22 de abril de 2025 - por Letícia Rocha

Eletrônicos importados para os EUA continuarão isentos das tarifas recíprocas impostas pelo presidente Trump. Por um lado, ele recuou nessa decisão, mas, por outro, adotou uma postura completamente oposta em relação à política externa. Enquanto isso, os EUA enviaram tropas para o Panamá e afirmaram: “Vamos recuperar nosso quintal”.
Trump anunciou o envio de tropas ao Panamá: “Deslocamos muitas tropas para o Panamá e ocupamos algumas áreas que costumávamos ter e não tínhamos mais. Mas agora, nós temos. E eu acho que está sob muito bom controle”.
No Brasil, o governo Lula anunciou um pacotão para recuperar popularidade. Às vésperas das eleições presidenciais de 2026, Lula anunciou na última semana um pacote de medidas buscando aumentar sua popularidade. Mas essa é apenas uma das notícias de destaque que iremos abordar hoje!
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Internacional
Trump recua de tarifas extras
Os EUA anunciaram que certos produtos eletrônicos importados estão isentos das novas tarifas de importação.
Essa medida foi divulgada pela Alfândega e Proteção de Fronteiras dos EUA e exclui 20 categorias de itens do aumento de tarifas. A decisão busca reduzir o impacto negativo em empresas americanas, como a Apple, que depende fortemente da produção chinesa para fabricar seus aparelhos.
Mesmo com a isenção para eletrônicos, o restante do pacote de tarifas continua valendo. O governo Trump havia imposto uma tarifa mínima de 145% sobre diversos produtos chineses, o que poderia afetar seriamente as importações tecnológicas.
Em 2024, por exemplo, os smartphones foram os itens mais importados da China pelos EUA. Com isso, foi movimentado US$ 41,7 bilhões, seguidos pelos laptops, com US$ 33,1 bilhões, segundo o US Census Bureau.
No entanto, a isenção não significa o fim da guerra comercial. O próprio Trump afirmou que os eletrônicos não estão completamente livres de novas tarifas, e que o governo ainda analisa impor outras tarifas com base em questões de segurança nacional.
Destacou ainda que a cadeia de suprimentos de semicondutores e de eletrônicos em geral será alvo de novas investigações, o que mantém a incerteza no setor.
No entanto, a China por sua vez, reagiu com cautela. O Ministério do Comércio chinês considerou a medida apenas um “pequeno passo” e pediu a retirada total das tarifas impostas pelos EUA. A posição chinesa deixa claro que, apesar de um pequeno alívio para o setor tecnológico, as tensões comerciais entre as duas maiores economias do mundo continuam em alta.
Dow Jones Futuro avança com alívio tarifário a eletrônicos
Os índices futuros dos EUA subiram na segunda-feira (14), com os investidores avaliando as isenções tarifárias anunciadas pelo presidente Donald Trump.
- Dow Jones Futuro: +0,93%
- S&P 500 Futuro: +1,46%
- Nasdaq Futuro: +1,81%
EUA enviam tropas para o Panamá
O presidente Trump anunciou o envio de tropas e a retomada de áreas anteriormente controladas pelos EUA no Panamá, alegando necessidade de segurança estratégica. O secretário de Defesa dos EUA criticou o avanço chinês na América Latina, atribuindo à administração Obama a perda de influência na região. O governo Trump vê a presença chinesa como ameaça geopolítica.
O canal é estratégico para o comércio americano, já que 40% das exportações dos EUA passam por ele. Desde 1999, o Panamá administra o canal com neutralidade acordada com os EUA.
No entanto, empresas chinesas controlam portos e vencem grandes licitações no país, incluindo a construção de infraestrutura e energia. No entanto, sob pressão americana, o Panamá saiu da Nova Rota da Seda e aceitou a presença militar dos EUA.
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Nacional
Governo Lula anuncia pacotão para recuperar popularidade
Faltando pouco para as eleições presidenciais de 2026, Lula apresentou um pacote de medidas sociais e econômicas com o objetivo de aumentar sua popularidade entre os eleitores.
Entre as ações já divulgadas, destacam-se a proposta de isenção do Imposto de Renda para quem ganha até R$ 5 mil, a oferta de crédito consignado via FGTS e a ampliação de programas já existentes, como o Minha Casa, Minha Vida.
O programa habitacional Minha Casa, Minha Vida foi ampliado para atender famílias com renda de até R$ 12 mil por mês, antes o limite era de R$ 8 mil.
Ou seja, com a criação da nova Faixa 4, será possível financiar imóveis de até R$ 500 mil, o que abre espaço para unidades mais completas. Além disso, os beneficiários terão taxas de juros reduzidas de 10,5% ao ano e poderão pagar em até 35 anos.
Outra novidade de destaque é a ampliação da Tarifa Social de Energia Elétrica, que poderá isentar até 60 milhões de brasileiros do pagamento da conta de luz. O benefício será válido para famílias que consumirem até 80 kWh por mês, o suficiente para casas com eletrodomésticos básicos, segundo o governo. O projeto será encaminhado ao Congresso até o final de abril.
Apesar da proposta beneficiar diretamente milhões de pessoas, especialistas alertam sobre os impactos. Segundo Adriano Gianturco, professor do Ibmec, trata-se de uma estratégia política chamada de “custos difusos e benefícios concentrados”. Ou seja, enquanto os custos da medida são divididos entre todos os brasileiros, os benefícios são sentidos diretamente por um grupo expressivo de eleitores. Por isso, para ele, isso pode ser decisivo em um cenário eleitoral, já que o número de beneficiados é suficiente para decidir uma eleição.
Lira quer retomar proposta de taxação de dividendos
Projeto que propõe isenção de IR para quem ganha até R$ 5 mil por mês, deverá passar por alterações na Câmara.
O relator articula retorno da alíquota de 15% sobre lucros e dividendos, como previsto no projeto de 2021. Além disso, micro e pequenas empresas (Simples Nacional e lucro presumido até R$ 4,8 mi/ano) ficam isentas.
Além disso, as distribuições de até R$ 20 mil mensais estarão isentas da nova tributação, aliviando pequenos empreendedores. Para compensar perdas, Lira apoia a revisão de incentivos como isenção de IR sobre auxílio-moradia de agentes públicos e desoneração de setores específicos (medicamentos, químicos, termelétricas).
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