Lula agitou o mercado, resultado da P&G e Johnson & Johnson e dados sobre quem tá com o nome sujo

23 de janeiro de 2024, por Evelyn

Tempo de leitura médio: 18 min, 13 seg


O Soco Matinal desta terça-feira, 23/01/2024, traz notícias sobre o que rolou no pregão, explicando a queda, além do que já falamos sobre esta semana ter poucos indicadores relevantes, mas sabendo que todos estão de olho na sexta-feira. (pelo menos mais do que no saco de pão da Luis Vuitton ou LV para os íntimos)

Ontem, destaque para o BNDES liberando R$ 250 bilhões para projetos de “neoindustrialização”. Por outro lado, nos EUA, bolsas fecharam em alta moderada.

Hoje tem resultado da P&G, Johnson & Johnson e surpresinha da IRB Brasil, além da gente falar de quem tá com o nome sujo. Então vamos nessa!

Ouça as notícias pelo nosso podcast!

IBOVESPA
  • IBOV: 126.601
  • Dia 22/01/2024: -0,81%
mas o que rolou de fato no último pregão?

O Ibovespa deu um rolê por terras desconhecidas, perdendo os 127 mil pontos que nem um turista perdido no mapa. A culpa? Um plano industrial de R$ 300 bilhões do governo federal. Parece que o mercado não curtiu a ideia e resolveu dar um salto para o abismo. Se Wall Street é a festa, o Ibovespa não estava no clima.

O plano do governo Lula da Silva é um pacotão de R$ 300 bilhões para a indústria, com linhas de crédito, subsídios e até uma pitada de “conteúdo local”. A galera do Ministério do Desenvolvimento quer “reverter a desindustrialização precoce do país”. Boa sorte com isso, né? Sem contar a parte que uma galera fala que o caminho não é esse pacote, porque a questão é a baixa produtividade entre outras questões, como competitividade.

Além disso, a proposta fala em instrumentos financeiros sustentáveis, crédito para inovação e exportações, além de uns mimos fiscais. São seis eixos, tipo um roteiro de filme: agroindústria, saúde, bem-estar nas cidades, transformação digital, defesa e bioeconomia. Só faltou o eixo da sorte, porque o mercado não curtiu muito. Agora, eu te pergunto: O mercado foi eficiente em avaliar essa proposta?

E tem mais…

E como se isso não bastasse, o Ibovespa ainda levou uns tabefes do dólar e dos juros, que subiram mais que a sua conta do bar depois que você ficou solteiro. Os juros resolveram seguir a vibe contrária aos rendimentos dos Treasuries e aí o dólar deu uma subidinha…

Vale e bancos, sempre eles, puxaram o Ibovespa pra baixo. A Vale fechou em queda, bancos também tiveram seu momento triste, especialmente o Itaú, que recuou 1,64%. Até a Lojas Renner entrou na dança, perdendo 5,44%, depois que o Citi cortou a recomendação da ação para “neutra”. Sabe como é, às vezes o mercado é meio bipolar, mas pode ser que esteja em promoção igual a varejista.

Mas nem tudo está perdido. A BRF foi a salvadora do dia, avançando 4,92%. Parece que o frigorífico está de boa com os custos dos insumos, graças às cotações camaradas dos grãos.

Parece que o Ibovespa virou adepto do “quanto mais baixo, melhor”. Quem é sardinha raiz, estratégia e grana: aproveite… E a gente aqui, de camarote, observando o circo pegar fogo para os que estão fora do cardume.

AO MESMO TEMPO TIVEMOS OS SEGUINTES DESTAQUES DO ÚLTIMO PREGÃO

A princípio, as ações que se saíram bem dentro do índice:

  • BRF (BRFS3): R$ 13,64 (+4,92%)
  • Cielo (CIEL3): R$ 4,62 (+3,13%)
  • Embraer (EMBR3): R$ 21,75 (+1,97%)
  • Usiminas (USIM5): R$ 8,60 (+1,18%)
  • Azul (AZUL4): R$ 13,25 (+1,07%)

Por outro lado, os tickers com os piores desempenhos:

  • Hapvida (HAPV3): R$ 3,79 (-5,72%)
  • Lojas Renner (LREN3): R$ 15,81 (-5,44%)
  • Assaí (ASAI3): R$ 13,61 (-4,83%)
  • Locaweb (LWSA3): R$ 5,49 (-4,69%)
  • Carrefour (CRFB3): R$ 11,31 (-4,40%)

Nesse meio tempo, vamos ver o que rolou nos Fundos Imobiliários:

ÍNDICE DOS FUNDOS IMOBILIÁRIOS:
  • IFIX: 3.334
  • Dia 22/01/2024: -0,18%

Enquanto isso, as maiores altas foram:

  • XPIN11: R$ 79,95 (2,41%)
  • HTMX11: R$ 176,79 (1,69%)
  • BROF11: R$ 55,98 (1,46%)
  • BTAL11: R$ 75,91 (1,05%)
  • RZAT11: R$ 92,54 (1,04%)

Por outro lado, as maiores baixas:

  • VSLH11: R$ 4,22 (-1,42%)
  • KNCR11: R$ 104,64 (-1,37%)
  • BRCR11: R$ 59,79 (-1,3%)
  • HCTR11: R$ 38,28 (-1,25%)
  • VGIR11: R$ 9,8 (-1,12%)
CÂMBIO
  • Dólar EUA: R$ 4,98 (+1,18%)
  • Euro: R$ 5,42 (1,11%)
  • Libra Esterlina: R$ 6,34 (+1,21%)

Por fim, saindo um pouco do mercado nacional, vamos falar sobre as bolsas mundiais e os índices de mercado internacional.

Morning call de Índices Internacionais

Fala de Lula agitou o mercado, resultado da P&G e Johnson & Johnson e dados sobre quem tá com o nome sujo

Imagem: bandeira da China tremulando e ao fundo embarcações e prédios – Fonte: InvestNews

Falando do cenário internacional, as bolsas mundiais:

Em primeiro lugar, nos Estados Unidos:

  • DOW JONES: +0,37%
  • S&P 500: +0,22%
  • NASDAQ: +0,32%

Por outro lado, nas bolsas europeias:

  • DAX (Alemanha): +0,77%
  • FTSE 100 (Inglaterra): +0,35%
  • CAC 40 (França): +0,56%
  • FTSE MIB (Itália): -0,33%

Ao mesmo tempo, nas bolsas asiáticas:

  • Nikkei (Japão): -1,62%
  • Shangai (China): -2,68%
  • KOSPI (Coreia do Sul): -0,34%

Enquanto isso, as criptomoedas nas últimas 24h (7h35):

  • Bitcoin: US$ 39.015 (-4,13%)
  • Ether: US$ 2.232 (-6,21%)

Afinal, as commodities: (commodities)

  • Ouro: US$ 2.022/onça troy (-0,35%)
  • Petróleo Brent (Futuros): US$ 80,06/barril (+1,91%)
  • Minério de Ferro (Futuros): US$ 135,88/tonelada (-0,34%)

Enfim, vamos falar de ações e stocks (exterior):

Morning call de ações

Fala de Lula agitou o mercado, resultado da P&G e Johnson & Johnson e dados sobre quem tá com o nome sujo

Imagem: vela acesa e uma lâmpada apagada ao lado – Fonte: Cotia e Cia

BRASIL

ENEL E LIGHT NO BICO DO URUBU

Parece que a Senacon (Secretaria Nacional do Consumidor) está cansada das empresas de energia elétrica deixando todo mundo no escuro e decidiu partir pra cima. Depois de consumidores ficarem às escuras por dias, a Secretaria tá pensando sério em pedir à Aneel para dar tchauzinho para as concessões dessas empresas.

Da mesma forma, o secretário Wadih Damous está pistola e promete multas para cada apagão relatado. Ele até citou uma galera que teve que dormir na praia por falta de luz, e agora vai ter uma reunião séria com a Light no Rio de Janeiro. O mesmo vale para a Enel. Parece que vai rolar um barraco!

GERDAU TEM CONCORRENTE NA ÁREA

A Sinobras, a única fábrica de aços longos no Norte do Brasil, está saindo com tudo pra cima das gigantes do aço, tipo Gerdau e ArcelorMittal. Investiram uma grana preta, R$ 1 bilhão numa nova unidade que tá turbinando a produção. Agora, além do que já faziam, estão lançando no mercado vergalhão em rolo, fio-máquina e mais uns aços diferentões.

Essa Sinobras não tá de brincadeira, hein? Ao passo que acabaram de sair de uma recuperação judicial em 2022,  agora tão prontos pra bater de frente com os grandões. Além disso, com o novo laminador, a capacidade deles dobrou, e eles tão se preparando pra uma verdadeira batalha no mundo do aço. Assim, é a Sinobras chegando com tudo!

IRBZINHA DA MASSA TÁ QUE TÁ!

O ressegurador IRB soltou seus números mensais e, surpreendentemente, conseguiu sair do vermelho em novembro de 2023, marcando um lucro de R$ 24 milhões. Parece que alguém lá decidiu parar de fazer apostas arriscadas no “Monopoly”. No mesmo mês do ano anterior, eles estavam contando prejuízo de R$ 48,5 milhões. O resultado antes dos impostos também deu uma reviravolta, saindo de R$ 87,4 milhões negativos para R$ 42 milhões positivos. Parece que alguém aprendeu a lição básica de não gastar mais do que ganha.

A parte financeira e patrimonial teve um aumento considerável de 177,8%, chegando a R$ 37,5 milhões em novembro. Será que encontraram uma mina de ouro escondida nos contratos de resseguro?

Os prêmios emitidos pela empresa bateram em R$ 583,2 milhões, um salto de 7,5% comparado ao ano anterior. Pode ser que finalmente alguém na diretoria tenha feito uma estratégia decente, ou talvez tenham encontrado um dicionário para entender o que significa “sinistralidade”. O índice caiu de 96% para 56,8%, mostrando que alguém finalmente resolveu não fazer mais negócios tão desastrosos. O índice combinado também deu uma acalmada, caindo de 125,2% para 98,8%. Parece que alguém fez a lição de casa e aprendeu que ser responsável é o novo descolado no mundo dos negócios.

DINHEIRINHO NO BOLSO
  1. TIM (TIMS3):
    • Valor do Dividendo por Ação: R$ 0,270
    • Total do Dividendo: R$ 655 milhões
    • Data-Com: 21 de dezembro
    • Data de Pagamento: 23 de janeiro
    • Tipo de Provento: Juros sobre Capital Próprio (JCP), com tributação de 15%
    • Observações: As ações negociadas “ex-dividendos” a partir de 22 de dezembro.
  2. Schulz (SHUL3; SHUL4):
    • Valor do Dividendo por Ação:
      • Ordinária (SHUL3): R$ 0,057
      • Preferencial (SHUL4): R$ 0,063
    • Total do Dividendo: R$ 21,7 milhões brutos
    • Data-Com: 29 de setembro
    • Data de Pagamento: 23 de janeiro
    • Tipo de Provento: Juros sobre Capital Próprio (JCP)
    • Observações: As ações passaram a ser negociadas “ex-dividendos” em 22 de dezembro.
  3. Fras-le (FRAS3):
    • Valor do Dividendo por Ação: R$ 0,23
    • Data-Com: 20 de dezembro de 2023
    • Data de Pagamento: 23 de janeiro
    • Tipo de Provento: Juros sobre Capital Próprio (JCP)
SOQUINHOS
  • A Copasa lançou sua nova marca, marcando a primeira mudança em 60 anos, impulsionada pelo Novo Marco do Saneamento. O presidente destacou a modernização da empresa para enfrentar os desafios do setor. A nova marca é centrada em totalidade, integridade, sustentabilidade e movimento, representada por um círculo azul que simboliza a água e suas transformações contínuas. O ticker não vai mudar.
  • A BlackRock, essa gigante das gestoras, resolveu dar uma de vendedor de ações da Cosan (CSAN3). No comunicado, soltaram a notícia de que venderam uma fatiazinha em janeiro, ficando agora com 4,994% das ações ordinárias, um tiquinho a menos do que tinham no começo do mês. E olha só, o Bank of America tá lá reiterando recomendação para as ações da Cosan. Eles até tão prevendo um IPO de algumas subsidiárias da empresa. Quem diria, hein?

EXTERIOR

R$ 2 OU UM SACO DE PÃO MISTERIOSO?

Parece que a Louis Vuitton decidiu inovar no mundo das bolsas de luxo e lançou a “Bolsa Sandwich” – sim, aquela que parece um saquinho de pão, só que de couro e custa uma pequena fortuna de R$ 20,6 mil aqui no Brasil. Imagina pagar todo esse dinheiro para parecer que saiu da padaria com estilo?

A sacola é criação do Pharrel Williams, diretor criativo da Louis Vuitton, e foi apresentada no ano passado, mas só agora foi parar nas prateleiras (e esgotou rapidinho, vai entender). A descrição diz que ela é na mesma cor das sacolas famosas da grife – então, pelo menos, você vai combinar com as compras caras que fizer.

Ah, e não é a primeira vez que uma grife lança uma bolsa com cara de saco barato. A Balenciaga lançou uma que parecia um saco de lixo por quase dois mil dólares. A moda é pagar caro para parecer que não se importa com dinheiro, só pode!

Eu espero que você pague caro no máximo em uma coisa: nas ações da LVMH!!!

RESULTADO DA JOHNSON & JOHNSON

A Johnson & Johnson divulgou resultados do quarto trimestre que superaram as expectativas de Wall Street. A empresa reportou ganhos ajustados por ação de US$ 2,29, ligeiramente acima dos US$ 2,28 esperados, e uma receita de US$ 21,40 bilhões, ultrapassando as expectativas de US$ 21,01 bilhões. As vendas nos negócios de dispositivos médicos cresceram 13,3%, totalizando US$ 7,67 bilhões, impulsionadas pela aquisição da Abiomed. Na divisão farmacêutica, as vendas atingiram US$ 13,72 bilhões, marcando um aumento de 4,2%. A Johnson & Johnson projeta vendas de US$ 87,8 bilhões a US$ 88,6 bilhões e ganhos ajustados de US$ 10,55 a US$ 10,75 por ação para o ano de 2024.

Os resultados chegam seis meses após a Johnson & Johnson concluir a separação de sua unidade de saúde do consumidor, Kenvue, concentrando-se agora nas divisões de dispositivos médicos e farmacêuticos para impulsionar o crescimento. O segmento de dispositivos médicos foi impulsionado pela aquisição da Abiomed e pelo aumento da demanda por cirurgias não urgentes, enquanto o crescimento na divisão farmacêutica foi liderado por produtos como Darzalex e Stelara.

Além disso, a empresa está enfrentando desafios legais relacionados a alegações de que seus produtos à base de talco estavam contaminados com amianto, resultando em casos de câncer. A Johnson & Johnson assumirá todos os passivos relacionados ao talco nos EUA e no Canadá, apesar de ter transferido esses passivos para uma subsidiária, a LTL Management, que entrou com pedido de proteção contra falência do Capítulo 11.

P&G DEMONSTRA SUAS DIFICULDADES NO RELATÓRIO

A Procter & Gamble divulgou resultados mistos para o segundo trimestre fiscal de 2024. Ela registrou ganhos ajustados por ação de US$ 1,84, superando as expectativas de US$ 1,70, e uma receita de US$ 21,44 bilhões, ligeiramente abaixo dos US$ 21,48 bilhões esperados. Os aumentos de preços ajudaram a impulsionar a receita em 3%, mas a P&G reduziu suas perspectivas de ganhos ajustados por ação para o ano para uma faixa de US$ 6,37 a US$ 6,43. O lucro líquido do segundo trimestre foi de US$ 3,47 bilhões, comparado a US$ 3,93 bilhões no ano anterior.

A P&G registrou uma cobrança de US$ 1,3 bilhão referente à marca de barbear Gillette, parte de seus planos de amortizar a Gillette e reestruturar certos mercados. Excluindo esses impactos, a empresa obteve ganhos de US$ 1,84 por ação. A receita orgânica aumentou 4% no trimestre.

Após dois anos de preços mais altos em produtos como papel higiênico Charmin e amaciante Downy, a P&G enfrentou uma redução no volume de compras dos consumidores. O volume da empresa permaneceu estável no geral, mas a divisão de tosa, incluindo a Gillette, teve crescimento de volume.

A P&G reiterou sua previsão de crescimento das vendas fiscais de 2% a 4% para o ano fiscal de 2024. A empresa espera um crescimento dos ganhos principais por ação de 8% a 9%, reduzindo sua faixa anterior de 6% a 9%.

Esses resultados surgem em um contexto em que a P&G está reestruturando certos mercados, como Argentina e Nigéria, e enfrentando desafios de volume após aumentos de preços em seus produtos nos últimos dois anos.

Agora vamos às notícias do cenário interno e mundial:

Resumo de notícias do Brasil e exterior

Fala de Lula agitou o mercado, resultado da P&G e Johnson & Johnson e dados sobre quem tá com o nome sujo

Imagem: Lula pensativo com a mão apoiada na cabeça – Fonte: Intercept Brasil

BRASIL

PLANO DO LULA CAUSA ALVOROÇO

A loucura financeira rolou solta nos bastidores do mercado! As taxas dos DIs (Depósitos Interfinanceiros) foram parar nas alturas após o governo Lula soltar um papo sobre o plano industrial de R$300 bilhões até 2026. Parece grandioso, né? Mas a galera ficou meio desconfiada, achando que isso só vai piorar a situação fiscal do Brasil.

De manhã, tudo estava na paz, com as taxas em queda, mas aí veio o tal do “Nova Indústria Brasil”, com crédito, subsídios e um monte de coisa. Resultado: virou o jogo! Ou seja, as taxas deram um salto, especialmente para janeiro de 2027 e 2028.

Os especialistas estão de olho na Selic, que tá em processo de corte, mas o governo parece que quer gastar mais, causando aquele friozinho na espinha dos investidores. Imagina o BNDES precisando de ajuda do Tesouro… Será que vai dar ruim? Imagine…

Por enquanto, as taxas fecharam com umas subidinhas, mas o jogo tá só começando. Ao passo que, como mencionei, tem gente criticando falando que não é assim que se resolve isso. No entanto, vamos ter que pagar pra ver se vai ser um trunfo ou um tiro no pé.

Por fim, o dólar deu um salto, ficou quase R$ 5,00. Pra você ver a loucura na qual a gente tá se metendo…

PIB BRASILEIRO

O PIB brasileiro deu uma animada, crescendo 0,5% em novembro comparado a outubro, segundo o Monitor do PIB da FGV. No entanto, em relação a novembro do ano passado, o crescimento foi de 2,6%. Mas nem tudo são flores: apesar do consumo das famílias ter aumentado, o destaque negativo foi na Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), que caiu 7,1% no mês.

A coordenadora da pesquisa, Juliana Trece, destaca que essa queda na FBCF, influenciada pelo desempenho ruim de máquinas e equipamentos, indica certa fragilidade no crescimento e acende um alerta para o futuro..

NOME SUJO NA PRAÇA

O número de pessoas com nome sujo aumentou 5,3% em 2023, comparado a 2022, segundo a Boa Vista. Mas olha só, essa taxa até deu uma acalmada ao longo do ano. Depois de bater 19,9% em 2022, o crescimento da inadimplência foi diminuindo, chegando a 5,3%. Portanto, parece que o pessoal deu uma respirada no bolso.

Além disso, em dezembro, a inadimplência até recuou 0,9%. Ou seja, o pessoal tá pagando as contas ou tá só adiando o inevitável? O economista da Boa Vista, Flávio Calife, acha que o ano de 2024 pode começar de boas para a inadimplência, com o mercado de trabalho melhorando e a economia dando um respiro.

DINHEIRO GRINGO

O Tesouro Nacional decidiu mostrar que tem lá seus truques e fez uma captação externa de estonteantes US$ 4,5 bilhões em apenas um dia. Parece que o governo resolveu abrir o cofrinho e se jogar no mercado internacional, fazendo a maior emissão “pura” de títulos da história, ou seja, sem aquela troca de papéis que a galera adora.

A demanda foi tão voraz que chegou a US$ 14 bilhões. Parece que tem gente por aí doida pra investir nos nossos títulos. Essa cifra estrondosa só foi vista lá atrás, em 2005, quando o Brasil vendeu o mesmo montante. Mas, naquela época teve uma troquinha de títulos no meio. Dessa vez, foi tudo na base do “me dá esses títulos aqui e pega meu dinheiro”.

A oferta incluiu títulos com prazo de dez e 30 anos. E, claro, não poderia faltar o drama da taxa de juros. O Tesouro conseguiu captar US$ 2,25 bilhões em títulos de dez anos a uma taxa de 6,35%, e mais US$ 2,25 bilhões em títulos de 30 anos, com uma taxa um pouco mais salgada, 7,15%. Mas como a demanda estava fervendo, ambas ficaram abaixo do preço inicial pensado.

Além disso, em apenas um dia o Tesouro desbancou as duas emissões feitas no ano passado. Parece que o pessoal lá em cima resolveu caprichar na ressaca de Ano Novo e soltou essa bolada toda. A operação foi liderada pelos “queridinhos” Citigroup, Scotiabank e UBS Investment Bank.

Assim, o governo, sempre com seus objetivos nobres, disse que a brincadeira toda é para “promover a liquidez da curva de juros soberana em dólar no mercado externo”. Em outras palavras, quer mostrar que a gente é “rico” e tá aí, disponível para quem quiser investir.

E pelo jeito, isso não é o suficiente. Já tem expectativa de mais emissões ao longo do ano, incluindo uma segunda rodada de títulos sustentáveis, que foram um sucesso ecológico e econômico. É o Tesouro jogando suas cartas e, quem sabe, fazendo um gol de placa no mercado internacional.

SOQUINHO
  • O Tesouro Nacional resolveu dar uma volta internacional e anunciou a emissão de títulos em dólares, com vencimentos em 2034 e 2054. A ideia é manter a liquidez na curva de juros soberana em dólar lá fora, servindo de referência para os negócios corporativos. A liderança dessa operação fica nas mãos dos bancos Citigroup, Scotiabank e UBS Investment Bank.

EXTERIOR

ERROS NOS NÚMEROS DA CHINA

O Escritório Nacional de Estatísticas da China (NBS) anunciou que pretende investigar e punir funcionários envolvidos na falsificação de dados econômicos. Em um comunicado, o NBS considerou essas fraudes como “a maior corrupção no domínio das estatísticas”, prejudicando a qualidade dos dados e influenciando decisões macroeconômicas.

Ao passo que a medida reflete o compromisso chinês com a transparência e a integridade nas estatísticas econômicas, busca também evitar distorções que possam afetar a confiança nos indicadores oficiais.

Agora, interessante vai ser observar como essa promessa vai ser na prática (investigação e punição). Mas einh, cá entre nós, quem assistiu “The China Hustle” não se surpreende, né?

SOQUINHOS
  • Banco do Japão decide manter a taxa de depósitos em -0,1%, como todo mundo esperava. Eles também continuam usando 1% como referência para os títulos de 10 anos. Na luta pela inflação de 2%, agora querem ver se rola um aumento de salários “sustentável e estável”. O presidente do BoJ não tá muito otimista, mas vai ficar de olho nas negociações salariais em março..
  • Empresas ligadas ao Trump: As Digital World Acquisition e Rumble subiram com a desistência de Ron DeSantis da corrida presidencial. Ações da Digital World deram um salto de 55%, atingindo US$41. A Rumble, preferida dos conservadores, subiu 33%. A Phunware, que ajudou Trump em 2020, também teve alta de 40%.
  • Os EUA e o Reino Unido realizaram a oitava onda de ataques contra os Houthis no Iêmen. O alvo incluiu um local subterrâneo de armas e áreas relacionadas à vigilância aérea. A ação visa interromper as capacidades ameaçadoras dos Houthis contra o comércio global e navios no Mar Vermelho, respondendo a ataques anteriores. Os EUA destacam a ilegalidade e perigo das ações dos rebeldes, buscando restaurar a estabilidade na região.
_____________Então, quer saber mais sobre algum assunto desta edição? Vai lá no @evysardinha que a gente bate um papo legal sobre os assuntos trazidos aqui.
Assim termina nosso morning call. Bons investimentos.