Acordo de Associação Transpacífico (TPP): o que é, objetivos

Você sabe o que é o Acordo de Associação Transpacífico (TPP) e sua importância para o mundo? Confira conosco.

31 de julho de 2025 - por Diogo Silva


A globalização tem caminhado lado a lado com a intensificação do comércio mundial. Assim, cada vez mais países estabelecem negociações e acordos que facilitem suas relações comerciais. Com isso foi criado o Acordo de Associação Transpacífico (TPP), que trata-se do livre comércio de 11 países banhados pelo Oceano Pacífico.

Confira conosco a seguir mais detalhes sobre o assunto e fique por dentro da importância desse tratado.

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O que é o Acordo de Associação Transpacífico (TPP)?

O Acordo de Associação Transpacífico, que também é conhecido por TPP (Trans-Pacifit Partnership) é um tratado de livre-comércio. Esse termo foi assinado por 11 países banhados pelo Oceano Pacífico. Claro que, assim como tudo dessa magnitude, o tratado tem um objetivo plausível.

Ele foi criado com o interesse de estabelecer integração entre as economias do Pacífico e surgiu a partir da expansão Trans-Pacific Strategic Economic Partnership (TPSEP). Esse é um bloco econômico criado em 2005, se restringindo apenas à Nova Zelândia, Cingapura, Chile e Brunei.

Graças a importância desse acordo no comércio internacional, o TPP foi considerado por grande parte do mundo como o acordo comercial mais importante dos últimos anos. Somando todos os países que estão no acordo, o TPP representou, assim que criado, um PIB de mais de R$ 50 trilhões. Isso aponta 40% de toda a economia mundial.

Objetivos do TPP

A importância do TPP é maior que o desenvolvimento do comércio entre os membros da aliança. Além de ser um acordo de cooperação comercial, esse tratado também possui outros objetivos plausíveis e de grande peso. Sendo eles:

  • Estímulo de investimentos internos entre os membros do bloco, a fim de favorecer o desenvolvimento econômico dos países, aumentando assim a integração comercial entre eles;
  • Aumento da integração econômica entre os membros, principalmente por meio da redução de tarifas, taxas, barreiras alfandegárias e outros obstáculos à circulação de serviços, investimentos e produtos;
  • Padronização das legislações trabalhistas dos países que fazem parte do tratado, com intenção de garantir melhor padrão nas condições de trabalho e evitar a migração de empresas para os países com mão de obra barata;
  • A criação de regras comuns sobre propriedade intelectual de produtos e serviços, produção de conhecimento, novas tecnologias, para ao mesmo tempo proteger as inovações dos países-membros. Assim, ainda estimular o desenvolvimento científico global;
  • Fortalecimento de políticas ambientais comuns, a fim de garantir que os países do bloco possam alcançar um desenvolvimento econômico sustentável.

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Quem participa do TPP?

1. Japão

Segunda maior economia do grupo, viu no TPP uma oportunidade de impulsionar suas exportações e se modernizar economicamente.

2. Canadá

Queria diversificar seus parceiros comerciais além dos EUA e reforçar sua presença no comércio global.

3. México

Buscava atrair mais investimentos estrangeiros e ampliar o acesso de seus produtos a mercados asiáticos.

4. Peru

Via no TPP uma chance de expandir seu comércio para além da América do Sul e ganhar competitividade global.

5. Chile

Já tem muitos acordos comerciais, mas o TPP reforçaria sua estratégia de integração econômica internacional.

6. Austrália

Interessada em ampliar suas exportações de produtos agrícolas e minerais para a Ásia, especialmente Japão e Vietnã.

7. Nova Zelândia

Pequena, mas muito exportadora, o TPP seria uma forma de reduzir tarifas e ganhar acesso a grandes mercados.

8. Malásia

Queria atrair investimentos e modernizar sua economia com padrões mais elevados em comércio e indústria.

9. Singapura

Um hub comercial global, via no TPP uma forma de reforçar sua posição estratégica no comércio asiático.

10. Vietnã

Interessado em crescer como centro de produção e exportação, especialmente no setor têxtil e eletrônico.

11. Brunei

Pequeno, mas com ambições de diversificar sua economia além do petróleo, apostando em comércio e investimentos.

Importância do TPP

O TPP é importante porque vai além de um simples acordo comercial. Ele é uma tentativa real de aproximar países e facilitar a vida de quem produz, vende e compra.

Ao eliminar tarifas e reduzir burocracias, ele abre espaço para que empresas de todos os tamanhos consigam acessar novos mercados com mais facilidade.

Mas não é só isso! O acordo também cria regras mais claras e modernas sobre temas como direitos trabalhistas, proteção ambiental e comércio digital, o que ajuda a tornar o jogo mais justo para todos.

Em um mundo onde a influência da China cresce cada vez mais, o TPP também funciona como uma forma de equilibrar forças, reunindo países que querem seguir padrões mais transparentes.

Para nações em desenvolvimento, é uma oportunidade concreta de crescer, atrair investimentos e melhorar a vida das pessoas. No fim das contas, o tratado busca construir uma rede de cooperação que favoreça tanto a economia quanto relações internacionais mais estáveis e justas

Qual a origem e história do TPP?

O TPP surgiu de uma ideia simples entre quatro países: Brunei, Chile, Nova Zelândia e Singapura, que queriam facilitar o comércio entre si, lá em 2005.

Com o tempo, outros países foram se interessando, e o que era um acordo pequeno acabou crescendo e se transformando em algo bem maior. Entraram na jogada potências como Estados Unidos, Japão, Austrália e México, e juntos começaram a negociar um acordo mais amplo, que acabou sendo assinado em 2016.

Mas aí veio uma reviravolta em 2017, quando os Estados Unidos, que eram uma peça central do acordo, decidiram sair, logo no começo do governo Trump. Isso deixou todo mundo em dúvida sobre o futuro do TPP. Mesmo assim, os outros países resolveram seguir em frente e criaram uma nova versão do acordo, o CPTPP, assinada em 2018.

Desde então, o CPTPP se tornou um dos acordos comerciais mais relevantes do mundo. Ele não só facilita o comércio entre os países, como também traz regras sobre meio ambiente, direitos trabalhistas e comércio digital.

E o mais interessante é que outros países estão querendo entrar, o que mostra que essa ideia de união e cooperação ainda faz muito sentido no cenário global.

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Fontes: Brasil Escola; Suno; Mais Retorno; BBC

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