20 de setembro de 2022 - por Nathalia Lourenço
A lista de bilionários do setor de saúde no Brasil, segundo a Forbes de 2024, acumula um patrimônio total de 51,78 bilhões. O setor de saúde é essencial e menos suscetível a mudanças de consumo, o que contribui para a estabilidade e crescimento das fortunas desses investidores.
Para conhecer todos os detalhes e a lista completa, continue a leitura!
Os 10 bilionários brasileiros do setor de saúde
Os bilionários brasileiros da área de saúde são:
1- Jorge Neval Moll Filho
- Patrimônio: R$ 13,88 bilhões
- Idade: 78 anos
- Origem do Patrimônio: Rede D’Or
- Posição no ranking geral: 24º
Fundada em 1977 pelo cardiologista Moll, a Rede D’Or é o maior grupo hospitalar do Brasil, com 69 hospitais e 53 clínicas oncológicas. Em 2020, a empresa levantou R$ 11,3 bilhões em seu IPO na B3. Moll é o principal acionista e presidente do conselho, com sua esposa e cinco filhos também como acionistas. Em julho de 2024, a Rede D’Or anunciou um investimento de R$ 1,15 bilhão em parceria com a Atlântica Hospitais para construir novas unidades.
2- Candido Pinheiro Koren de Lima
- Patrimônio: R$ 13,77 bilhões
- Idade: 78 anos
- Origem do Patrimônio: Hapvida
- Posição no ranking geral: 25º
Em 1979, o médico oncologista Lima fundou a Clínica Antônio Prudente em Fortaleza, que mais tarde se tornou o Hospital Antônio Prudente e originou a Hapvida. A Hapvida abriu capital na B3 em 2018 e, em 2021, se fundiu com a NotreDame Intermédica. Após um período difícil em 2022 e 2023, as ações se recuperaram em 2024.
3- Jorge Fontoura Pinheiro Koren de Lima
- Patrimônio: R$ 2,48 bilhões
- Idade: 51 anos
- Origem do Patrimônio: Hapvida
- Posição no ranking geral: 144º
Jorge é filho de Candido Pinheiro, médico oncologista e fundador da Hapvida, que entrou na bolsa de valores em abril de 2018. Candido Pinheiro ocupa a 25ª posição na lista geral de bilionários.
4- Candido Pinheiro Koren de Lima Júnior
- Patrimônio: R$ 2,44 bilhões
- Idade: 53 anos
- Origem do Patrimônio: Hapvida
- Posição no ranking geral: 147º
É filho de Candido Pinheiro, médico oncologista e fundador da Hapvida, que estreou na bolsa em abril de 2018 e ocupa a 25ª posição na lista geral de bilionários. Ele atua no conselho de administração da empresa.
5- Alice Junqueira Moll
- Patrimônio: R$ 2,31 bilhões
- Idade: 81 anos
- Origem do Patrimônio: Rede D’Or
- Posição no ranking geral: 151º
A médica Alice Junqueira Moll é esposa de Jorge Neval Moll Filho, que ocupa a 24ª posição na lista geral de bilionários e é controlador do grupo hospitalar Rede D’Or. Segundo a empresa, a família Moll detém 45,6% das ações da Rede D’Or, que realizou seu IPO na B3 em dezembro de 2020, entrando no grupo das 10 maiores companhias abertas brasileiras em valor de mercado.
6- André Francisco Junqueira Moll
- Patrimônio: R$ 2,31 bilhões
- Idade: 50 anos
- Origem do Patrimônio: Rede D’Or
- Posição no ranking geral: 151º
7- Jorge Neval Moll Neto
- Patrimônio: R$ 2,31 bilhões
- Idade: 53 anos
- Origem do Patrimônio: Rede D’Or
- Posição no ranking geral: 151º
8- Paulo Junqueira Moll
- Patrimônio: R$ 2,31 bilhões
- Idade: 43 anos
- Origem do Patrimônio: Rede D’Or
- Posição no ranking geral: 151º
9- Pedro Junqueira Moll
- Patrimônio: R$ 2,31 bilhões
- Idade: 43 anos
- Origem do Patrimônio: Rede D’Or
- Posição no ranking geral: 151º
10- Renata Junqueira Moll Bernardes
- Patrimônio: R$ 2,31 bilhões
- Idade: 52 anos
- Origem do Patrimônio: Rede D’Or
- Posição no ranking geral: 151º
Lucros da área de saúde privada em tempos de pandemia
Os lucros das empresas de saúde aumentaram durante a pandemia. No entanto, o crescimento não veio apenas da pandemia. Essas empresas também se beneficiaram da abertura de capital e do investimento estrangeiro.
Segundo Rodrigo Marcatti, CEO da Veedha Investimentos, o setor de saúde brasileiro começou a crescer a partir de 2015. Foi nesse ano que a entrada de capital estrangeiro nas empresas de saúde foi autorizada.
Marcatti explica: “O setor de saúde no Brasil sempre foi muito fragmentado. Mas, desde 2015, houve uma grande consolidação. Um exemplo é a Rede D’Or, que se expandiu com o apoio de investidores estrangeiros.”
Assim, a chance de atrair investimentos permitiu que empresas menores, inicialmente fundadas por grupos de médicos, crescessem e se tornassem mais focadas. Além disso, os gastos com saúde continuam altos e estáveis. O professor Giácomo Balbinotto Neto, da UFRGS, destaca que “Os gastos com saúde são inelásticos, ou seja, mudam pouco mesmo em crises.”
Por exemplo, quando o preço da carne sobe, as pessoas podem comprar menos. Mas na saúde, a demanda não cai muito, mesmo com preços mais altos. As pessoas não deixam de tomar remédios ou de ir ao médico por causa do custo.
Essa estabilidade faz com que as empresas de saúde estejam bem posicionadas no mercado. Igor Cavaca, gestor de investimentos da Warren, ressalta que “essa situação é rara em outros setores. De um lado, o consumidor não economiza em saúde, porque é uma questão de sobrevivência. De outro, as empresas enfrentam altos investimentos iniciais, mas com grandes chances de lucro no futuro.”
Bibliografia
- Fontes: Forbes. Em ano de pandemia, brasileiros bilionários da saúde ficam mais ricos. Uol. Acesso em 20 de setembro de 2022.