16 de novembro de 2023 - por Evelyn
Ouça as notícias pelo nosso podcast!
Bom dia, Investidor Sardinha. Este é mais um Soco Matinal com as principais notícias do dia no mercado financeiro e no mundo, tudo em 5 minutos, para você já começar o dia zonzo.
Quinta-feira é dia de #TBT, então vamos relembrar quando a Pfizer anunciou a vacina contra a Covid-19 no começo de novembro de 2020 e suas ações dispararam quase 20% em 30 dias. Não somente ela teve valorização, mas todo o mercado deu uma animada geral com o início de uma solução para a pandemia.
IBOVESPA
A princípio tivemos um pregão animadíssimo no último dia, ou seja, 14/11/2023, quando o nosso índice, o IBOV, subiu nada menos do que 2,29% alcançando os 123.165 pontos.
Antes de mais nada já quero dizer que a gente está no maior nível que não era visto desde agosto de 2021, então a gente tá por cima da carne seca mesmo. E tudo isso rolou por conta da divulgação do índice de preços ao consumidor (CPI) nos Estados Unidos, que ficou estável em outubro, desacelerando em relação a setembro. Esse resultado, abaixo das expectativas, levou a especulações sobre uma possível pausa nos aumentos das taxas de juros nos EUA. A reação nos mercados reflete a perspectiva de estabilidade nos juros americanos e até mesmo projeções de cortes no próximo ano. Por outro lado, tem também o fato das ações de empresas ligadas ao mercado interno e consumo, como Azul, Gol, CVC, MRV e Lojas Renner que registraram fortes altas.
Ao mesmo tempo, o dólar perdeu força globalmente, e as taxas de juros brasileiras também caíram. O mercado expressou otimismo em relação à política monetária global e ao diferencial de juros entre Brasil e EUA, aumentando o apetite por ativos de risco, como o real.
Aí foi lindo, né?
AO MESMO TEMPO TIVEMOS OS SEGUINTES DESTAQUES DO ÚLTIMO PREGÃO
A princípio, as ações que se saíram bem dentro do índice:
- Localiza (RENT3): R$ 59,88 (+8,28%)
- Azul (AZUL4): R$ 16,49 (+7,15%)
- CSN Mineração (CMIN3): R$ 6,59 (+6,63%)
- CVC (CVCB3): R$ 3,12 (+6,48%)
- CSN (CSNA3): R$ 13,44 (+6,33%)
Por outro lado, os tickers com os piores desempenhos:
- Magazine Luiza (MGLU3): R$ 1,63 (−5,78%)
- Yduqs (YDQS3): R$ 19,25 (−3,71%)
- Suzano (SUZB3): R$ 52,63 (−2,72%)
- Klabin (KLBN11): R$ 22,5 (+0,18%)
- Raízen (RAIZ4): R$ 3,84 (+0,26%)
Nesse meio tempo, vamos ver o que rolou nos Fundos Imobiliários:
IFIX
O índice agora está em 3.184 pontos, apresentando uma variação positiva de +0,13% no dia. No mês, houve um aumento de +0,90%, e no ano, o índice registrou um crescimento de +11,06%.
Dentre os fundos imobiliários, as maiores altas do dia foram:
1. VSLH11: R$ 3,48 (+1,72%)
2. RZTR11: R$ 101,83 (+1,66%)
3. BRCR11: R$ 57,35 (+1,48%)
4. HTMX11: R$ 160,06 (+1,23%)
5. PATL11: R$ 66,62 (+1,19%)
Por outro lado, as maiores baixas foram:
1. PVBI11: R$ 104,51 (-2,65%)
2. BTRA11: R$ 64,5 (-1,81%)
3. TEPP11: R$ 90,79 (-1,42%)
4. MCCI11: R$ 92,34 (-1,38%)
5. RBRL11: R$ 87,94 (-1,08%)
CÂMBIO
- Dólar EUA: R$ 4,86 (-0,91%)
- Euro: R$ 5,27 (+0,48%)
- Libra esterlina: R$ 6,02 (+0,05%)
Por fim, saindo um pouco do mercado nacional, vamos falar sobre as bolsas mundiais e os índices de mercado internacional.
Morning call de Índices Internacionais
Falando do cenário internacional, as bolsas mundiais:
Assim, temos nos Estados Unidos a performance dos principais índices:
- DOW JONES: +0,47%
- S&P 500: +0,16%
- NASDAQ: +0,07%
Por outro lado, nas bolsas europeias tivemos os seguintes resultados:
- DAX (Alemanha): +0,86%
- FTSE 100 (Inglaterra): +0,62%
- CAC 40 (França): +0,33%
- FTSE MIB (Itália): +0,62%
Ao mesmo tempo, nas bolsas asiáticas:
- Nikkei (Japão): +2,52%
- Shangai (China): +0,55%
- KOSPI (Coreia do Sul): +2,20%
Enquanto isso, as criptomoedas nas últimas 24h (08h31):
- Bitcoin: US$ 37.500 (+4,62%)
- Ether: US$ 2.071 (+3,04%)
Assim como as commodities:
- Ouro: US$ 1.964/Onça troy (-0,11%)
- Petróleo Brent (Futuros): US$ 81,18/barril (-1,56%)
- Minério de Ferro (Futuros): US$ 129,25/tonelada (+0,36%)
commodities
Enfim, vamos falar de ações e stocks (exterior):
Morning call de ações
BRASIL
BAFÃO DE NOVO! AMERICANAS SOLTA MAIS UMA BOMBA
A Americanas (AMER3) registrou um prejuízo líquido de R$ 12,9 bilhões em 2022, conforme divulgado em seu balanço. O Ebtida recorrente para o mesmo período foi negativo em R$ 2,927 bilhão, enquanto a receita líquida alcançou R$ 25,809 bilhões, representando um aumento de 14,6% em relação ao ano anterior.
O prejuízo do ano passado foi revisado para R$ 6,2 bilhões, atribuído ao “fraco desempenho operacional, elevada despesa financeira e relevantes lançamentos extraordinários”. A empresa, envolvida em um dos maiores pedidos de recuperação judicial do Brasil, apresentou projeções para 2025 sujeitas à aprovação do plano de recuperação judicial em negociação com os principais credores.
Além disso, a B3 suspendeu a Americanas do Novo Mercado por tempo indeterminado devido ao descumprimento do contrato privado com a bolsa. Esta é a primeira vez que uma companhia é suspensa, e multas serão aplicadas aos integrantes da diretoria, conselho de administração e comitê de auditoria. Apesar disso, as ações da empresa continuam listadas e podem ser negociadas sem o selo. Vida que segue.
RAÍZEN ESTÁ FAZENDO UMA ARRUMAÇÃO
A Raízen (RAIZ4) tá começando a mexer nos estoques de açúcar, e isso vai rolar até o fim da safra 2023/2024 lá pra março. Agora, com o etanol, eles vão vender mais pro final do ano-safra, lá por fevereiro. O plano é pegar os melhores preços, especialmente na entressafra do etanol.
Segundo o CEO, Ricardo Mussa, a ideia é manter os estoques do etanol e vender no Brasil quando o mercado estiver mais favorável, tipo na entressafra. Ele acredita que os preços do etanol têm mais chance de subir do que cair, já que o consumo tá se recuperando.
Sobre o açúcar, a venda vai rolar até fevereiro, março, dividindo nos dois últimos trimestres da safra. A exportação depende um pouco de logística nos portos, mas a Raízen acha que vai ser de boa.
Mussa também falou sobre a safra 2024/2025, dizendo que eles tão esperando uma boa produção, considerando um clima normal. Os canaviais tão mais preparados pra enfrentar problemas climáticos, já que a empresa tá melhorando a irrigação. Eles tão confiantes nessa próxima safra.
Sobre os números finais da safra atual, Mussa não quis cravar um número preciso, porque depende do clima na hora da colheita. Eles tão mirando moer pelo menos 80 milhões de toneladas em 2023/24, mas a maior parte já foi processada até agora.
ENEVA
A onda de calor no Brasil tem sido um alívio para a Eneva, que precisou acionar todas as suas usinas térmicas para garantir a segurança do sistema elétrico nacional. Com o consumo de energia atingindo 100 GW, um recorde recente, as térmicas são essenciais devido aos efeitos negativos do El Niño na geração eólica e à menor incidência de vento.
O CFO da Eneva, Marcelo Habibe, destacou que o acionamento das térmicas gerou uma reação positiva no mercado, com a ação da empresa subindo mais de 7%. A receita variável das térmicas, derivada de despachos emergenciais, historicamente contribuiu significativamente para o EBITDA da Eneva, podendo atingir níveis extraordinários este ano se os despachos continuarem fortes. Habibe ressaltou a importância das térmicas como energia de segurança para manter a estabilidade do sistema, contradizendo ao mesmo tempo argumentos contrários.
Por fim ele também mencionou que a situação atual deve dissipar dúvidas sobre o leilão de contratação previsto para o próximo ano, crucial para a continuidade das operações de algumas térmicas da Eneva que serão descontratadas em 2028.
STONECO
A StoneCo divulgou planos ambiciosos para multiplicar seu lucro em mais de oito vezes até 2027, em comparação com 2022. A estratégia inclui acelerar a integração entre operação financeira e software, concentrar-se nas micro, pequenas e médias empresas (MPMEs) e manter investimentos controlados. A empresa prevê um lucro líquido ajustado de pelo menos $1,9 bilhão em 2024 e pelo menos R$4,3 bilhões em 2027. O salto recente de mais de 300% no lucro ajustado do terceiro trimestre impulsionou a confiança, levando a ações da empresa a um aumento de 12,9%.
SINQIA
A Sinqia apresentou uma receita líquida de R$ 172,9 milhões no 3T23, representando um crescimento de 7,7% em comparação com o mesmo período do ano anterior. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização (EBITDA) foi de R$26,9 milhões, refletindo uma redução de 64,9% em comparação com o 3T22, com uma margem EBITDA de 15,6%. A empresa encerrou setembro de 2023 com saldo de caixa e equivalentes, além de aplicações financeiras de curto prazo, totalizando R$ 233,0 milhões, enquanto o endividamento bruto alcançou R$ 723,2 milhões. A dívida líquida ao final do período foi de R$ 490,2 milhões.
SER EDUCACIONAL
O Ser Educacional (SEER3) reportou um prejuízo líquido ajustado de R$ 22,6 milhões no terceiro trimestre, em comparação com perdas de R$ 30,5 milhões no mesmo período do ano anterior. No acumulado do ano, a empresa obteve um lucro líquido de R$ 2,075 milhões, marcando um aumento de 62% em relação ao ano anterior.
A receita líquida alcançou R$ 418,2 milhões no terceiro trimestre, representando um aumento de 7,3% em comparação com o mesmo período de 2022. Nos nove primeiros meses de 2023, a receita líquida foi de R$ 1,348 bilhão, registrando um aumento de 9,3% em relação ao ano anterior.
O EBITDA ajustado atingiu R$ 67,5 milhões no terceiro trimestre de 2023, representando um aumento de 23,2% em relação ao mesmo período de 2022. No acumulado de 2023, o indicador registrou R$ 261 milhões, marcando um aumento de 18% em relação ao ano anterior.
A captação de alunos cresceu 12,5% no terceiro trimestre, impulsionada pela estratégia da empresa de focar em cursos de saúde e engenharia, que têm um ticket médio mais elevado. O segmento de Ensino Digital apresentou um crescimento de 63,7%, impulsionado pela integração da UNIFAEL e sinergias comerciais.
AMBIPAR
A Ambipar (AMBP3) registrou um lucro líquido de R$ 34,8 milhões no terceiro trimestre de 2023, marcando um aumento de 4,8% em comparação com o mesmo período de 2022. O lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortizações (EBITDA) atingiu R$ 376 milhões, um recorde para o EBITDA trimestral, representando um aumento anual de 38%, com a margem crescendo para 31,8%, um avanço de 4 pontos percentuais.
A receita líquida da Ambipar alcançou R$ 1,2 bilhão, um aumento de 20,6% em comparação com o terceiro trimestre de 2022. O lucro bruto foi de R$ 412 milhões, com crescimento de 32,8%, e a margem bruta atingiu 34,9%, um avanço de 3,2 pontos percentuais.
No trimestre, a Ambipar apresentou um resultado financeiro líquido negativo de R$ 189,9 milhões, resultado do aumento da dívida líquida no período comparado e das elevadas taxas básicas de juros.
A AZUL VOOU
A Azul deu um pulo de 3% e foi o destaque positivo entre os recibos de ações brasileiras nos EUA, conhecidos como ADRs, já que a B3 está de folga por conta do feriado de Proclamação da República. O índice BR20 fechou em alta de 0,11%, seguindo o ritmo das bolsas dos EUA, que se animaram com dados econômicos indicando um possível fim do ciclo de aumento de juros pelo Federal Reserve. O pessoal está otimista por lá!
No meio desse cenário, a Azul (AZUL4) brilhou com um aumento de 3,29%. A empresa divulgou resultados preliminares do terceiro trimestre, mostrando um lucro operacional de R$ 957,4 milhões, um salto de 137% em relação ao mesmo período do ano passado. Apesar dos bons números, eles projetam um Ebitda de R$ 5,2 bilhões para 2023, um pouco abaixo da estimativa anterior, citando volatilidade nos preços do combustível.
SOQUINHOS
- Tem solicitação do Instituto Empresa para suspender as ações do Magazine Luiza (MGLU3) do Novo Mercado após a confirmação de erros contábeis pela empresa.
- Uma gestora adquire ações da holding que controla a Gerdau, Tanure desiste da Amil.
- Nubank registra um aumento de 460% no lucro líquido ajustado no terceiro trimestre.
- Todavia a BRF (BRFS3) não teve um dia tão bom, liderando as baixas com uma queda de 1,16%. A empresa viu seu prejuízo líquido quase dobrar no terceiro trimestre de 2023, aumentando 91% em relação ao ano passado, atingindo R$ 262 milhões.
EXTERIOR
BYD CADA VEZ MAIS PRESENTE
A BYD, líder em emplacamento de veículos elétricos no Brasil, está dando um gás nas suas operações. Com um investimento de R$ 50 milhões em pesquisa e desenvolvimento desde que começou a atuar no país, a empresa foca na adaptação dos seus painéis fotovoltaicos para diferentes climas brasileiros. A meta é entregar mais de 400 chassis de ônibus elétricos até o final de 2024. Além disso, estão prestes a abrir a quarta fábrica no Brasil, em Camaçari, Bahia, prevista para 2025.
A BYD, fundada em 1995 pelo empresário chinês Wang Chuanfu, tem se destacado globalmente, com um aumento expressivo no faturamento, saltando de US$ 33,9 bilhões para US$ 61,7 bilhões de 2021 para 2022. No Brasil, oferece sete modelos de automóveis, sendo seis elétricos e um híbrido. Apostando em lojas pop-ups em shopping centers para testar o mercado, a empresa também planeja sua expansão em modelos de veículos elétricos.
Quando questionado sobre a tendência de modelos híbridos no mercado automotivo, o diretor institucional da empresa, Marcello Schneider, afirmou que há espaço para todos, e o mercado consumidor será o guia. Ele destacou que, apesar de ter diversas fontes de receita, o mercado automotivo é o principal filão da BYD. Schneider acredita que a adoção de ônibus elétricos em São Paulo impulsionará a transição para outros estados, mencionando projetos em andamento em Goiás, Mato Grosso, Pará e Paraná. Segundo ele, a vida útil de um ônibus elétrico é pelo menos o dobro em comparação com modelos a combustão. Atualmente, a BYD já possui 100 ônibus elétricos rodando no Brasil. O futuro é elétrico!
ESPIANDO A CARTEIRA DO TITIO WARREN
Warren Buffett fez uma baguncinha na sua carteira de investimentos. Ele se livrou das ações da General Motors e da Activision Blizzard, mas deu uma chance para a Sirius XM (empresa estadunidense que fornece radiodifusão via satélite). Agora, o grosso do dinheiro tá na maçãzinha, a Apple, que representa incríveis 50% da carteira de US$ 313 bilhões. Então fica dividido assim:
– Apple Inc. (AAPL): 50%
– Bank of America (BAC): 9%
– American Express (AXP): 7,2%
– Coca Cola (KO): 7,1%
– Chevron (CVX): 5.93%
– Occidental Petroleum Corp (OXY): 4,64%
– Kraft Heinz Co. (KHC): 3.50%
– Moody’s Inc. (MCO): 2.49%
– DaVita Inc. (DVA): ~1%
O BOM DE PALPITE LEVOU FUMO
O megainvestidor Michael Burry tá na capa dos jornais hoje com uma perda gigantesca de US$ 1,6 bilhão. Parece que a aposta dele deu pra trás, e os jornais tão chamando isso de ‘A grande aposta’ que deu errado. Lembra do cara do filme que previu a crise de 2008? Pois é, dessa vez não deu certo. O Warren Buffet uma vez falou pra não apostar contra a América, mas parece que o Burry não levou a sério.
Em resumo, ele deu um passo em falso na sua segunda grande aposta. Ele entrou vendido contra as bolsas americanas e acabou perdendo mais de 40% desse valor, resultando em uma perda de US$ 640 milhões.
Ele liquidou grande parte do seu patrimônio, já que investiu 95% na posição vendida. Agora, ele está tentando uma nova cartada, investindo cerca de US$ 50 milhões contra o ETF iShares Semiconductor, que foca no setor de semicondutores.
Vale a pena ficar de olho para ver se a nova aposta de Burry terá um desfecho mais positivo. A bolsa é uma montanha-russa, né? Vamos ver no que dá, mas será que no cassino ele não teria se saído melhor?
Em seguida vamos às notícias do cenário interno e mundial:
Resumo de notícias do Brasil e exterior
BRASIL
ONDA DE CALOR
EXTERIOR
QUEDA NO PREÇO DO PETRÓLEO
A queda no preço do petróleo de 9% desde o ataque do Hamas a Israel tem as seguintes justificativas: No início, o mercado ficou nervoso com o conflito no Oriente Médio, o que fez o barril de Brent subir. No entanto, a preocupação com a oferta reduzida diminuiu, já que os Estados Unidos anunciaram aumento na produção, e a OPEP registrou crescimento na produção. Além disso, a expansão das frotas de carros elétricos e a desaceleração da recuperação econômica pandêmica estão contribuindo para a previsão de uma menor demanda por petróleo, o que também influencia na queda de preço.
NÃO ESTÁ NADA FÁCIL A ECONOMIA LÁ NA REGIÃO EUROPEIA
A UE cortou as expectativas de crescimento pra zona do euro em 2023, prevendo só 0,6% em vez dos 0,8% que esperavam. A culpa é da inflação alta, juros subindo e demanda fraca lá fora, que pesaram mais do que pensavam. Mas pelo menos não vão cair numa recessão técnica, e a economia já começa a dar sinais de melhora no fim deste ano, com um aumento de 0,2%.
A Comissão Europeia acha que a coisa vai melhorar nos próximos anos, prevendo um crescimento de 1,2% em 2024 e acelerando pra 1,6% em 2025. Dizem que isso vai rolar por causa do consumo aumentando, mercado de trabalho mais firme, salários crescendo e a inflação baixando.
Todavia, apesar do Banco Central Europeu apertar mais a política monetária, eles acham que o investimento vai continuar subindo, com empresas firmes e ajuda do Mecanismo de Recuperação e Resiliência. A inflação, que o BCE queria em 2,0%, deve cair pra 3,2% no próximo ano e depois mais ainda, chegando em 2,2% em 2025.
Falando de dinheiro, o déficit orçamentário da zona do euro deve cair pra 2,8% do PIB em 2024, menos que os 3,2% desse ano, e depois ainda menos, chegando a 2,7% em 2025, abaixo do limite da UE de 3,0%. Mas uns países como França, Itália, Eslováquia, Malta e Bélgica vão ter déficits acima de 4,0% em 2024 e 2025, o que pode render bronca da UE pra eles.
O JAPÃO NÃO ESTÁ EM SEUS MELHORES DIAS
O PIB do Japão deu uma escorregada no terceiro trimestre de 2023, caindo 0,5% em comparação com o anterior, de acordo com a leitura inicial dos dados divulgados pelo escritório de estatísticas do país. A notícia não foi boa, superando as expectativas negativas dos analistas da FactSet, que esperavam uma queda menor de 0,1% nessa comparação trimestral.
No geral, olhando pro ano todo, a economia japonesa encolheu 2,1%, e o consumo privado ficou na mesma, estável em relação aos trimestres anteriores.
Resumindo, as coisas não foram muito bem para o PIB japonês no último trimestre, indo além das previsões ruins dos especialistas.
REINO UNIDO ESTÁ NO MOOD CHÁ DAS 5
A inflação no Reino Unido deu uma acalmada em outubro, subindo 4,6% em comparação com o mesmo mês do ano passado, o que é o menor nível em dois anos, segundo o Escritório Nacional de Estatísticas do país. Essa alta é bem mais baixa do que o salto de 6,7% em setembro e do mesmo modo ficou abaixo da previsão dos experts, que esperavam 4,8%.
Na comparação mensal, o índice de preços ficou na mesma em outubro em relação a setembro, o que foi mais baixo do que o previsto pelo mercado, que esperava um aumento de 0,2%.
Já o núcleo do CPI britânico, que exclui energia e alimentos, subiu 0,3% em outubro em relação a setembro. No confronto anual, esse núcleo teve uma alta de 5,7%, quase batendo a estimativa da FactSet, que era de 5,8%, e representando uma desaceleração em relação ao aumento de 6,1% registrado em setembro.
Ao mesmo tempo a inflação no Reino Unido deu uma diminuída em outubro ficando abaixo das previsões tanto na comparação anual quanto na mensal.
DESINFLAÇÃO, CHEGOU A HORA OU É SÓ UM ALÍVIO PASSAGEIRO?
Os investidores nos EUA recebem mais sinais de desinflação, com o Índice de Preços ao Produtor (PPI) caindo 0,5% em outubro, a maior queda desde abril de 2020. Isso reforça a expectativa de uma pausa no aperto monetário pelo Federal Reserve. Embora as bolsas internacionais tenham devolvido ganhos, os investidores estão otimistas devido à diminuição da pressão inflacionária. Apesar dos números positivos, as bolsas amanheceram no vermelho, aguardando mais indicadores programados para a semana.
SOQUINHOS
- EUA e China buscam reduzir atritos em um encontro entre Biden e Xi Jinping.
- Fora isso, nos mercados globais, o otimismo também deu as caras. As bolsas na Europa foram impulsionadas pela confiança de que o aperto monetário nos EUA e no Reino Unido já acabou. Na Ásia, dados econômicos mais fortes da China trouxeram ânimo, com produção industrial subindo e vendas no varejo avançando. O pessoal está animado e injetando positividade nos mercados!
Bora ver o que tá rolando no mundo cripto de acordo com as últimas notícias?
Morning call de criptomoedas
AINDA NÃO FOI DESSA VEZ
A SEC dos EUA adiou a decisão sobre o pedido de ETF da gestora brasileira Hashdex, que busca exposição direta ao Bitcoin. A bolsa de Nova York (Nyse) apresentou o pedido de conversão do ETF Hashdex Bitcoin Futures (DEFI) para o modelo spot (à vista), diferente de outras gestoras. O regulador também postergou a decisão sobre o pedido da Grayscale para lançar um novo E
TF de Ethereum baseado em contratos futuros. Nos últimos dois meses, várias gestoras, incluindo BlackRock e Ark Invest, viram decisões adiadas pela SEC. Especialistas da Bloomberg Intelligence preveem possíveis aprovações em janeiro de 2024.
Assim termina nosso morning call. Bons investimentos.