O guia simples e sujo para analisar ações

10 de dezembro de 2025 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)


Encontrar boas ações para investir pode parecer complicado, mas existe um caminho simples, quase “sujo”, no melhor sentido da palavra para selecionar. Assim, você vai conseguir escolher empresas sólidas, sem precisar fazer análises profundas ou gastar horas estudando balanços.

A ideia é se apoiar no trabalho de quem já fez isso, aproveitando metodologias prontas, critérios profissionais e carteiras bem construídas.

Veja mais: Diferenças entre ações e opções

O que é uma boa empresa?

Antes de sair comprando ações, é importante entender o que significa uma empresa ser boa.

Muita gente olha para casos como Amazon, Meta e Google e pensa: “Era óbvio que se tornariam gigantes.” Mas a verdade é que, lá no início, nada era óbvio. A Amazon, por exemplo, registrou anos e anos de prejuízo. Se você olhar dados do início dos anos 2000, verá balanços negativos, baixa previsibilidade e uma cotação que pouco evoluiu.

A empresa chegou a cair mais de 70% durante a bolha das pontocom e quase ninguém acreditava nela.

Por outro lado, centenas de empresas do mesmo período quebraram. Ou seja: tentar prever qual delas será “a nova Amazon” é praticamente um tiro no escuro.

Investir apostando em grandes viradas até pode dar certo, mas estatisticamente a chance de errar é muito maior do que acertar.

Como escolher uma boa empresa?

O melhor caminho é focar em empresas lucrativas, previsíveis e consistentes, que entregam resultados ao longo de muitos anos. Um ótimo exemplo é o Itaú (ITUB4), que tem lucro crescente ao longo de mais de uma década, baixa alavancagem, margens altas e pagamento regular de dividendos.

Uma simulação simples mostra que o Itaú seria uma ótima escolha. E o melhor: sem precisar acertar a próxima grande empresa.

O caminho mais fácil

Agora vem a parte interessante. Existe uma forma extremamente prática de encontrar empresas de qualidade, sem fazer uma análise profunda: usar a metodologia dos ETFs que seguem critérios fundamentalistas.

Um exemplo é o ETF AUVP11, criado com base em critérios rígidos para selecionar somente empresas sólidas. Mas você não precisa investir no ETF para se beneficiar disso, pode simplesmente copiar os mesmos critérios.

Vamos analisar os filtros do ETF AUVP11, por exemplo. Os critérios básicos começam com a exclusão de setores historicamente frágeis no Brasil, como: varejo, proteína animal e aviação. Pelo menos 5 anos de listagem na bolsa, valor de mercado acima de R$ 3 bilhões, alta liquidez (ações negociadas diariamente) e exclusão de empresas em recuperação judicial.

Agora, os critérios financeiros são: lucro positivo nos últimos 5 anos, endividamento controlado, ROI acima de 10% e Margem líquida maior que 8%.

Qualquer empresa que passe por esse filtro já é, por definição, uma companhia consistente.

Então se você está começando e está perdido sobre que empresa escolher, pode pesquisar o ETF, ver a lista completa das ações que o compõem e usar como ponto de partida para montar sua carteira. Muito mais simples e fácil!

Quer entender melhor sobre esse forma de analisar ações? Então, assista ao vídeo em que explico melhor sobre!

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O guia simples e sujo para analisar ações

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