Tarifa de 104% contra a China, deficit bilionário e crise global

Um novo capítulo na guerra comercial, o EUA criou uma tarifa de 104% contra a China e o clima segue tenso entre os países! Entenda melhor sobre!

14 de abril de 2025 - por Letícia Rocha


Aqui você confere, de forma rápida e clara, os principais destaques do cenário econômico e geopolítico do dia. Vamos aos tópicos mais quentes e imperdíveis! A guerra comercial entre EUA e China acaba de ganhar um novo capítulo. Após a China anunciar uma tarifa retaliatória de 34% contra produtos americanos, a Casa Branca reagiu com força criou uma nova tarifa de 104% que será aplicada a todos os produtos importados da China, a partir de hoje.

Segundo a porta-voz da Casa Branca, Karoline Leavitt, essa medida entra em vigor à meia-noite. A composição dessa tarifa inclui:

  • 20% de tarifas específicas já existentes;
  • 34% em resposta às tarifas impostas pela China;
  • 50% adicionais como punição.

Impacto direto: produtos chineses praticamente dobram de preço no mercado americano. Um item de US$100, por exemplo, passa a custar US$ 204 com essa tarifa de 104%. Essa escalada pode pressionar a inflação nos EUA, ao mesmo tempo que prejudica a competitividade chinesa no mercado internacional. Por outro lado, analistas apontam que o movimento pode acelerar a busca da China por novos parceiros comerciais.

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Estatais chinesas reagem

Em resposta às turbulências do mercado, gigantes estatais chinesas estão adotando uma estratégia defensiva: a recompra de ações.

China Merchants Group, Sinopec e Guotai Junan Securities anunciaram programas de recompra para tentar estabilizar os mercados.

Além disso, a Sinopec também deve investir até 3 bilhões de yuans nessa operação. Enquanto isso, a Guotai Junan prevê entre 1 e 2 bilhões de yuans.

Além disso, a Central Huijin (braço do fundo soberano chinês), aumentou sua participação em ETFs e o governo planeja ampliar o limite de investimentos de fundos de seguro no mercado acionário.

O resultado imediato foi positivo: o índice CSI300 subiu 1,7%. Já o Hang Seng avançou 1,51% e o Hang Seng Tech disparou 3,8%, após queda acumulada de 17%.

União Europeia anuncia tarifas contra os EUA

Além disso, a União Europeia também entrou na dança das tarifas. A partir do dia 15 de abril, produtos americanos como soja, nozes, salsichas e uísque bourbon sofrerão uma tarifa de 25% para entrar na Europa.

Essa medida, por sua vez, é uma resposta direta às tarifas impostas pelos EUA, as quais afetaram cerca de € 380 bilhões em exportações europeias. Ou seja, com isso, a arrecadação americana saltou de € 7 bilhões para mais de € 80 bilhões por ano.

Apesar do clima tenso, a UE demonstrou disposição para negociar. A proposta é um acordo de tarifas “zero por zero”, ou seja, livre comércio entre os blocos. A ideia, portanto, é respaldada por nomes como Elon Musk, que compartilhou um vídeo do economista Milton Friedman defendendo o livre mercado como ferramenta para cooperação global e crescimento.

Déficit primário do setor público brasileiro fica abaixo do esperado

No cenário nacional, o Banco Central divulgou que o setor público consolidado (União, Estados, Municípios e Estatais — exceto Petrobras e Eletrobras) registrou um déficit primário de R$ 18,9 bilhões em fevereiro.

Embora o número ainda seja negativo, ele veio melhor do que a expectativa do mercado, que projetava um rombo de R$ 26,2 bilhões. O déficit primário representa o saldo entre receitas e despesas antes do pagamento de juros da dívida pública.

Por outro lado, houve aumento da dívida pública:

  • Dívida bruta: passou de 75,7% para 76,2% do PIB.
  • Dívida líquida: subiu de 61,1% para 61,4%.

Apesar disso, o desempenho melhor do que o previsto indica algum controle fiscal por parte do governo.

Quer entender melhor sobre a crise global e ou então a nova tarifa de 104%? Então, assista ao vídeo completo!

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