28 de maio de 2025 - por Millena Santos
O cosseguro é uma modalidade de seguro em que a responsabilidade pelos riscos é compartilhada entre duas ou mais seguradoras. Em vez de um único grupo assumir todo o contrato, cada seguradora entra com uma parte, dividindo as obrigações e os possíveis prejuízos.
Neste texto, vamos mostrar de forma simples como o cosseguro funciona, por que ele é importante, e muitos outros detalhes que valem a pena dar uma olhadinha.
Vamos lá? Boa leitura!
O que é cosseguro?
O cosseguro é um tipo de seguro em que a responsabilidade pelos riscos não fica concentrada em uma única seguradora. Em vez disso, várias seguradoras se unem para dividir essa responsabilidade, cada uma assumindo uma parte do contrato.
Na prática, isso significa que, em caso de sinistro, o valor da indenização é repartido entre as seguradoras participantes.
Dessa forma, essa divisão garante maior segurança tanto para quem contratou o seguro quanto para as próprias seguradoras, que evitam sobrecarga financeira ao compartilhar os custos de um possível prejuízo.
Para que serve o cosseguro?
A seguradora atua como uma espécie de ponte entre quem precisa de proteção e os serviços que oferecem essa segurança. Até aí, tudo certo. Mas surge uma dúvida: por que ela assumiria sozinha operações com custos tão altos?
Parece contraditório, já que isso representa um grande risco financeiro. É o tipo de situação que exige uma estratégia mais inteligente para evitar prejuízos maiores.
É aí que entra o mecanismo conhecido como cosseguro. Como a gente já viu, essa prática funciona como uma forma de dividir o risco entre diferentes seguradoras. Ou seja, em vez de uma só empresa arcar com tudo sozinha, o risco e os custos são compartilhados.
É verdade que isso pode diminuir um pouco o lucro de cada uma, mas, por outro lado, também reduz bastante a chance de grandes perdas.
No geral, esse tipo de solução é especialmente importante em setores com riscos elevados, como usinas de energia, por exemplo. Nesses casos, o cosseguro se mostra uma alternativa mais viável justamente porque ajuda a equilibrar as finanças em caso de imprevistos. Assim, todos os envolvidos ficam mais protegidos – tanto as empresas quanto as próprias seguradoras.
Como funciona o cosseguro?
No nosso dia a dia, o seguro funciona mais ou menos assim: a pessoa contrata uma proteção e, com isso, transfere o risco de algum prejuízo para a seguradora. Por exemplo, quem faz um seguro de carro está basicamente dizendo para a empresa: “se acontecer alguma coisa com o meu carro, é você quem vai me ajudar a cobrir o prejuízo”.
Se nada acontecer durante o período do contrato, a seguradora fica com o valor pago pelo cliente, que é chamado de prêmio. Mas, se der algum problema, a exemplo de um acidente ou roubo, a empresa precisa arcar com os custos. Às vezes, essa conta pode sair bem mais cara do que o valor que o cliente pagou.
E é aí que entra o cosseguro. Quando o risco ou o valor segurado é muito alto, uma única seguradora pode não querer assumir tudo sozinha, ou mesmo não conseguir. Então, várias seguradoras se juntam para dividir tanto o risco quanto o valor do prêmio. Cada uma assume uma parte, tudo combinado por contrato.
Assim, se acontecer algum sinistro, o prejuízo também é dividido entre essas empresas, tornando a operação mais segura para todo mundo. Sendo assim, é um outro jeito de proteger grandes bens ou valores, sem deixar todo o peso em uma só companhia.
Importância do cosseguro
Quando se fala em cosseguro, a gente já consegue visualizar que essa prática traz benefícios principalmente para as seguradoras, especialmente em contratos que envolvem riscos elevados.
Nessas situações, dividir a responsabilidade com outras seguradoras é uma forma de garantir que, em caso de sinistro, os custos sejam divididos. Isso evita que uma única empresa fique sobrecarregada financeiramente diante de prejuízos expressivos.
Em operações de menor risco, essa necessidade geralmente não se aplica, pois a seguradora costuma ter capacidade para assumir sozinha as possíveis perdas. No entanto, quando o risco é mais alto, o cosseguro se torna uma solução mais sólida, permitindo que a empresa assine contratos mais caros com mais segurança.
Diante disso, entre as vantagens do cosseguro, vale destacar que ele permite à seguradora firmar contratos que talvez não assinaria sozinha. Além disso, o cliente também sai ganhando, já que não é impedido de contratar uma apólice mesmo em casos mais complexos.
Por fim, o risco é dividido, reduzindo o impacto financeiro para cada seguradora envolvida. Logo, esse é um modelo colaborativo que dá mais estabilidade ao mercado e estabelece uma confiança maior para todas as partes.
Como contratar o cosseguro?
Para contratar esse tipo de seguro, existem dois caminhos: é possível emitir uma única apólice conjunta ou emitir apólices separadas, uma em cada seguradora participante.
Quando se opta por uma apólice única, uma das seguradoras assume a parte operacional, ou seja, é ela quem emite o documento e cuida da parte burocrática. Mas isso não quer dizer que as outras seguradoras deixam de ter vínculo ou responsabilidade sobre o contrato.
Independentemente do modelo escolhido, é super importante que as responsabilidades estejam bem definidas entre todas as seguradoras envolvidas.
Por isso, no anexo da apólice, deve estar claro quem são as companhias participantes e qual é a porcentagem de participação de cada uma na cobertura contratada.
Diferença entre cosseguro e resseguro
O cosseguro e o resseguro são dois jeitos de dividir o risco no mundo dos seguros, mas você precisam entender que funcionam de formas diferentes.
No cosseguro, várias seguradoras se juntam para compartilhar a cobertura de um mesmo contrato. É como se estivessem trabalhando em equipe: cada uma assume uma parte da responsabilidade. Se acontecer algum problema, a gente já viu que todas participam dos custos. Lembra?
Já o resseguro é um acordo entre uma seguradora e outra empresa, chamada resseguradora. A seguradora principal continua sendo a única com quem o cliente fala, mas, por trás, ela passa parte do risco para a resseguradora. Assim, se o prejuízo for grande, ela não arca sozinha com tudo e consegue manter a estabilidade financeira.
Ou seja, no cosseguro, várias seguradoras cuidam juntas de um mesmo cliente. No resseguro, a seguradora busca uma ajuda a mais para garantir que consegue dar conta se o prejuízo for alto.
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Fonte: Mais Retorno, Muutus, Tex Tecnologia.