Fuja de comprar apartamentos, é latada!

Nos últimos anos, muita gente tem pensado em comprar um apartamento como forma de investimento. Seja para gerar renda com aluguel ou lucrar com a valorização no futuro. No entanto, nem sempre comprar um apartamento é a melhor forma de investimento e hoje vou te explicar o porquê disso!

Valor dos condomínios

Um dos grandes vilões de quem investe em apartamentos é o condomínio. No início, tudo parece ótimo, pois os prédios estão novos e por isso, a taxa é baixa. No entanto, com o passar dos anos, os custos aumentam e muito.

O motivo? Os prédios envelhecem, os elevadores, fachadas e sistemas hidráulicos precisam de manutenção constante, o que torna o custo fixo do imóvel cada vez mais alto. Ou seja, a despesa cresce em ritmo muito maior do que o rendimento que o imóvel pode gerar.

Desvalorização dos prédios

Outro ponto é o envelhecimento das construções. Diferente de uma casa, que pode ser reformada aos poucos e valorizada novamente, um apartamento depende da estrutura de todo o prédio. Se o edifício envelhece, o seu imóvel envelhece junto.

Mais da metade dos prédios de São Paulo, por exemplo, foi construída antes de 1974. Isso significa encanamentos antigos, fiação fora das normas atuais, sistemas elétricos ultrapassados e manutenção cara. Em casos extremos, prédios chegam a ser desocupados ou até demolidos.

Além disso, as regiões urbanas também envelhecem. Áreas centrais, antes valorizadas, acabam perdendo força à medida que o mercado imobiliário se expande para novos bairros.

Por que as construtoras e governos incentivam apartamentos?

Mesmo com todos esses problemas, o mercado segue apostando nos prédios. E há um bom motivo pra isso!

A verticalização das cidades é lucrativa tanto para construtoras, quanto para os governos municipais. Quando um terreno que abrigava uma única casa dá lugar a um prédio de 90 apartamentos, o número de contribuintes de IPTU cresce na mesma proporção. Para as prefeituras, é um excelente negócio!

Um investimento que envelhece melhor

Quando o assunto é valorização de longo prazo, as casas levam vantagem. Uma residência construída há 40 ou 50 anos pode ser reformada e voltar a ter um bom valor de mercado. Além disso, o terreno que é o bem mais valioso, pertence integralmente ao proprietário.

Nos apartamentos, o valor do terreno é dividido entre todos os condôminos, o que limita o potencial de valorização. Dados do mercado mostram que, enquanto apartamentos se valorizam em média de 4% a 5% ao ano, casas e terrenos crescem entre 6% e 8%, podendo chegar a 15% ou 18% em áreas urbanas valorizadas.

Casa x apartamento

Se você investir em um apartamento, o lucro costuma vir apenas na janela dos primeiros 10 anos, especialmente quando o imóvel é comprado ainda na planta e vendido logo após a conclusão da obra. Nesse período, a valorização pode chegar a 30% ou mais.

No entanto, fora dessa fase, o cenário muda. A manutenção cresce, o condomínio encarece e o potencial de lucro cai. Por isso, quem pensa em investir em imóveis deve encarar o apartamento como uma operação de especulação, não como um investimento de longo prazo.

Se a ideia é gerar renda com menos dor de cabeça, há opções mais eficientes como os fundos imobiliários (FIIs), o Tesouro Direto (Tesouro IPCA+), os ETFs de renda fixa e até mesmo as ações que distribuem dividendos.

Comprar um apartamento não é um erro, mas é importante entender o tipo de investimento que você está fazendo. Se a intenção é lucrar no curto prazo, especular com imóveis na planta pode funcionar. Mas se o objetivo é construir patrimônio de longo prazo, existem opções mais rentáveis e seguras.

Quer entender melhor sobre tudo isso? Então, assista ao vídeo em que me aprofundo mais no assunto.

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