29 de julho de 2024 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)
Se você começou a pesquisar sobre o mundo dos investimentos, com certeza já deve ter ouvido falar sobre a BlackRock. A empresa é gigante e tem um poder absurdo, que nenhuma outra empresa tem. Mas, você entende o motivo disso?
Continua lendo e entenda melhor sobre!
O início de tudo com Larry Fink
Tudo começou com Larry Fink, fundador da BlackRock.
Em 1970, Fink começou a trabalhar no First Boston Corporation e rapidamente começou a se destacar, trabalhando com títulos de mercados hipotecários. No entanto, por conta de um erro de cálculo, ele acabou perdendo US$ 100 milhões de dólares e isso quase acabou com sua carreira.
Larry foi praticamente banido do mercado. E se antes o consideravam genial, ele passou a não ter importância alguma e não conseguia encontrar nenhum lugar para trabalhar.
E então ele decide fundar uma empresa de gestão de ativos dentro da BlackStone Group com seus parceiros. No entanto, por conta de atritos com os sócios, ele decidiu sair da BlackStone e se transformou em uma empresa independente, passando a se chamar BlackRock.
Apesar da perda de confiança que ocorreu por conta daquele erro de cálculo, muitas pessoas ainda confiavam nele para gerir seus ativos.
No entanto, por conta daquele erro, ele se tornou extremamente conservador e começou a pensar em estratégias cada vez mais efetivas para melhorar seus lucros.
BlackRock ganha mercado
E a partir de 1995 a empresa começa a expandir seu catálogo de produtos e começa a criar ETFs e outros itens de investimento. Em 1999 a empresa já era influente e alcançou a marca de US$160 bilhões sob gestão e é nesse mesmo ano que ela faz seu IPO, onde mais dinheiro é injetado e ela cresce ainda mais.
No início dos anos 2000 ela começou sua expansão global e em 2004 fez uma aquisição muito importante, a State Street Research uma empresa de gestão de ativos, o que aumentou ainda mais a quantidade de ativos sob sua tutela.
Em 2006 ocorreu outra aquisição importante, dessa vez a Merril Lynch, uma das maiores empresas de investimento dos EUA e a partir desse momento se torna uma das maiores gestoras de ativos do planeta.
E como dito anteriormente, Larry era especialista no mercado hipotecário. E foi isso que garantiu a grande virada de chave na vida de Fink em 2009, logo após a crise econômica que atingiu os EUA.
Mas afinal, como isso ocorreu? Diante de todo o cenário catastrófico que o país estava enfrentando, todas as grandes empresas estavam quebrando, exceto uma: a BlackRock.
Por conta da postura conservadora que Fink assumiu e também por sua especialidade na área, e é nesse momento que o Banco Central americano pede ajuda a empresa.
BlackRock ganha ainda mais mercado
E é nesse momento que a empresa passa a intervir para ajudar os bancos e empresas a se reerguerem. Além de apoiar, Larry aproveitou a oportunidade para fazer mais algumas aquisições.
Em 2009 a BlackRock adquire BGI, incluindo a plataforma Ishares que era líder mundial em fundos negociados em bolsas. E é assim que Fink começa a se tornar um homem cada vez mais poderoso.
Como a empresa dele começa a gerir um grande valor, ele se torna automaticamente o representante desses investidores e tem inclusive poder de votar sobre o futuro de algumas empresas. Não com seu próprio dinheiro, mas com o dinheiro de seus cotistas.
E é a partir dessa aquisição em 2009 que a BlackRock se torna a maior gestora de ativos do planeta! Atualmente, a empresa tem US$10 trilhões sob gestão e isso equivale a quase cinco vezes o PIB do Brasil.
E é por isso que a empresa e a figura do próprio Larry é tão importante para o mercado.
Larry Fink e o ESG
Desde 2012 Larry tem falado e incentivado as práticas ESG que traduzindo significa “governança ambiental, social e corporativa”.
Além de pregar a busca pela sustentabilidade, Fink reforça a busca pela diversidade e equidade. No entanto, isso fez com que várias teorias da conspiração de que a empresa estaria manipulando o mundo para a pauta “woke”, que diz respeito a conscientização sobre temas políticos e sociais, como se a empresa tivesse objetivos escusos sobre o assunto.
No entanto, acredito que esse posicionamento do Larry é apenas uma forma que ele criou para se antecipar a possíveis sanções do governo que podem ocorrer no futuro com relação as emissões de carbono, uso mais racional dos elementos naturais e até mesmo com relação a questões de equidade.
Por isso, todo ano ele fala e reforça o compromisso com as pautas ESG. Então, na verdade, os interesses são muito mais econômicos do que qualquer outra coisa.
E essa é a história do Larry Fink e da BlackRock, a empresa mais poderosa do mundo.
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