18 de janeiro de 2024 - por Evelyn
Inicialmente vamos falar nesta edição de 18/01/2024 que o mercado financeiro está tranquilo com os dados trazidos pelo Livro Bege e outros dados do mercado americano, no entanto, as bolsas mundiais e a bolsa brasileira caiu por conta da cautela que se instalou até que se defina os rumos que serão tomados na economia mundial e por aqui também.
Enquanto isso, o mercado europeu, a economia da China e o varejo dos Estados Unidos dão sinais sobre as possibilidades ou não do corte de juros pelos Bancos Centrais e até mesmo pelo fato dos dados mostrarem uma possível queda ou estabilidade na inflação na maior economia do mundo: os EUA.
Dito isto, então vamos ver o que rolou no nosso pregão com mais detalhes? Mas olha, prepara o estômago aí.
Ouça as notícias pelo nosso podcast!
IBOVESPA
- IBOV: 128.523
- Dia 17/01/2024: -0,60%
mas o que rolou de fato no último pregão?
O Ibovespa deu uma desanimada total ontem, despencando de novo. Parece que o clima ruim nos mercados mundiais tá afetando a bolsa brasileira, com todo esse papo de mudanças nos juros nos EUA e na Europa.
Por volta das 3h20 da tarde, o índice, que é tipo o rei da bolsa aqui, tava caindo 0,57%, voltando para os 128 mil pontos. Na última vez que fechou, já tinha perdido a marca importante dos 130 mil pontos. Tem gente falando que a queda dos 130.700 pontos foi tipo um balde de água fria nos investidores que tavam esperando uma recuperação rápida depois do rali de fim de ano.
Apesar desse começo de ano meio “meh”, eles acham que o cenário de médio prazo ainda é positivo. Dizem que o Ibovespa pode dar uma parada por causa de um movimento de realização de lucros, mas que é mais um ajuste temporário. Eles tão falando que é só aguentar essa fase, e se o Ibovespa conseguir superar os 132.000 pontos, aí sim, teria força pra chegar na máxima de dezembro, que foi lá nos 134.400 pontos. (teorias, né? Só teorias)
mas na real é que…
Desta forma, pelo terceiro dia seguido, o clima foi de cautela nos mercados, com vários indicadores importantes pelo mundo. O Ibovespa nessa tendência de queda, enquanto isso, temos crescimento leve no varejo aqui no Brasil, com as vendas avançando 0,1% em novembro.
No entanto, as atenções estavam mais voltadas para as políticas monetárias dos EUA e Europa, especialmente após dados econômicos divulgados. Nos EUA, as vendas no varejo foram melhores do que esperado, reduzindo as chances de cortes de juros pelo Federal Reserve. Além disso, os dados do Livro Bege foram totalmente ignorados pelo Mercado, tipo: ninguém liga. Entretanto, ele tá mostrando otimismo com a questão da possibilidade de queda nos juros, vamos ver.
Na Europa, a inflação no Reino Unido surpreendeu, atingindo 4% ao ano. Na China, o PIB cresceu 5,2% em 2023, um pouco acima da meta do governo, mas o mercado fica receoso de que isso desanime medidas de estímulo econômico.
AO MESMO TEMPO TIVEMOS OS SEGUINTES DESTAQUES DO ÚLTIMO PREGÃO
A princípio, as ações que se saíram bem dentro do índice:
- SLC Agrícola (SLCE3): R$ 18,80 (+3,87%)
- Natura (NTCO3): R$ 16,76 (+2,63%)
- MRV (MRVE3): R$ 7,90 (+1,80%)
- Locaweb (LWSA3): R$ 6,14 (+1,66%)
- ULTRAPAR (UGPA3): R$ 27,71 (+1,65%)
Por outro lado, os tickers com os piores desempenhos:
- 3R PETROLEUM (RRRP3): R$ 27,30 (-3,97%)
- GPA (PCAR3): R$ 4,58 (-3,78%)
- VAMOS (VAMO3): R$ 8,97 (-3,55%)
- BRF (BRFS3): R$ 12,57 (-3,53%)
- HAPVIDA (HAPV3): R$ 4,30 (-3,37%)
Nesse meio tempo, vamos ver o que rolou nos Fundos Imobiliários:
ÍNDICE DOS FUNDOS IMOBILIÁRIOS:
- IFIX: 3.333
- Dia 17/01/2024: -0,05%
Enquanto isso, as maiores altas foram:
- HTMX11: R$ 170,12 (-1,82%)
- MFII11: R$ 98,50 (-1,39%)
- VINO11: R$ 7,82 (-1,28%)
- XPCI11: R$ 87,65 (-1,13%)
- SARE11: R$ 47,67 (-0,90%)
Por outro lado, as maiores baixas:
- RZAT11: R$ 94,25 (-1,78%)
- BRCR11: R$ 60,65 (-1,71%)
- MCHF11: R$ 9,17 (-1,42%)
- CVBI11: R$ 94,20 (-1,39%)
- RBRP11: R$ 56,48 (-1,38%)
CÂMBIO
- Dólar EUA: R$ 4,93 (+0,18%)
- Euro: R$ 5,36 (+0,25%)
- Libra Esterlina: R$ 6,25 (+0,47%)
Por fim, saindo um pouco do mercado nacional, vamos falar sobre as bolsas mundiais e os índices de mercado internacional.
Morning call de Índices Internacionais
Falando do cenário internacional, as bolsas mundiais:
Em primeiro lugar, nos Estados Unidos:
- DOW JONES: -0,25%
- S&P 500: -0,56%
- NASDAQ: -0,59%
Por outro lado, nas bolsas europeias:
- DAX (Alemanha): -0,84%
- FTSE 100 (Inglaterra): -0,79%
- CAC 40 (França): -1,07%
- FTSE MIB (Itália): -0,79%
Ao mesmo tempo, nas bolsas asiáticas:
- Nikkei (Japão): -0,40%
- Shangai (China): -2,09%
- KOSPI (Coreia do Sul): -2,47%
Enquanto isso, as criptomoedas nas últimas 24h (8h57):
- Bitcoin: US$ 42.503 (-0,40%)
- Ether: US$ 2.519 (-1,01%)
Afinal, as commodities: (commodities)
- Ouro: US$ 2.006/onça troy (-1,17%)
- Petróleo Brent (Futuros): US$ 77,88/barril (-0,52%)
- Minério de Ferro (Futuros): US$ 135,79/tonelada (-0,70%)
Enfim, vamos falar de ações e stocks (exterior):
Morning call de ações
BRASIL
EZTEC TEM QUEDA NAS VENDAS
A Eztec (EZTC3) registrou uma queda de 34,6% nas vendas líquidas no quarto trimestre, totalizando R$ 304 milhões, conforme anunciado em uma prévia operacional. A redução nas vendas é atribuída às entregas, embora as vendas de unidades prontas tenham aumentado em comparação com o terceiro trimestre. A empresa conseguiu aumentar as vendas brutas e líquidas, elevando a VSO anual em 2,3 pontos percentuais, apesar da redução nos lançamentos em mais de 45%. No ano, a Eztec entregou mais de R$ 1,8 bilhão em VGV, um aumento de 138% em relação a 2022. A conclusão dos repasses dos clientes, principalmente do quarto trimestre, terá efeitos financeiros nos próximos trimestres.
SLC AGRÍCOLA ESTÁ DESPONTANDO, QUAL O MOTIVO?
As ações da SLC Agrícola (SLCE3) registraram um avanço de aproximadamente 3,37%, liderando as altas na B3. A alta pode estar relacionada à mudança de perspectiva no exterior e seu impacto sobre o dólar. O aumento nos últimos dois dias do dólar, em resposta à perspectiva de juros mais elevados no exterior, pode ter impulsionado as ações da SLC Agrícola, dada sua natureza exportadora e sensibilidade aos movimentos do dólar. Além disso, a empresa é mencionada como beneficiária das estimativas otimistas do Departamento de Agricultura dos Estados Unidos (USDA) para as safras de soja e milho no Brasil em 2023/2024.
GERDAU CELEBRA ACORDOS PARA VENDER PARTICIPAÇÕES
A Gerdau anunciou a venda de sua participação nas joint-ventures Diaco e Gerdau Metaldom para o Grupo INICIA por 325 milhões de dólares. A conclusão da transação está prevista para o primeiro semestre de 2024 e está sujeita a condições usuais, incluindo aprovação da autoridade de defesa da concorrência na Colômbia.
O Grupo INICIA, atual sócio da Gerdau nessas joint-ventures, adquirirá unidades industriais de produção de aços longos com capacidades de 360 mil toneladas de aciaria e 1,250 milhão de toneladas de laminação. Nos últimos seis anos, o Ebitda médio combinado foi de 134 milhões de dólares, com a participação da Gerdau correspondendo a cerca de 50% dessa geração.
Por fim, a Gerdau informou que utilizará os recursos provenientes na execução do programa de Capex Estratégico da empresa.
SOQUINHOS
- Maha Energy propõe “carve-out” dos ativos onshore da 3R Petroleum, considerando a PetroRecôncavo como “candidata natural” para o negócio. (carve-out é tipo separar uma parte da empresa e depois criar uma coisa independente, uma terceira empresa)
- Wilson Sons (PORT3): Aprovou distribuição de dividendos intermediários.
- Valor total dos dividendos: R$ 0,13453976 por ação ordinária.
- Base de cálculo até 30 de setembro de 2023.
- Pagamento até 29 de janeiro de 2024.
EXTERIOR
COM APPLE E NVIDIA, TSMC BOMBOU
A Taiwan Semiconductor Manufacturing Company (TSMC), a maior fabricante de chips de contrato do mundo, superou as expectativas de lucro e receita no quarto trimestre. Os resultados incluem receita de NT$625,53 bilhões (US$ 19,62 bilhões) e lucro líquido de NT$238,71 bilhões. Embora a receita tenha caído 1,5% em relação ao ano anterior, a TSMC destaca um aumento sequencial de 14,4%, impulsionado pela forte rampa de sua tecnologia de 3 nanômetros.
A empresa enfrentou um “ano desafiador para a indústria global de semicondutores” devido a condições macroeconômicas e a um ciclo de ajuste de estoque. A TSMC fornece chips para clientes importantes, incluindo Apple e Nvidia. O CEO, C.C. Wei, afirmou que a empresa está bem posicionada para oportunidades de crescimento relacionadas à computação de alto desempenho, apoiada pela demanda contínua por tecnologias avançadas.
Embora a TSMC projete um primeiro trimestre com receita entre US$ 18 bilhões e US$ 18,8 bilhões, também destaca possíveis desafios macroeconômicos persistentes. A empresa espera que 2024 seja um ano de crescimento saudável, com forte demanda por suas tecnologias de 3 nanômetros e 5 nanômetros, impulsionadas por aplicativos de inteligência artificial. A TSMC já fabrica chips de 3 nanômetros e planeja iniciar a produção em massa de chips de 2 nanômetros até 2025.
Em seguida vamos às notícias do cenário interno e mundial:
Resumo de notícias do Brasil e exterior
BRASIL
ETANOL PRA QUE TE QUERO
As usinas de cana-de-açúcar e produtoras de etanol lançaram uma campanha de seis meses para promover o uso de etanol no Brasil, liderada pela União da Indústria de Cana-de-açúcar e Bioenergia (Unica).
A iniciativa incluirá vídeos, spots de rádio e peças online, visando aumentar o consumo do biocombustível, apesar do cenário de safra recorde e estoques elevados. A Unica destaca que a campanha busca conscientizar os consumidores sobre os benefícios econômicos, sociais e ambientais do etanol, considerando-o uma maneira rápida, prática e barata de realizar a transição energética na mobilidade.
O Brasil registrou uma produção recorde de cana na safra 2023/24, enquanto a produção de etanol atingiu seu maior volume desde o início da pandemia. A campanha contará com o humorista Rafael Portugal como garoto-propaganda, buscando desmistificar concepções equivocadas sobre o etanol identificadas em pesquisas anteriores.
EDUCAÇÃO FINANCEIRA PARA MULHERES
O Tesouro Nacional lançou o Educa+ Mulher, uma iniciativa em parceria com o Banco do Brasil para incentivar o investimento e a educação financeira das mulheres. As investidoras que aplicarem no Tesouro Educa+ terão acesso ao seguro de vida da BB Seguros por um ano, ao investir pelo menos R$ 35. Em caso de morte ou invalidez permanente por acidente, os filhos das beneficiárias receberão uma cesta básica de R$ 250 por mês. Rogério Ceron, secretário do Tesouro Nacional, destaca que o programa contribui para a segurança financeira das mulheres e famílias brasileiras.
Os títulos do Tesouro Educa+ têm remuneração atrelada à inflação, com vencimentos entre 2026 e 2041. A investidora pode fazer aportes até o vencimento, e, ao término do prazo, o Tesouro devolve o valor aplicado com acréscimo de juros em 60 parcelas mensais ao longo de cinco anos. Os rendimentos visam custear estudos. Além do seguro de vida, as investidoras receberão gratuitamente conteúdos de educação financeira, incluindo cursos e assessoria via WhatsApp.
E aí, será que vale a pena?
TODOS CONTRA AS COMPRINHAS INTERNACIONAIS
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) e a Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC) apresentaram uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) contra a isenção do imposto de importação para aquisições de bens de pequeno valor por pessoas físicas no Brasil. O movimento acontece em meio às discussões sobre a taxação de importações de pequeno valor para compensar a reoneração da folha de pagamentos. A CNI e a CNC argumentam que a isenção prejudica indicadores econômicos, resultando em impacto negativo no PIB, emprego, massa salarial e arrecadação tributária.
As entidades questionam dispositivos legais das décadas de 1980 e 1990 que conferiram tributação favorecida a produtos importados em comparação com produtos nacionais. Elas destacam que a desoneração resultou em perda significativa em indicadores econômicos, estimando redução de 0,7% do PIB, perda de empregos, queda na massa salarial e redução na arrecadação em 2022. A CNI revela que, entre 2013 e 2022, as importações de pequeno valor aumentaram de US$ 800 milhões para US$ 13,1 bilhões.
As confederações argumentam que a isenção desencoraja o comércio nacional, alegando que as plataformas estrangeiras de comércio eletrônico se beneficiam desse tratamento tributário, realizando remessas fraudulentas. Destacam também a criação do programa Remessa Conforme, que permitiu alíquota zero sobre o imposto de importação para bens objeto de remessa postal internacional de até US$ 50,00. As entidades buscam uma interpretação restrita dos dispositivos legais para aplicação do benefício apenas a remessas sem caráter comercial habitual.
AS CONTAS NÃO ESTÃO FECHANDO
O Tribunal de Contas da União (TCU) aprovou alertas sobre o orçamento de 2024, indicando a possibilidade de receita “superestimada” e risco de déficit, comprometendo a meta de déficit zero. A área técnica do TCU alerta para a estimativa da Receita Primária Federal Líquida em 19,2% do PIB, considerando-a “muito acima” dos anos recentes, podendo resultar em um déficit primário de até R$ 55,3 bilhões. O acórdão, com 51 páginas, será encaminhado à Comissão Mista de Orçamento (CMO) do Congresso e órgãos do governo. O governo não apresentou metodologia clara para a arrecadação do pacote de R$ 168,5 bilhões.
A expectativa otimista do governo sobre a Receita Primária Federal Líquida é considerada “aparentemente otimista” pelo TCU, sendo classificada como muito acima do observado nos últimos anos. O tribunal aponta para uma conjuntura incerta, destacando a possibilidade de oscilações significativas nos resultados. A área técnica ressalta também uma tendência recente de redução nas receitas do governo, enquanto a estimativa de 19,2% para 2024 parece superestimada.
O TCU destaca a importância de limitar o crescimento das despesas primárias a uma taxa menor do que os 70% estabelecidos no novo arcabouço fiscal, sugerindo um limite de 60%. A Corte observa que o crescimento médio do PIB foi de apenas 1,6% ao ano nos últimos anos, abaixo das projeções do governo. Quanto à dívida pública, o TCU aponta para a necessidade de limitar o crescimento das despesas primárias e expressa preocupação com a sustentabilidade da dívida.
O relatório do TCU destaca que a unidade técnica solicitou ao Tesouro Nacional explicações sobre as estratégias para compatibilizar a meta de resultado primário com a sustentabilidade da dívida. Em resposta, o Tesouro afirmou que essas diretrizes seriam compatibilizadas durante a preparação do Anexo de Metas Fiscais, até 15 de abril de 2024.
SOQUINHO
- Enquanto isso, no Brasil, o ministro da Fazenda, Fernando Haddad, discute a medida provisória da reoneração com o presidente da Câmara dos Deputados, Arthur Lira, após reuniões com o presidente Lula e o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco.
EXTERIOR
CUIDADO COM O OTIMISMO
O cofundador da Oaktree Capital Management, Howard Marks, expressa preocupação com o otimismo do mercado dos EUA em relação aos cortes de juros para 2024. Ele argumenta que o consenso está precificando uma redução mais intensa do que a sinalizada pelo Federal Reserve, o que pode levar à decepção.
O Fed espera três cortes, enquanto o mercado prevê cinco. Marks destaca que o otimismo excessivo incorporado aos preços do mercado pode resultar em perdas se as expectativas não forem atendidas. Ele também enfatiza a importância da renda fixa, indicando que os juros nos EUA, embora tenham aumentado, ainda não estão excessivamente altos. Marks sugere uma alocação perene em renda fixa, considerando o retorno substancial oferecido em um ambiente mais normal de taxas de juros.
Além disso, ele encoraja a diversificação internacional, incluindo a renda fixa americana, como uma opção estável para investidores, mesmo para brasileiros, devido à volatilidade no mercado nacional.
Assim, Marks destaca a importância de investir com uma perspectiva de longo prazo e desaconselha especulações de curto prazo.
AS BOLSAS PELO MUNDO
As bolsas europeias operam nesta manhã sem uma direção única, enquanto os investidores aguardam novos sinais sobre a trajetória dos juros na zona do euro. O índice pan-europeu Stoxx 600 registra um leve avanço de 0,17%, alcançando 468,51 pontos por volta das 6h40 (horário de Brasília).
Mais tarde, o Banco Central Europeu (BCE) divulgará a ata da reunião de política monetária de dezembro, na qual as principais taxas de juros foram mantidas inalteradas pela segunda vez consecutiva. A presidente do BCE, Christine Lagarde, participará de um painel em Davos, na Suíça, durante o Fórum Econômico Mundial, discutindo o futuro da política monetária. Em uma entrevista à Bloomberg, Lagarde mencionou que o primeiro corte de juros na zona do euro provavelmente ocorrerá durante o verão, mas ressaltou a incerteza sobre a batalha contra a inflação.
Além disso, o desempenho do setor varejista nos Estados Unidos está influenciando as expectativas em relação aos cortes de juros pelo Federal Reserve. Atualmente, as apostas para um corte em março estão em cerca de 61%, de acordo com a ferramenta de monitoramento do CME Group.
Quanto às bolsas individuais, às 6h53 (horário de Brasília), a Bolsa de Londres estava com uma queda de 0,08%, a de Paris apresentava um ganho de 0,48%, e a de Frankfurt avançava 0,27%. As bolsas de Milão, Madri e Lisboa exibiam movimentos variados, com ganhos de 0,38%, perda de 0,23% e perda de 0,08%, respectivamente.
MAIS PROBLEMAS PARA A CHINA
Analistas preveem que a China pode enfrentar mais restrições de exportação de semicondutores em 2024, principalmente dos EUA e da Holanda. No início do ano, a Holanda bloqueou a exportação de alguns sistemas de litografia ultravioleta profunda da fabricante de equipamentos de semicondutores ASML para a China.
Os EUA também intensificaram os controles de exportação de semicondutores avançados para a China em 2023. Essas medidas visam conter o avanço tecnológico chinês, com preocupações sobre o uso de chips avançados em aplicações militares e de inteligência artificial. Analistas sugerem que mais restrições podem ser implementadas devido às tensões geopolíticas e ao acúmulo militar chinês.
As importações de circuitos integrados pela China em 2023 diminuíram devido a essas restrições, e a escassez global de chips continua impactando diversos setores. A China busca se tornar mais autossuficiente tecnologicamente diante das pressões ocidentais.
SOQUINHOS
- Os índices futuros dos Estados Unidos operam sem direção definida, após o Dow Jones registrar o terceiro dia consecutivo de perdas, impactado pelo aumento nos rendimentos dos títulos do Tesouro.
- A probabilidade de um corte de 0,25% nas taxas de juros americanas em março é estimada em cerca de 56% pelos mercados. As apostas de um primeiro corte nas taxas de juros em março diminuíram após o Livro Bege do Federal Reserve apontar queda ou estabilidade da inflação, esfriamento do mercado de trabalho e expectativas positivas sobre a política monetária.
- Estados Unidos: Índices futuros de Nova York operam mistos, refletindo quedas anteriores e aumento dos rendimentos do Tesouro.
- Ásia: Bolsas asiáticas fecham em alta, com destaque para o desempenho positivo das ações de tecnologia.
- Europa: Mercados europeus operam mistos, com atenção para notícias e comentários do Fórum Econômico Mundial em Davos.
- Preços do petróleo operam com ganhos após a OPEP prever crescimento na demanda global e interrupções na produção devido ao frio nos EUA.
- Por fim, as declarações do diretor do Fed, Christopher Waller, de que os Estados Unidos estão próximos da meta de inflação, mas que o banco central não deve ter pressa para cortar os juros, influenciaram as perspectivas sobre os juros. Os rendimentos dos títulos do Tesouro aumentaram, enquanto as bolsas internacionais operam de forma mista, com recuperação na Ásia e expectativas sobre o Banco Central Europeu na Europa.