Taesa

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Empresa
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Gestão
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Ticker TAEE3, TAEE4, TAEE11
Fundador Terna Participações S.A.
Presidente da empresa Raul Lycurgo Leite
Alavancada? Sim
Registra lucro? Sim
Histórico de distribuição de dividendos

A Taesa distribuí dividendos constantes aos seus acionistas desde 2007. Acesse para conferir o histórico de pagamento de dividendos.

Prêmios Prêmio Melhores Empresas em Segurança e Saúde no Trabalho em 2019 / Certificado Great Place To Work (GPTW) 2019/2020 / Prêmio Broadcast Empresas 2018 / 3º lugar entre as 10 finalistas do Prêmio Valor 1000 –Setor Energia Elétrica / Troféu Transparência 2014 e 2015
Participação do Estado 0%
Ano de fundação 2006
Ano do IPO 2012
Setor de atuação Utilidade Pública
Recuperação judicial? Não
Tamanho da empresa Small Cap
Links úteis
  1. RI da empresa
  2. Fundamentos Taesa
Principais produtos

A empresa é, exclusivamente, dedicada à construção, operação e manutenção de ativos de transmissão de energia elétrica.

A Taesa detém 39 concessões de transmissão, sendo elas:

  • 10 concessões que compõem a empresa holding (TSN, Novatrans, ETEO, GTESA, PATESA, Munirah, NTE, STE, ATE e ATE II);
  • 10 investidas integrais (Brasnorte, ATE III, São Gotardo, Mariana, Miracema, Janaúba, Sant’Ana, São João, São Pedro e Rialma I);
  • 19 participações (ETAU, Transmineiras e os Grupos AIE e TBE).

O que a empresa faz?

A Taesa (Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A.) é uma empresa que atua no setor elétrico. Possui operações com foco na transmissão de energia elétrica, sendo considerada uma das maiores nos grupos privados do setor no Brasil, em termos de Receita Anual Permitida (RAP).

Nesse contexto, podemos observar importantes características nas operações da Companhia, que proporcionam algumas vantagens competitivas dentro do amplo setor, como:

  • Regulação estável: o setor é regulamentado pelo Governo Federal e possui um histórico estável;
  • Receitas previsíveis: contratos de 30 anos tem receita fixa ajustada pela inflação e não dependem do volume de energia transportado;
  • Baixo risco de crédito: diretamente remunerada por Geradoras, Distribuidoras e Consumidores Livres;
  • Sem risco de volume: pagamentos com base na disponibilidade da linha, independente do volume de energia transportado;
  • Riscos mais baixos do setor: menores riscos ambientais e de construção comparados aos segmentos de Geração e Mercado;

Linhas de transmissão

Ao todo, a Taesa possui 11.062 km de linhas em operação e 2.514 km de linhas em construção, totalizando 13.576 km de extensão e 97 subestações.

Atualmente, a empresa detém 39 concessões de transmissão, sendo dividias em:

  • 10 concessões compõem a empresa holding (TSN, Novatrans, ETEO, GTESA, PATESA, Munirah, NTE, STE, ATE e ATE II);
  • 10 investidas integrais: Brasnorte, ATE III, São Gotardo, Mariana, Miracema, Janaúba, Sant’Ana, São João, São Pedro e Lagoa Nova;
  • 19 participações: ETAU, Transmineiras e os Grupos AIE e TBE;

Dessa forma, a companhia consegue estar presente em 18 Estados e Distrito Federal, incluindo Alagoas, Bahia, Espírito Santo, Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Pará, Paraíba, Paraná, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte, Rio Grande do Sul, Santa Catarina, São Paulo, Sergipe e Tocantins.

Por fim, tais concessões possuem um prazo médio de vencimento de 16,5 anos, trazendo estabilidade e previsibilidade aos resultados operacionais.

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O setor de transmissão no Brasil

Basicamente, podemos dividir o setor de transmissão em 3 categorias:

  • Categoria 1 – Concessões prorrogadas: ativos outorgados antes de 1999 e prorrogados por mais 30 anos, em 2012, com revisão tarifária com periodicidade de 5 anos
  • Categoria 2 – Concessões licitadas com base blindada: ativos leiloados entre 1999 e novembro de 2006, com Receita Anual Permitida corrigida anualmente pelo índice do IGP-M e reduzida pela metade no 16º ano de operação, sem revisão tarifária nas concessões com prazo de 30 anos;
  • Categoria 3 – Concessões licitadas: ativos leiloados a partir de novembro de 2006, com Receita Anual Permitida corrigida anualmente pelo índice do IPCA e revisão tarifária nos 5º, 10º e 15º anos do contrato de concessão (30 anos).

Ao analisarmos o modelo de negócios da empresa, é possível perceber que as concessões são inclusas nas categorias 2 e 3. Dessa forma, a companhia possui Market Share de, aproximadamente, 12% em termos de RAP total nessas duas categorias, sendo a atuação predominante na categoria 2.

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Para entendermos melhor, é preciso conhecer melhor a respeito do Sistema Interligado Nacional (SIN) e do Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS). Ou seja, o Sistema Interligado Nacional (SIN) é um sistema de geração e transmissão de energia elétrica de grande porte, operado por empresas tanto públicas quanto privadas e gerenciado pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS).

O ONS é composto por membros associados e membros participantes, ou seja, pelas empresas de geração, transmissão, distribuição, consumidores livres, importadores e exportadores de energia. Por sua vez, o Operador Nacional busca garantir a segurança do suprimento energético contínuo em todo o país, visando:

  • Otimizar a operação do sistema de energia elétrica no Brasil para reduzir custos do sistema, baseando-se em padrões técnicos e critérios de confiabilidade estabelecidos pela Agência Nacional de Energia Elétrica (ANEEL);
  • Garantir que todos os agentes do setor elétrico tenham acesso à rede de transmissão de forma não discriminatória;
  • Contribuir para que a expansão do SIN se faça ao menor custo e possibilite melhores condições operacionais no futuro;

Dessa forma, confira o mapa do sistema de transmissão brasileiro, de acordo com o ONS:

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O serviço público de transmissão de energia elétrica do SIN compreende as instalações da Rede Básica e da Rede Básica de Fronteira. Resumidamente, a Rede Básica é composta pelas instalações com nível de tensão igual ou superior a 230 kV, operadas pelas transmissoras.

Por outro lado, a Rede Básica de Fronteira é composta por unidades transformadoras de potência, que interligam a Rede Básica às demais Instalações de Transmissão (DITs). As instalações possuem tensão inferior a 230 kV e são operadas, geralmente, pelas distribuidoras.

No Brasil, o órgão responsável pela realização de licitações para a contratação de serviço público de transmissão de energia elétrica é a ANEEL, que faz o processo por meio de leilões. Dessa forma, a licitação é iniciada com a publicação de editais pela ANEEL, que realiza a concessão de instalações de transmissão da Rede Básica do SIN.

Com isso, os leilões podem ser disputados por pessoas jurídicas, nacionais ou estrangeiras, bem como fundos de investimentos em participação, isoladamente ou em consórcio. Assim, após fechado o contrato de concessão, o vencedor consegue o direito de explorar determinadas linhas de transmissão por um prazo de 30 anos.

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Além disso, a empresa apresenta um cronograma do empreendimento licitado, que mostra itens importantes, como as marcações das obras e do projeto, o licenciamento ambiental, a aquisição de equipamentos, serviços e obras civis, bem como as etapas de montagem de equipamentos, operação teste e comissionamento das instalações, até a entrada em operação comercial do empreendimento, que pode variar entre 18 e 60 meses.


Breve história da empresa

A história deste grande player do segmento de transmissão de energia elétrica tem início em 2000, ano em que ocorre a constituição da TSN e da Novatrans. Pouco tempo depois, em 2003, ambas as empresas são adquiridas pela Terna S.p.A.

Assim, em 2006, acontece a fundação da Companhia, sob a designação, na época, de Donnery Holdings S.A., com posterior alteração da razão Social de Donnery Holdins S.A. para Terna Participações S.A.

Nesse mesmo ano, a companhia realiza a oferta pública inicial (IPO) de suas ações no Nível 2 de Governança Corporativa. Como resultado, a Terna S.p.A. passa a deter 66% do capital social da Companhia e o mercado começa a deter 34% do valor total.

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Já em 2007, a companhia adquire importantes aquisições, tais como a Brasnorte, ETAU, GTESA e PATESA. No ano seguinte, em 2008, após compra da ETEO, a empresa estabelece a Taesa Serviços e realiza uma reestruturação da gestão administrativa.

Em 2009, a companhia passa por um processo de alteração de controle acionário. Logo, as ações de titularidade da Terna S.p.A. são transferidas para a Transmissora do Atlântico, empresa cujo capital social estava dividido entre o FIP Coliseu, com 51% de participação, e a CEMIG GT, com 49%.

Após o ocorrido, a empresa altera a denominação social, passando de Terna Participações S.A. para Transmissora Aliança de Energia Elétrica S.A.

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Consequentemente, em 2010, acontece uma oferta pública de aquisição de ações, devido a alienação do controle acionário pela Terna S.p.A. Além disso, a companhia realiza a incorporação da Alterosa, Alvorada, TSN, Novatrans, ETEO e Taesa Serviços.

Em 2012, mais uma oferta pública, dessa vez de 24 milhões de ações Units da Taesa. A partir disso, a empresa adquire a NTE, STE, ATE e Unisa, 10% das Transmineiras pela EATE, bem como realiza a aquisição de Mariana no leilão, em 2013.

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Após anos de expansão, com aquisições de linhas de transmissão em leilões de concessão, a Taesa chega em 2019 apresentando a conclusão do empreendimento de Miracema e dos reforços da Novatrans.

Por conta disso, empresa recebeu prêmio por melhores práticas de segurança no trabalho. Recentemente, em 2020, a empresa finalizou o empreendimento Mariana e conclui o processo de aquisição dos ativos São João, São Pedro (Âmbar) e Lagoa Nova (Rialma I).


Diretoria

Raul Lycurgo Leite (Diretor Presidente e Diretor Jurídico e Regulatório)

Marcus Pereira Aucélio (Diretor Financeiro e de Relações com Investidores)

Marco Antônio Resende Faria (Diretor Técnico)

José Aloíse Ragone Filho (Diretor de Negócios e Gestão de Participações)


Conselho administrativo

José Maria Rabelo (Presidente do Conselho)

Bernardo Vargas Gibsone

José João Abdalla Filho

Paulo Mota Henriques

Daniel Faria Costa

Fernando Bunker Gentil

Antônio Dirceu Araújo Xavier

Fernando Augusto Rojas Pinto

Cesar Augusto Ramirez Rojas

Celso Maia de Barros

Hermes Jorge Chipp

François Moreau

Carlos da Costa Parcias Junior


Principais concorrentes

AES Tietê (TIET3, TIET4, TIET11)

Energias do Brasil (ENBR3)

Afluente Transmissão de Energia (AFLT3)

Alupar (ALUP3, ALUP4, ALUP11)

Cemig (CMIG3, CMIG4)

CPFL Energia (CPFL3)

Eletrobras (ELET3, ELET5, ELET6)

Equatorial (EQTL3)

Eneva (ENEV3)

Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE4)

Elektro (EKTR4)

Energisa (ENGI3, ENGI4, ENGI11)

Engie (EGIE3)

Light (LIGT3)

Neoenergia (NEOE3)

Renova Energia (RNEW3, RNEW4, RNEW11)

Transmissão Paulista (TRPL3, TRPL4)


Perspectiva para o futuro

Como vimos, a Taesa possui importante papel e relevância no segmento de transmissão de energia no Brasil. Nitidamente, a empresa apresenta potencial de crescimento histórico marcante, originado através de importantes aquisições e projetos.

Podemos esperar, num futuro próximo, uma iniciativa de incrementar ativos estratégicos com grande complementariedade geográfica, tendo em vista a necessidade de fornecimento elétrico num país extenso como o Brasil.

Desse modo, a Taesa vai buscar manter alta qualidade operacional e margens elevadas com foco no crescimento e na sólida geração de caixa, aprimorando operações que aumentem as sinergias com o portfólio já existente da empresa.

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O setor apresentado ainda é considerado um gargalo no Brasil e possui espaço significativo para crescimento. Para tanto, a companhia deve investir, significativamente, em novas linhas de transmissão e novos projetos.

Por fim, vemos que o governo brasileiro espera, entre 2020-2029, aproximadamente R$ 104 bilhões em investimentos para transmissão no Brasil, o que pode gerar oportunidades para desenvolvimento e consolidação da posição da Taesa no mercado.

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Composição acionária

TAEE3 Acionista Percentual
1 CEMIG 36,97%
2 ISA Brasil 26,03%
3 Free Float 37,00%
TAEE4 Acionista Percentual
1 CEMIG 1,28%
2 Free Float 98,72%

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