Ata do Fed, relatório de emprego, preço do petróleo, fim dos prêmios da Starbucks e o Brasil no vermelho

4 de janeiro de 2024, por Evelyn

Tempo de leitura médio: 17 min, 13 seg


Ouça as notícias pelo nosso podcast!

Bom dia, Investidor Sardinha. Este é mais um Soco Matinal com as principais notícias do dia no mercado financeiro e no mundo, tudo em 5 minutos, para você já começar o dia zonzo.

E quinta-feira é dia de #TBT:

1865

  • É inaugurada perto da Wall Street a primeira sede permanente da Bolsa de Valores de Nova York.
  • E hoje é comemorado o Dia Mundial do Braille
IBOVESPA
  • IBOV: 132.833
  • Dia 03/01/2024: +0,10%
mas o que rolou?

Na boa, o Ibovespa deu um gás fechando em alta. Tudo por causa da ata do Fed, o banco dos EUA, que deu uma confiança massa sobre a inflação e a Petrobras aqui ajudando.

Investidores tavam de olho na ata do Fed pra sacar pra onde os juros vão nos EUA. Parece que o pessoal lá tá pensando em baixar a taxa básica até o final de 2024.

Por aqui, ainda rola questão de orçamento e tá causando no Congresso.

Lá fora, nos EUA, as vagas de emprego tão caindo faz três meses seguidos. Tamo esperando o relatório de emprego de sexta-feira pra ver mais sobre a economia deles.

Resumindo, o mercado teve um up com o Fed, o dólar ficou na tranquilidade, e por aqui, a política tá mexendo os pauzinhos.

AO MESMO TEMPO TIVEMOS OS SEGUINTES DESTAQUES DO ÚLTIMO PREGÃO

A princípio, as ações que se saíram bem dentro do índice:

  • Pão de Açúcar (PCAR3): R$ 4,63 (+10,50%)
  • Grupo Soma (SOMA3): R$ 7,54 (+5,31%)
  • Cielo (CIEL3): R$ 4,71 (+3,74%)
  • Petrobras (PETR3): R$ 40,70 (+3,40%)
  • Prio (PRIO3): R$ 46,88 (+3,37%)

Por outro lado, os tickers com os piores desempenhos:

  • BRF (BRFS3): R$ 12,60 (-4,91%)
  • Azul (AZUL4): R$ 14,21 (-3,33%)
  • Braskem (BRKM5): R$ 20,50 (-2,84%)
  • JBS (JBSS3): R$ 24,47 (-2,78%)
  • MRV (MRVE3): R$ 10,45 (-2,52%)

Nesse meio tempo, vamos ver o que rolou nos Fundos Imobiliários:

ÍNDICE DOS FUNDOS IMOBILIÁRIOS:
  • IFIX: 3.324
  • Dia 03/01/2024: +0,31%

Enquanto isso, as maiores altas foram:

  • BCRI11 – R$ 74,09 (+2,44%)
  • BLMR11 – R$ 6,64 (+2,25%)
  • PORD11 – R$ 89,91 (+2,04%)
  • KNIP11 – R$ 94,56 (+1,8%)
  • RBRL11 – R$ 88,55 (+1,6%)

Por outro lado, as maiores baixas:

  • BTRA11 – R$ 61,18 (-2,88%)
  • BLMG11 – R$ 41,93 (-2,17%)
  • VILG11 – R$ 98,4 (-1,41%)
  • KISU11 – R$ 8,58 (-1,28%)
  • HTMX11 – R$ 192,13 (-1,02%)
CÂMBIO
  • Dólar EUA: R$ 4,91 (-0,08%)
  • Euro: R$ 5,37 (-0,25%)
  • Libra Esterlina: R$ 6,22 (+0,28%)

Por fim, saindo um pouco do mercado nacional, vamos falar sobre as bolsas mundiais e os índices de mercado internacional.

Morning call de Índices Internacionais

Ata do Fed, relatório de emprego, preço do petróleo, fim dos prêmios da Starbucks e o Brasil no vermelho

Imagem: brasão do Federal Reserve – Fonte Investidor Sardinha

Falando do cenário internacional, as bolsas mundiais:

Em primeiro lugar, nos Estados Unidos:

  • DOW JONES: -0,76%
  • S&P 500: -0,80%
  • NASDAQ: -1,18%

Por outro lado, nas bolsas europeias:

  • DAX (Alemanha): -1.38%
  • FTSE 100 (Inglaterra): -0,51%
  • CAC 40 (França): -1,58%
  • FTSE MIB (Itália): -1,39%

Ao mesmo tempo, nas bolsas asiáticas:

  • Nikkei (Japão): —
  • Shangai (China): +0,17%
  • KOSPI (Coreia do Sul): -2,34%

Enquanto isso, as criptomoedas nas últimas 24h (09h14):

  • Bitcoin: US$ 43.244 (-1,05%)
  • Ether: US$ 2.230 (-3,32%)

Afinal, as commodities: (commodities)

  • Ouro: US$ 2.042/onça troy (-1,48%)
  • Petróleo Brent (Futuros): US$ 78,25/barril (+3,11%)
  • Minério de Ferro (Futuros): US$ 144,16/tonelada (+5,71%)

Enfim, vamos falar de ações e stocks (exterior):

Morning call de ações

Ata do Fed, relatório de emprego, preço do petróleo, fim dos prêmios da Starbucks e o Brasil no vermelho

Imagem: Eletrobras e a logo em fundo branco com azul e verde – Fonte: Jornal GGN

BRASIL

MUVUCA NO JUDICIÁRIO SOBRE SUSPENSÃO DA ASSEMBLEIA DA ELETROBRAS

Olha só o esquema: o ministro Alexandre de Moraes, lá do STF, deu um prazo de 48 horas pros desembargadores explicarem por que raios suspenderam a Assembleia Geral Extraordinária (AGE) que ia rolar no fim de dezembro. Nessa AGE, o papo era sobre a incorporação de Furnas ao esquema da Eletrobras.

A treta começou porque uns desembargadores do Rio de Janeiro, durante o plantão judicial, atendendo a um pedido da Associação dos Empregados de Furnas, decidiram parar a AGE. O motivo? Uma ação da Advocacia-Geral da União (AGU) questionando a redução do poder de voto do governo na Eletrobras. Essa ação tá no STF, e o ministro Kássio Nunes Marques pediu um prazo de 90 dias pra tentar resolver isso na base da conversa.

A Eletrobras não curtiu, foi pro STF reclamar, alegando que os tribunais lá embaixo tão indo além do que o Supremo decidiu. A parada tá sendo tratada como uma reclamação constitucional, que é um tipo de recurso mais rápido e decidido por um único ministro.

E olha só, o Supremo tá em plantão em janeiro, então o Moraes não tá sozinho nessa. Os ministros Luís Roberto Barroso, Edson Fachin, Gilmar Mendes e André Mendonça também tão trabalhando nesse período, decidindo paradas urgentes ou qualquer coisa que apareça por lá. A bagunça tá grande!

PETROBRAS TEM ALTA EXPRESSIVA. ENTENDA O MOTIVO

Então, as ações da Petrobras fecharam o dia dando uma animada, subindo mais de 3%. O motivo? O petróleo também decolou por conta de uma declaração da Opep (Organização dos Países Exportadores de Petróleo) e um clima de tensão lá nas questões geopolíticas.

Tudo começou porque o principal campo de petróleo na Líbia parou as atividades devido a protestos, então aumentou os receios de que as tensões no Oriente Médio pudessem cortar o fornecimento global de petróleo.

Enquanto isso, os futuros do petróleo Brent subiram uns 3,11%  e os futuros do petróleo West Texas Intermediate (WTI) dos EUA tiveram ganhos de 3,30%. Foi a primeira vez em cinco dias que esses contratos de referência ficaram no positivo.

Além disso, os ataques contínuos a navios no Mar Vermelho por combatentes houthi, um grupo apoiado pelo Irã no Iêmen, também ajudaram a impulsionar os preços do petróleo. Os houthis disseram que atacaram um navio porta-contêineres com destino a Israel e o Comando Central dos EUA confirmou que os houthis dispararam dois mísseis no sul do Mar Vermelho.

Resumindo, a combinação de paralisação na Líbia e tensões no Mar Vermelho tá fazendo os preços do petróleo subirem, o que impactou positivamente as ações da Petrobras.

DESDOBRAMENTO DO BANCO DO BRASIL

O Banco do Brasil (BBAS3) quer dividir suas ações na vibe de dois pra um. Ou seja, se você tem 100 ações, depois do truque, vai ter 200, mas o valor delas vai cair pela metade. A ideia é tornar a parada mais acessível para a galera e deixar o mercado mais movimentado.

Tem gente achando que isso pode afetar a distribuição de dividendos, mas na real, nada muda financeiramente. O preço das ações e os dividendos continuam na mesma, mesmo que a sensação seja de que tá recebendo menos.

Aliás, o BB distribuiu uma bolada de R$ 13 bilhões em dividendos em 2023, ficando entre os maiores nesse quesito. Pra 2024, a previsão é de um retorno de 10% em dividendos e a empresa mantendo o payout em 40%.

Segurando a onda aí de inadimplência, a coisa vai que vai.

EMBRAER E A BLACKROCK COM PARTICIPAÇÃO MENOR

A BlackRock deu uma diminuída na participação dela na Embraer (EMBR3), ficando com 3,4% agora, segundo um papel que ela mandou pro mercado. Eles tão segurando agora 24,6 milhões de ações da Embraer.

A operadora de investimentos fez questão de dizer que tá fazendo isso só pra investir mesmo, sem querer bagunçar o controle ou a forma como a Embraer tá sendo administrada.

A empresa tem potencial de crescimento, principalmente com o projeto do veículo elétrico de decolagem e pouso vertical (eVTOL), achando que isso vai ter um impacto grande nas finanças da empresa até 2030.

No entanto, também há riscos, tipo a competição forte no setor, variações na economia mundial, trocas nas moedas e uns possíveis atrasos na entrega de aviões, mostrando que o mercado aeroespacial é meio complicado e dinâmico.

SUBINDO QUE NEM FOGUETE, OUTRAS AMARGANDO AS PERDAS

As ações do Pão de Açúcar (PCAR3) tiveram um salto de mais de 10% na bolsa, impulsionadas por um estudo de reestruturação do Grupo Casino, seu principal controlador. O valor da ação chegou a R$ 4,63 no pregão. Enquanto isso, a BRF despencou quase 5%.

O movimento positivo nas ações do Pão de Açúcar foi impulsionado pelo estudo do Grupo Casino, que indicou que o projeto de reestruturação de capital seria justo para todos os acionistas. Além disso, a curva de juros futura favoreceu empresas mais ligadas à economia brasileira, como Pão de Açúcar, Grupo Soma e Cielo.

Além disso,  entre as maiores quedas, a BRF se destacou, caindo 4,91%, após um relatório do BTG Pactual analisar uma possível fusão com a Marfrig.

Por outro lado, as ações de empresas sensíveis à oscilação do petróleo, como Azul e Gol, registraram quedas. A BRF e incorporadoras, como MRV e Cyrela, também apresentaram desempenho negativo no dia.

EXTERIOR

CUIDADO PARA NÃO PERDER DINHEIRO

A Starbucks vai dar tchau pro seu app, programa de fidelidade e cartão aqui no Brasil, segundo a gestora da rede, a SouthRock Capital. Ah, e a cafeteria não vai mais aceitar pagamentos com o cartão exclusivo a partir de 31 de janeiro de 2024.

Eles até postaram nas redes sociais agradecendo pela confiança dos clientes e tal. Quem curte Starbucks tem até o final deste mês pra trocar pontos por produtos e gastar o que tiver no Starbucks Card.

A coisa tá meio agitada porque no final do ano passado, a SouthRock, que manda nas operações da Starbucks por aqui, pediu recuperação judicial com uma dívida de R$ 1,8 bilhão. A gestora também cuida da franquia Subway e do Eataly.

Eles dizem que a situação econômica do Brasil, com a pandemia, inflação subindo e taxas de juros aumentando, afetou pra caramba os varejistas, incluindo a Starbucks.

Lembrando que o pedido de recuperação foi aceito em dezembro, mas só pros negócios da SouthRock relacionados à Starbucks, já que o Eataly e o Subway ficaram de fora. Com o deferimento, todas as ações e execuções contra a SouthRock ficam pausadas por 180 dias.

INTEL E INOVAÇÃO COM INTELIGÊNCIA ARTIFICIAL

A Intel tá lançando uma nova empresa de software de inteligência artificial chamada Articul8 AI, em parceria com a DigitalBridge Group e outros investidores. A ideia é focar nos rolês de tecnologia corporativa de IA, mas não temos muitos detalhes sobre a grana envolvida ou se vão ter o controle total da nova empreitada, mas disseram que a Intel ainda vai ser acionista e que a Articul8 AI terá um conselho de administração independente.

A parada toda começou com a Intel e o Boston Consulting Group desenvolvendo um sistema generativo de IA que consegue ler textos e imagens. A Intel adaptou esse sistema para rodar dentro dos data centers do BCG, resolvendo paradas de privacidade e segurança.

A ideia é resolver a questão de colocar a IA generativa em produção de forma segura e sustentável, já que muita gente fica meio receosa de entregar seus dados pra gigantes da nuvem.

A Intel tá apostando na Articul8 e essa movimentação faz parte da estratégia de buscar investimento externo para diferentes partes dos negócios, tipo aquela empresa de chips automotivos, a Mobileye Global. Eles tão até pensando em fazer um IPO da unidade de chip programável no futuro.

Além da DigitalBridge, que é um investidor forte em data centers, outros que tão entrando nessa com a Articul8 são Fin Capital, Mindset Ventures, Communitas Capital, GiantLeap Capital, GS Futures e Zain Group. A ideia é clara: botar a IA pra jogo e resolver os paranauês de colocar as coisas em produção de maneira segura e sustentável.

Em seguida vamos às notícias do cenário interno e mundial:

Resumo de notícias do Brasil e exterior

BRASIL

Ata do Fed, relatório de emprego, preço do petróleo, fim dos prêmios da Starbucks e o Brasil no vermelho

Imagem: Cargas no Porto – Fonte: Global Kem

A COISA FOI PIOR DO QUE O ESPERADO

Em novembro de 2023, o Brasil ficou no vermelho em transações internacionais, com um déficit de US$ 1,6 bilhão. Foi um pouco menos do que em novembro de 2022, mas bem pior do que os analistas esperavam, achando que seria só um déficit de US$ 400 milhões. O lado bom foi o superávit comercial de bens, com US$ 6,7 bilhões, graças às nossas exportações e importações. No entanto, gastamos mais do que ganhamos em serviços, com destaque para transporte e viagens internacionais. O déficit em renda primária foi de US$ 4,7 bilhões, e os investimentos estrangeiros deram uma contribuição de US$ 7,8 bilhões. As reservas internacionais subiram para US$ 348,4 bilhões, um acréscimo de US$ 8,2 bilhões em relação ao mês anterior.

DÓLAR, ATA DO FED E TENSÕES NO CENÁRIO GLOBAL

O dólar fechou quase na mesma, a R$ 4,91, com o pessoal analisando a reunião do Fed. A ata mostrou que eles tão mais tranquilos sobre a inflação. Parece que tão preocupados em não apertar demais a política monetária e também com a inflação nos serviços.

Aqui em terras brasileiras, o dólar ficou meio de boa, variando uns 0,01%, batendo nos 4,92 reais na venda. Na B3, o contrato de dólar futuro tava caindo 0,11%, a 4,94 reais.

A ata do Fed deu a entender que a inflação tá mais sob controle, mas não ficou claro quando vão começar a mexer nos juros. Tem uma incerteza alta, e o pessoal tá tentando ler nas entrelinhas.

Os dois primeiros dias de 2024 foram de apostas mais tranquilas no ciclo de redução dos juros pelo Fed. Se os juros lá nos EUA continuarem altos, o dólar pode se fortalecer mais frente a outras moedas. A sessão teve uns altos e baixos, talvez por causa da alta das commodities favorecendo o real, mas as tensões globais também tão influenciando, especialmente com Israel dando um jeito no vice-líder do Hamas e uns problemas no Mar Vermelho. Tá um cenário meio instável, e o dólar ficou meio doido durante o dia.

LOUCURA, LOUCURINHA, TRIBUTAÇÃO TE DEIXA DOIDO DA CUQUINHA

E lá vamos nós para mais uma “lei incrível”! Agora temos a Lei 14.789/2023, apelidada carinhosamente de “MP das subvenções”, que bagunçou o cenário tributário. Essa joia da legislação altera as regras de tributação de incentivos fiscais para investimentos, deixando todo mundo de cabelo em pé.

O presidente Lula sancionou a brincadeira sem vetos, e agora o jogo é sério. A nova regra estabelece critérios para descontar valores dos benefícios no ICMS da base de cálculo de tributos federais. Ou seja, o governo quer a grana das empresas, mas só se for para investir, nada de gastar em salários ou cafezinho.

Essa novidade pode render uma bolada de R$ 35 bilhões em 2024, segundo as estimativas do governo. Parece até um plano infalível para zerar o déficit fiscal, não é mesmo? A MP 1.185, que deu origem a isso tudo, foi vista como a “prioridade da equipe econômica”, tipo, a cereja do bolo.

Mas as mudanças não param por aí! Agora, os Juros sobre Capital Próprio (JCP) também ganharam uma atenção especial. Quem diria, né? Agora, os cálculos sobre a despesa com JCP incluem até recursos relacionados a reservas de capital e reservas de lucro, só não vale a reserva de incentivo fiscal por doações ou subvenções governamentais. Isso é que é criatividade fiscal!

Além disso…

Não podemos esquecer das subvenções! A nova lei garante que essas belezinhas concedidas pela União, estados ou municípios, como aquelas do ICMS, vão parar na base de cálculo de tributos como IRPJ, CSLL, PIS e Cofins. Se é para receber ajuda do governo, agora é melhor se preparar para a “fatura”.

Mas calma, tem mais! Se você estiver devendo, pode rolar um “parcelão” com desconto. A lei traz até opções de parcelamento com descontos de 80% sobre a dívida consolidada. É quase um “leve dois, pague um”. Só não se esqueça de ler as letras miúdas sobre contrapartidas e requisitos. Nada é de graça, né?

Enfim, o Brasil, esse país que sempre inova nas leis e regulamentações tributárias. Só nos resta torcer para entendermos essa nova “maravilha” da legislação e, quem sabe, sair ilesos dessa aventura fiscal. Que venham mais leis incríveis em 2024!

EXTERIOR

ATA DO FED E LEITURA PELOS ECONOMISTAS

Então, os economistas tão falando que a Ata do Fed, que saiu agora, deu uma pegada um pouco mais dura comparada com o que eles tinham dito antes. O Federal Reserve quis meio que acalmar a galera, diminuindo a expectativa de que vão começar a cortar os juros em breve, focando nos efeitos da política mais restritiva na economia.

Na reunião de dezembro, o Comitê de Mercado Aberto manteve a taxa de juros pela terceira vez seguida, entre 5,25% e 5,50%. A Ata fala desse reconhecimento de que a economia tá desacelerando, mas ao mesmo tempo deixa a porta aberta pra possíveis aumentos nos juros, se precisar.

Os analistas tão divididos nas opiniões. Alguns acham a Ata meio neutra, outros veem ela como levemente “hawkish” (favorável a aumentar os juros), e todo mundo nota que o Fed tá agindo com cautela em relação ao mercado de trabalho e a inflação de serviços.

Teve também um esclarecimento sobre um mal-entendido com o Jerome Powell, o chefão do Fed, falando sobre cortes de juros em 2024. A Ata deu uma clareada nisso, dizendo que, sim, é provável que tenham cortes, mas não tão rápido assim, deixando espaço pra surpresas durante o ano.

O QUE ROLOU NAS BOLSAS NOS EUA

Então, as bolsas de Nova York fecharam no vermelho ontem, e a galera tá meio tensa por causa de uns dados econômicos e a ata do banco central dos EUA. Parece que isso deixou todo mundo em dúvida sobre a ideia de cortes agressivos nos juros a partir de março.

A parada começou com ordens de venda rolando desde a abertura, meio que invertendo aquele rali que tava rolando no final do ano passado. O presidente do Fed de Richmond, Tom Barkin, não descartou mais aperto monetário, o que gerou uma pressão extra.

Teve um momento de alívio quando o relatório Jolts mostrou uma pequena queda nas vagas de emprego nos EUA em novembro, e o índice de gerentes de compras indicou que a indústria ainda tá meio devagar em dezembro. Mas foi coisa passageira, e o clima negativo prevaleceu, com uma venda intensa em setores como mercado imobiliário, tecnologia e bancos.

No final da tarde, a ata do Fed trouxe a preocupação deles com a grana fácil e a inflação nos serviços, mas reforçou que os juros já tão no pico ou bem perto disso. O documento disse que muita gente no Fed acha que seria bom baixar a taxa dos fed funds até o final de 2024, mas tão meio cautelosos sobre a escala e rapidez dos cortes, como já mencionei.

De acordo com o foi visto, a probabilidade de cortes em março caiu um pouco, para uns 70%. E aí tem queda nas bolsas por causa dessas incertezas sobre o futuro dos juros nos EUA.

SOQUINHO
  • A abertura de empregos nos Estados Unidos deu uma leve caída em novembro, ficando em 8,79 milhões, segundo o relatório Jolts, abaixo do que os analistas esperavam. Era esperado 8,85 milhões de novas vagas, mas ao longo do mês, as contratações diminuíram, indo de 5,83 milhões para 5,46 milhões, enquanto os desligamentos passaram de 5,95 milhões para 5,63 milhões. No entanto, alguns setores sentiram mais a queda, como transporte, armazenamento e governo federal, mas o comércio atacadista teve um aumento de 63 mil vagas.
_____________Então, quer saber mais sobre algum assunto desta edição? Vai lá no @evysardinha que a gente bate um papo legal sobre os assuntos trazidos aqui.
Assim termina nosso morning call. Bons investimentos.