A B3 é a nossa Bolsa de Valores Brasileira. Sendo que, a história da B3 teve início em 1890, quando foi fundada por Emílio Rangel Pestana, com o nome de Bolsa Livre.
História da B3
A história da B3 começou no dia 23 de agosto de 1890 quando ela foi fundada por Emílio Rangel Pestana. Sendo que ela se chamava Bolsa Livre.
A bolsa oferecia serviços inéditos para a época como, por exemplo, a compra e venda de títulos.
No entanto, um ano depois da sua abertura, ocorreu o seu fechamento. Isso por causa das políticas econômicas adotadas na época, que geraram uma hiperinflação e um surto especulativo.
Entretanto, em 1895 ela foi reaberta, dessa vez com o nome de Bolsa de Fundos Públicos de São Paulo.
Posteriormente, em 1935, a bolsa passou por reformulações e passou a se chamar Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa). O nome Bovespa continuou até 2017.
Vale destacar que, na década de 60, cada estado tinha a sua própria bolsa. No começo, o controle era feito por secretarias estaduais.
Contudo, com o passar do tempo, elas se tornaram associações independentes com autonomia em suas operações. Nesse contexto, se destacava a Bolsa de Valores do Rio de Janeiro.
Enfim, até 1970, ela foi a mais importante para o Brasil, mas com a crise econômica que houve neste ano, a Bolsa de São Paulo ganhou mais força do que a do Rio.
Unificação
No ano 2000 a Bolsa de São Paulo e a do Rio de Janeiro, as duas principais do país, deram início a um processo de unificação com as nove bolsas brasileiras ainda existentes na época.
Desse modo, a Bovespa ficaria responsável por cuidar das ações. Por outro lado, a bolsa do Rio seria a responsável pelos títulos públicos.
Posteriormente, em 2007, a Bovespa fez a sua abertura de capital. No ano seguinte, ela se fundiu a Bolsa de Mercadorias e Futuros (BM&F), passando a ser chamada BM&F Bovespa.
Dez anos depois, em 2017, a BM&F Bovespa fez a fusão com a Central de Custódia e de Liquidação Financeira de Títulos (Cetip). Com isso, ela foi rebatizada de B3 – Brasil, Bolsa e Balcão.
Qual é a função da B3?
A função principal da B3 é de organizar o mercado de compra e venda de ações. Ou seja, ela cria um ambiente onde as transações ocorrem de forma segura e transparente.
Além disso, a B3 também controla quais empresas podem ou não fazer parte das negociações.
O papel da B3 é bem perceptível quando analisamos o processo de abertura de capital de empresas (IPO). Em resumo, quando uma empresa precisa de recursos, ela pode oferecer suas ações para os investidores.
Para isso, a empresa precisa cumprir uma série de requisitos da B3. Dessa maneira, a empresa passa a ser listada na bolsa de valores e consegue os recursos desejados.
Afranio Alves, planejador financeiro e sócio fundador da plataforma MeuConsultorFinanceiro.com, explica que a bolsa pode podemos comparar a bolsa com um supermercado:
“É um lugar onde você tem acesso a oportunidades de investimento em ativos de diversas características. Cada país conta com sua própria bolsa”.
O que a B3 comercializa?
A B3 se divide de acordo com os produtos financeiros comercializados:
1- Mercado de ações
O mercado de ações é, sem dúvidas, o mais famoso da B3. Em resumo, por meio dele, você pode comprar e vender ações de empresas listadas na bolsa de valores.
Para você ter uma ideia, hoje existem mais de 340 empresas listadas na bolsa. Ou seja, é uma boa quantidade de opções de ações. Para ficar mais fácil, a bolsa divide as empresas por setores:
Bens Industriais
Consumo Cíclico
Consumo não Cíclico
Financeiro e Outros
Materiais Básicos
Petróleo, Gás e Biocombustíveis
Saúde
Tecnologia da Informação
Telecomunicações
Utilidade Pública
2- Outros ativos
O mercado de ações é o mais famoso da bolsa. Mas a atuação da B3 não se restringe às ações.
- Ativos de Renda fixa públicos e privados e cotas de fundos. Envolve títulos do Tesouro Direto, Letras de Crédito Imobiliário (LCI), Letras de Crédito do Agronegócio (LCA), fundos de investimento e etc.
- Derivativos. São instrumentos econômicos cujos valores finais derivam, de forma total ou parcial, dos valores de outros títulos, daí o nome de derivados.
- Mercados à vista, de renda variável, ouro e câmbio. Por fim, nesse grupo, são realizadas transações de compra e venda de ativos. Sendo que os valores são resultado da lei da oferta e demanda.
Como investir
As 3 formas de investir na bolsa de valores são:
- Fundos de investimentos. Em um fundo de investimento, o gestor é o responsável por escolher os ativos e aplicar o patrimônio do fundo.
- Clubes de investimento. Os clubes se parecem com os fundos, mas o seu funcionamento é menos formal.
- Individual. Por fim, existe ainda a opção de investir de forma individual. Ou seja, você mesmo escolhe os ativos e investe.
Independente da forma escolhida, é preciso da intermediação de uma corretora de valores ou instituição regulamentada pela CVM. Sendo assim, o processo de investimento na bolsa envolve, basicamente:
- Escolher uma corretora de valores de confiança;
- Abrir a sua conta na corretora de valores escolhida;
- Fazer a transferência de dinheiro para a sua conta na corretora;
- Escolher o ativo de acordo com o seu perfil de investidor;
- Por fim, investir e acompanhar o seu investimento.
Investimento na própria B3
A B3 é uma empresa de capital aberto. Sendo assim, você também pode investir diretamente nela. Ou seja, na bolsa você encontra não apenas ações de outras empresas como também da própria B3.
Portanto, caso você tenha interesse, você pode comprar ações da B3. Não deixe de analisar a ação e verificar se ela se encaixa na sua estratégia de investimento.
Custos de investir na bolsa de valores
Investir envolve alguns custos, tais como:
- Taxa de administração. Essa taxa é cobrada de forma anual pela corretora ou pelos fundos. Sendo que o valor é proporcional ao valor aplicado e ao período da aplicação.
- Taxa de corretagem. É cobrada a cada ordem de compra ou venda de uma ação. Contudo, hoje em dia muitas corretoras zeraram essa taxa.
- Taxa de custódia. Essa taxa é cobrada de forma mensal pela guarda das ações. Algumas corretoras não cobram mais essa taxa.
- Taxas de emolumentos. Essa taxa é paga para a B3 e é calculada em cima do valor que envolve a compra ou venda de ações.
- Taxa de performance. É uma taxa cobrada quando o fundo de investimento supera a rentabilidade esperada. Ela não existe em todos os tipos de fundos.
- Imposto de renda. A cobrança de IR varia de acordo com o ativo.
Como acompanhar a bolsa de valores pelo Ibovespa
O Ibovespa ou Índice Bovespa é o principal índice da bolsa brasileira. Dessa maneira, por meio dele você consegue acompanhar o comportamento da bolsa.
Ou seja, o Ibovespa funciona como um termômetro da bolsa de valores. É por isso que os investidores costumam acompanhá-lo sempre.
Sendo assim, ele é usado pelos investidores no geral, para conferir como anda o desempenho da bolsa. Dessa forma, ele ajuda na tomada de decisões sobre investir ou não.
Cursos da bolsa de valores
A B3 oferece vários cursos voltados para a educação financeira. Em síntese, alguns cursos são online, outros são presenciais e a maior parte são gratuitos.
Os cursos se dividem em 6 grandes áreas: mercado financeiro, ações, derivativos, finanças comportamentais, renda fixa e gestão de riscos. Enfim, atualmente, mais de 90 mil alunos já se formaram nos cursos da bolsa.
Por fim, gostou de aprender sobre a história da B3? Pois saiba que além da história da B3, existem outros textos aqui no site que você pode gostar. Por exemplo, a história da origem dos bancos.
Fontes: Ri.b, Toro, Gen, Indomoney, Onze, Toro, Bussula do Investidor e Rico.
Bibliografia:
- B3: entenda como funciona a bolsa de valores do Brasil e seus ativos. Onze. Acesso em 13 de julho de 2022.