19 de março de 2024 - por Evelyn
Existem dias ruins e existem dias angustiantes, a véspera da superquarta é assim: apreensiva, meio chatinha, e pra piorar a gente tem notícia ruim sobre o Taxad querer colocar de novo o projeto sobre taxação de dividendos na esteira…
No entanto, notícia boa tem quem investe e ainda acredita em Magalu, porque a empresa conseguiu finalmente dar a volta por cima, pelo menos nesse resultado que depois de 2 anos fluiu, ao que parece, claro.
No exterior, o Bitcoin dando uma panicada em uma plataforma aí, com o valor chegando a míseros US$ 10.000. Imagine isso? Conseguir comprar o ativo por um preço baixo assim? Enfim, vamos ver sobre essas e outras notícias
Ouça as notícias pelo nosso podcast!
Ibovespa
- IBOV: 126.954
- Dia 18/03/2024: +0,17%
Mas o que rolou de fato no último pregão? Aquela loucurinha… Oscilando entre altas e baixas antes de encerrar com uma leve alta, impulsionado principalmente pelas performances positivas da Vale e da Embraer. Enquanto isso, Magazine Luiza teve um aumento significativo pré-balanco.
Por outro lado, no mercado internacional, as bolsas em Nova York fecharam em alta, com os investidores aguardando a decisão de juros do Federal Reserve nesta quarta-feira.
Ao mesmo tempo, o IBC-Br brasileiro mostrou um avanço acima do esperado, proporcionando um impulso adicional.
Enquanto isso, as ações da Vale se destacaram com um ganho de 1,91%, impulsionadas por dados chineses que elevaram os preços do minério de ferro. Já a Embraer teve uma jornada de altos e baixos, encerrando com ganho de 1,82% após preocupações com os gargalos na entrega de aeronaves. O dólar subiu 0,5%, fechando em R$ 5,02, e os juros futuros avançaram ao longo da curva.
A próxima grande expectativa vocês lembram, né? É a decisão sobre as taxas de juros pelo Fed amanhã, que será acompanhada de perto pelos investidores.
Ao mesmo tempo, tivemos os seguintes destaques do último pregão.
Destaques do pregão
A princípio, as ações que se saíram bem dentro do índice:
- Magalu (MGLU3): R$ 2,10 (+7,14%)
- Cogna (COGN3): R$ 2,59 (+4,44%)
- Rede D´Or (RDOR3): R$ 26,09 (+3,45%)
- Bradespar (BRAP4): R$ 20,15 (+3,33%)
- Gerdau (GGBR4): R$ 21,43 (+3,13%)
Por outro lado, os tickers com os piores desempenhos:
- MRV (MRVE3): R$ 7,77 (-5,70%)
- Yduqs (YDUQ3): R$ 18,41 (-3,81%)
- Eletrobras (ELET3): R$ 41,45 (-3,60%)
- Eletrobras (ELET5): R$ 46,03 (-3,12%)
- Totvs (TOTS3): R$ 30,07 (-2,97%)
Nesse meio tempo, vamos ver o que rolou nos Fundos Imobiliários:
Índice dos fundos imobiliários
- IFIX: 3.374
- Dia 18/03/2024: +0,20%
Enquanto isso, as maiores altas foram:
- OUJP11: R$ 92,50 (2,7%)
- VIUR11: R$ 7,03 (2,42%)
- SARE11: R$ 41,82 (2,2%)
- HCTR11: R$ 30,14 (2,19%)
- BTRA11: R$ 59,40 (2,02%)
Por outro lado, as maiores baixas:
- TORD11: R$ 1,83 (-1,09%)
- RCRB11: R$ 161,85 (-0,93%)
- RZAK11: R$ 88,99 (-0,93%)
- KNCR11: R$ 103,09 (-0,9%)
- GGRC11: R$ 11,49 (-0,87%)
Câmbio
- Dólar EUA: R$ 5,02 (+0,61%)
- Euro: R$ 5,46 (+0,46%)
- Libra Esterlina: R$ 6,39 (+0,55%)
Por fim, saindo um pouco do mercado nacional, vamos falar sobre as bolsas mundiais e os índices de mercado internacional.
Morning call de Índices Internacionais
Falando do cenário internacional, as bolsas mundiais:
Em primeiro lugar, nos Estados Unidos:
- DOW JONES: +0,20%
- S&P 500: +0,63%
- NASDAQ: +0,82%
Por outro lado, nas bolsas europeias:
- DAX (Alemanha):-0,02%
- FTSE 100 (Inglaterra): -0,06%
- CAC 40 (França): -0,20%
- FTSE MIB (Itália): 0%
Ao mesmo tempo, nas bolsas asiáticas:
- Nikkei (Japão): +2,67%
- Shangai (China): +0,99%
- KOSPI (Coreia do Sul): +0,71%
Enquanto isso, as criptomoedas nas últimas 24h (8h45):
- Bitcoin: US$ 62.930 (-7,78%)
- Ether: US$ 3.258 (-9,43%)
Afinal, as commodities: (commodities)
- Ouro: US$2.164 /onça troy (+0,13%)
- Petróleo Brent (Futuros): US$ 86,89/barril (+1,82%)
- Minério de Ferro (Futuros): US$ 110,47/tonelada (+0,78%)
Enfim, vamos falar de ações e stocks (exterior):
Morning call de ações
Brasil
Vivara tem troca de CEO e ações despencam
Pô, rolou um baita rebuliço na bolsa! As ações da Vivara (VIVA3) despencaram 14% depois do anúncio surpresa de troca de CEO. Paulo Kruglensky mandou a real na sexta e vazou do cargo, deixando a galera toda em choque. Agora, quem tá assumindo o comando é Nelson Kaufman, o cara que fundou a Vivara lá nos anos 60.
O mercado ficou todo agitado com essa notícia, e todo mundo tá meio nervoso. Como o fundador não tava tão na ativa nos últimos tempos, essa mudança traz uma incerteza grande pros investidores. Será que a Vivara vai mudar a estratégia? Será que o barco vai seguir firme?
Mas olha, mesmo com todo esse rebuliço, parece que o Kaufman tá mais pra manter o que tá rolando do que pra mudar tudo radicalmente. Então, é esperar pra ver como a Vivara vai se sair com essa nova liderança.
Itaúsa divulga aumento no lucro líquido recorrente
A Itaúsa (ITSA4), empresa controladora do banco Itaú (ITUB4), divulgou um aumento de 3% no lucro líquido recorrente em relação ao mesmo período do ano anterior, atingindo R$ 3,460 bilhões. Esse desempenho foi impulsionado principalmente pelo resultado positivo do Itaú Unibanco e pelo efeito da avaliação do valor justo da NTS, além de melhorias financeiras na holding. No entanto, houve uma queda no retorno sobre o patrimônio líquido, que ficou em 17% no trimestre.
Além disso, o Itaú Unibanco teve resultados sólidos, impulsionados pelo crescimento da carteira de crédito e da receita de serviços e seguros. No entanto, a Alpargatas enfrentou desafios devido à redução de volumes e margens, tanto no mercado nacional quanto internacional, além de impairment em matérias-primas e produtos acabados. O Grupo CCR teve um crescimento nas operações, especialmente após a retomada pós-pandemia.
Os resultados do investimento na NTS foram positivos, com proventos recebidos, embora tenham sido parcialmente compensados pela redução do valor justo do ativo em 2023.
Por fim, a empresa também anunciou JCPs no valor bruto de R$ 723 milhões, equivalente a R$ 0,07 por ação, a serem pagos até agosto de 2024. Esses juros serão calculados com base na posição acionária final do dia 21 de março de 2024 e serão considerados como parte do dividendo do exercício de 2024.
Em resumo, os dados divulgados ficaram assim:
- Lucro líquido recorrente: R$ 3,460 bilhões
- Variação do lucro líquido recorrente em relação ao mesmo período do ano anterior: +3%
- Retorno sobre o patrimônio líquido (ROE) recorrente: 17%
- Despesas administrativas no 4T23: R$ 51 milhões
- Variação das despesas administrativas em relação ao mesmo período do ano anterior: +9%
- Resultado financeiro no 4T23: -R$ 106 milhões
- Variação do resultado financeiro em relação ao 4T22: melhora de R$ 96 milhões
- Proventos anunciados: R$ 723 milhões em juros sobre o capital próprio
- Valor dos juros sobre o capital próprio por ação: R$ 0,07
- Data limite para pagamento dos juros sobre o capital próprio: até 30 de agosto de 2024.
Magazine Luiza dá volta por cima depois de dois anos
O Magazine Luiza (MGLU3) reportou um lucro líquido ajustado de R$ 101,5 milhões no 4T23, marcando o retorno ao lucro após dois anos. Este valor reverte um prejuízo líquido ajustado de R$ 15,2 milhões no mesmo período de 2022. Sem ajustes, o lucro foi de R$ 212,2 milhões, revertendo um prejuízo de R$ 35,9 milhões no último trimestre.
O lucro antes de juros, impostos, depreciações e amortizações (Ebitda) ajustado alcançou R$ 756,5 milhões, representando um aumento de 12,3% em comparação com o mesmo trimestre do ano anterior. A margem Ebitda ajustada atingiu 7,2%, o melhor resultado em três anos, enquanto a margem bruta subiu para 30,3%.
A receita líquida totalizou R$ 10,5 bilhões, refletindo uma queda de 5,5%, enquanto as vendas pelo marketplace ultrapassaram as lojas físicas, contribuindo para um aumento nas receitas de prestação de serviços.
No aspecto financeiro, a posição de caixa atingiu R$ 9 bilhões, com um caixa líquido total de R$ 1,7 bilhão. O resultado financeiro ficou negativo em R$ 437,7 milhões, equivalente a 4,1% da receita, com perspectivas de redução devido à queda dos juros e outras iniciativas.
Os investimentos em tecnologias como Fulfillment e Magalu Ads continuam sendo foco da empresa para impulsionar resultados em 2024, enquanto ajustes operacionais e a redução da taxa Selic são vistos como fatores positivos para os resultados futuros.
Exterior
Nvidia quer passar por cima de tudo
A Nvidia anunciou uma nova geração de chips e software de inteligência artificial chamada Blackwell, durante sua conferência de desenvolvedores em San Jose. O CEO Jensen Huang revelou que os novos processadores gráficos de IA, os Blackwell, oferecerão um grande salto no desempenho em comparação com a geração anterior. O primeiro chip Blackwell, chamado GB200, está programado para ser enviado ainda este ano. Esses chips são essenciais para treinar e implantar modelos de IA, e a Nvidia está buscando consolidar sua posição como fornecedora líder neste campo.
Além disso, a empresa apresentou o software gerador de receita NIM, que facilitará a implantação de IA para os clientes, tornando mais fácil a execução de programas em qualquer GPU Nvidia, incluindo as mais antigas. Essa abordagem visa transformar a Nvidia de um provedor de chips em uma plataforma completa, oferecendo soluções de software junto com seus produtos de hardware. A empresa também anunciou que venderá acesso aos chips GB200 por meio de serviços em nuvem e está adicionando recursos para facilitar a execução de IA em laptops equipados com GPU.
Esses anúncios são parte da estratégia da Nvidia para manter sua posição dominante no mercado de IA, respondendo às demandas crescentes por poder de processamento e facilidade de uso.
Em seguida vamos às notícias do cenário interno e mundial:
Resumo de notícias do Brasil e exterior
Brasil
Atualização da projeção com o Boletim Focus
Vamos dar uma olhadinha em como está a projeção para a nossa inflação, taxa de juros, PIB e o câmbio?
- IPCA/24: de 3,77% para 3,79%
IPCA/25: de 3,51% para 3,52% - PIB/24: de 1,78% para 1,80%
PIB/25: permanece em 2,00% - Câmbio/24: de R$ 4,93 para R$ 4,95
Câmbio/25: permanece em R$ 5,03 - Selic/24: permanece em 9,00%
Selic/25: permanece em 8,50%
O que tá rolando por esses dias
No Brasil, o Ministério da Fazenda planeja enviar uma proposta de taxação de dividendos ao Congresso Nacional ainda em 2024, conforme anunciado pelo ministro Fernando Haddad. Além disso, o Comitê de Política Monetária (Copom) iniciou sua reunião de política monetária.
No noticiário político, o presidente Lula pediu foco de seus ministros nos programas já lançados, enquanto no radar corporativo, destacaram-se os resultados financeiros da Americanas, que adiou a divulgação de suas demonstrações, e do Magazine Luiza, que registrou lucro líquido após dois anos de prejuízo. A Itaúsa também apresentou aumento no lucro líquido recorrente no último trimestre de 2023.
Além disso, houve o vazamento de dados cadastrais de 46 mil chaves Pix de clientes da Fidúcia Sociedade de Crédito ao Microempreendedor e à Empresa de Pequeno Porte Limitada, marcando o sexto vazamento desde o lançamento do sistema em 2020.
Taxa ou não taxa
Ah, o maravilhoso mundo do Taxad, onde a taxação de dividendos é esperado. Fernando Haddad, o protagonista desta trama, promete enviar uma proposta sobre o assunto para o Congresso ainda este ano. Mas não se preocupe, não haverá bitributação! Afinal, tributar duas vezes seria, sei lá, óbvio demais, não é mesmo? (contém ironia)
Enquanto isso, o ministro da Fazenda solta pérolas sobre como qualquer aumento de impostos será usado para reduzir a tributação sobre o consumo. Ah, que altruísmo! Claro, porque aumentar os impostos sempre é uma ideia brilhante para manter a carga tributária “estável”. Estável para quem, mesmo?
E não para por aí, meus caros! Haddad também vai enviar um projeto de lei sobre aplicações financeiras, porque o que seria do governo sem uma nova regulamentação para arrancar mais um dinheirinho, não é mesmo?
Ah, sim, o Congresso… aquele lugar onde as boas ideias vão para morrer. Parece que taxar lucros e dividendos vai enfrentar mais obstáculos do que um carro velho em uma estrada esburacada. Vamos ver o que vai rolar.
Exterior
Rolezinho pelo mundo
O dia nos mercados foi marcado por uma série de acontecimentos importantes. No Japão, o Nikkei 225 ultrapassou os 40 mil pontos após o Banco do Japão (BoJ) aumentar as taxas de juros pela primeira vez desde 2007, encerrando oficialmente sua política de juros negativos.
Nos EUA, os índices futuros operaram em baixa, com investidores atentos à conferência da Nvidia sobre inteligência artificial e à reunião do Federal Reserve (Fed). Embora preocupações com a inflação persistam, as expectativas são de que o Fed mantenha as taxas de juros inalteradas esta semana.
Na Europa, os mercados operaram sem direção única, aguardando as decisões do Fed. Os preços do petróleo registraram queda devido a preocupações com o aumento da oferta russa e uma possível desaceleração da demanda em setores como o de aviação.
China e Nova Zelândia juntas
A China e a Nova Zelândia estão avançando em sua cooperação comercial, com o ministro das Relações Exteriores da China, Wang Yi, destacando a necessidade de negociar rapidamente a lista negativa de comércio de serviços para elevar a cooperação bilateral a um novo patamar. A Nova Zelândia foi o primeiro país desenvolvido a assinar um acordo de livre comércio com a China, em 2008, e esse acordo foi recentemente atualizado em 2022.
Durante uma visita oficial à Nova Zelândia, Wang Yi e o ministro do Comércio da Nova Zelândia, Todd McClay, enfatizaram a importância desse acordo em meio às crescentes barreiras comerciais globais. Além das questões comerciais, também discutiram a segurança no Pacífico, embora tenham reconhecido diferenças em questões como direitos humanos e preocupações regionais, como as tensões no Mar do Sul da China e o Estreito de Taiwan.
A visita de Wang Yi à Nova Zelândia faz parte de uma viagem que também inclui a Austrália, onde ele realizará um diálogo estratégico e exterior com autoridades australianas.
Banco Central do Japão
Nessa questão da política monetária do Banco Central do Japão, quero trazer alguns detalhes aqui:
O Banco do Japão (BoJ) decidiu encerrar sua política de taxas de juros negativas após 17 anos. Isso significa uma mudança na maneira como o país lida com sua economia, especialmente para combater a deflação, que é a queda de preços. Agora, as taxas de juros estão próximas de zero, indicando que o objetivo de alcançar uma inflação estável de 2% está mais próximo de ser alcançado.
O presidente do BoJ, Kazuo Ueda, disse que estão voltando a uma política monetária mais tradicional, similar a outros bancos centrais, concentrando-se em taxas de juros de curto prazo. Isso significa que o custo de empréstimos para empresas e famílias pode aumentar, mas pode ser bom para os bancos, tornando-os mais lucrativos.
Desde 2016, o BoJ manteve as taxas de juros de curto prazo em níveis negativos para incentivar os bancos a emprestar e investir mais para impulsionar a economia. Agora, estão abandonando essa política, junto com outras medidas não convencionais, como o programa de limite de rendimentos e as compras de ativos.
A decisão do BoJ também foi influenciada pelas negociações salariais, que resultaram em aumentos de cerca de 5,28% em 2024. Isso porque um aumento nos custos é visto como importante para estimular um ciclo positivo de aumento de salários e preços.
Essa mudança na política do BoJ segue uma tendência global de normalização das políticas monetárias, à medida que os bancos centrais buscam equilibrar o estímulo econômico com a estabilidade financeira.
Soquinho
- O Bitcoin teve uma pancada depois de alguém colocar mais de 500 moedas pra liquidar e deixar a venda à mercado (preço livre). Teve sortudo comprando o ativo a 10 mi dólares. No entanto, isso aconteceu em uma corretora, claro, não foi algo global, que pena.