1 de dezembro de 2024 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)
Muitas pessoas buscam uma renda mensal para viver de forma mais tranquila e sem depender do trabalho ativo. No entanto, muitas nem pensam em acumular uma grande fortuna, mas sim em alcançar um rendimento específico, como R$ 3 mil por mês, investindo em fundos imobiliários. Embora essa seja uma alternativa válida, ela pode não ser a melhor maneira de atingir esse objetivo de forma eficiente. Hoje, vou explicar uma outra estratégia que pode ser muito mais eficaz para alcançar essa meta de forma mais rápida e segura!
Fundos imobiliários
Os fundos imobiliários surgiram há relativamente pouco tempo e foram projetados de uma forma que agradou muito aos brasileiros: com rendimento mensal. Como as finanças pessoais no Brasil são geralmente organizadas com base em uma visão mensal, os FIIs acabaram conquistando a preferência do público, especialmente pela simplicidade e pela recorrência dos dividendos.
Em vez de precisar lidar com a complexidade do mercado de ações, muitas pessoas perceberam nos fundos imobiliários uma maneira mais fácil e direta de rentabilizar o patrimônio. Além disso, a isenção de Imposto de Renda sobre os rendimentos também contribuiu para que essa modalidade se tornasse uma excelente forma de geração de renda.
Mas, isso tudo é bastante conhecido. E é justamente por isso que quero propor uma abordagem diferente aqui.
Ações x Fundos
Para calcular quanto seria necessário investir para alcançar uma renda mensal de R$ 3 mil com fundos imobiliários, basta dividir o valor desejado (R$ 3.000) pela taxa de rendimento dos fundos, que vou considerar como 0,8% ao mês. Isso resultaria em R$ 375 mil. Agora, isso pode ser mais fácil para quem já possui esse valor disponível. Mas, e se você ainda não chegou a esse montante? Faz sentido alocar todo o seu dinheiro diretamente em fundos imobiliários?
Na prática, a resposta é não. Embora os fundos imobiliários sejam uma excelente opção para quem busca uma renda mensal, eles têm uma valorização muito inferior à das ações. Mesmo que, no início, os fundos possam entregar um rendimento mais estável, ao longo dos anos, investir em ações tende a gerar um retorno muito mais significativo, devido à valorização do preço das ações.
Para ilustrar isso, vou comparar algumas das minhas experiências com fundos imobiliários e ações. Por exemplo, o BTLG11: comprei 1.314 cotas por R$ 101,92, e atualmente cada cota está valendo R$ 105,79. Nesse período, tive um rendimento de R$ 22.720,98, o que considero um bom lucro. Já o HGLG11, embora também tenha tido valorização, teve um crescimento um pouco menor. Comprei 700 cotas a um preço médio de R$ 165,14 e hoje elas estão avaliadas em R$ 166,49, resultando em um lucro de R$ 25.471,40.
Esses números mostram que, embora os fundos imobiliários ofereçam rentabilidade interessante, a valorização do patrimônio com ações pode ser significativamente maior a longo prazo.
Pode ficar melhor
Os números dos fundos imobiliários são bons, mas agora vamos olhar para os investimentos em ações e analisar o valor investido e o ganho obtido. Normalmente, o valor investido em ações é bem menor, mas o retorno pode ser muito mais expressivo.
Um exemplo é a STBP3: investi R$ 48.268,80 e obtive um lucro de R$ 23.604,53. Comprei as ações por R$ 6,85, e atualmente elas estão avaliadas em R$ 11,52. Ou seja, quase dobrou de valor! Essa é uma valorização muito expressiva.
Outro caso interessante é o da BBSE3. Tenho R$ 60.334,80 investidos e um lucro de R$ 28.210,89, ou seja, quase metade do valor investido. Além disso, nesse período, a ação ainda distribuiu proventos muito interessantes. Esses são apenas alguns exemplos, mas eles mostram que a carteira de ações tem um desempenho superior em comparação à de fundos imobiliários, especialmente a longo prazo, com ganhos de valorização mais robustos.
Por que isso ocorre?
Isso acontece devido a um fenômeno simples de entender. Muitas empresas alugam espaços e lojas de fundos imobiliários para operar. Se o aluguel desses imóveis for reajustado de forma superior ao crescimento e à valorização das empresas, elas podem ter dificuldades para arcar com o custo, o que mostra que o mercado imobiliário não pode crescer mais do que a economia das empresas, claro, quando essas empresas são bem selecionadas.
Ambos os ativos, no entanto, são extremamente interessantes. Você pode se beneficiar de ambos, mas a grande questão é entender o momento e qual deles se adequa melhor ao seu objetivo. Se você está na fase de acumulação de patrimônio, quanto mais ações você tiver, mais vantajoso será, pois você precisará de menos tempo para alcançar seus objetivos.
Isso não significa que, no futuro, você não possa pegar os dividendos ou uma parte do patrimônio das ações e alocar em fundos imobiliários para garantir uma renda mais estável.
Enfim, espero que esse conteúdo tenha sido útil e que você consiga alcançar a renda mensal que deseja. Ficou com alguma dúvida sobre essa estratégia? Então, assista ao vídeo completo!
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