Carteira de criptomoedas: o que é e como funciona?

Nas carteiras de criptomoedas, conhecidas como wallets, você pode armazenar as chaves para pagar e receber criptos e dar acesso a seu saldo.

16 de novembro de 2021 - por Pedro Guimarães


Usamos carteiras e cartões no dia a dia e isso não é novidade para ninguém. Essas são as maneiras tradicionais de armazenar o nosso dinheiro. E não é diferente com a carteira de criptomoedas que, assim como sugere o nome, armazena as criptos que você possui. Elas servem para guardar todos os tipos, como Bitcoin, Ethereum, Litecoin e etc.

Mas, assim como tudo no mundo, existem vantagens e riscos para quem decide usar uma carteira, seja ela qual for. E nós trouxemos uma explicação completa sobre isso. Confira a seguir.

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O que é carteira de criptomoedas (Wallet)?

Uma carteira de criptomoedas, ou wallet, é como o bolso digital onde você guarda suas moedas virtuais, como o Bitcoin ou o Ethereum.

Mas, diferente da carteira que a gente leva no bolso, essa aqui não guarda dinheiro físico, e sim os códigos que comprovam que você é o dono das suas criptos. É através dela que você consegue receber, enviar e acompanhar o que tem.

Ela pode ser um aplicativo no celular, um programa no computador ou até um aparelhinho físico parecido com um pen drive. Algumas ficam conectadas à internet, outras ficam totalmente offline.

No fundo, ela funciona como um cofre digital e você é o único com a chave. Por isso, cuidar bem das senhas e das informações de acesso é fundamental, porque, se perder, ninguém consegue recuperar pra você.

Como funciona uma carteira de criptomoedas?

Uma carteira de criptomoedas funciona como a chave da sua casa digital. É com ela que você entra, sai e movimenta suas moedas dentro do mundo cripto.

Mas ao contrário de uma carteira comum que guarda dinheiro físico, essa guarda informações importantes que te dão acesso ao que é seu na blockchain, que é uma espécie de registro público e digital onde tudo fica armazenado.

Quando você cria uma carteira, ela te dá dois códigos. Um é o endereço público, que funciona como um “pix” cripto; você compartilha com quem quiser te enviar moedas.

O outro é a chave privada, que é como a senha do seu cofre. Essa você nunca deve mostrar pra ninguém, porque é com ela que você autoriza qualquer movimentação.

Na prática, você pode ter essa carteira em forma de aplicativo no celular, no computador ou até em dispositivos físicos.

Algumas são mais práticas e ficam conectadas à internet, outras são mais seguras e ficam totalmente offline. Tudo vai depender do seu estilo e do quanto você quer priorizar a praticidade ou a segurança.

No fim das contas, a carteira é o que conecta você ao seu dinheiro digital. Ela não guarda as moedas em si, mas te dá o controle sobre elas. E o mais importante é que se perder o acesso à sua chave privada é como perder a chave do cofre sem cópia. Ninguém mais consegue abrir. Por isso, usar com cuidado é essencial.

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Tipos de carteiras de criptomoedas (Wallets)

1. Carteira de software

É um app que você instala no celular ou no computador. Prática, fácil de usar e ideal para o dia a dia. Mas, como está conectada à internet, exige mais cuidado com senhas e segurança.

2. Carteira online

Funciona direto pelo navegador, sem precisar instalar nada. É super acessível, mas também mais vulnerável a ataques, já que tudo fica na internet. Boa para quem está começando, mas com atenção redobrada.

3. Carteira móvel

Uma variação da de software, feita especialmente para smartphones. Ótima para quem quer usar criptomoedas em qualquer lugar, como pagar ou receber rápido. Mas cuidado com perdas ou roubos do celular.

4. Carteira de desktop

É instalada no computador e oferece mais controle do que as online. Funciona bem para quem mexe com valores maiores, mas ainda depende da segurança do seu próprio PC.

5. Carteira de hardware

É um dispositivo físico, como um pen drive, que guarda suas chaves longe da internet. Muito mais segura, ideal para quem tem bastante cripto guardado. Mas se perder ou esquecer a senha, pode ser um problema.

6. Carteira de papel

Literalmente um papel com suas chaves impressas. Fica totalmente offline, o que a torna segura contra hackers. Mas é frágil: se molhar, rasgar ou perder, já era.

7. Carteira multisig

Exige duas ou mais assinaturas para autorizar uma transação. Muito usada por empresas ou para quem quer mais segurança compartilhada.

A carteira de criptomoedas é segura?

A carteira de criptomoedas pode ser muito segura, mas isso depende bastante de como você a usa e do tipo que escolhe. Ela é como um cofre digital, ou seja, se você protege bem, ele é confiável. Mas se deixar a porta aberta ou a chave largada por aí, vira um alvo fácil.

As carteiras mais seguras são as que ficam offline, como as de hardware ou até as de papel. Como não estão conectadas à internet, são praticamente imunes a hackers, mas exigem cuidado físico! Se perder, danificar ou esquecer a senha, ninguém consegue recuperar o acesso.

Já as carteiras que ficam online ou em apps são mais práticas para o dia a dia, mas também mais vulneráveis a invasões, vírus ou golpes. Por isso, o ideal é usar senhas fortes, autenticação em duas etapas e, se possível, não deixar valores altos nelas.

Isso mostra que a segurança existe, mas também depende de você. Com atenção, boas práticas e um pouco de cuidado, sua carteira pode ser um lugar bem seguro para guardar suas criptomoedas.

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Como proteger a carteira de criptomoedas?

1. Use senhas fortes e únicas

Evite senhas óbvias como datas de nascimento ou “123456”. Crie uma senha difícil de adivinhar e que você só use ali. Isso já afasta boa parte dos riscos.

2. Ative a autenticação em duas etapas

Desta maneira, mesmo que alguém descubra sua senha, ainda precisa de um código extra para acessar. É como ter uma tranca extra no portão.

3. Guarde bem sua chave privada

A chave privada é a alma da sua carteira, se alguém tiver acesso, pode levar tudo. Anote e guarde em um lugar seguro, fora do celular ou do computador.

4. Evite acessar a carteira em redes públicas

Wi-Fi de shopping, aeroporto ou café não é lugar seguro pra mexer com criptomoedas. Use apenas redes confiáveis, de preferência com conexão protegida.

5. Mantenha o dispositivo atualizado e protegido

Se você usa uma carteira em app ou computador, mantenha o sistema sempre atualizado e com antivírus ativo. Isso ajuda a barrar invasores e falhas.

6. Use carteiras frias para grandes valores

Se você tem uma quantia maior em criptomoedas, o ideal é guardar em carteiras offline. Elas são muito mais seguras para longo prazo.

7. Faça backup da sua carteira

Tenha cópias seguras das informações de acesso. Isso pode salvar sua vida se o celular quebrar ou for roubado.

8. Desconfie de links e promessas boas demais

Golpistas adoram criar sites falsos ou enviar mensagens dizendo que você ganhou algo. Desconfie de tudo que parecer fácil demais ou urgente demais.

Como escolher a carteira de criptomoedas ideal?

1. Pense em como você vai usar suas criptos

Se você vai movimentar com frequência, uma carteira de celular é prática. Se vai guardar por muito tempo, com mais segurança, uma carteira de hardwar é melhor.

2. Veja seu nível de experiência

Se você está começando, uma carteira fácil de usar, com interface amigável e suporte em português, pode evitar muita dor de cabeça. Simples pode ser mais seguro pra quem ainda está aprendendo.

3. Avalie o quanto quer priorizar segurança

Se você prefere máxima proteção, escolha carteiras offline. Se quer agilidade e praticidade, apps conectados à internet funcionam bem, mas exigem mais atenção com segurança.

4. Cheque se a carteira é compatível com suas moedas

Nem toda carteira suporta todas as criptos. Antes de baixar ou comprar uma, verifique se ela funciona com as moedas que você pretende usar (como Bitcoin, Ethereum, etc).

5. Considere a reputação e as avaliações

Escolha carteiras conhecidas e bem avaliadas pela comunidade. Pesquise o nome da carteira, veja vídeos e comentários antes de confiar seus ativos nela.

6. Veja se tem backup e recuperação fácil

A carteira ideal deve permitir que você recupere o acesso caso perca o aparelho. Verifique se ela oferece frases de segurança e se o processo de backup é claro.

7. Cuidado com carteiras suspeitas ou novas demais

Existem muitas carteiras falsas circulando por aí. Prefira aquelas recomendadas em sites confiáveis ou pelas próprias exchanges. Segurança vem sempre em primeiro lugar.

Vantagens e desvantagens das carteira de criptomoedas

As carteiras de criptomoedas têm muitas vantagens, principalmente pra quem gosta de ter o controle nas próprias mãos. Com elas, você não depende de banco, horário comercial ou burocracia.

Pode enviar, receber e guardar suas moedas a qualquer hora, de onde estiver. E ainda pode escolher o tipo que mais combina com seu jeito, como as carteiras mais práticas e rápidas, ou mais seguras e protegidas.

Mas nem tudo são flores. A maior desvantagem é que a responsabilidade é toda sua. Se você perder sua chave privada ou esquecer a frase de recuperação, ninguém pode te ajudar.

O acesso às suas criptos simplesmente some. Além disso, nas carteiras online, é preciso ficar esperto com golpes, links suspeitos e até vírus.

No fim, a carteira te dá liberdade, mas também exige cuidado. Usando com atenção, ela pode ser uma ferramenta poderosa e segura pra gerenciar suas criptomoedas do seu jeito.

Importância de fazer uma carteira de criptomoedas

Fazer uma carteira de criptomoedas é como dar o primeiro passo pra realmente ter suas moedas nas suas mãos. Sem ela, você até pode ter criptos, mas quem cuida de verdade são as plataformas onde você comprou e isso limita sua liberdade. A carteira é o lugar onde você guarda suas chaves de acesso, ou seja, é ela que te dá o controle total do que é seu.

Com uma carteira, você pode enviar, receber e guardar suas moedas de um jeito mais seguro e direto, sem depender de ninguém. É como se fosse seu cofre pessoal, só que digital. E o melhor é que você usa quando quiser, sem precisar pedir autorização, enfrentar taxas escondidas ou correr risco de deixar tudo nas mãos de terceiros.

Ter uma carteira é mais do que uma escolha técnica, é um jeito de cuidar do seu dinheiro com mais autonomia e consciência. Se você quer se levar a sério no mundo cripto, ela é essencial.

Qual a diferença entre uma wallet e uma exchange?

A diferença entre uma wallet e uma exchange é como a diferença entre ter o dinheiro na sua carteira e deixar ele guardado no banco.

A wallet é onde você guarda suas criptomoedas com total controle. Só você tem acesso, só você movimenta, e ninguém pode mexer no que é seu, mas isso também significa que a responsabilidade é toda sua. É como ter o dinheiro em casa, onde você cuida, protege e ninguém encosta sem sua permissão.

Já a exchange funciona como uma corretora ou um mercado de criptos. É onde você compra, vende e troca moedas. Quando você deixa suas criptos lá, elas estão sob os cuidados da plataforma. É prático, mas você está confiando que aquele banco vai manter tudo seguro.

De maneira bem direta, a exchange é onde você faz negócio. A wallet é onde você guarda o que é seu. Muita gente começa usando só a exchange, mas quem quer segurança mesmo costuma transferir os valores depois pra sua própria wallet, assim o controle fica nas suas mãos.

Quais são as 5 melhores hardware wallets?

1. Ledger Nano X

Uma das mais populares e confiáveis. Suporta centenas de criptomoedas e tem conexão via Bluetooth, o que facilita o uso com o celular. Ótima para quem quer segurança sem abrir mão da praticidade.

2. Trezor Model T

Muito segura e fácil de usar, com tela touchscreen colorida e suporte para uma grande variedade de moedas. É uma das preferidas de quem leva segurança a sério, com código aberto e boa reputação no mercado.

3. Ledger Nano S Plus

Uma versão mais acessível do Nano X, mas ainda muito segura. Suporta várias moedas e aplicativos ao mesmo tempo. Ideal pra quem quer proteção de qualidade sem gastar tanto.

4. Trezor One

Modelo mais simples da Trezor, mas ainda extremamente seguro. Tem ótimo custo-benefício, principalmente pra quem está começando e quer uma carteira física confiável.

5. SafePal S1

Menos conhecida que Ledger e Trezor, mas bem avaliada. Não se conecta via USB ou Bluetooth; usa QR code, o que aumenta a segurança contra hackers. Boa opção pra quem quer algo mais “offline” mesmo.

Fontes: Info Money; Kaspersky; MB; Mynt; Coinext; Bity

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