27 de agosto de 2025 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)

Nos últimos dias, a bolsa brasileira apresentou alta de 2,85%, mesmo diante de incertezas políticas e econômicas. Em contrapartida, nesse mesmo tempo o dólar recuou de R$ 5,61 para R$ 5,43, um movimento que surpreendeu investidores e gerou muitas dúvidas. Afinal, como explicar a valorização da bolsa em um cenário de risco?
Veja também: Risco financeiro: o que é, como calcular, evitar e analisar
Por que a bolsa está subindo?
É importante entender que o mercado financeiro não reage da mesma forma que a opinião pública. Muitas vezes, acontecimentos que assustam a população, não têm o mesmo impacto nos investidores. E o contrário também acontece.
Neste momento, o mercado enxerga mais oportunidades do que riscos. Parte disso se deve as últimas atitudes de Trump, que tem sido muito imprevisíveis e o mercado não gosta de instabilidade. O resultado disso é que alguns investidores tem evitado mercado americano. Por isso, tem ocorrido uma migração de capital para mercados emergentes, como Brasil, México, Índia e China.
Resultados corporativos tem ajudado
Além do fluxo de capital externo, os balanços das empresas brasileiras tem apresentado números muito positivos. O Itaú, por exemplo, registrou lucro recorde e anunciou dividendos extras.
A RD Saúde, a Minerva e a MRV publicaram resultados com números acima do esperado. E se setor da construção deu sinais positivos, isso gera uma maior perspectiva de lucro, sugerindo também a maior circulação de dinheiro na economia interna.
O anúncio inicial das tarifas dos EUA causou apreensão, mas na prática, o impacto direto foi limitado. Apenas cerca de 40% das exportações brasileiras foram afetadas. Enquanto isso, setores críticos como a aviação (Embraer) e o papel e celulose (Suzano, Klabin), ficaram de fora.
Ou seja, por conta de tudo isso, nós estamos com um bom fluxo de capital aqui e com um cenário de relativa calmaria.
É o momento de investir APENAS no Brasil?
No curto prazo, a calmaria pode continuar. O mercado financeiro gosta de previsibilidade e até agora não houve agravamento relevante da crise. No entanto, a disputa entre Brasil e EUA ainda está em aberto.
Por isso, o ideal é diversificar. Afinal, se a crise entre o Brasil e os Estados Unidos se agravar, o dólar tende a subir. Nesse caso, quem já tem posição em ativos dolarizados ganha poder de proteção.
Se o cenário melhorar, os ativos brasileiros valorizam, equilibrando o portfólio de quem já tem maior exposição local.
O que eu quero dizer é que ao investir em dólar, não significa que você deve abandonar seus investimentos no Brasil, mas equilibrar riscos.
Quer entender melhor sobre esse cenário atual da bolsa brasileira? Então, assista ao vídeo completo!
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