Veja o resultado da Aura Minerals, CBA, Grupo SBF, Itaú Unibanco, JSL, Pague Menos, Technos e Vivara

GRUPO SBF

O Grupo SBF (SBFG3), do varejo esportivo com a marca Centauro, registrou prejuízo líquido de R$ 32,6 milhões. Isso contrasta com o lucro líquido de R$ 31,7, devido ao aumento das despesas operacionais e financeiras.

O Ebitda atingiu R$ 149 milhões, queda anual de 3%, resultando em uma margem Ebitda de 9,4%, uma redução de 1,1 ponto percentual. Enquanto isso, a receita líquida alcançou R$ 1,593 bilhão, +8,9% e as vendas nas mesmas lojas (SSS) +22,7%.

O lucro bruto cresceu 13% para R$ 757,6 milhões, com a margem bruta de 47,6%, um aumento de 1,7 ponto percentual em relação ao segundo trimestre do ano anterior.

As despesas operacionais ajustadas totalizaram R$ 594,2 milhões no 2T23, aumentando 15,2% em relação ao mesmo período de 2022.

No entanto,  o resultado financeiro líquido ficou negativo em R$ 49,7 milhões no 2º trimestre de 2023, um aumento de 118,1% em relação às perdas financeiras do mesmo período de 2022.

A dívida líquida cresceu 89% para R$ 1,618 bilhão, resultando em uma relação dívida líquida/Ebitda ajustado de 3,35 vezes, um aumento de 1,95 ponto percentual.

Os investimentos do 2º trimestre de 2023 aumentaram 26,4% em comparação com o mesmo período de 2022, principalmente devido a projetos de tecnologia e logística, como o novo centro de distribuição de Fisia.

Por fim, apesar dos desafios financeiros enfrentados no trimestre, a empresa está focada em superá-los, impulsionar o crescimento e aprimorar suas operações.

ITAÚ UNIBANCO

De antemão vale lembrar que ele é uma das maiores instituições financeiras do Brasil e da América Latina. Lucro recorrente gerencial de R$ 8,742 bilhões, aumento de 13,84%.

Lucro líquido consolidado: R$ 8,9 bilhões. O retorno sobre o patrimônio (ROE) de 20,9%, no 2T22: 20,8%.

Margem financeira gerencial: R$ 25,997 bilhões, aumento anual de 14,8% e crescimento trimestral de 5,3%. Margem financeira: R$ 24,927 bilhões, aumentando 3,7% em relação ao primeiro trimestre, enquanto a margem com o mercado cresceu 65,9% na mesma comparação, chegando a R$ 1,070 bilhão.

Provisões no valor de R$ 9,44 bilhões, crescimento de 25,3%. O aumento do custo do crédito no trimestre é atribuído principalmente à maior despesa de provisão para créditos de liquidação duvidosa nos negócios de atacado no Brasil, devido à normalização do fluxo de provisionamento.

Além disso, o banco destacou a venda de carteiras que estavam em prejuízo, resultando em um impacto positivo na recuperação de crédito e no resultado recorrente gerencial. O índice de empréstimos com mais de 90 dias de atraso aumentou para 3%, comparado a 2,9% no primeiro trimestre, enquanto o índice de cobertura total permaneceu estável em 212%.

Por outro lado, a carteira de crédito do Itaú cresceu para R$ 1,15 trilhão no período, representando um aumento de 6,2% em relação ao mesmo período do ano anterior. Desta forma, o banco ressalta que, excluindo o efeito da variação cambial, esse crescimento seria de 1,3%.

As despesas operacionais do banco cresceram 7,3% no segundo trimestre, totalizando R$ 16,699 bilhões.

Por fim, há otimismo com a consolidação da agenda monetária e fiscal como um fator que poderá promover uma retomada econômica mais robusta no país, bem como am relação às projeções, o Itaú revisou ligeiramente seu guidance para 2023, principalmente no crescimento das receitas com prestação de serviços e resultados de seguros. As perspectivas continuam positivas, considerando a consolidação da agenda econômica e a estratégia de gestão de riscos do banco, em suma.

JSL

A Simpar, empresa de logística, testemunhou um aumento notável de 20,8% no lucro líquido ajustado durante o 2º trimestre de 2023, totalizando R$ 41,3 milhões em relação ao mesmo período do ano anterior. Essa cifra foi ajustada para incorporar os números da IC Transportes, adquirida pela JSL em março. Em termos contábeis, a última linha do balanço chegou a R$ 205,2 milhões, o que representa um crescimento impressionante de 587,8%.

Além disso, a receita líquida ascendeu a R$ 1,84 bilhão no 2º trimestre, demonstrando um aumento expressivo de 27,9% quando comparada ao mesmo período de 2022. O Ebitda ajustado, por sua vez, alcançou R$ 358,5 milhões, representando um acréscimo considerável de 43% em relação ao ano anterior.

Mesmo diante do aumento das despesas, a JSL conseguiu manter margens sólidas. Os custos aumentaram em 25,3%, atingindo R$ 1,51 bilhão. No entanto, a margem Ebitda ampliou em 1,9 ponto percentual, totalizando 20,1%. Além disso, o retorno sobre o capital investido (ROIC) ficou em 20,8%.

Vale ressaltar que Guilherme Sampaio, CFO da JSL, enfatizou a eficácia da política de renegociação de contratos. Isso permite adaptações para incorporar aumentos nos insumos e inflação ao longo do tempo. No trimestre, a empresa fechou contratos no valor de R$ 972 milhões, com prazo médio de 51 meses.

Sampaio também observou um otimismo crescente entre os clientes. Isso se deve à perspectiva de queda nos juros, o que, por sua vez, impulsionou a demanda no 2º trimestre.

Ademais, a JSL tem adotado uma estratégia de crescimento por meio de aquisições. A empresa já adquiriu oito empresas desde o IPO. Com uma alavancagem de 2,45 vezes ao final do trimestre, a empresa mantém espaço para novas aquisições. Isso é particularmente importante, considerando que a empresa considera o M&A crucial para o futuro crescimento.

PAGUE MENOS

A rede de farmácias, apresentou um prejuízo líquido ajustado de R$ 10 milhões no segundo trimestre de 2023 (2T23), revertendo o lucro de R$ 56,7 milhões registrado no mesmo período de 2022. Devido ao crescimento das despesas financeiras e à situação da Extrafarma, que ainda está em processo de recuperação vimos esse resultado.

EEbitda ajustado: R$ 271,5 milhões no 2T23, aumento de 28,9%. A margem Ebitda ajustada: 9%, uma redução de 0,5 ponto percentual. Similarmente, receita bruta: R$ 3,003 bilhões, crescimento de 35,9% em relação ao mesmo período de 2022. Lucro bruto: R$ 930,6 milhões, aumento de 33,6%. Margem bruta: 31%, diminuição de 0,5 ponto percentual.

A margem de contribuição ficou em 11,8% no 2T22, uma redução de 0,9 ponto percentual em comparação anual. As despesas gerais e administrativas consolidadas totalizaram R$ 81,5 milhões no 2T23, equivalente a 2,7% da receita bruta, uma diminuição em relação aos trimestres anteriores e ao mesmo período de 2022, devido a maior produtividade e captura de sinergias entre as empresas.

Resultado financeiro líquido: negativo em R$ 166,6 milhões, aumento de 107,5%.

Em relação ao aumento de capital, a Pague Menos aprovou um aumento mediante subscrição privada de no mínimo R$ 327,6 milhões e no máximo R$ 400 milhões. Os recursos serão utilizados para fortalecer a estrutura de capital da empresa, permitindo a execução do plano de negócios de longo prazo e melhoria da posição de caixa, bem como a redução da alavancagem financeira consolidada.

TECHNOS

A Technos teve lucro de R$ 15,1 mi, +2,6%. Ebitda: R$ 23,5 mi, +1,8%. Margem Ebitda: 26,9%, +2,6 p.p. Receita: R$ 87,4 mi, -8,2%. Lucro bruto: R$ 49,3 mi, -5,3%. Despesas: +7,1%. Caixa líquido: R$ 2,3 mi.

VIVARA

A principal rede de joalherias da América Latina exibiu um notável desempenho financeiro. O lucro líquido aumentou em 23,5%, de R$ 89,1 milhões para R$ 110 milhões.

O Ebitda ajustado atingiu R$ 132,4 milhões, crescimento anual de 32,3%, impulsionando a margem Ebitda ajustada para 23,6%, com ganho de 2,3 pontos percentuais.

Além disso, a receita líquida cresceu 19,3%, totalizando R$ 559,9 milhões, devido a expansões de área de vendas em 22,0% e crescimento de 10,6% nas vendas nas mesmas lojas (SSS), incluindo vendas digitais.

O lucro bruto aumentou 23%, atingindo R$ 390,1 milhões, com margem bruta de 69,7% no 2T23, elevando 2,1 pontos percentuais em relação ao 2T22.

Da mesma forma, os dados sobre vendas nas mesmas lojas (SSS) cresceram 10,6%, contrastando com o aumento de 20,2% no 2T22. Despesas gerais e administrativas representaram 41,7% da receita, melhorando 0,9 ponto percentual.

Em 30 de junho de 2023, o caixa líquido foi de R$ 4 milhões, reduzindo 97,5% em comparação a 2022. O indicador de alavancagem financeira, dívida líquida/Ebitda ajustado, foi 0,0 vez, caindo 0,4 ponto percentual em relação a 2022. Em conclusão, a Vivara investiu R$ 47,3 milhões, aumento de 50,9% em relação ao 2T22.