Previsões do FMI, preço da gasolina mais cara no Brasil do que no exterior, empresa anunciando recompra de ações e inflação global

10 de outubro de 2023, por Evelyn

Tempo de leitura médio: 16 min, 50 seg


Ouça as notícias pelo nosso podcast!

Bom dia, Investidor Sardinha. Este é mais um Soco Matinal com as principais notícias do dia no mercado financeiro e no mundo, tudo em 5 minutos, para você já começar o dia zonzo.

IBOVESPA

Antes de mais nada a gente já fala do pregão de ontem, segunda-feira, dia 09/10/2023, dia em que o IBOV deu uma subidinha de 0,86%, atingindo 115.156 pontos, apesar de toda a situação envolvendo Israel e o Hamas.

As petroleiras deram um up para o índice, depois de vermos o petróleo subir em torno de 4% e as empresas do mercado interno acabaram caindo com a ideia de juros altos por mais tempo. Tem muita coisa em jogo: A posição de Israel no cenário global não é de um grande produtor, exportador, mas por uma região ali próxima é realizado 20% do transporte mundial e escoa 33% da produção mundial de petróleo. Então imagine a zica que daria se esse conflito se intensificasse e acabasse afetando isso, por exemplo?

Outro ponto a se considerar é que o vice-presidente do Fed, Philip Jefferson, falou sobre a desaceleração do núcleo da inflação nos EUA, ele disse que vai dar mais uma freada, mas mesmo assim o Fed vai agir com cautela mesmo com a alta dos títulos americanos.

Enquanto tudo isso rolava, aqui o Boletim Focus deixou tudo na mesma, praticamente. E assim tocamos o barco.

AO MESMO TEMPO TIVEMOS OS SEGUINTES DESTAQUES DO ÚLTIMO PREGÃO

De antemão, as ações que se saíram bem dentro do índice:

  • PRIO (PRIO3): R$ 48,45 (+8,78%)
  • Petroreconcavo (RECV3): R$ 20,98 (+8,70%)
  • 3R Petroleum (RRRP3): R$ 30,16 (+6,01%)
  • Magazine Luiza (MGLU3): R$ 1,86 (+4,49%)
  • Petrobras (PETR4): R$ 34,95 (+4,30%)

Por outro lado, os tickers com os piores desempenhos:

  • Grupo Casas Bahia (BHIA3): R$ 0,58 (−4,92%)
  • Azul (AZUL4): R$ 12,41 (−2,97%)
  • Alpargatas (ALPA4): R$ 7,83 (−2,61%)
  • Assaí (ASAI3): R$ 11,56 (−1,62%)
  • Itaúsa (ITSA4): R$ 8,89 (−1,11%)

Nesse meio tempo, vamos ver o que rolou nos Fundos Imobiliários:

IFIX

O IFIX encerrou o dia com uma variação negativa de -0,12%, fechando em 3.179 pontos. No acumulado do mês, o índice apresenta uma queda de -1,24%, enquanto no acumulado do ano registra um aumento de +10,88%.

Nos destaques positivos do dia, temos:

1. HCTR11: R$ 29,32 (+7,13%)

2. DEVA11: R$ 38,89 (+3,63%)

3. HTMX11: R$ 144,19 (+2,29%)

4. VCJR11: R$ 90,20 (+1,05%)

5. RBRR11: R$ 88,87 (+1,02%)

Enquanto nos destaques negativos do dia ficaram:

1. RBRP11: R$ 53,38 (-3,52%)

2. KISU11: R$ 8,51 (-2,47%)

3. BRCR11: R$ 58,27 (-2,09%)

4. RECT11: R$ 44,80 (-1,63%)

5. HABT11: R$ 89,97 (-1,60%)

Nesse meio tempo, vamos ver as principais moedas considerando o valor do nosso Real:

CÂMBIO

Dólar EUA: R$ 5,13 (-0,20%)

Euro: R$ 5,42 (-0,52%)

Libra esterlina: R$ 6,28 (-0,10%).

Por fim, saindo um pouco do mercado nacional, vamos falar sobre as bolsas mundiais e os índices de mercado internacional.

Morning call de Índices Internacionais

Previsões do FMI, preço da gasolina mais cara no Brasil do que no exterior, empresa anunciando recompra de ações e inflação global

Imagem: Brasão do FMI – Fonte: Agência Brasil – EBC

Falando do cenário internacional, as bolsas mundiais fecharam no positivo, menos o mercado europeu que por conta do fuso já tinha encerrado operações quando o mundo se atualizou com informações mais positivas.

Nos Estados Unidos:

  • DOW JONES: +0,59%
  • S&P 500: +0,63%
  • NASDAQ: +0,39%

Já nas bolsas europeias tivemos os seguintes resultados:

  • DAX (Alemanha): -0,67%
  • FTSE 100 (Inglaterra): -0,03%
  • CAC 40 (França): -0,55%
  • FTSE MIB (Itália): -0,46%

Por fim, nas bolsas asiáticas:

  • Nikkei (Japão): —%
  • Shangai (China): -0,44%
  • KOSPI (Coreia do Sul): —%

Enquanto isso, as criptomoedas nas últimas 24h (7h46min):

  • Bitcoin: US$ 27.642 (+0,40%)
  • Ether: US$ 1.587 (-0,54%)

Afinal, nas commodities: 

  • Ouro: US$ 1.864/Onça troy (+1,04%)
  • Petróleo Brent (Futuros): US$ 88,15/barril (+4,22%)
  • Minério de Ferro (Futuros): US$ 118,18/tonelada (+0,37%)

Agora vamos falar de ações e stocks (exterior):

Morning call de ações

Previsões do FMI, preço da gasolina mais cara no Brasil do que no exterior, empresa anunciando recompra de ações e inflação global

Imagem: bomba de combustível esverdeada com escrita BIO em um campo – Fonte: RPA News

BRASIL

O QUE EXPLICA A ALTA DE 3 AÇÕES NA BOLSA NO ÚLTIMO PREGÃO?

As ações da Raízen (RAIZ4), São Martinho (SMTO3) e Jalles Machado (JALL3) tiveram altas de cerca de 3,25%, 1,91% e 1,54%, respectivamente, no dia 9 de outubro. Essas valorizações estão relacionadas ao aumento no preço do petróleo devido ao conflito em Israel e aos anúncios feitos na semana anterior. A alta do petróleo torna o etanol uma alternativa mais barata, beneficiando empresas do setor de biocombustíveis. A Raízen inaugurou uma planta de etanol de segunda geração (E2G) e anunciou a construção de duas novas usinas, consolidando sua posição como a única produtora no mundo a operar quatro plantas de etanol celulósico. No entanto, as ações de São Martinho e Jalles Machado não incluem esses desenvolvimentos específicos, mas também se beneficiam do cenário favorável para exportadoras de biocombustíveis.

TÁ CAINDO, MAS TÁ SE RECOMPRANDO

A empresa Vamos (VAMO3), que registrou uma queda de 24% no ano, anunciou a intenção de recomprar até 8% das ações em circulação. Isso equivale a um total de 34 milhões de ações. A operação de recompra ocorrerá ao longo de um período de até 18 meses, começando em 9 de outubro de 2023 e terminando em 31 de março de 2025. Bradesco BBI, XP, Santander, BTG e Itaú BBA serão os coordenadores da oferta.

SOQUINHOS

Principais destaques do noticiário corporativo desta terça-feira (10):

  • Vulcabras (VULC3) distribuirá dividendos intermediários no valor de R$ 0,40 por ação, totalizando R$ 98,06 milhões. O pagamento ocorrerá em 24 de novembro de 2023.
  • Allos (ALSO3) anunciou a venda de sua participação em dois shopping centers por R$ 297,9 milhões, reforçando sua capacidade de gerar valor para os acionistas.
  • Multiplan (MULT3) concluiu a compra de uma parcela equivalente a 4,1% da ABL do RibeirãoShopping por R$ 76 milhões.
  • Intelbras (INTB3) adquiriu 55% do capital social da Allume Holding S.A.S., empresa colombiana nos segmentos de segurança eletrônica, redes, comunicação, automação predial e gestão de energia.
  • Eduardo Haiama assumiu como Vice-Presidente Financeiro e de Relações com Investidores da Eletrobras (ELET3).
  •  Ânima Educação (ANIM3) negou negociações em andamento para a venda da São Judas.
AURA MINERALS TEM PRODUÇÃO MAIOR

A Aura Minerals (AURA33) apresentou um aumento anual de 12% na produção total em onças equivalentes de ouro (GEO) durante o terceiro trimestre de 2023 (3T23), em comparação com o mesmo período do ano anterior. Esse crescimento se deve principalmente ao início da produção comercial na mina de Almas, que ocorreu em agosto de 2023, e ao aumento da produção nas minas Aranzazu, San Andres e Ernesto/Pau-a-Pique (EPP).

Detalhes da produção por mina incluem:

– Na mina Aranzazu, a produção total foi de 27.933 GEO, em linha com as expectativas da empresa e 11% superior ao segundo trimestre de 2023.

– Na mina EPP, a produção atingiu 11.185 GEO, 62% maior que no 2T23, mas 38% menor que no 3T22, devido a mudanças no processamento.

– Em San Andres, a produção alcançou 17.543 GEO, 7% a mais do que no trimestre anterior, marcando o terceiro trimestre consecutivo de aumento na produção.

– Em Almas, a produção foi de 8.214 GEO, considerando apenas dois meses de produção após o início comercial em agosto de 2023.

A Aura Minerals também destacou avanços na exploração da mina de Ernesto, o que deve resultar em uma forte produção no quarto trimestre de 2023, seguindo uma tendência semelhante à observada em 2022.

JOINT VENTURE

A BRF, uma das principais empresas de alimentos do Brasil, concluiu a criação de uma joint venture com a Halal Products Development Company (HPDC), uma empresa saudita parte do Fundo de Investimento Público (PIF) da Arábia Saudita. A BRF deterá 70% da nova empresa, enquanto a HPDC ficará com os 30% restantes.

Essa parceria comercial reforça a estratégia da BRF de deixar de ser apenas uma exportadora para a Arábia Saudita e se tornar uma fornecedora local de produtos de carne. A joint venture tem como objetivo desenvolver a indústria de carne halal na região, seguindo as exigências muçulmanas.

A Arábia Saudita é um mercado relevante para a BRF, e a empresa busca consolidar sua presença na região, que tem importado produtos brasileiros de frango por muitos anos. Como parte da negociação, a BRF planeja estabelecer uma “Sede de Negócios Halal, um Centro de Inovação em Alimentos Halal e um Centro de Excelência” em um local ainda não especificado.

Essa parceria segue a aquisição de 10,7% da BRF pela Companhia Saudita de Investimento Agrícola e Pecuário (Salic), pertencente ao fundo soberano da Arábia Saudita, como parte dos esforços da BRF para expandir sua presença na Arábia Saudita e atender às demandas do mercado halal. A BRF tem um histórico de negociações com a Arábia Saudita que remonta à década de 1970.

MAIS UMA PARA BRIGAR NA ÁREA

A Azevedo & Travassos (AZEV4) expressou sua intenção de entrar no setor de petróleo por meio da assinatura de um memorando de entendimento para potencialmente adquirir parte ou a totalidade das ações da Nion Energia, incluindo ativos operacionais de produção de petróleo e gás da Nion Energy. A Nion Energy é uma produtora de petróleo independente com seis contratos de concessão de campos e blocos onshore. A Azevedo & Travassos terá exclusividade para avaliar a aquisição proposta por um prazo inicial de 75 dias, prorrogável por período similar. A empresa pretende retomar suas atividades no setor de petróleo, o que pode envolver uma oferta subsequente de ações ou um aumento de capital para financiar suas atividades.

A Azevedo & Travassos, fundada em 1922 e listada na bolsa desde 1984, é conhecida por sua atuação na prestação de serviços de engenharia e construção. A empresa já participou da construção de obras icônicas, como a Via Anchieta, a ponte Rio-Niterói e o Gasoduto Brasil-Bolívia. Nos últimos anos, passou por um processo de turnaround, com reestruturações societárias, administrativas e financeiras. Em 2019, houve uma mudança no controle acionário e a empresa renegociou suas dívidas financeiras e trabalhistas, além de realizar dois aumentos de capital junto aos investidores.

A ação da Azevedo & Travassos acumula uma alta de 86% no ano. Este movimento demonstra o interesse da empresa em aproveitar as oportunidades no setor de petróleo e gás, possivelmente impulsionado pelo recente aumento nos preços do petróleo e a importância contínua dessa commodity nos mercados globais.

BLAU CONSEGUE AUTORIZAÇÃO PARA MANTER FREE FLOAT MÍNIMO

A Blau Farmacêutica recebeu autorização da B3 para manter um percentual mínimo de ações em circulação, que corresponde a 16,5% de seu capital social total, até dezembro de 2024. Para garantir isso, a empresa terá que realizar reformas em seu estatuto social. Essas mudanças proporcionarão aos acionistas minoritários, que representam 8% do capital social, o direito de eleger um representante separado para o conselho de administração. Além disso, os acionistas minoritários terão o direito de convocar uma assembleia especial para discutir uma nova avaliação do valor da empresa se a Blau decidir fechar o capital. A Blau deverá convocar uma assembleia até 15 de novembro para que os acionistas possam deliberar sobre essas contrapartidas. A empresa continuará informando o mercado sobre os próximos passos.

EXTERIOR

A NOVELA EVERGRANDE

Os investidores da gigante chinesa Evergrande alertaram para o risco de um “colapso incontrolável” no mercado imobiliário, após a empresa desistir de um plano de reestruturação de US$ 19 bilhões. A Evergrande alegou que as autoridades reguladoras a impediram de emitir novos títulos devido a uma investigação em sua principal filial. Um grupo de investidores que detém mais de US$ 6 bilhões da empresa questionou o esforço da empresa em obter o apoio das autoridades reguladoras e alertou que a falha da empresa em avançar com um acordo poderia afetar outras empresas imobiliárias chinesas em dificuldades. O colapso da Evergrande teria um impacto significativo em seus investidores e aumentaria a pressão sobre a economia chinesa, que já enfrenta desafios devido a problemas no setor imobiliário e declínio nas exportações.

BYD NO BRASIL

A fabricante chinesa BYD realizou uma cerimônia para marcar o início da operação da fábrica de veículos elétricos em Camaçari, Bahia, que antes pertencia à Ford. A BYD planeja investir R$ 3 bilhões no local e prevê dobrar sua produção após 2024. O ciclo inicial de investimentos deve ser concluído entre o final de 2024 e o início de 2025, com a produção inicial de 150 mil veículos, incluindo carros elétricos e híbridos, caminhões e chassis de ônibus.

De acordo com a empresa, a meta é aumentar a produção para 300 mil carros após o primeiro ciclo. A empresa também planeja criar um centro de pesquisa na Bahia focado no desenvolvimento de um modelo de veículo híbrido à base de etanol.

Agora vamos às notícias do cenário interno e mundial:

Resumo de notícias do Brasil e exterior

Previsões do FMI, preço da gasolina mais cara no Brasil do que no exterior, empresa anunciando recompra de ações e inflação global

Imagem: gráfico em azul com mapa e números – fonte: Ifood News

BRASIL

PREVISÕES DO FMI PARA O BRASIL

O Fundo Monetário Internacional (FMI) aumentou sua previsão para o crescimento da economia brasileira em 2023, agora esperando um crescimento de 3,1%, ante a previsão anterior de 2,1%. Isso significa que o primeiro ano da presidência de Luiz Inácio Lula da Silva será melhor em termos de crescimento econômico do que o último ano do governo de Jair Bolsonaro, que registrou um crescimento de 2,9% em 2022. O FMI atribui esse aumento à agricultura dinâmica e serviços resilientes no primeiro semestre de 2023, bem como ao consumo forte apoiado por medidas de estímulo fiscal. O FMI também melhorou a projeção do PIB do Brasil para 2024, esperando um crescimento de 1,5%.

ALGO DE ERRADO NÃO ESTÁ CERTO NA GASOLINA?

Desde quarta-feira (4), o preço da gasolina no Brasil ficou maior do que o praticado no mercado internacional, de acordo com a Associação Brasileira dos Importadores de Combustíveis (Abicom). Enquanto isso, o diesel está, em média, 6% mais barato no Brasil em comparação com o Golfo do México, usado como referência para os importadores brasileiros. De acordo com a Abicom, a Petrobras precisaria aumentar o preço do diesel em R$ 0,38 por litro para alcançar a paridade com os preços internacionais.

No entanto, a Petrobras abandonou a política de paridade com a importação (PPI) em maio e agora trabalha com uma fórmula flexível de preços. Assim, nas refinarias privadas, o diesel precisaria subir em média R$ 0,26 por litro para se alinhar com os preços internacionais. Quanto à gasolina, ela está R$ 0,01 por litro mais cara nas refinarias da Petrobras do que no exterior, e R$ 0,04 por litro nas refinarias privadas. Entretanto, a Petrobras não reajusta os preços desses combustíveis há 55 dias, após um aumento de 16,2% na gasolina e de 25,8% no diesel em agosto.

EXTERIOR

PREÇO DO PETRÓLEO

Os mercados de petróleo encerraram o pregão em alta devido às incertezas sobre a oferta após o ataque do grupo terrorista Hamas a Israel. Analistas do Goldman Sachs e Julius Baer veem informações “opacas” sobre a situação do conflito e consideram incertos os desdobramentos no curto prazo. No entanto, eles não veem razões para uma disparada substancial dos preços do petróleo até o momento, pois não há envolvimento anormal de outros partidos no conflito. Dois cenários altistas são mencionados: se a normalização das relações entre Israel e Arábia Saudita for prejudicada devido ao conflito, os preços do petróleo podem subir.

Além disso, uns acreditam que uma guerra direta entre Irã e Israel poderia levar o petróleo a ultrapassar os US$ 150 por barril, mas essa probabilidade é considerada baixa. No entanto, considerando que o petróleo é altamente sensível à geopolítica, outros acreditam que ele possa chegar a até US$ 100. Quanto ao mercado doméstico no Brasil, já que somos um país exportador de petróleo, mas ainda importa todos os derivados, como diesel e gasolina, isso poderia levar a aumentos nos preços dos combustíveis no país, dependendo da evolução dos preços do petróleo no cenário internacional.

NOBEL DA ECONOMIA

Claudia Goldin, professora da Universidade Harvard, foi premiada com o Prêmio Nobel de Economia de 2023, tornando-se a terceira mulher a ganhar o prêmio desde sua criação em 1969. Ela também é codiretora do Grupo de Estudos sobre Gênero na Economia do National Bureau of Economic Research (NBER). A pesquisa de Goldin abordou a participação das mulheres no mercado de trabalho e os motivos por trás das disparidades salariais e de oportunidades entre homens e mulheres. Seu estudo destacou a importância das decisões das mulheres em suas carreiras, especialmente durante a fase de vida em que precisam tomar escolhas significativas. A pesquisa analisou mais de 200 anos de dados sobre a participação feminina no mercado de trabalho nos Estados Unidos e destacou que a maior parte da disparidade salarial ocorre entre mulheres que exercem a mesma profissão e surge principalmente com o nascimento do primeiro filho.

INFLAÇÃO GLOBAL DE ACORDO COM O FMI

A inflação global registrou uma queda notável no segundo trimestre deste ano em comparação com o mesmo período de 2022. O núcleo da inflação, que exclui itens voláteis, também apresentou uma redução significativa no trimestre encerrado em junho deste ano, em comparação com o pico observado no ano anterior.

Apesar dessas reduções, o Fundo Monetário Internacional (FMI) observa que a inflação continua a se manter acima da meta em praticamente todas as economias que têm uma meta de inflação. Os bancos centrais têm tomado medidas decisivas para combater a inflação, especialmente nos Estados Unidos, onde a luta contra a inflação tem sido rigorosa, devido à resiliência do mercado de trabalho local.

Essa queda na inflação global pode ser atribuída, em parte, à diminuição nos preços globais de energia, principalmente do petróleo bruto, devido à menor demanda global e à política monetária mais restritiva. Além disso, os esforços da OPEP para reduzir a oferta foram contrabalançados pelo aumento da oferta de países que não fazem parte do cartel, como os EUA.

Os preços dos alimentos também contribuíram para a redução da inflação, com uma diminuição na demanda e uma normalização na cadeia de suprimentos. Isso ajudou a reduzir o núcleo da inflação e aliviar as pressões inflacionárias em todo o mundo.

PREVISÕES DO FMI PARA A CHINA

O Fundo Monetário Internacional (FMI) reduziu suas projeções de crescimento para a China. Agora ele prevê um aumento de 5,0% no PIB em 2023 e 4,2% em 2024. Essas projeções representam uma desaceleração significativa em relação às previsões anteriores, de 5,2% e 4,5%, respectivamente. A crise no setor imobiliário chinês é apontada como o principal fator que está pressionando o crescimento. É o caso da maior incorporadora imobiliária do país, a Country Garden que enfrenta problemas de liquidez. A turbulência no setor imobiliário e incertezas no mercado de trabalho estão afetando o consumo na China. Desta forma, há desaceleração da produção industrial, investimento empresarial e exportações. A resposta do governo chinês será fundamental para determinar a extensão dessa desaceleração, e o FMI sugere medidas para preservar a estabilidade financeira e restaurar a confiança empresarial e do consumidor.

Assim termina nosso morning call. Bons investimentos.

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