Juros no Brasil e nos EUA, debêntures de infraestrutura, mudanças no DPVAT e recall da tesla

14 de dezembro de 2023, por Evelyn

Tempo de leitura médio: 16 min, 48 seg


Ouça as notícias pelo nosso podcast!

Bom dia, Investidor Sardinha. Este é mais um Soco Matinal com as principais notícias do dia no mercado financeiro e no mundo, tudo em 5 minutos, para você já começar o dia zonzo.

Quinta-feira é dia de #TBT

E vamos lá para 1989 quando em 14 de dezembro a Cúpula de Malta se reuniu para dar fim à Guerra Fria que veio depois da Segunda Guerra Mundial (capitalismo x comunismo, além disso, disputas territoriais na Europa, entre outros pontos).

EUA e Rússia (União Soviética) eram as grandes potências na época, sendo que em 1991 os EUA dominou a posição.

Com isto, houve uma certa paz, desarmaram uma galera (arsenal nuclear), abriram mercados para integração econômica, a democracia chegou em alguns lugares, teve inovação tecnológica e ajudou a Alemanha a se unir aos seus pares.

TBTzão, einh? Mas agora vamos falar do nosso índice?

IBOVESPA

Ontem a gente BOMBOU! Alta de 2,42% no IBOV e com isso voltamos pra pertinho dos 130 mil pontos. Aliás, fechamos quase lá: 129.465 pontos. E agora ela está batendo recorde no pregão desta quinta.

Aquele negócio: Fed ficou ali onde todo mundo esperava, mas na coletiva o Jerome Powell ficou mais pianinho sobre os juros falando de corte lá pro final do primeiro trimestre do ano que vem. Ontem mantiveram em 5,25% e 5,5% as taxas de juros. Eles estão com a economia enfraquecendo, então tá de boa manter a taxa.

Aí já sabe: alegria aqui, alegria nos EUA. Small Caps surfando, porque dinheiro mais barato ajuda. Elas precisam de mais dinheiro.

“Nazoropa” já tava todo mundo de folga já, por conta do fuso eles já tinha terminado as operações, mas daqui a pouco vamos ver como eles refletiram a novidade.

No entanto, o mercado tá agitado hoje, galera! O Ibovespa Futuro, tipo uma previsão da Bolsa, tá subindo porque o pessoal tá analisando as decisões de juros aqui no Brasil e lá na Europa. O Banco Central do Brasil cortou a taxa de juros, conforme o previsto: 0.50 ponto percentual, e o comércio varejista deu uma caída em outubro no volume de vendas, mas ainda tá melhor do que no ano passado.

O Congresso também pode votar umas paradas importantes hoje, como a Lei de Diretrizes Orçamentárias.

Ah, o dólar deu uma baixada, o que é legal pra quem tá indo pra gringa ou investindo fora. E, na Ásia, os mercados tão meio misturados, com altos e baixos, enquanto o petróleo sobe por conta de tretas no Oriente Médio e por causa do Fed dizer que vai cortar juros em 2024.

Agora, se a gente falar de corte aqui nas próximas e lá nos EUA ficar mantendo, ahhhh, daí os investidores podem trocar o incerto que gera mais retorno pelo certo que gera menos… todo mundo quer segurança (pelo menos quando o risco não vale a pena).

E no geral, vocês sabem: corta juros? Bolsa fica atraente, né? porque aqui a gente tá acostumado com risco, então ninguém quer se contentar com pouco retorno e paz. A gente quer ver o circo pegando fogo mesmo!

Assim: hoje tá sendo um dia cheio, com altos e baixos nos mercados globais.

AO MESMO TEMPO TIVEMOS OS SEGUINTES DESTAQUES DO ÚLTIMO PREGÃO

A princípio, as ações que se saíram bem dentro do índice:

  • Magazine Luiza (MGLU3): R$ 2,53 (+10,96%)
  • Hapvida (HAPV3): R$ 4,51 (+8,67%)
  • MRV (MRVE3): R$ 10,39 (+8,23%)
  • Gol (GOLL4): R$ 8,87 (+7,52%)
  • Assaí (ASAI3): R$ 12,94 (+7,21%)

Por outro lado, os tickers com os piores desempenhos:

  • SLC Agrícola (SLCE3): R$ 38,53 (−0,82%)
  • IRB (IRBR3): R$ 51,13 (−0,76%)
  • BB Seguridade (BBSE3): R$ 31,05 (−0,51%)
  • Eztec (EZTC3): R$ 18,45 (−0,27%)

Nesse meio tempo, vamos ver o que rolou nos Fundos Imobiliários:

IFIX

O IFIX está atualmente cotado em 3.177 pontos.

Desempenho:
  • Dia: +0,23%
  • Mês: +0,01%
  • 2023: +10,8%

Destaques do último pregão

Maiores Altas:

  1. XPPR11: R$ 18,39 (+2,99%)
  2. VINO11: R$ 7,41 (+2,02%)
  3. RBVA11: R$ 110,30 (+1,54%)
  4. XPSF11: R$ 7,79 (+1,28%)
  5. BTRA11: R$ 57,58 (+1,20%)

Maiores Baixas:

  1. BLMR11: R$ 6,45 (-1,55%)
  2. RZAT11: R$ 91,80 (-1,53%)
  3. MCHF11: R$ 8,30 (-1,20%)
  4. HCTR11: R$ 35,31 (-1,02%)
  5. BLMG11: R$ 40,90 (-0,98%)
CÂMBIO
  • Dólar EUA: R$ 4,91 (-0,87%)
  • Euro: R$ 5,34 (-0,13%)
  • Libra Esterlina: R$ 6,20 (-0,42%)

Por fim, saindo um pouco do mercado nacional, vamos falar sobre as bolsas mundiais e os índices de mercado internacional.

Morning call de Índices Internacionais

Falando do cenário internacional, as bolsas mundiais:

Em primeiro lugar, nos Estados Unidos:

  • DOW JONES: +1,40%
  • S&P 500: +1,37%
  • NASDAQ: +1,38%

Por outro lado, nas bolsas europeias tivemos os seguintes resultados:

  • DAX (Alemanha): -0,15%
  • FTSE 100 (Inglaterra): +0,08%
  • CAC 40 (França): -0,16%
  • FTSE MIB (Itália): -0,15%

Ao mesmo tempo, nas bolsas asiáticas:

  • Nikkei (Japão): +0,25%
  • Shangai (China): +1,15%
  • KOSPI (Coreia do Sul): -0,97%

Enquanto isso, as criptomoedas nas últimas 24h (10h08):

  • Bitcoin: US$ 42.944 (+4,25%)
  • Ether: US$ 2.292 (+5,07%)

Assim como as commodities: (commodities)

  • Ouro: US$ 1.997/Onça troy (+0,21%)
  • Petróleo Brent (Futuros): US$ 74,26/barril (+1,39%)
  • Minério de Ferro (Futuros): US$ 135,03/tonelada (-0,46%)

Enfim, vamos falar de ações e stocks (exterior):

Morning call de ações

BRASIL

INVESTIMENTOS DA CSN MINERAÇÃO

A CSN (CSNA3) planeja investir R$ 6 bilhões em 2024, após desembolsar R$ 4,4 bilhões este ano. A projeção de investimentos para o período de 2025 a 2028 foi ajustada de R$ 5,5 – R$ 6,5 bilhões para R$ 6,0 – R$ 7,0 bilhões. No segmento de mineração, a estimativa de investimentos entre 2023 e 2028 é de R$ 15,3 bilhões, um aumento em relação à previsão anterior de R$ 13,8 bilhões entre 2023 e 2027.

Para a siderurgia, o Capex projetado é de aproximadamente R$ 7,9 bilhões no período de 2023 a 2028, visando a modernização do parque industrial com potencial de gerar até R$ 2,8 bilhões de Ebitda incremental em 2028. No setor de cimentos, a CSN planeja investir até R$ 5 bilhões em crescimento orgânico, adicionando um total de 8 milhões de toneladas por ano.

A empresa espera faturar R$ 900 milhões com a CBSI, subsidiária da CSN, em 2023, e R$ 1,2 bilhão em 2024. Em relação aos custos, a CSN estima um custo C1 da mineração entre US$ 21,5 por tonelada e US$ 23,0 por tonelada em 2024.

A projeção de produção e compras de minérios de terceiros é de 42,0 a 43,5 milhões de toneladas em 2024, 42 Mton em 2025, 44 Mton em 2026, 53 Mton em 2027 e 68 Mton em 2028. A CSN também divulgou a expectativa de atingir um Ebitda potencial de R$ 4 bilhões com o projeto da Planta de Itabirito P15 após a maturação das operações prevista para 2028.

ITAÚSA RASPA O TACHO

A Itaúsa (ITSA4) concluiu a alienação total de ações Classe A da XP Inc., correspondendo a 14.770.985 ações, e levantou aproximadamente R$ 1,7 bilhão. A venda das ações ocorreu nos meses de novembro e dezembro. Com essa operação, a holding não possui mais participação na XP.

Essa decisão de desinvestir da XP faz parte da estratégia da Itaúsa de se desfazer de ativos que não são considerados estratégicos para a empresa. Parte dos recursos obtidos com a alienação foi destinada ao resgate antecipado das debêntures da 1ª série da 5ª emissão, e outra parte será utilizada para reforçar o caixa e ampliar o nível de liquidez da companhia.

Não são esperados impactos relevantes nos resultados da Itaúsa no quarto trimestre de 2023, uma vez que o investimento da Itaúsa na XP estava contabilizado como ativo financeiro mensurado a valor justo desde o terceiro trimestre de 2023.

O JOGO VIROU PARA A PDG

Dois anos após concluir sua recuperação judicial, a construtora PDG, agora chamada iX., retoma seus lançamentos imobiliários. A empresa, que enfrenta desafios após a crise que levou à recuperação judicial em 2017, lançou dois empreendimentos em São Paulo desde 2021 e planeja mais dois. O CEO, Augusto Alves dos Reis Neto, destaca a importância de não cometer erros nesse processo de recuperação. A iX. está focada em São Paulo, atuando no segmento de média renda. A empresa já quitou R$ 1,1 bilhão de seu passivo desde a recuperação judicial, principalmente convertendo dívidas em ações. O desafio agora é reconstruir a confiança e evitar os erros do passado.

SOQUINHOS
  • A PetroRecôncavo (RECV3) apresentou uma queda de 5,2% na produção média de óleo equivalente por dia (boed) em novembro, atingindo 25,9 mil barris, e interrompeu temporariamente parte da produção no Rio Grande do Norte.
  • Enquanto isso, a Eneva (ENEV3) arrematou a área de Japiim na Bacia do Amazonas em um leilão da ANP e também vai fazer nova proposta para a Vibra. (lembra, da fusão?)
  • A 3R Petroleum (RRRP3) informou sobre a retomada das atividades na Refinaria Clara Camarão após manutenção programada.
  • SLC (SLCE3) aprovou o desdobramento de ações na proporção de 1 para 2.
  • Além disso, a Alpargatas (ALPA4) elegeu Liel Miranda como presidente.
  • Itaúsa (ITSA4) aprovou juros sobre o capital próprio de R$ 820 milhões.
  • Enquanto a Rede D’Or (RDOR3) distribuirá JCP no valor de R$ 416,3 milhões.
  • A Copasa (CSMG3) anunciou dividendos extraordinários de R$ 372,5 milhões.
  • A Unipar (UNIP6) antecipou a distribuição de dividendos no valor de R$ 156,7 milhões.
  • A Vivara (VIVA3) projeta a abertura de 70 a 80 novas lojas em 2024.
  • Por fim, a Localiza (RENT3) homologou o aumento de capital de R$ 364,5 milhões, emitindo 7.734.731 novas ações ordinárias.

EXTERIOR

RECALL NA TESLA

A Tesla anunciou um recall de mais de 2 milhões de veículos devido a problemas no sistema de piloto automático, conhecido como Autopilot. A decisão veio após uma investigação da Administração Nacional de Segurança de Tráfego Rodoviário dos EUA (NHTSA), que constatou que o Autopilot não fazia o suficiente para evitar mau uso. Da mesma forma, a NHTSA criticou a capacidade da Tesla de manter os motoristas engajados.

Por outro lado, a montadora planejou uma atualização de software para incluir controles e alertas adicionais desde 12 de dezembro. Este é o segundo recall da Tesla este ano relacionado a seus sistemas de direção automatizada.

Em seguida vamos às notícias do cenário interno e mundial:

Resumo de notícias do Brasil e exterior

BRASIL

SELIC EM 11,75%, E AGORA?

E agora nada, gente… parem com isso.

O Comitê de Política Monetária (Copom) do Banco Central reduziu a taxa Selic em 0,50 ponto percentual, então passou de 12,25% para 11,75% ao ano.

Esse movimento segue o afrouxamento monetário iniciado em agosto, com três cortes consecutivos de 0,50 ponto percentual, que já estava todo mundo avisado.

O Copom acredita que esse ritmo é adequado para manter uma política monetária contracionista e apoiar o processo desinflacionário. A decisão está em linha com as expectativas de mercado, e a taxa de juros volta ao mesmo nível de março de 2022.

A projeção é que a taxa atinja 9,25% ao final de 2024, como falei ontem pra vocês.

VENDAS NO VAREJO

As vendas no varejo do Brasil deram uma escorregada de 0,3% em outubro, deixando todo mundo meio na bad, já que a galera da Refinitiv esperava um aumento de 0,2%. No ano, o setor ainda segura uma alta de 1,6%, mas em 12 meses é só 1,5%. O varejo nacional tá 4,4% acima do antes da pandemia, mas ainda 2% abaixo do recorde histórico.

No pacote completo, incluindo carros e construção, rolou um tombo de 0,4%. Regionalmente, Rio de Janeiro, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul estão mais na bad, enquanto Maranhão, Bahia e Tocantins tão segurando a onda.

Ou seja, as vendas tão meio instáveis, mas o Cristiano Santos do IBGE diz que a vibe é positiva a médio prazo.

COMO ESTÁ A VIDA FINANCEIRA DOS BRASILEIROS?

A saúde financeira dos brasileiros apresentou uma pequena melhora em relação ao ano passado, com o Índice de Saúde Financeira do Brasileiro (I-SFB) da Febraban atingindo 56,2, comparado a 56,0 no ano anterior. Apesar dessa estabilização, as finanças ainda enfrentam pressões significativas.

O estudo revela que 23,3% dos entrevistados enfrentam grande aperto financeiro, 26,6% relatam estar mais ou menos apertados, e 50,1% afirmam ter pouco ou nenhum aperto financeiro. A pontuação entre 50 e 56 indica os primeiros sinais de desequilíbrio e risco de entrar em um patamar de alto estresse financeiro.

Em termos de orçamento, 26% dos entrevistados declaram que seus gastos são menores ou muito menores do que os ganhos. Além disso, 42,6% afirmam que nunca ou raramente sobra dinheiro no final do mês.

O diretor-executivo de cidadania financeira da Febraban destaca a importância da educação financeira para ajudar os consumidores a retomar o controle dos gastos e evitar o ciclo de estresse financeiro e desorganização. A pesquisa foi realizada entre junho e setembro, com uma amostra de 4.769 pessoas acima de 18 anos de todas as regiões do país.

DEBÊNTURES DE INFRAESTRUTURA

A Câmara dos Deputados aprovou a criação das debêntures de infraestrutura, um instrumento no mercado de capitais que oferece incentivos tributários para impulsionar investimentos no setor. Agora, o texto vai para a sanção do Lula.

As debêntures de infraestrutura se somam às debêntures incentivadas, criadas em 2011, ambas com o objetivo de alavancar empreendimentos no setor. A nova modalidade traz benefícios para as empresas emissoras desses títulos, permitindo que elas excluam da base de cálculo da Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL) e do lucro real o valor de 30% dos juros pagos aos detentores dos títulos, em cada período.

Espera-se que, ao conceder esse incentivo tributário às concessionárias, elas ofereçam juros mais atrativos pelas debêntures, aumentando o interesse do setor privado em financiar projetos de infraestrutura. O projeto visa tornar as debêntures de infraestrutura mais atraentes no mercado de capitais.

O relator do projeto, deputado Arnaldo Jardim, acatou emendas do Senado, incluindo uma alíquota de 25% de Imposto de Renda sobre os rendimentos de detentores dessa nova modalidade que residem em paraísos fiscais. Além disso, foi mantido o limite de 15% (e não o aumento proposto de 25%) de Imposto de Renda sobre as debêntures incentivadas. Também foi retirado o limite de cinco anos para as empresas emissoras terem direito aos incentivos fiscais, e a autorização para esses benefícios será feita anualmente na Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO).

SALÁRIO-MÍNIMO EM 2024

O salário-mínimo brasileiro pode ter um aumento de 7% em 2024, alcançando R$ 1.412. Esse valor é uma estimativa que considera o Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC) acumulado até novembro (3,85%) e o crescimento real do Produto Interno Bruto (PIB) dos dois anos anteriores (3%). Apesar do aumento, ficará abaixo dos R$ 1.421 previstos pela política de valorização do salário-mínimo, que considera a inflação. O governo Lula havia previsto R$ 1.413 no Projeto de Lei Orçamentária Anual (PLOA), utilizando uma estimativa de inflação de 3,9%. Especialistas projetavam R$ 1.411,95, arredondado para R$ 1.412,00.

SE CUIDEM, INDENIZAÇÕES POR ACIDENTE DE TRÂNSITO PODEM PARAR NA JUSTIÇA

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva retirou o pedido de urgência para votação do Projeto de Lei Complementar nº 233/2023, que propõe o novo desenho do Seguro Obrigatório para Proteção de Vítimas de Acidentes de Trânsito (SPVAT), substituto do DPVAT. Com a retirada da urgência, o projeto segue para análise na Comissão de Finanças e Tributação, em tramitação ordinária. O projeto visa criar um fundo mutualista privado com administração pela Caixa, propondo pagamentos anuais e diretos, sem necessidade de bilhetes ou apólices. A retirada da urgência pode resultar em maior judicialização de casos em busca de reparação financeira por acidentes.

EXTERIOR

FALA DO JEROME POWELL

O presidente do Fed, Jerome Powell, declarou que os riscos da inflação nos Estados Unidos continuam presentes, devido à desaceleração do crescimento econômico, apesar da resiliência do mercado de trabalho. O Banco Central dos EUA manteve a taxa de juros entre 5,25% e 5,50%. Analistas interpretam que as altas nas taxas podem ter chegado ao fim, destacando a mudança nas projeções econômicas que indicam uma possível redução no próximo ano. As projeções do Fed apontam para uma queda na taxa de juros em 2024. Investidores reagiram, precificando cortes em março de 2024. Analistas preveem que a política monetária será ajustada no futuro, impactando diversas classes de ativos e alterando as perspectivas econômicas globais. A revisão das projeções para 2024 surpreendeu alguns, indicando uma possível queda na taxa de juros. A Avenue Securities vê coerência na redução, associando-a a um cenário de menor crescimento e inflação cedente. A Órama, por outro lado, acredita que o Fed manterá as taxas até o segundo trimestre de 2024, citando a resiliência do mercado de trabalho e a persistência da inflação.

DECISÃO DO BANCO DA INGLATERRA

O Banco da Inglaterra mandou a real e decidiu manter o juro básico em 5,25% pela terceira vez seguida, tudo conforme os analistas esperavam. Seis dos nove chefes lá do banco votaram pela manutenção, enquanto os outros três queriam dar um up de 25 pontos base na taxa.

O comunicado pós-decisão diz que o banco tá na vibe de manter a política monetária restritiva por um bom tempo e que, se pintar inflação persistente, pode rolar um aperto maior. Na reunião do comitê local, falaram que o PIB do Reino Unido ficou estável no terceiro trimestre, mas caiu 0,3% em outubro.

A inflação, medida pelo CPI, deu uma despencada de 6,7% em setembro para 4,6% em outubro. O Banco da Inglaterra espera que ela continue ali perto até o ano virar, prevendo um aumento temporário em janeiro. Em resumo, na terra da rainha, o juro fica onde tá e a inflação deu uma acalmada, pelo menos por enquanto.

BITCOIN E OUTRAS MOEDAS E A REAÇÃO AO COMUNICADO DO FED

O Bitcoin e outras criptomoedas estão em alta, chegando próximo dos US$ 43 mil, impulsionados pelas expectativas de cortes de juros nos Estados Unidos em 2024. O Federal Reserve (Fed) manteve a taxa básica de juros entre 5,25% e 5,50%, mas sinalizou possíveis cortes de 75 pontos base no próximo ano. Isso animou o mercado, elevando o Bitcoin para US$ 42.900, um aumento de 4,10% nas últimas 24 horas.

O Ethereum também está na festa, subindo 4,7% para US$ 2.278, enquanto o XRP valoriza 4,10%, atingindo US$ 0,62. A Cardano (ADA) é destaque, operando com alta de 13%, impulsionada pelo crescimento de usuários interessados em projetos em sua blockchain.

O mercado de criptomoedas se movimenta positivamente, refletindo a sinalização do Fed e o otimismo geral. Enquanto isso, algumas altcoins se destacam, como Bonk (BONK), Helium (HNT) e Stacks (STX) com as maiores altas, enquanto LEO Token (LEO) e Monero (XMR) registram pequenas baixas.

O Bitcoin segue a vibe dos índices futuros de NY, com o S&P 500, Nasdaq e Dow Jones apresentando altas. Em resumo, as criptos estão no pique do “sobe, Bitcoin” com a expectativa de cortes de juros nos EUA animando o mercado.

ARGENTINA NA OCDE

O presidente argentino, Javier Milei, enviou uma carta formal à Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE), solicitando o início imediato das negociações de adesão. Milei expressou o desejo de retomar ativamente o processo de tornar a Argentina membro da OCDE, comprometendo-se a cumprir as etapas do roteiro de adesão. A Argentina havia se candidatado pela primeira vez em 2016, mas o processo foi congelado em 2019. A carta é uma resposta ao convite formal da OCDE enviado ao governo eleito. Diana Mondino, ministra das Relações Exteriores, liderará as discussões.

_____________Então, quer saber mais sobre algum assunto desta edição? Vai lá no @evysardinha que a gente bate um papo legal sobre os assuntos trazidos aqui.
Assim termina nosso morning call. Bons investimentos.