Holding S.A | 27,01% |
6 | BNDES Participações S.A | 11,04% |
7 | Votorantim S.A | 5,52% |
8 | Alden Fundo de Investimentos em Ações | 1,92% |
9 | Ações em Tesouraria | 0,89% |
10 | Free Float | 39,32% |