O ouro como segurança na economia e o resultado da B3, Cyrela, Oi, Mills, Grendene, Arezzo, Rumo, Sanepar, Via, Yduqs e outras

11 de agosto de 2023, por Evelyn

Tempo de leitura médio: 49 min, 6 seg


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Bom dia, Investidor Sardinha.

Hoje é sexta-feira, dia de maldade

Dia de buscar na renda variável uma certa estabilidade

Dia de falar que é buy&holder

mas ficar o tempo todo procurando oportunidade e abrindo o homebroker

Este é mais um Soco Matinal com as principais notícias do dia no mercado financeiro e no mundo, tudo em 5 minutos, para você já começar o dia zonzo.

IBOVESPA

Ontem, quinta-feira (10/08/2023), o IBOVESPA (principal índice da nossa bolsa de valores) teve queda de 0,05% aos 118.349 pontos.

A bolsa está numa sequência de queda pior do que você quando está numa fase ruim na vida, sabe? Quando acontece uma coisa ruim, daí acontece tudo de uma vez? Não bastasse algumas empresas apresentando resultados bem ruinzinhos, a Vale também deu uma negativada, daí a gente pensa bem e lembra que tivemos uma boa alta nos 4 meses anteriores, foram 17% de ganho.

Por outro lado, tivemos bancos no positivo e a Azul que se ergueu depois de divulgar o seu resultado, mas isso ficou encoberto por toda a negatividade do índice com as demais ações de um modo geral.

AO MESMO TEMPO TEMOS OS DESTAQUES DO ÚLTIMO PREGÃO

De antemão, as empresas que se saíram bem dentro do índice:

  • Azul (AZUL4): R$ 18,22 (+9,83%)
  • Braskem (BRKM5): R$ 24,99 (+6,84%)
  • Gol (GOLL4): R$ 9,66 (+6,27%)
  • Hapvida (HAPV3): R$ 5,26 (+6,05%)
  • Locaweb (LWSA3): R$ 7,80 (+4,84%)

Por outro lado, as empresas com os piores desempenhos:

  • Grupo Soma (SOMA3): R$ 9,98 (−7,68%)
  • 3R Petroleum (RRRP3): R$ 35,05 (−4,96%)
  • Rede D’Or (RDOR3): R$ 32,27 (−4,92%)
  • Magazine Luiza (MGLU3): R$ 2,85 (−4,04%)
  • Ultrapar (UGPA3): R$ 18,50 (−3,50%)
CÂMBIO

Atualmente o dólar está em R$ 4,88 depois da queda de 0,20%.

Por fim, saindo um pouco do mercado nacional, vamos falar sobre as bolsas mundiais e os índices de mercado internacional.

Morning call de Índices Internacionais

Imagem: bandeira do Reino Unido de forma parcial e um gráfico encobrindo com uma seta azul subindo em direção ao lado direito – Fonte: Remessa Online

Antes de mais nada, no cenário internacional, as bolsas mundiais fecharam no positivo.

Nos Estados Unidos, as bolsas fecharam assim:

  • DOW JONES: +0,15%
  • S&P 500: +0,03%
  • NASDAQ: +0,12%

Já nas bolsas europeias tivemos os seguintes resultados:

  • DAX (Alemanha): +0,91%
  • FTSE 100 (Inglaterra): +0,41%
  • CAC 40 (França): +1,52%
  • FTSE MIB (Itália): +0,94%

Por fim, nas bolsas asiáticas:

  • Nikkei (Japão): +0,84%
  • Shangai (China): +0,31%
  • KOSPI (Coreia do Sul): -0,14%

Enquanto isso, as criptomoedas nas últimas 24h (07h14min):

  • Bitcoin: US$ 29.391 (-0,45%)
  • Ether: US$ 1.846 (-0,25%)

Ainda, nas commodities: 

  • Ouro: US$ 1,948/Onça troy (-0,09%)
  • Petróleo Brent (Futuros): US$ 86,40/barril (+1,31%)
  • Minério de Ferro (Futuros): US$ 104,60/tonelada (-0,10%)

Agora vamos falar de ações e stocks (exterior):

Morning call de ações

Imagem: prédio com uma placa azul e as palavras “equatorial energia” – Fonte: Seu Dinheiro

BRASIL

TEMPORADA DE BALANÇOS

De antemão deixa eu explicar alguns detalhes: os resultados aqui informados dizem respeito ao segundo trimestre de 2023, sendo assim, a comparação feita é sempre com o segundo trimestre de 2022, a menos que seja indicada a exceção.

As empresas gringas colocam Q2 (para falar segundo trimestre, Q de quarter) e H1 (primeiro semestre), que H é o Half Year.

O Ebitda é o lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações

EQUATORIAL

A Equatorial (EQTL3) teve um lucro ajustado de R$ 227 milhões no segundo trimestre de 2023, representando um aumento anual de 49,2%. Sua receita líquida alcançou R$ 9,201 bilhões no mesmo período, registrando um crescimento de 41,7% em comparação com o segundo trimestre de 2022. A empresa também apresentou um aumento de 48,6% no Ebitda ajustado, atingindo R$ 2,261 bilhões, resultando em uma margem Ebitda ajustada de 24,6%. A Margem Bruta ajustada cresceu 45,7%, totalizando R$ 3,5 bilhões.

Além disso, as despesas ajustadas com pessoal, material, serviços e outros aumentaram 36,1% em comparação com o ano anterior, passando de R$ 774 milhões para R$ 1,053 bilhão. O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 1,098 bilhão no segundo trimestre de 2023, com uma diminuição de 0,3% nas perdas financeiras em relação ao mesmo período de 2022.

No que diz respeito à dívida e investimentos, a Equatorial realizou investimentos consolidados de R$ 2,7 bilhões no segundo trimestre de 2023, com destaque para investimentos em distribuição e desenvolvimento de energias renováveis. Em junho de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 34,466 bilhões, com um crescimento de 50,5% em relação ao mesmo período de 2022. O indicador de alavancagem financeira, medido pela dívida líquida/Ebitda ajustado, ficou em 3,8 vezes, apresentando um aumento de 0,8 p.p. em comparação com o mesmo período de 2022.

ESTAPAR

A Estapar (ALPK3) teve uma redução de 59% no prejuízo líquido do segundo trimestre de 2023, chegando a R$ 14,9 milhões, comparado ao mesmo período do ano anterior, quando foi de R$ 36,3 milhões.

A receita líquida aumentou 22,3% em relação ao segundo trimestre de 2022, totalizando R$ 334,6 milhões.

O Ebitda ajustado alcançou R$ 65,5 milhões, apresentando um aumento de 68,9% em relação ao mesmo período de 2022. A margem Ebitda ajustada foi de 19,6% no segundo trimestre de 2023.

As despesas administrativas e gerais subiram 1,1% no ano, chegando a R$ 27,7 milhões.

O lucro bruto caixa atingiu R$ 87,1 milhões, com um aumento de 28% em comparação com o mesmo período de 2022.

No aspecto financeiro, a companhia teve um resultado financeiro negativo de R$ 56 milhões, representando um aumento de 7,2% em relação às perdas financeiras do mesmo período do ano anterior.

A dívida líquida da companhia em junho foi de R$ 732,9 milhões, mostrando uma redução de R$ 11,6 milhões na comparação ano a ano.

AREZZO

A Arezzo (ARZZ3) teve um lucro líquido recorrente de R$ 113,9 milhões no segundo trimestre de 2023, mostrando uma queda anual de 7,7% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando foi de R$ 123,4 milhões.

A empresa apresentou um Ebitda de R$ 198,2 milhões, com um aumento anual de 22,1%. Isso resultou em uma margem Ebitda de 17,5%, com um acréscimo de 0,3 pontos percentuais.

A receita líquida atingiu R$ 1,131 bilhão no segundo trimestre de 2023, apresentando um crescimento de 19,7% em comparação com o mesmo período de 2022.

O lucro bruto totalizou R$ 621,2 milhões, aumentando 17,5% em relação ao segundo trimestre de 2022, e a margem bruta foi de 54,9%, uma queda de 1,1 pontos percentuais em relação ao mesmo período do ano anterior.

As despesas gerais e administrativas aumentaram 8,6% em relação ao ano anterior, somando R$ 73,2 milhões no segundo trimestre de 2023.

O resultado financeiro líquido foi negativo em R$ 43,7 milhões no segundo trimestre de 2023, mostrando um aumento de 556,3% nas perdas financeiras em relação ao mesmo período do ano anterior.

Em junho de 2023, a dívida líquida da companhia era de R$ 346 milhões, comparada ao caixa líquido de R$ 360 milhões do mesmo período de 2022. O indicador de alavancagem financeira (dívida líquida/Ebitda ajustado) ficou em 0,5 vez em junho de 2023, apresentando um aumento de 1,1 pontos percentuais em relação ao mesmo período de 2022.

B3

A B3 (B3SA3), empresa controladora da Bolsa de Valores do Brasil, teve um lucro líquido atribuído aos acionistas de R$ 1,052 bilhão no segundo trimestre de 2023, representando uma queda de 3,6%. Excluindo itens não recorrentes, o lucro líquido teria sido de R$ 1,168 bilhão, com uma queda de 4,3%. O lucro líquido recorrente ajustado também apresentou queda de 12,9%, principalmente devido ao término da amortização fiscal do ágio da combinação de negócios com a Cetip.

O Ebitda recorrente totalizou R$ 1,632 bilhão, com uma queda de 2,2%, resultando em uma margem de 73,6%, comparada a 74,4% do ano anterior.

A receita líquida atingiu R$ 2,230 bilhões, com uma diminuição de 0,5%, enquanto as despesas aumentaram para R$ 859 milhões, um aumento de 2%.

O resultado financeiro ficou positivo em R$ 102,8 milhões, em comparação a uma cifra negativa de R$ 15,3 milhões do mesmo período do ano anterior.

A empresa menciona que a melhora das expectativas para o Brasil se refletiu no mercado à vista de ações, com um aumento no volume financeiro médio diário negociado. No segmento de derivativos listados, o volume médio diário negociado também aumentou significativamente.

A B3 revisou suas projeções de depreciação e amortização para um intervalo de R$ 1,040 bilhão a R$ 1,100 bilhão.

No geral, esses números mostram o desempenho financeiro da B3 no segundo trimestre de 2023, evidenciando aspectos como lucro líquido, receita, Ebitda e outros indicadores relevantes.

BR PARTNERS

O BR Partners (BRBI11) registrou um lucro líquido de R$ 38,7 milhões no segundo trimestre, mostrando uma queda de 3,5% em relação ao mesmo período do ano anterior. No entanto, esse resultado foi 16,8% acima do lucro dos três primeiros meses do ano.

Marcelo Costa, CFO do BR Partners, destacou que houve uma melhora nas expectativas dos agentes econômicos nos últimos meses, impulsionada pela definição do arcabouço fiscal, diminuição da inflação e a perspectiva de um ciclo de alívio monetário. Isso contribuiu para a retomada do mercado de capitais e melhores resultados para o banco.

O banco realizou 11 das 17 transações de investimento no segundo trimestre, indicando um aumento na atividade. A aceleração deve continuar, uma vez que as curvas de juros estão prevendo níveis de Selic ainda mais baixos. Essa tendência pode incentivar emissores a voltarem ao mercado, tanto no mercado corporativo quanto no de infraestrutura. O fluxo de investimento também pode migrar novamente para o mercado de crédito privado.

A receita total foi de R$ 103,1 milhões, mostrando uma queda de 6% em relação ao mesmo período do ano anterior, porém, avançou 1,6% em comparação com o primeiro trimestre de 2023. A receita ligada aos negócios de clientes cresceu 24,4% em relação ao primeiro trimestre.

O retorno sobre patrimônio (ROE) ficou em 19% no segundo trimestre e em 18% no semestre, considerado “saudável”. O segmento de reestruturação de empresas também se destacou, com o banco liderando sete operações desse tipo no trimestre, incluindo empresas como Marisa, CVC e Atvos.

CYRELA

A Cyrela (CYRE3) registrou um aumento significativo de 85,3% no lucro líquido no segundo trimestre deste ano em comparação com o mesmo período do ano anterior, totalizando R$ 279 milhões. A receita líquida também teve um crescimento expressivo de 30,6%, atingindo R$ 1,63 bilhão entre abril e junho, resultando em uma margem bruta de 32,3%.

No entanto, ao contrário do primeiro trimestre, a empresa gerou um caixa positivo de R$ 22 milhões no período, enquanto no mesmo trimestre do ano anterior houve uma queima de caixa de R$ 48 milhões.

A companhia encerrou junho com uma dívida bruta de R$ 4,36 bilhões, um aumento de 4% em relação ao primeiro trimestre. A alavancagem financeira da Cyrela ficou em 5,9% no período, 0,6 ponto percentual abaixo do final de março.

No semestre, o lucro líquido da empresa teve um aumento de 42% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 443 milhões. A receita líquida também cresceu, alcançando R$ 2,91 bilhões, um aumento de 18% em relação ao mesmo período do ano passado.

A Cyrela teve um desempenho positivo no segmento de vendas e lançamentos. As vendas líquidas contratadas aumentaram em 53,6% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 2,49 bilhões, com um indicador de velocidade de vendas (VSO) atingindo 48,1%. A empresa lançou 17 empreendimentos no segundo trimestre, registrando um valor geral de vendas (VGV) de lançamentos de R$ 3,51 bilhões, um aumento de 51,1% em relação ao ano anterior.

A Cyrela encerrou o trimestre com 108 obras em andamento, sendo a maioria delas em São Paulo, que contribuiu com 60% do total vendido no ano. No acumulado do primeiro semestre, a empresa vendeu R$ 4,03 bilhões, um crescimento de 37,5% em relação ao ano anterior, e registrou um VGV lançado de R$ 4,86 bilhões, um aumento de 44%.

DIMED

A distribuidora de medicamentos Dimed (PNVL3), pertencente ao grupo farmacêutico Panvel, apresentou um lucro líquido ajustado de R$ 26,781 milhões no segundo trimestre de 2023, marcando uma queda anual de 4,3%.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) da empresa alcançou R$ 57,8 milhões, registrando um crescimento de 3% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

A receita líquida da companhia atingiu R$ 1,081 bilhão no segundo trimestre, com um aumento de 9,6% em relação ao ano anterior. A receita bruta proveniente do varejo foi de R$ 1,057 bilhão, comparada a R$ 965,3 milhões do mesmo período do ano passado.

Durante o segundo trimestre, a empresa inaugurou 11 novas lojas, elevando o total de unidades em operação para 574.

As despesas totais da Dimed/Panvel somaram R$ 310,981 milhões no período, apresentando um aumento de 11,4% em relação ao segundo trimestre de 2022.

O resultado financeiro da empresa ficou negativo em R$ 6,960 milhões, representando uma piora de 15,2%.

DOTZ

A Dotz (DOTZ3), empresa líder em programas de fidelidade no Brasil, divulgou seus resultados financeiros do segundo trimestre de 2023. A companhia reportou um prejuízo líquido de R$ 18,6 milhões, representando uma queda de 33,9% em comparação com o prejuízo do mesmo período de 2022.

A receita líquida da empresa alcançou R$ 34,6 milhões, um aumento em relação aos R$ 28,1 milhões registrados no mesmo período do ano anterior. A receita líquida antes de resgates permaneceu estável em R$ 59,7 milhões.

A Dotz destacou a evolução do perfil de sua receita, com um aumento na representatividade da parcela da receita não diferida, que alcançou 22% no segundo trimestre de 2023, em comparação com 3% no mesmo período do ano anterior. A empresa considerou essa mudança como favorável para seus objetivos de geração de resultados nos próximos trimestres.

No que diz respeito às despesas com vendas, gerais e administrativas, a empresa registrou uma queda de 21,2% em relação ao ano anterior, totalizando R$ 34,5 milhões. A Dotz atribuiu essa redução a ajustes realizados em sua estrutura desde o final de 2022.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ainda ficou negativo em R$ 9,8 milhões, mas mostrou melhoria em relação ao prejuízo operacional de R$ 22,2 milhões registrado no segundo trimestre do ano anterior.

A Dotz apresentou um resultado financeiro positivo de R$ 1,4 milhão, revertendo o saldo negativo de R$ 8,4 milhões do ano anterior.

EVEN

A Even (EVEN3) divulgou seu balanço do segundo trimestre, reportando um lucro líquido de R$ 56,060 milhões, o que representa uma queda de 3,5% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) teve um aumento de 7,8%, com uma margem de 10,8%, diminuindo 0,5 ponto percentual em relação ao ano anterior.

A receita líquida de vendas e serviços da empresa atingiu R$ 758,732 milhões, um aumento de 12,8%, e o lucro bruto aumentou 4,4%, totalizando R$ 161,1 milhões. A margem bruta ajustada foi de 23,5%, uma queda de 1,5 ponto percentual.

A Even lançou 3 empreendimentos no segundo trimestre de 2023, em comparação com os 4 lançados no mesmo período de 2022. No entanto, o Valor Geral de Vendas (VGV) lançado aumentou em 45,8%, chegando a R$ 886 milhões.

A dívida líquida da Even no final do segundo trimestre era de R$ 17,158 milhões, representando uma redução de 95% em relação ao endividamento de um ano antes. A dívida líquida (ex-SFH) ficou em R$ 608,8 milhões no final de junho de 2023, uma queda de 27%. Como resultado, a dívida líquida em relação ao patrimônio ficou em -0,6%, em comparação com os 15,5% de junho de 2022.

A queima de caixa da Even (excluindo dividendos e recompras) foi de R$ 91,922 milhões, representando um aumento de 6,8%. Os ativos totais atingiram R$ 6,874 bilhões, um crescimento de 12%.

GRENDENE

A Grendene (GRND3), fabricante de calçados e dona das marcas Melissa, Rider e Ipanema, enfrentou um desempenho desafiador no segundo trimestre de 2023. As vendas de calçados caíram 15,4%, resultando em uma receita líquida que diminuiu 10,4% em comparação com o mesmo período do ano anterior, chegando a R$ 463,6 milhões.

O EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) também caiu, recuando 13,1% de R$ 28,0 milhões para R$ 24,3 milhões. O lucro líquido da empresa diminuiu 12,9%, caindo de R$ 65,7 milhões para R$ 57,2 milhões no segundo trimestre de 2023 em comparação ao mesmo período de 2022.

As exportações foram um dos principais fatores que impactaram negativamente o resultado da empresa. As vendas para a América Latina, que representa 60% das exportações da Grendene, foram afetadas pela situação econômica difícil em países como Argentina, Bolívia e Paraguai.

Apesar das dificuldades no segundo trimestre, o diretor financeiro e de relações com investidores da Grendene, Alceu Albuquerque, projeta uma segunda metade do ano mais positiva. Ele ressalta que o segundo semestre é crucial para a empresa, já que cerca de 60% do volume de vendas ocorre nesse período. A redução da inflação, a queda nas taxas de juros e a melhoria no desemprego são fatores que podem impactar positivamente o consumo e, por consequência, o desempenho da Grendene.

Além disso, a empresa destaca que o resultado operacional recorrente foi melhor do que o aparente. O EBITDA recorrente aumentou 48,4%, de R$ 35,8 milhões para R$ 53,1 milhões, e o lucro líquido recorrente cresceu 15,4%, de R$ 73,4 milhões para R$ 84,7 milhões.

Apesar do desafio no segundo trimestre, a Grendene mantém seu foco nas estratégias de mercado e espera um cenário mais favorável nos próximos meses.

MILLS

A Mills (MILS3), empresa especializada na locação de equipamentos e plataformas elevatórias, divulgou seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2023. O lucro líquido da empresa atingiu R$ 64,1 milhões, o que representa um leve crescimento de 1,4% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando registrou R$ 63,13 milhões.

A receita líquida da Mills teve um expressivo aumento, chegando a R$ 338,0 milhões no segundo trimestre de 2023, em comparação com os R$ 247,627 milhões do mesmo período de 2022.

Os custos dos serviços prestados pela Mills aumentaram para R$ 100,7 milhões, comparado a R$ 88,5 milhões entre abril e junho de 2022. As despesas administrativas, gerais e com vendas totalizaram R$ 90,9 milhões, ante R$ 71,2 milhões. A empresa atribui esse aumento às suas estratégias de crescimento.

O EBITDA ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da Mills alcançou R$ 167,9 milhões no segundo trimestre de 2023, em comparação com R$ 117,9 milhões no mesmo período de 2022.

Por outro lado, o resultado financeiro da empresa apresentou um valor negativo de R$ 20,2 milhões, um aumento em relação ao valor negativo de R$ 2,5 milhões no segundo trimestre de 2022. Esse aumento nas despesas financeiras foi influenciado pela maior dívida bruta após captações realizadas e pela variação do CDI no período.

A Mills realizou novas captações de recursos, totalizando R$ 100 milhões em junho, para fortalecer o caixa e dar suporte à sua estratégia de crescimento.

OI

A Oi (OIBR3, OIBR4), empresa em recuperação judicial, divulgou seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2023. A empresa reportou um prejuízo líquido de R$ 845 milhões no período, o que representa um aumento de 69,9% em comparação com o mesmo período do ano anterior. No entanto, a empresa conseguiu reduzir o prejuízo em 33,4% em relação ao primeiro trimestre.

O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (EBITDA) da companhia foi de R$ 42 milhões, o que representa uma queda de 99,5% em comparação com o ano anterior e de 80,6% em relação ao primeiro trimestre de 2023. O EBITDA de rotina da empresa foi de R$ 133 milhões, com uma queda de 65,8%.

A receita líquida da empresa no período foi de R$ 2,434 bilhões, o que representa uma queda de 11,2% em comparação com o segundo trimestre de 2022 e uma redução de 2,8% em relação ao primeiro trimestre de 2023. Esse desempenho foi resultado da queda de 50,3% na receita dos serviços legados, que foi contrabalanceada pelo crescimento dos serviços core, como a Oi Fibra e a Oi Soluções.

As receitas da Oi Fibra cresceram 15,3% na comparação anual, totalizando R$ 1,1 bilhão, enquanto as receitas da Oi Soluções avançaram 2,8%, chegando a R$ 705 milhões. O faturamento consolidado da chamada Nova Oi, que exclui o legado, cresceu 10,5%, alcançando R$ 2,168 bilhões.

O resultado financeiro líquido da companhia ficou negativo em R$ 565 milhões, porém houve uma melhora de 82% em comparação com o ano anterior e uma recuperação de 50,8% das perdas do primeiro trimestre.

A Oi destacou o recebimento da primeira parcela do financiamento DIP no início de junho, que reforçou sua posição de caixa, totalizando R$ 2,6 bilhões, um aumento de 41% em comparação ao ano anterior.

A dívida líquida da Oi encerrou o segundo trimestre de 2023 em R$ 21,198 bilhões, representando um aumento de 31,5% em comparação ao ano anterior. Em relação ao primeiro trimestre, a dívida cresceu 1,2%.

A empresa fechou o trimestre com 4,059 milhões de casas conectadas ao serviço e adicionou 60 mil novas conexões líquidas no período.

PETRORECONCAVO

A PetroRecôncavo (RECV3) divulgou seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2023. A empresa registrou um lucro líquido de R$ 177,64 milhões no período, o que representa um aumento de 35,6% em comparação com o mesmo período do ano anterior.

A receita líquida da empresa foi de R$ 658 milhões no segundo trimestre, uma queda de 4,7% em relação ao segundo trimestre de 2022.

O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) da PetroRecôncavo foi de R$ 319,24 milhões no segundo trimestre, o que representa uma queda de 15,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. A margem EBITDA, sem ajustes, atingiu 48,5% no 2T23, uma queda de 6,5 pontos percentuais na comparação anual.

O desempenho da empresa foi impactado pela variação negativa na cotação do petróleo, que caiu 4% em relação ao primeiro trimestre, além da desvalorização de 5% do dólar e a redução de 33% no volume de gás natural comercializado.

A produção média bruta da empresa no segundo trimestre foi de 26,0 mil barris de óleo equivalente por dia (boed), representando um crescimento de 7% em relação ao primeiro trimestre de 2023 e de 27% em comparação ao segundo trimestre de 2022. Em julho, a produção atingiu 28,5 mil boed.

O custo médio de produção no segundo trimestre foi de US$ 13,54, o que representa um aumento de 5% em relação ao trimestre anterior. O montante investido em perfuração, workovers e facilidades no segundo trimestre de 2023 foi de R$ 205 milhões.

PETZ

A Petz (PETZ3) divulgou seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2023, registrando um lucro líquido ajustado de R$ 24,5 milhões. Isso representa uma queda de 25,1% em relação ao mesmo período do ano anterior, quando o lucro líquido foi de R$ 32,8 milhões. A empresa atribui essa redução a diversos fatores, incluindo o crescimento de Depreciação & Amortização, menor Resultado Financeiro no 2T23 em comparação com o 2T22, e o efeito negativo da consolidação das aquisições.

A receita bruta da Petz durante o segundo trimestre de 2023 atingiu R$ 944,8 milhões, representando um aumento de 18% em relação ao mesmo período de 2022.

O Ebitda ajustado (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) foi de R$ 69,9 milhões, apresentando um crescimento de 5,9% em relação ao segundo trimestre de 2022. No entanto, a margem Ebitda ajustada caiu 0,8 ponto percentual na base anual, ficando em 7,4%.

As despesas com vendas, administrativas e gerais aumentaram 17,7% no ano, totalizando R$ 300,7 milhões.

O resultado financeiro da empresa apresentou um valor positivo de R$ 376 mil, uma queda de 92,3% em relação ao mesmo período do ano passado.

O lucro bruto da Petz no segundo trimestre de 2023 foi de R$ 375 milhões, um aumento de 14,5% em comparação com o mesmo período de 2022. A margem bruta ficou em 39,7% no 2T23, uma queda de 1,2 ponto percentual em relação à margem do 2T22.

A empresa fechou junho com um caixa líquido de R$ 39,3 milhões, representando uma redução de 84% na base anual.

PORTO

A Porto, anteriormente conhecida como Porto Seguro (PSSA3), divulgou seus resultados referentes ao segundo trimestre de 2023, registrando um lucro líquido recorrente de R$ 670 milhões. Isso representa um aumento impressionante de 409,9% em relação ao mesmo período do ano anterior. Em comparação com o primeiro trimestre deste ano, o crescimento foi de 101,3%, de acordo com o balanço divulgado pela companhia.

A empresa destacou que tanto o segundo trimestre quanto o primeiro semestre deste ano foram os “melhores resultados da história” da Porto. Durante os primeiros seis meses de 2023, a empresa registrou um lucro de R$ 1,04 bilhão, um crescimento de 238,8% em relação ao mesmo período do ano anterior.

A Porto teve um primeiro semestre desafiador no ano anterior devido aos resultados da área de seguros, sua principal atividade. No entanto, a empresa implementou reajustes de preço para compensar os impactos da inflação sobre as indenizações do seguro automotivo, causados pela disparada dos preços dos carros usados.

A empresa relatou que o prêmio ganho total foi de R$ 6,008 bilhões, um aumento de 27,5% em comparação ao ano anterior. Na área de seguros, a emissão de prêmios atingiu R$ 5 bilhões, um crescimento de 14% em um ano, com um aumento de 5,1% no número de contratos ativos, totalizando 13,7 milhões, indicando um tíquete médio maior.

No seguro automotivo, a empresa emitiu R$ 3,74 bilhões em prêmios, um aumento de 11,5% em relação ao ano anterior, enquanto a frota segurada aumentou 1,8%, chegando a 5,8 milhões de veículos.

Além disso, outras áreas da empresa também tiveram um desempenho positivo. Na Porto Saúde, a receita aumentou 32,2% em relação ao ano anterior, para R$ 1,069 bilhão, e o lucro líquido subiu 144%, chegando a R$ 53,9 milhões. A carteira de beneficiários também cresceu 16,7%, atingindo 461 mil.

No Porto Bank, a receita de intermediação financeira subiu 10%, totalizando R$ 516,4 milhões, e a carteira de crédito aumentou 20,1%, atingindo R$ 17,1 bilhões. O crescimento foi impulsionado pela carteira de cartão de crédito, que aumentou 23,1%, para R$ 14,2 bilhões.

No geral, a Porto teve um retorno sobre o patrimônio líquido médio de 25,8% no trimestre, um crescimento significativo em relação ao ano anterior e ao trimestre anterior.

RUMO

A Rumo (RAIL3), uma empresa de ferrovias pertencente à Cosan (CSAN3), divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2023, registrando um lucro líquido de R$ 167 milhões. Esse valor é mais de cinco vezes superior ao registrado no mesmo período de 2022. No entanto, esse resultado ficou abaixo das expectativas do mercado, que estimavam um lucro líquido de R$ 379 milhões. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 1,45 bilhão, um crescimento de 29% em comparação ao ano anterior, mas também ligeiramente abaixo das estimativas.

A alta expressiva no lucro líquido da Rumo foi atribuída a um maior volume transportado e ao crescimento das margens. A receita operacional líquida da empresa cresceu 12,1% em relação ao segundo trimestre de 2022, alcançando R$ 2,76 bilhões. O volume transportado aumentou 9,4%, chegando a 20,4 milhões de toneladas por quilômetro útil (TKU).

A empresa destacou uma demanda firme para o transporte de commodities agrícolas, bem como uma melhora gradual das condições de segurança em um trecho onde a empresa vinha sofrendo com roubos e vandalismo. A Rumo também observou um crescimento significativo no volume transportado das principais commodities agrícolas, como soja, açúcar e fertilizantes.

No entanto, a empresa enfrentou alguns desafios, como tarifas que vieram um pouco abaixo das expectativas do mercado e um declínio de 2% no volume reportado em julho. Além disso, a queda de participação de mercado da Rumo no trecho até o porto de Santos foi atribuída ao aumento da utilização de terminais ferroviários operados pela empresa e a um mercado de grãos aquecido que direcionou a demanda para outras ferrovias e terminais rodoviários.

A empresa também revisou suas diretrizes operacionais (guidance) para 2023, reduzindo suas previsões de volume transportado e de Ebitda ajustado. A redução do guidance era esperada e já havia sido considerada pelo mercado devido aos dados reportados no primeiro semestre.

No geral, apesar dos desafios enfrentados e das revisões nas previsões, a Rumo registrou um crescimento significativo em seu lucro e receita no segundo trimestre de 2023.

SANEPAR

A Sanepar (SAPR11), estatal de saneamento do Paraná, divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2023, registrando um lucro líquido de R$ 422,1 milhões, um aumento de 80,5% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) atingiu R$ 663,3 milhões, representando um crescimento de 49,8% em relação ao ano anterior.

A receita líquida da empresa no segundo trimestre foi de R$ 1,54 bilhão, um aumento anual de 13,2%. Com isso, a margem Ebitda (Ebitda sobre receita) subiu 10,6 pontos percentuais em comparação ao ano anterior, chegando a 43,2%.

A receita operacional líquida também apresentou um crescimento anual de 13,3%, atingindo R$ 1,656 bilhão. Esse aumento foi impulsionado por diversos fatores, incluindo reajustes tarifários, crescimento nos volumes faturados de água e esgoto e aumento no número de ligações.

As despesas financeiras tiveram uma redução anual de 9,3%, totalizando R$ 127,2 milhões. No entanto, as despesas com juros e taxas de financiamentos, empréstimos, debêntures e arrendamentos aumentaram 7,5%, atingindo R$ 100,5 milhões.

A dívida líquida da Sanepar aumentou de R$ 3,9 bilhões em dezembro de 2022 para R$ 4,5 bilhões em junho de 2023, resultando em um aumento na alavancagem da empresa, medida pela relação dívida líquida sobre Ebitda, que subiu para 1,8 vez no trimestre, em comparação com 1,6 vez no mesmo período do ano anterior.

SIMPAR

A Simpar (SIMH3), controladora das empresas JSL, Movida e Vamos, divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2023, registrando um lucro líquido de R$ 100 milhões. Esse valor representa uma queda de 53% em comparação ao mesmo período do ano anterior.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) da empresa atingiu R$ 2,3 bilhões, apresentando um aumento de 33% em relação ao ano anterior.

A receita líquida da companhia no segundo trimestre foi de R$ 7,563 bilhões, um crescimento de 40,4% em relação ao mesmo período do ano anterior e de 1,7% em relação ao primeiro trimestre.

A receita bruta da empresa também bateu um recorde, com um aumento de 42% em relação ao ano anterior, atingindo R$ 8,4 bilhões.

A Simpar destacou que esses números ainda não refletem completamente os investimentos realizados por suas controladas, nem o benefício total das aquisições, que incluem empresas como IC Transportes, Tietê Veículos, DHL Tratores, FSJ Logística e Nova Quality.

O capex líquido (investimentos em ativos) da Simpar teve uma redução significativa de 84%, chegando a R$ 580 milhões. A empresa afirmou que foi seletiva na alocação de capital durante o segundo trimestre.

A alavancagem da empresa, medida pela relação dívida líquida/Ebitda, encerrou o trimestre em 3,7 vezes. No entanto, a administração explicou que, ao considerar os recursos provenientes do follow-on da Vamos e ajustar o capital de giro da companhia, a alavancagem normalizada seria de 3,4 vezes.

Denys Ferrez, CFO da Simpar, mencionou que esperam um ano de 2024 positivo e ressaltou que cada ponto percentual de queda nos juros resulta em uma redução significativa das despesas financeiras da empresa. Ele também afirmou que a empresa pretende manter a remuneração aos acionistas no mínimo obrigatório e esperar pela melhoria dos resultados antes de distribuir mais dividendos.

TECNISA

A Tecnisa (TCSA3), empresa do setor de construção e incorporação, apresentou seus resultados do segundo trimestre de 2023, registrando um lucro líquido de R$ 4,6 milhões, revertendo o prejuízo de R$ 9,3 milhões do mesmo período do ano anterior. Essa melhoria foi atribuída ao aumento das vendas e ao progresso das obras, o que contribuiu para o crescimento da receita, a diluição de custos e a consequente elevação das margens e do lucro.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 20,9 milhões, quadruplicando em relação ao ano anterior, quando foi de R$ 5,1 milhões. A margem Ebitda ajustada foi de 20,5%, um aumento de 8 pontos percentuais.

A receita operacional líquida totalizou R$ 101,8 milhões, um aumento de 151% em relação ao mesmo período do ano anterior. A margem bruta ajustada atingiu 23,1%, um aumento de 7,2 pontos percentuais.

A empresa destacou que essa variação demonstra uma melhora significativa na rentabilidade operacional, resultado do desenvolvimento de projetos com margens superiores.

O custo dos imóveis vendidos foi de R$ 87 milhões, um aumento de 125%, devido ao maior volume de obras em andamento e custos a serem apropriados.

O resultado financeiro (diferença entre receitas e despesas financeiras) foi negativo em R$ 1,7 milhão, metade do resultado negativo registrado no ano anterior, que foi de R$ 3,9 milhões.

A Tecnisa teve uma saída de caixa de R$ 33,5 milhões e encerrou o segundo trimestre com uma posição de caixa de R$ 143,2 milhões. A dívida líquida alcançou R$ 419,4 milhões, um aumento de 6,0% em relação ao ano anterior. A alavancagem, medida pela relação entre dívida líquida e patrimônio líquido, aumentou 6,8 pontos percentuais, chegando a 66,5%.

A empresa não realizou lançamentos no segundo trimestre e informou que está focada no desenvolvimento de projetos enquanto aguarda a liberação de Cepacs (Certificados de Potencial Adicional de Construção) da Operação Urbana da Água Branca. Esses títulos dependem de um leilão pela prefeitura e são essenciais para viabilizar empreendimentos na região.

As vendas líquidas no segundo trimestre de 2023 totalizaram R$ 93,1 milhões (parte Tecnisa), um aumento de 4,7% em comparação ao mesmo período do ano anterior. A empresa também informou que registrou R$ 5 milhões em distratos e fez uma provisão de R$ 13 milhões para rescisões, uma diminuição de 61%.

VIA

A Via (VIIA3), uma varejista, divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2023, registrando um prejuízo líquido de R$ 492 milhões, pior do que o prejuízo projetado pelo consenso da Refinitiv, que era de R$ 432 milhões, e revertendo o lucro de R$ 6 milhões do mesmo período de 2022.

A receita líquida da empresa ficou em R$ 7,4 bilhões, em linha com o consenso e em comparação com R$ 7,6 bilhões no mesmo período do ano passado. O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) ajustado atingiu R$ 469 milhões, em comparação com o consenso de R$ 451 milhões e R$ 690 milhões em 2022.

O resultado financeiro (saldo entre receitas e despesas financeiras) foi negativo em R$ 864 milhões, um aumento de 49,5% em relação ao ano anterior. A empresa atribuiu esse aumento principalmente à alta da taxa média de juros.

No e-commerce, o volume bruto de vendas (GMV) recuou 5,1% em relação ao ano anterior, para R$ 3,5 bilhões, devido à queda do mercado e a um cenário mais restritivo para compras online. Por outro lado, no marketplace, o GMV atingiu R$ 1,5 bilhão, um aumento de 9% no ano.

Nas lojas físicas, o GMV ficou em R$ 6 bilhões, um aumento de 1,6% no ano, beneficiando-se da reabertura mais constante da economia após a pandemia da Covid-19.

A margem bruta ficou em 28,5%, uma redução de 2,9 pontos percentuais em relação ao primeiro trimestre. As despesas com vendas, gerais e administrativas caíram 11,9% no ano, totalizando R$ 1,5 bilhão.

A empresa registrou um fluxo de caixa negativo de R$ 760 milhões, com gastos de R$ 169 milhões em capital de giro e R$ 341 milhões em demandas judiciais. A posição final de caixa encerrou o trimestre em R$ 2,8 bilhões.

A Via também mencionou uma monetização de créditos tributários de R$ 659 milhões.

YDUQS

A Yduqs (YDUQ3), uma empresa de educação, divulgou seus resultados do segundo trimestre de 2023, revertendo um prejuízo líquido de R$ 63,3 milhões e registrando um lucro líquido de R$ 32 milhões. Em termos ajustados, o prejuízo de R$ 15,6 milhões foi revertido para um lucro de R$ 51,6 milhões.

O Ebitda (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) totalizou R$ 415,2 milhões no 2T23, um aumento anual de 36,2%. Em termos ajustados, o aumento foi de 24,1%, atingindo R$ 417,9 milhões.

A receita líquida cresceu 15,3% em relação ao mesmo período do ano anterior, indo de R$ 1,134 bilhão para R$ 1,308 bilhão. A margem Ebitda subiu 4,9 pontos percentuais, para 31,7%, enquanto a margem Ebitda ajustada subiu 2,3 pontos, para 32%.

A Yduqs destacou o sólido desempenho do segmento Premium, com um aumento na base total de alunos e crescimento na graduação de Medicina. A base total de alunos do IBMEC também cresceu devido a um forte aumento na captação, principalmente em São Paulo. No segmento Presencial, a base de alunos diminuiu em comparação ao ano anterior, mas a captação foi maior do que no primeiro semestre de 2021.

O ticket médio da graduação Presencial aumentou 15,7% em relação ao ano anterior, enquanto o ticket médio da graduação Semipresencial aumentou 23,5%, resultado de um melhor desempenho na captação e precificação dos cursos.

O custo dos serviços prestados aumentou 3,5% em relação ao 2T22, principalmente devido ao aumento de repasse aos polos e custos de pessoal. As despesas comerciais reduziram 5,8% em relação ao 2T22, enquanto as despesas com PDD (Provisão para Devedores Duvidosos) ajustada cresceram 4,0%, abaixo do crescimento da receita operacional líquida (ROL) de 15%.

A empresa também observou uma melhoria nos índices de retenção/renovação e performance de cobrança, o que contribuiu para reduzir o percentual da PDD como parte da ROL.

EXTERIOR

HUAWEI

A gigante chinesa de tecnologia divulgou um aumento de 2,2% em sua receita de negócios de consumo no primeiro semestre de 2023. Esse crescimento modesto é atribuído à recuperação econômica mais lenta da China e às sanções dos EUA que pesam sobre a empresa desde 2019. A receita do segmento de consumidores atingiu 103,5 bilhões de yuans (US$ 14,27 bilhões) no período, representando menos da metade do valor gerado nos mesmos meses em 2019 e 2020. O ritmo de crescimento de 2,2% foi mais lento do que o aumento geral da receita da empresa, que cresceu 3,1% para 310,9 bilhões de yuans no primeiro semestre. O negócio de infraestrutura de TIC contribuiu mais para a receita geral com 167,2 bilhões de yuans no primeiro semestre.

Os serviços em nuvem trouxeram receita de 24,1 bilhões de yuans, enquanto as soluções automotivas inteligentes tiveram uma receita de 1 bilhão de yuans nos primeiros seis meses de 2023. A Huawei também avançou em seus esforços para monetizar a inteligência artificial, lançando um modelo de IA para melhorar a segurança e a eficiência nas operações de mineração. A receita geral do segundo trimestre cresceu 4,8% ano a ano, para 178,8 bilhões de yuans.

A empresa está procurando impulsionar o crescimento de smartphones, lançando novos produtos e avançando em áreas como serviços em nuvem e inteligência artificial. No entanto, o crescimento geral da receita no primeiro semestre de 2023 parte de uma base baixa. A Huawei espera que o lançamento de seus principais produtos de consumo retorne a um cronograma “normal” este ano, após uma queda no mercado de smartphones.

Em 2019, os EUA impuseram restrições à Huawei, colocando-a em uma lista negra que restringe sua capacidade de comprar produtos e tecnologia dos EUA. A empresa respondeu desenvolvendo seu próprio sistema operacional, o Harmony OS. Em março, a Huawei lançou novos produtos, como smartphones e wearables, contribuindo para o crescimento da receita de negócios do consumidor no primeiro semestre. Apesar das incertezas no mercado, a empresa está focada em atingir suas metas anuais de negócios e continuar a criar valor para seus clientes e a sociedade em geral.

Agora vamos às notícias do cenário interno e mundial:

Resumo de notícias do Brasil e exterior

Imagem: barras de ouro – Fonte: Mais Retorno

BRASIL

O OURO E A EXPECTATIVA SOBRE O PREÇO

De antemão quero dizer que esse assunto não é novidade para quem acompanha o Soco Matinal há tempos, eu já falei sobre isso meses atrás sobre este ano o ouro atingir valores bem interessantes, mas agora o que se fala é que os preços do ouro estão previstos para atingir as máximas históricas novamente em 2024, devido à queda das taxas de juros e aos receios de uma recessão iminente, aumentando seu papel como ativo seguro. Os preços do ouro spot já atingiram US$ 2.072,5 em agosto de 2020, e os analistas acreditam que podem superar essa marca.

Alguns analistas prevêem que o ouro poderá chegar a US$ 2.500 até o final do próximo ano, beneficiado pela estagflação persistente na economia global. A recessão econômica, combinada com a queda das taxas de juros, é vista como um impulsionador para os preços do ouro. A demanda física por ouro também tem sido resiliente, especialmente na China, e os bancos centrais continuam a comprar ouro como parte de sua estratégia de diversificação de reservas. A queda das taxas de juros e a busca por segurança estão impulsionando a demanda pelo metal precioso como proteção contra a inflação e incertezas econômicas.

Por fim, a galerinha do Brics, que tem o Brasil no meio, tem buscado se afastar do dólar americano para uma nova moeda apoiada por ouro, mais um ponto que pode ajudar nessa fase.

EXTERIOR

A TRETA CONTINUA

A Casa Branca dos Estados Unidos emitiu uma ordem executiva que proíbe determinados investimentos norte-americanos em tecnologias sensíveis da China, como chips de computador. Esse movimento é considerado parte de uma estratégia de dissociar economicamente os EUA da China, devido a preocupações de segurança nacional. A medida foi interpretada como uma lição aprendida com as sanções à Rússia, onde o país foi capaz de contornar as sanções ao utilizar intermediários para importar tecnologias ocidentais.

Os analistas acreditam que a China tem desempenhado um papel semelhante para a Rússia, o que levanta questionamentos sobre como os ocidentais podem efetivamente lidar com a China em caso de conflitos, especialmente relacionados a Taiwan. A intensificação das tensões em torno de Taiwan levou os EUA a agirem preventivamente, a fim de limitar a influência da China em setores sensíveis.

No entanto, opiniões divergem sobre a abordagem adequada, com alguns sugerindo que uma posição mais firme é necessária para evitar a improvisação em caso de conflito.

UBS E O FIM DA PROTEÇÃO

A UBS tomou uma decisão significativa, encerrando um acordo de proteção contra perdas de 9 bilhões de francos suíços e um backstop de liquidez pública de 100 bilhões de francos suíços, que haviam sido implementados pelo governo suíço durante a aquisição do seu rival, o Credit Suisse, em março. Esta decisão foi o resultado de uma avaliação completa dos ativos não essenciais do Credit Suisse que eram abrangidos por essas medidas governamentais.

Especificamente, o Credit Suisse também teve acesso a uma assistência de liquidez de emergência e um empréstimo providos pelo Banco Nacional Suíço em março. No entanto, o governo suíço agora informou que essas medidas não estarão mais em vigor, eliminando assim quaisquer riscos associados a essas garantias.

O Acordo de Proteção contra Perdas (LPA) no valor de 9 bilhões de francos suíços tinha o objetivo de assegurar a UBS contra perdas excedentes a 5 bilhões de francos suíços após a aquisição do Credit Suisse. Depois de uma análise minuciosa de todos os ativos abrangidos pelo LPA e após os ajustes necessários, a UBS concluiu que o acordo já não era necessário, optando por encerrá-lo de forma voluntária.

Por outro lado, o backstop de responsabilidade pública no montante de 100 bilhões de francos suíços, estabelecido pelo governo suíço para oferecer suporte de liquidez ao Credit Suisse, foi revogado após uma revisão da situação de financiamento.

O Credit Suisse já efetuou o pagamento de taxas e prêmios de risco totalizando 214 milhões de francos suíços até julho de 2023, incluindo pagamentos direcionados ao Banco Nacional Suíço e à Confederação Suíça. Estas medidas emergenciais foram introduzidas com o propósito de preservar a estabilidade financeira, mas agora estão sendo descontinuadas, sem acarretar mais riscos à Confederação e aos contribuintes. Como próximo passo, o governo suíço planeja introduzir um backstop de liquidez pública de acordo com a legislação vigente, enquanto prossegue com a revisão regulatória.

O REINO UNIDO E A SUA ECONOMIA NO SEGUNDO TRIMESTRE

A economia do Reino Unido apresentou um desempenho surpreendente ao registrar um crescimento de 0,2% durante o segundo trimestre, superando as projeções dos economistas. Esse resultado animador foi impulsionado por dois fatores-chave: o consumo doméstico e a produção manufatureira. Notavelmente, a produção manufatureira experimentou um aumento significativo de 1,6%, enquanto a produção em geral também teve um avanço positivo de 0,7%. Além disso, os serviços tiveram uma leve expansão de 0,1% durante o mesmo período. Vale ressaltar o crescimento de 0,5% registrado em junho, superando as previsões iniciais de 0,2%. O clima quente e um feriado público adicional em maio exerceram influência sobre a demanda.

A notável expansão nos setores de consumo doméstico e gastos governamentais merece destaque, mesmo em meio às pressões de preços que ambos os setores enfrentam. Apesar dos números positivos que superaram as expectativas, ainda se consideram relativamente modestos. O Banco da Inglaterra, que havia ajustado para baixo suas previsões de crescimento, agora estima que o Reino Unido evitará uma recessão. No entanto, é importante ressaltar que os efeitos das políticas de aperto monetário levarão algum tempo para se manifestar plenamente.

Em agosto, o Banco da Inglaterra optou por elevar as taxas de juros para 5,25% e continuará atentamente analisando os indicadores econômicos antes de sua próxima reunião em setembro. Apesar do cenário de inflação mais elevada no Reino Unido, o banco central não antecipa atingir sua meta de 2% até 2025. Algumas análises prospectam uma possível desaceleração moderada no final do ano, atribuída ao impacto das taxas de juros mais elevadas.

AUSTRÁLIA FAZ PREÇO DO GÁS EUROPEU DISPARAR QUASE 40%

Recentemente, os preços do gás natural na Europa têm registrado um aumento significativo, principalmente devido às preocupações relacionadas à oferta da Austrália. Analistas do mercado estão expressando a expectativa de que essa tendência altista persistirá nos meses vindouros. Em particular, o preço do gás no Dutch Title Transfer Facility (TTF), uma referência crucial para o comércio de gás natural na Europa, atingiu seu nível mais elevado desde junho. Essa ascensão dos preços está diretamente vinculada às apreensões em torno de uma possível greve nas instalações de gás natural liquefeito (GNL) na Austrália. O motivo por trás dessa ameaça de greve é a busca dos trabalhadores por salários mais robustos e melhores condições de segurança no emprego.

Caso essa situação se concretize, há a possibilidade de um impacto considerável no fornecimento de GNL, especialmente durante os períodos de alta demanda causados por ondas de calor. Além disso, essa situação poderia ter implicações diretas nas exportações de GNL para a Ásia, onde China e Japão, como grandes consumidores de gás natural australiano, poderiam ser afetados.

Por outro lado, a perspectiva otimista para os preços do gás é atribuída a menos importações de GNL para a Europa, manutenção planejada para oleodutos noruegueses e ondas de calor contínuas em várias regiões globalmente.

Agora, as notícias sobre Fundos Imobiliários:

Morning Call de Fundos Imobiliários

18.07

Imagem: casas de papel e pilhas de moedas à frente – Fonte: Gorila

Em primeiro lugar, é notável mencionar que o IFIX experimentou um aumento leve de 0,02%, encerrando o período com um total de 3.213 pontos. No contexto do ano, observamos um crescimento notável de +12,06%, enquanto no âmbito mensal, identificamos um incremento de +0,49%

Os destaques positivos:

  • HCTR11: 46,61 (+5,47%)
  • DEVA11: 49,51 (+2,79%)
  • RCRB11: 150,54 (+2,23%)
  • AIEC11: 69,95 (+1,46%)
  • URPR11: 95,66 (+1,45%)

Por outro lado, os destaques negativos:

  • IRDM11: 86,49 (-1,5%)
  • BTLG11: 104,11 (-1,29%)
  • HGRE11: 143,58 (-1,13%)
  • TEPP11: 89,94 (-1,02%)
  • LVBI11: 119,6 (-0,95%)

Assim termina nosso morning call. Bons investimentos.