Faz sentido investir nos Estados Unidos?

Por mais que o Estados Unidos tenha vivido impactos na cotação de sua moeda, no longo prazo, ele sempre se recupera e permanece vantajoso.

3 de fevereiro de 2022 - por raulsena1


Nos últimos anos – e não nos últimos 3 anos como muita gente está dizendo -, a maior parte dos países desenvolvidos têm injetado quantidades enormes de dinheiro na economia. Se, há um tempo atrás, a política monetária americana era baseada em otimismo e emissão desenfreada de moeda (com mecanismos como o quantitative easing), agora, o Banco Central dos Estados Unidos vem apresentando uma política mais cautelosa com relação aos juros da própria economia. Ação esta que diminuiu os estímulos para conter o aumento dos preços e a perda do poder de compra da moeda mais forte do mundo, o Dólar.

Para se ter uma ideia, em 2010, o FED (o Banco Central Americano) já tinha definido que a taxa de juros seria de 0% (essa taxa lá nos Estados Unidos equivale a nossa Taxa Selic, atualmente, em 9,25% e, no ano passado, em 2%). Nesse sentido, se a taxa básica de juros passou a ser zero, os empréstimos ficaram mais baratos no país inteiro.

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O que começou a mudar nos Estados Unidos em 2020

Em suma, na época, em 2010, se falava em guerra cambial, os EUA destinaram US$ 600 bilhões para a compra de títulos dos bancos que, por sua vez, emprestaram o dinheiro à população. Esse fenômeno é chamado de Quantative Easing e ele vem sendo praticado há muitos anos. Como VÁRIOS países fizeram a mesma coisa, ficou difícil para a população observar a inflação. Contudo, os efeitos da maior economia do mundo realizando uma injeção dessa proporção foram sentidos em todas as demais nações do planeta. Em especial, após a Crise do Subprime, de 2008.

Nesse meio tempo, como era de se imaginar, frente aos percalços com a crise das hipotecas, aumento crescente do desemprego, a ideia do governo foi de fato dar incentivos para a economia do país. Primordialmente, zerando então as taxas de juros e iniciando uma subida a passos largos da inflação, mediante as sucessivas injeções feitas. Para se ter uma ideia, nesse ano de 2010, o dólar se desvalorizou 36% em relação ao real. Foi proposital, uma vez que a ideia era aumentar as importações do país. Em seguida, a China devolveu jogando mais moeda na economia.

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O auge do problema

Depois disso, nos anos que se sucederam, o procedimento de realizar tais estímulos financeiros ocorreu excessivamente. Ao ponto, inclusive, de chegar ao ÁPICE do problema, que foi a injeção desenfreada de estímulos econômicos, feita durante a pandemia para conter o desemprego. A injeção em 2020 foi de 1 trilhão de dólares. Com toda essa injeção de dinheiro em 2020/2021, os efeitos começaram a chegar os EUA. A começar por uma inflação de 6,2%, a maior dos últimos 30 anos do país. 

Obviamente, o resultado foi drástico. Além disso, foi sentido ao redor do mundo e no próprio país. Ainda mais nos EUA, que têm vivido uma alta inflação, aumento na taxa de desemprego e uma instabilidade do próprio mercado. Após tal contexto, muitos investidores estrangeiros passaram a temer aportes nos Estados Unidos. O S&P500 (um índice composto por quinhentos ativos cotados nas bolsas de NYSE ou NASDAQ).

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Faz sentido investir nos Estados Unidos?

Warren Buffet, um dos maiores investidores do mundo, já dizia: nunca aposte contra a América. E historicamente, faz muito sentido, uma vez que oscilação cambial do dólar em relação ao real é absolutamente menor. Por mais que os Estados Unidos tenham vivido diversos fatores que impactaram a cotação de sua moeda internacionalmente, no longo prazo, ele sempre se recupera e permanece vantajoso.

A princípio, melhor recomendação é que não se dê tanto foco às notícias do momento, uma vez que existem inúmeros fatores que não estão sob nosso controle e que podem afetar as impressões imediatas que é possível fazer diante disso. Em tese, por conta dos eventos políticos, tanto nos Estados Unidos, como no Brasil, muitos fatos podem fazer o dólar se valorizar ou se desvalorizar.

Sobretudo, avaliando o histórico e tendo uma visão mais consolidada das realidades econômicas de ambos os países, é possível dizer que é bastante válido se expor fora do Brasil. Especialmente, para validar a diversificação territorial de seus investimentos.

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Inclusive, nesse curso, se enfatiza a importância de realizar investimentos com foco no longo prazo. Do mesmo modo, se reforça sobre a Bolsa de Valores ser uma forma de construir o seu patrimônio. Vale a pena conhecer. E para saber mais sobre a crise vivida pelos Estados Unidos, assista ao vídeo de Raul Sena, o Investidor Sardinha.

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