16 de novembro de 2021 - por Pedro Martoly
Daqui a exato um ano o Banco Central (BC) vai liberar a opção de pagamentos em parcela por meio de Pix. Dessa forma, irá aumentar as possibilidades de aquisições a longo prazo para os consumidores, oferecidos pelas companhias.
Vale lembrar que, desde o início do ano até o mês passado, o número de pessoas que optaram por ter o Pix cresceu 72%. Ou seja, saiu de 65,5 milhões de usuários para 112,6 milhões. Além disso, não foi somente a quantidade de usuários físicos que teve um acréscimo. O percentual de companhias, que também decidiram possuir o Pix, teve uma elevação de 90%.
Em agosto, setembro e outubro deste ano, foi registrado cerca de R$1 bilhão em movimentação por meio desse método de pagamento. Portanto, os valores pagos de pessoa física para pessoa jurídica subiu de 8% e foi para 16% dessa quantidade.
O começo e o impacto do Pix
De acordo com o diretor de estratégia de negócios da Accenture, Eliseu Tudisco, o Pix surgiu voltado para a transição de verbas entre pessoas físicas. Contudo, pouco a pouco foi se ampliando também entre pessoas físicas e comércios. Depois disso, entre pessoas e órgãos públicos e também entre companhias.
Eliseu Tudisco lembra ainda sobre o lançamento do Pix Agendado, Pix Cobrança e o Pix Copia e Cola. Sendo assim, o especialista percebeu que houve uma diminuição de dinheiro físico após a inserção da forma de pagamento instantâneo.
Por isso, houve uma diminuição no avanço das transferências com cartão de débito. No entanto, isso não causou efeitos negativos na utilização do cartão de crédito. Portanto, o Pix dentro do mercado pode ser visto positivamente de maneira internacional devido à eficácia e ao ótimo desempenho até o momento.
Integração
A integração do Pix causou grande impacto desde a pandemia. Porém, ainda é uma ferramenta não muito testada. Como, por exemplo, na utilização de fidelidade e seguros correspondentes a efetivação de cartões de crédito e débito. Além disso, não se destrinchou nos mecanismos de engajamento.
É importante ressaltar também que, diariamente, grandes instituições financeiras criam maneiras diferentes para aproveitar ainda mais as possibilidades com o Pix. Sendo assim, só dá forças a ideia do quão importante essa ferramenta pode ser e facilitar ainda mais em um futuro próximo.
Estatísticas e Benefícios
Segundo o diretor executivo da Associação Brasileira de Fintechs (ABFintechs), Marcelo Martins, a forma de pagamento instantânea foi criada em um projeto original para fazer transações somente entre pessoas físicas. Contudo, já foi aderida também entre pequenas e médias companhias.
De acordo com a 12ª edição da Pesquisa de Impacto da Pandemia do Coronavírus nos Pequenos Negócios, 10 pequenas companhias 8 usam o Pix. Esse estudo foi levantado pelo Sebrae com o auxílio da Fundação Getúlio Vargas.
Marcelo Martins ressalta ainda que ao aderir a esse método de pagamento é benéfico devido à velocidade nas transferências e as isenções de taxas para os usuários. Além disso, é um serviço disponível 24 horas.
Serviços Pix de instituições financeiras
Alguns bancos já aderiram também ao serviço Pix como, por exemplo, o Itaú BBA. A instituição financeira estreou na semana passada o “BoleCode”. Esse é um serviço de boletos que pode ser pago por meio de código de barras ou QR Code Pix.
O Itaú também divulgou que os pagamentos com abatimento, desconto, juros e multas também podem ser feitos por QR Code Pix. O serviço oferece ainda a chance de recuperar a dívida em situações de inadimplência com chances de fazer protesto e a negativação.
Segundo o diretor de Digital Cash Management e Open Finance do Itaú Unibanco, Marcos Cavagnoli, é o mesmo que possuir dois serviços com o preço de um e ainda ter os benefícios dos dois.
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