18 de fevereiro de 2025 - por Sidemar Castro
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Atividade-fim é a principal função de uma empresa ou organização. Ou seja, é a atividade essencial para a qual a empresa foi criada.
Por exemplo, em uma fábrica de roupas, a atividade-fim é a produção das peças. Já em um hospital, é o atendimento médico. Isso se diferencia da atividade-meio, que dá suporte ao funcionamento da empresa, como limpeza, segurança e administração.
Saber essa diferença é importante, principalmente em questões trabalhistas, porque terceirizar atividades-fim pode ter restrições legais em alguns casos.
Leia também: Setor terciário: o que é, quais são as atividades e características?
O que é atividade-fim?
Atividade-fim é a principal atividade realizada por uma organização ou empresa, sendo o seu motivo de existência. Em outras palavras, é a atividade central que define o propósito e o objetivo da empresa.
Por exemplo, para uma fábrica de automóveis, a atividade-fim é a produção de carros. Já em um hospital, a atividade-fim é o atendimento médico e a prestação de serviços de saúde.
Para facilitar a compreensão, vamos dividir em três pontos principais:
- Definição: Atividade-fim é a atividade central de uma empresa ou organização.
- Exemplos: Em uma escola, a atividade-fim é o ensino; em uma livraria, é a venda de livros.
- Importância: A atividade-fim define o foco e a razão de ser da empresa, diferenciando-a de outras atividades auxiliares, como administrativas ou de suporte.
Portanto, ao entender a atividade-fim de uma organização, você compreende o seu objetivo principal e a sua função no mercado.
Quais as diferenças entre atividades-meio e atividades-fim?
No mundo empresarial, é comum ouvirmos os termos “atividade-meio” e “atividade-fim”. Embora ambos sejam importantes para o funcionamento de uma organização, seus significados e aplicações são distintos.
Para facilitar a sua compreensão, vamos explorar as diferenças entre esses dois conceitos de forma clara e objetiva.
Atividade-fim
Em primeiro lugar, a atividade-fim representa o propósito central de uma empresa, ou seja, o produto ou serviço que ela oferece ao mercado. É a razão de ser da organização, aquilo que a define e a diferencia de seus concorrentes.
Em outras palavras, é a atividade que gera valor para o cliente e, consequentemente, receita para a empresa.
Atividade-meio
Por outro lado, a atividade-meio engloba todas as tarefas e processos que, embora não estejam diretamente ligados à produção do produto ou serviço final, são indispensáveis para o bom funcionamento da empresa. São atividades de apoio que garantem que a atividade-fim seja realizada de forma eficiente e eficaz.
Para ilustrar essa distinção de forma mais clara, vamos analisar alguns exemplos:
- Indústria automobilística: a atividade-fim é a fabricação de carros, enquanto as atividades-meio incluem a gestão de recursos humanos, a manutenção das máquinas, a contabilidade e a segurança do trabalho.
- Restaurante: a atividade-fim é o preparo e serviço de refeições, ao passo que as atividades-meio abrangem a limpeza do espaço, o atendimento aos clientes, a gestão de estoque e o marketing.
- Empresa de tecnologia: a atividade-fim é o desenvolvimento de softwares, aplicativos ou plataformas digitais. As atividades-meio, por sua vez, podem ser o suporte técnico, a gestão de projetos, a área administrativa e o departamento comercial.
Relação
Como vimos, as atividades-meio e as atividades-fim são interdependentes. A atividade-fim depende da atividade-meio para ser realizada com sucesso, enquanto a atividade-meio só existe em função da atividade-fim. É uma relação de simbiose, em que ambas se complementam para garantir o bom desempenho da empresa.
A distinção entre atividade-meio e atividade-fim é fundamental para diversas áreas da gestão empresarial, como a definição de custos, a alocação de recursos, a organização do trabalho e a análise de processos.
Além disso, essa diferenciação é relevante para fins trabalhistas e previdenciários, como no caso da terceirização de atividades.
Quando contratar uma atividade-fim?
Contratar uma atividade-fim pode ser uma decisão estratégica para sua empresa. Aqui estão alguns momentos ideais para considerar essa contratação:
1) Especialização e qualidade: Quando a atividade-fim exige um nível elevado de especialização que sua equipe interna não possui, contratar especialistas externos pode garantir a qualidade do trabalho.
2) Redução de custos: Se contratar uma empresa externa para realizar a atividade-fim for mais econômico do que investir em infraestrutura e treinamento para a equipe interna, essa pode ser uma opção vantajosa.
3) Foco no core business: Se sua empresa precisa concentrar seus esforços e recursos no que faz de melhor, terceirizar a atividade-fim pode liberar tempo e energia para essas áreas principais.
4) Flexibilidade e escalabilidade: Quando sua empresa precisa de flexibilidade para aumentar ou reduzir a capacidade rapidamente, contratar uma atividade-fim pode oferecer a escalabilidade necessária sem comprometer a qualidade do serviço.
Quais são os impactos da terceirização das atividades-fim?
Os impactos da terceirização das atividades-fim podem ser tanto positivos quanto negativos, dependendo da forma como é implementada e gerenciada. Abaixo estão alguns dos principais impactos:
1) Redução de custos
A terceirização da atividade-fim pode levar à redução de custos na gestão de pessoas, uma vez que o investimento em processos seletivos fica a cargo da empresa terceirizada. Além disso, pode gerar economia tributária relacionada a encargos trabalhistas, como verbas previdenciárias.
2) Otimização de recursos e aumento da eficiência
Ao terceirizar a atividade-fim, a empresa pode otimizar recursos e ter mais eficiência nos processos. Ademais, a gestão da empresa pode se concentrar na atividade principal do negócio, delegando algumas obrigações à empresa terceirizada.
3) Acesso à mão de obra especializada
A terceirização da atividade-fim permite que a empresa conte com profissionais qualificados e com know-how, sem a necessidade de treinamentos internos e especializações. Assim, a empresa delega a contratação de profissionais especializados a outra, que atua na realização de processos seletivos e treinamento dos colaboradores.
4) Flexibilidade e estratégias adaptáveis
A terceirização da atividade-fim possibilita a criação de estratégias flexíveis de acordo com os objetivos do negócio.
5) Possível perda de empregos e precarização das relações de trabalho
A autorização da terceirização nas atividades-fim pode ocasionar a perda de empregos em empresas que optam por contratar terceirizadas em vez da contratação direta. Desse modo, esse modelo pode levar à precarização das relações de trabalho, com redução de salários para assegurar o lucro de ambas as empresas envolvidas.
6) Riscos de questões trabalhistas e dependência
A falta de escolha adequada da empresa prestadora de serviço pode resultar em prejuízos em vez de economia. Ilegalidades podem gerar vínculo direto entre contratante e terceirizado, resultando em questões trabalhistas para a empresa contratante.
A empresa pode se tornar dependente dos serviços terceirizados, o que pode ser um ponto negativo caso a qualidade do serviço se deteriore.
7) Descompasso cultural e choque de culturas
Pode ocorrer um descompasso em relação ao padrão cultural da empresa, além de um choque de culturas entre os empregados da empresa contratante e os da empresa contratada.
8) Vulnerabilidade social e desemprego
A ampliação da terceirização para todas as atividades pode aumentar a vulnerabilidade social e levar ao desemprego, uma vez que a média da jornada dos terceirizados pode ser maior que a dos contratados diretamente.
9) Sonegação de direitos e precarização do trabalho
A contratação de trabalhadores por meio de terceiros para desenvolver atividades finais pode implicar diminuição de custos se a contratada não investir em prevenção de acidentes, pagar salários menores, não pagar horas extras, entre outros.
Leia também: Quais são os custos variáveis de uma empresa?
Fontes: Pontotel, Danlex, Plenage, Mais Retorno