CDB: o que é, como funciona e como investir

O CDB - Certificado de Depósito Bancário, é uma forma de investir em renda fixa, por meio de papeis emitidos pelos bancos. Leia!

18 de setembro de 2020 - por Sidemar Castro


No mundo financeiro, é comum se deparar com termos e produtos que pareçam confusos logo de cara. Um exemplo disso é o CDB, ou melhor, Certificado de Depósito Bancário. Embora seja um termo relativamente comum, muita gente não o conhece.

Por isso decidimos trazer informações mais profundas sobre o assunto, visto que é extremamente importante. Então, confira conosco a seguir e aproveite para compartilhar com seus amigos.

O que é CDB (Certificado de Depósito Bancário)?

O CDB, ou Certificado de Depósito Bancário, é como se fosse um acordo simples entre você e o banco. Você empresta o seu dinheiro por um tempo e, quando esse prazo acabar, ele te devolve o valor com uma recompensa, que são os juros. É uma troca justa! O banco usa o seu dinheiro para dar crédito e tocar os negócios dele, e você ganha por ter confiado nele.

A grande vantagem é que o CDB é seguro. Existe o FGC (Fundo Garantidor de Créditos), que funciona como uma espécie de seguro até um certo limite, caso o banco passe por dificuldades. Isso dá mais tranquilidade para quem investe.

Outro ponto legal é que o CDB pode ter jeitos diferentes de render. Ele pode ter uma taxa combinada desde o início, pode acompanhar os juros do mercado ou até ser ligado à inflação, protegendo o poder de compra do seu dinheiro.

Isso faz com que ele seja um investimento flexível, capaz de se adaptar ao que cada pessoa procura: mais previsibilidade, acompanhar o mercado ou manter o valor real do dinheiro ao longo do tempo.

O CDB é uma forma descomplicada de fazer o dinheiro render fora da poupança, sem abrir mão da segurança e com a sensação boa de estar dando um passo a mais no mundo dos investimentos.

Como o CDB funciona?

1. Você empresta dinheiro para o banco

Quando você aplica em um CDB, está basicamente emprestando seu dinheiro para o banco. Ele vai usar esse valor para conceder empréstimos e financiar suas operações.

2. O banco promete devolver com juros

Em troca desse empréstimo, o banco se compromete a devolver seu dinheiro depois de um tempo, mas com um extra: os juros. Esse é o seu ganho.

3. Existem diferentes formas de rendimento

O CDB pode render de três jeitos principais:

  • Prefixado: você já sabe exatamente quanto vai ganhar desde o início.
  • Pós-fixado: a rentabilidade acompanha um índice do mercado, geralmente o CDI.
  • Atrelado à inflação: garante a variação da inflação + uma taxa extra, protegendo seu poder de compra.

4. Há prazos para o resgate

Alguns CDBs permitem resgatar o dinheiro a qualquer momento (liquidez diária), outros só no vencimento. Isso influencia na flexibilidade do seu investimento.

5. Conta com proteção do FGC

Até um certo limite, se o banco quebrar, o Fundo Garantidor de Créditos garante que você receba seu dinheiro de volta. Isso dá mais segurança ao investidor.

6. O imposto é descontado automaticamente

O CDB tem cobrança de Imposto de Renda sobre os ganhos, mas não precisa se preocupar: o desconto acontece direto na fonte, você recebe já o valor líquido.

7. É mais rentável que a poupança

Na maioria das vezes, o CDB rende mais que a poupança, com a mesma sensação de segurança, sendo uma boa opção para quem quer dar um passo além.

Quais são os tipos de CDB?

1. CDB Prefixado

Aqui você já sabe de cara quanto vai ganhar. A taxa é combinada no momento do investimento e não muda até o final.

É como comprar uma passagem com preço fixo, onde você sabe exatamente quanto vai pagar e para onde vai, sem surpresas. Bom para quem gosta de previsibilidade.

2. CDB Pós-fixado

Nesse tipo, o rendimento acompanha um índice do mercado, normalmente o CDI, que anda bem próximo da taxa Selic. Ou seja, você só descobre o quanto ganhou no final, porque vai depender de como o mercado se comportar.

É como uma viagem em que você sabe o destino, mas o caminho pode variar. Ideal para quem quer acompanhar os juros do momento.

3. CDB Atrelado à Inflação

Aqui você ganha de duas formas, sendo a variação da inflação mais uma taxa extra. Isso significa que seu dinheiro não perde valor com o tempo e ainda rende um pouco mais.

É como se você tivesse um guarda-chuva que te protege da inflação e ainda tivesse um bônus de sol depois. Bom para quem quer preservar o poder de compra no longo prazo.

Quais são as vantagens de investir em CDB?

Investir em CDB traz várias vantagens que tornam esse tipo de aplicação muito atraente, principalmente para quem busca segurança e ao mesmo tempo quer ver o dinheiro render mais do que na poupança.

Uma das principais vantagens é justamente a proteção do FGC, que funciona como um seguro até certo limite caso o banco tenha algum problema, o que dá bastante tranquilidade para o investidor. Além disso, os CDBs costumam ter uma rentabilidade superior à da poupança e oferecem diferentes formas de ganho, como prefixada, pós-fixada ou atrelada à inflação, permitindo que cada pessoa escolha o formato que mais se encaixa nos seus objetivos.

Outro ponto positivo é a diversidade de prazos e liquidez. Existem CDBs que permitem resgatar o dinheiro a qualquer momento e outros com prazos maiores, que normalmente oferecem retornos ainda melhores.

Isso dá flexibilidade para usar o investimento tanto em objetivos de curto quanto de longo prazo. Por fim, é um produto simples de entender, acessível e que pode ser um ótimo passo inicial para quem quer começar a investir com segurança, sem precisar mergulhar em algo muito arriscado logo de cara.

Leia também: Poupança com rendimento acima da inflação: o que significa?

Quais são as desvantagens e riscos de investir em CDB?

Apesar de ser uma aplicação segura e bem conhecida, o CDB também tem seus pontos menos favoráveis que vale a pena olhar com calma. Um deles é o prazo! Em muitos casos, o dinheiro só pode ser resgatado na data combinada, e isso pode atrapalhar se você precisar dele antes.

os CDBs que deixam sacar a qualquer momento costumam pagar menos justamente por darem essa flexibilidade. Outro detalhe é o imposto. Parte do lucro vai para o Imposto de Renda, o que reduz um pouco o ganho final. Existe também a questão do risco do banco emissor.

Mesmo com a proteção do FGC, que garante valores até um limite, quem investe acima disso pode ficar descoberto caso o banco tenha problemas.

E ainda tem um ponto importante, dependendo do tipo de CDB e do momento da economia, pode acontecer de a rentabilidade não superar a inflação, fazendo com que, na prática, o dinheiro perca valor com o tempo.

Os CDBs são seguros?

De modo geral, os CDBs são considerados seguros, especialmente porque contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC).

Esse fundo funciona como um seguro para o investidor e garante a devolução de até um certo limite por CPF e por instituição, caso o banco tenha algum problema ou até venha a quebrar. Isso já traz bastante tranquilidade.

Além disso, como são investimentos de renda fixa, o funcionamento deles é mais previsível e estável, sem oscilações bruscas como acontece em ações.

Mas é importante ter em mente que a segurança não é absoluta. Se você investir valores acima do que o FGC cobre, esse excedente fica exposto ao risco da instituição.

Outro ponto é que a rentabilidade pode, em alguns cenários, não acompanhar a inflação, fazendo com que o dinheiro perca poder de compra.

Ainda assim, para quem busca começar a investir sem se arriscar demais, o CDB é visto como uma escolha bastante confiável, equilibrando segurança com a chance de ganhar mais do que na poupança.

Como investir em CDB?

1. Escolha a corretora ou banco para investir

Hoje você pode investir em CDB tanto pelo seu banco tradicional quanto por corretoras de investimentos.

O detalhe é que, muitas vezes, as corretoras oferecem opções mais variadas e com rentabilidades melhores, já que elas disponibilizam CDBs de diferentes bancos. Por isso, antes de investir, vale a pena comparar e escolher onde o seu dinheiro vai render mais.

2. Observe o tipo de rendimento

Os CDBs podem ter formas diferentes de remuneração. O prefixado te dá a segurança de já saber exatamente quanto vai receber no vencimento.

O pós-fixado costuma render conforme o CDI, que acompanha a taxa de juros da economia, então ele varia ao longo do tempo. Já o híbrido junta o melhor dos dois mundos: geralmente paga a inflação (IPCA) mais uma taxa fixa, garantindo que o seu dinheiro não perca valor de compra.

3. Olhe o prazo de vencimento

Todo CDB tem uma data mínima para resgate, e isso precisa ser levado em conta. Existem os de liquidez diária, que permitem retirar o dinheiro a qualquer momento, ideais para quem pode precisar dos recursos rapidamente.

Já os de prazo mais longo costumam oferecer rendimentos maiores, mas só valem a pena se você tiver certeza de que não vai precisar daquele dinheiro antes.

4. Compare as taxas e o rendimento

Nem todos os CDBs oferecem a mesma rentabilidade. Alguns pagam 100% do CDI, outros 110%, 120% ou até mais, dependendo do banco. Normalmente, instituições menores oferecem taxas maiores justamente para atrair investidores.

Por isso, comparar as opções é fundamental para não deixar dinheiro na mesa e conseguir um retorno mais interessante.

5. Considere a segurança

Um dos grandes atrativos do CDB é a segurança. Ele conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que cobre até R$ 250 mil por CPF em cada instituição financeira, caso o banco que emitiu o título venha a ter problemas.

Isso significa que, se você diversificar entre bancos diferentes, pode ficar tranquilo em relação ao risco de perder seu investimento.

6. Avalie a tributação

Os rendimentos do CDB estão sujeitos ao Imposto de Renda, que segue uma tabela regressiva. Quanto mais tempo você deixa o dinheiro investido, menor será a alíquota.

Ela começa em 22,5% para aplicações de até 180 dias e pode cair até 15% em investimentos acima de dois anos. Esse detalhe faz diferença no resultado final, por isso vale pensar no prazo ao escolher o título.

7. Alinhe com seus objetivos

Na hora de investir, é importante ligar o tipo de CDB ao seu objetivo. Para reserva de emergência, por exemplo, os CDBs com liquidez diária são os mais recomendados, já que permitem resgate imediato.

Já para planos de médio e longo prazo, como uma viagem ou a compra de um imóvel, os CDBs com prazos maiores e taxas mais atrativas podem ser a melhor escolha.

8. Faça o aporte e acompanhe

Depois de escolher o CDB ideal, o próximo passo é aplicar o valor que deseja. A partir daí, basta acompanhar pelo aplicativo da corretora ou banco.

Mas diferente de ações ou fundos mais arriscados, o CDB é um investimento tranquilo, onde você coloca o dinheiro, deixa render e colhe os frutos no prazo combinado, sem necessidade de acompanhar todos os dias.

Qual tipo de CDB é melhor?

Não existe um melhor CDB que sirva para todo mundo, e sim aquele que se encaixa no seu momento de vida e nos seus objetivos. Se a sua prioridade é ter o dinheiro sempre à mão, por exemplo, o ideal é escolher um CDB com liquidez diária, que permite resgatar a qualquer momento, é ótimo para reserva de emergência, porque você não fica preso ao investimento.

Já se você pode deixar o dinheiro parado por mais tempo, os CDBs de prazo maior normalmente pagam mais e podem ser vantajosos para quem tem metas de médio ou longo prazo, como uma viagem, um carro ou até a compra de um imóvel.

Na hora de comparar, também vale olhar o tipo de rentabilidade. O CDB pós-fixado, que acompanha o CDI, é o mais comum e costuma ser seguro em cenários de juros altos, já que rende junto com a economia.

O prefixado pode ser interessante quando você acredita que os juros vão cair, porque já garante uma taxa fixa desde o início. E o híbrido, atrelado ao IPCA mais uma taxa, é ideal para quem quer manter o poder de compra do dinheiro e se proteger da inflação.

Ou seja, o melhor CDB é aquele que conversa com a sua realidade. Segurança e liquidez para quem precisa do dinheiro a qualquer momento, rendimento maior para quem pode esperar, e proteção contra a inflação para quem pensa no futuro sem pressa.

O segredo é alinhar a escolha com seus planos, em vez de buscar uma resposta única.

Quais os impostos e taxas do CDB?

Investir em CDB é relativamente simples também quando o assunto são impostos e taxas, porque ele não tem tantas cobranças escondidas como outros investimentos. O principal imposto que incide é o Imposto de Renda, cobrado apenas sobre o lucro, ou seja, sobre o que você ganhou e não sobre o valor total aplicado.

Ele segue uma tabela regressiva, que é quanto mais tempo você deixar o dinheiro investido, menor será a alíquota. Para aplicações de até 180 dias, a taxa é de 22,5%. Entre 181 e 360 dias, cai para 20%. De 361 a 720 dias, vai para 17,5%. E acima de 721 dias, fica em 15%, que é a menor cobrança possível.

Esse desconto é feito direto na fonte, então você não precisa se preocupar em calcular ou declarar manualmente na hora do resgate, já vem descontado automaticamente.

Além do Imposto de Renda, existe o IOF, que é o Imposto sobre Operações Financeiras, mas ele só é cobrado se você retirar o dinheiro nos primeiros 30 dias após o investimento. É uma espécie de desestímulo ao resgate muito rápido, e a alíquota vai diminuindo dia a dia até zerar no 30º dia. Depois desse período, não há mais cobrança de IOF.

Fora esses dois impostos, o CDB não tem taxas administrativas ou de performance, como acontece em fundos de investimento. Algumas instituições podem cobrar taxas de custódia, mas isso é raro nos CDBs oferecidos em bancos e corretoras digitais.

De forma direta, os custos são claros e fáceis de entender! Basicamente o Imposto de Renda sobre o lucro e, em casos específicos, o IOF nos primeiros dias. Isso deixa o CDB ainda mais atrativo, porque você consegue planejar exatamente quanto vai ganhar e quanto vai pagar de imposto no final.

CDB ou poupança: em qual investir?

Quando a gente compara CDB e poupança, a diferença é clara. O CDB costuma oferecer um rendimento maior, enquanto a poupança entrega mais simplicidade e hábito, já que muita gente está acostumada a deixar o dinheiro lá.

A poupança tem a vantagem de não cobrar imposto de renda sobre o lucro e permitir resgates a qualquer momento, mas a rentabilidade dela é bem limitada, principalmente em momentos de juros mais altos, quando outros investimentos rendem muito mais.

Já o CDB, apesar de ter tributação sobre o ganho, normalmente paga bem acima da poupança. Existem opções de CDB com liquidez diária, que permitem sacar a qualquer hora, assim como na poupança, mas com um rendimento melhor.

Além disso, tanto a poupança quanto o CDB contam com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), que cobre até R$ 250 mil por CPF em cada instituição, o que traz segurança para os dois investimentos.

A poupança pode servir como porta de entrada para quem está começando e ainda tem receio de investir, mas, para quem já quer ver o dinheiro render de forma mais eficiente sem abrir mão da segurança, o CDB se mostra uma escolha mais interessante.

Diferença entre CDB e CDI

O CDB e o CDI são dois termos que parecem parecidos, mas na prática não são a mesma coisa. O CDB é o investimento em si, ou seja, o título que você compra do banco quando decide aplicar o seu dinheiro.

É como se você estivesse emprestando recursos para a instituição financeira em troca de uma remuneração. Já o CDI não é um investimento, mas sim um índice, uma taxa de referência usada para calcular a rentabilidade de vários produtos, incluindo os CDBs.

De forma simples, como já foi dito, o CDB é onde você coloca o seu dinheiro, e o CDI é o parâmetro que mostra quanto esse dinheiro pode render. Muitos CDBs são oferecidos como “x% do CDI”.

Então, se o banco promete pagar 100% do CDI, significa que seu rendimento vai acompanhar exatamente a taxa do CDI. Se for 110%, quer dizer que você vai ganhar um pouco mais que essa referência.

Ou seja, o CDI funciona como uma régua que mede os rendimentos, enquanto o CDB é o produto que transforma essa régua em dinheiro no seu bolso.

Essa diferença é importante para não confundir. Você não investe em CDI, você investe em CDB que usam o CDI como base para calcular quanto você vai ganhar.

Diferença entre CDB e RDB

O CDB, como já falamos muito nesse artigo, é um título emitido por bancos para captar dinheiro dos investidores. Você aplica, o banco usa esse recurso e te devolve no futuro com juros. É bem conhecido e pode ter liquidez diária, permitindo resgates antes do prazo.

O RDB, por sua vez, funciona de forma parecida, mas tem uma diferença fundamental! Ele é mais engessado. O RDB não pode ser transferido ou negociado no mercado e, na maioria dos casos, só permite resgate no vencimento. Isso quer dizer que, se você investir em um RDB de dois anos, o dinheiro vai ficar bloqueado até lá, sem chance de retirada antecipada.

Apesar dessa limitação, o RDB também conta com a proteção do Fundo Garantidor de Créditos (FGC), assim como o CDB, o que traz segurança para o investidor. Muitas vezes, os RDBs aparecem em bancos digitais e fintechs, geralmente oferecendo boas taxas para compensar essa falta de liquidez.

Então, ele pode ser interessante para quem tem certeza de que não vai precisar do dinheiro antes e busca uma rentabilidade um pouco maior.

Fontes: B3; Caixa; Santander; Banco do Brasil; Nubank; SPC Brasil; TJSC; Conteúdos; Info Money;

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