1 de setembro de 2021 - por Pedro Martoly
Com a alta da Selic de 7,5%, a expectativa é de que os investidores procurem se beneficiar dos grandes juros. Sendo assim, as aplicações podem ser maiores em títulos de renda fixa pós e pré fixadas. Além disso, é possível ser mais dedicado ao Tesouro Direto. Porém, segundo análise realizada por especialistas da gestora Vectis, são grandes as chances de preservar os fundos imobiliários no portfólio com lucros maiores do que as da taxa Selic.
A estimativa é que o Banco Central (BC) suba ainda mais a Selic para 8% devido às altas movidas pelos índices de inflação e as oscilações fiscais. Além disso, essa porcentagem ao ano provoca uma renda líquida de imposto de renda de 6,08%. Portanto, uma isenção de 10% ao ano nos fundos imobiliários.
De acordo com informações do sócio e chefe de crédito da Vectis, Múcio Mattos, os juros devem possuir uma taxa de 12% para haver um rendimento de 100% da Selic na carteira de fundos imobiliários. Caso contrário, haveria uma pressão inflacionária também acima do previsto.
Onde colocar o dinheiro?
Para fundos imobiliários são sugeridas duas opções para integrar na carteira e ter resultados superiores à Selic.
Primeira
O especialista de fundos imobiliários da Spiti, Ricardo Figueiredo, contou que o Mauá Capital Recebíveis Imobiliários (MCCI11) é uma ótima opção já que o momento atual exige um segmento de recebíveis defensivos e de alta qualidade.
Segundo
Ricardo acrescentou uma segunda opção sendo ela o VBI logístico (LVBI11), um dos pontos fortes durante a pandemia com sua aceleração devido às circunstâncias. Além disso, com 75% de localidades adequadas como, por exemplo, São Paulo e Minas Gerais. Ademais, com 90% de ativos de alto padrão com nomes como Magalu e Amazon.
Renda Fixa
O efeito do aumento da Selic tem agitado com o retorno dos investimentos em renda fixa de uma forma positiva e isso deve acontecer até o fim de 2021.
Segundo a indicação de analistas e executivos do setor, ainda que o aproveitamento seja negativo, o investidor deve buscar alocações ligadas à inflação, à Selic e investimentos de crédito privado. Nesse caso, seria como as debêntures, Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) e dos Certificados de Recebíveis do Agronegócio (CRAs).
Projeções BC
Segundo uma análise realizada pelo chefe de investimentos de renda fixa e multimercados da Franklin Templeton, Renato Pascon, o Banco Central (BC) pode elevar a taxa Selic a 8,5% com o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) para o fim desse ano. O motivo dessa elevação no decorrer de 2022 é por conta da crise hídrica. Sendo assim, colaborando com um IPCA de 5% para o ano que vem.
Ainda de acordo com o profissional, por conta do risco hidrológico os preços da energia elétrica podem ser mantidos até 2022. Por isso, a inflação não deve ir em uma grande velocidade. Ainda assim, irá na contramão da meta do BC de 3,5%.
Pascon divulgou também que por conta disso ele preserva a maior parte de sua posição em renda fixa no Brasil em um procedimento de compra de inflação implícita, ou seja, taxa colocada nos títulos públicos vinculados ao IPCA.
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Fontes: Valor Investe, MSN, Agência Brasil, Forbes
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