Fundos de investimento: o que são, como investir, funcionamento

Fundos de investimentos são uma boa opção para quem quer começar a investir em renda variável com mais segurança e ajuda de profissionais.

4 de setembro de 2020 - por Nathalia Lourenço


Os fundos de investimentos conseguem agradar vários tipos de investidores, desde os conservadores até os mais experientes no mercado. Essa forma de investir oferece várias vantagens, como gestão profissional da carteira e muitas possibilidades, mesmo com pouco dinheiro.

Mas, antes de qualquer coisa, é preciso entender bem como funciona e quais caminhos trilhar para o sucesso. Confira conosco a explicação completa sobre o assunto.

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O que são fundos de investimento?

Os fundos de investimentos são uma forma de aplicação coletiva financeira. O que isso quer dizer? Bom, várias pessoas podem investir em um mesmo fundo.

A gestora é responsável pela administração e investir todos os valores aplicados em outros produtos que podem variar de acordo com o tipo de fundo e sua proposta em si.

Entre os produtos, os mais populares são: imóveis, títulos públicos, derivativos e outros. Quando colocado em prático, o fundo de investimentos funciona similar a uma cesta com vários produtos financeiros dentro.

Dependendo da característica e objetivo, esses ativos podem mudar. Quando uma pessoa investe em um fundo, compra parte dele, chama-se cota.

Explicando melhor, todas as pessoas pagam um valor por uma cota de fundo e recebem a mesma rentabilidade por cada uma. Logo, quanto mais cota um investidor tiver, mais lucro.

Assim como acontece com o preço das ações na Bolsa de Valores, o valor das cotas também pode variar constantemente. Isso acontece por vários motivos: desempenho dos ativos que estão dentro desse fundo, mudanças no cenário econômico e etc. Então, ainda é possível lucrar com venda de cotas, assim como é possível fazer no mercado acionário.

Como funcionam os fundos de investimento?

Esses fundos funcionam como uma comunhão de recursos de diversos investidores, que são chamados de cotistas. Do ponto de vista dos investidores, você compra cotas de participação do fundo e essas representam a sua participação no total daquele patrimônio.

Por esse motivo, a maioria deles tem um valor de entrada, que representa o valor da cota. Esse pode variar de acordo com o desempenho dos ativos em que investe.

O gestor, por sua vez, é o profissional ou equipe que se responsabiliza por tomar decisões de investimento com o dinheiro dos cotistas.

No cotidiano, ele escolhe onde fazer as aplicações e como diversificar a carteira, segundo a política do fundo, buscando maximizar os retornos dentro de um certo risco.

Desta forma, a rentabilidade do fundo, depois de descontadas as taxas de administração e performance, é distribuída entre os cotistas de maneira proporcional. Isso quer dizer que as costas se valorizam.

Leia também: Investimentos alternativos: o que são e quais são os tipos?

Qual a estrutura dos fundos de investimento?

1. Cotistas

Imagina um grupo de pessoas que decide juntar dinheiro para investir melhor. Cada uma entra com um valor e, em troca, recebe uma parte disso tudo, como se fossem pedaços do investimento, essas partes são as cotas.

Quem entra com mais dinheiro, fica com mais cotas, e assim por diante. Essas pessoas são os cotistas. Eles são donos do fundo, mesmo que não tomem as decisões do dia a dia.

O valor que eles ganham ou perdem vai depender de como os investimentos do fundo se comportam. Se o fundo for bem, o valor da cota sobe e eles lucram. Se for mal, a cota cai e o prejuízo é dividido entre todos.

Mesmo sem estar na linha de frente tomando decisões, os cotistas têm direito a informações, podem participar de votações importantes e, claro, esperam que o fundo traga bons resultados.

2. Administrador

Pensa no administrador como a pessoa que organiza toda a estrutura do fundo para que ele funcione direitinho. Ele não decide onde o dinheiro vai ser investido, mas garante que tudo esteja em ordem: documentos, regras, prestação de contas, contratação dos outros profissionais, tudo mesmo.

Ele é tipo o responsável legal do fundo. Se algo der errado do ponto de vista operacional ou burocrático, ele é quem precisa resolver.

É também ele quem conversa com os órgãos reguladores e se certifica de que tudo está dentro das normas. É um trabalho mais de bastidor, mas essencial, porque se essa parte não estiver funcionando, o fundo pode nem existir.

3. Gestor

Agora, o gestor é quem realmente coloca a mão na massa para decidir onde o dinheiro vai ser investido. Ele olha o mercado, acompanha as notícias, analisa oportunidades e riscos, e faz as escolhas. Ele precisa ter bastante conhecimento técnico e estar o tempo todo ligado no que está acontecendo no mundo.

É um trabalho que mistura muita análise com uma dose de sensibilidade de mercado. O desempenho do fundo, no fim das contas, depende muito da habilidade do gestor em tomar boas decisões.

E por isso, ele é remunerado por isso; geralmente recebe uma parte da taxa de administração e, se o fundo for muito bem, ainda ganha uma bonificação chamada taxa de performance.

4. Custodiante

O custodiante é um personagem discreto, mas super importante. Ele é quem garante que os ativos comprados pelo fundo estejam bem guardados e registrados em nome do fundo.

Sabe aquele ditado “o seguro morreu de velho”? Pois é, o custodiante é o cara da segurança. Ele cuida para que tudo esteja certinho, no nome certo, sem bagunça.

Além disso, ajuda a garantir que, quando o gestor compra ou vende alguma coisa, o dinheiro e os ativos sejam entregues corretamente. Ele não mexe nos investimentos, só registra, confere e guarda. É como um cartório com cofre: discreto, mas indispensável.

5. Auditor Independente

O auditor entra para dar aquela revisada final nos números e ver se está tudo certo mesmo. Ele não tem nenhuma ligação com o fundo ou com os outros participantes, justamente para ser neutro.

Seu papel é olhar os balanços, checar os registros contábeis e garantir que o que está sendo mostrado para os cotistas é de verdade. Se tiver algo estranho ou mal explicado, ele aponta.

Para quem investe, é um alívio saber que alguém de fora fez essa checagem, porque dá muito mais segurança e transparência. É como uma segunda opinião de confiança, sabe?

6. Distribuidor

O distribuidor é quem leva o fundo até você. Ele é aquele banco, corretora ou plataforma de investimentos onde você aplica seu dinheiro.

Quando você está navegando por fundos e escolhe um para aplicar, é ele quem está ali te apresentando as opções, mostrando os dados, os riscos, o histórico e tudo mais.

Além de vender as cotas, ele também te ajuda com informações, atendimento, relatórios, e tira dúvidas quando você precisa. Ele faz essa ponte entre o fundo e o investidor. Sem ele, a maioria das pessoas nem saberia que aquele fundo existe.

Leia também: Subvenção: o que é e como funciona nos investimentos?

Quais são tipos de fundos de investimento?

1. Fundos de Renda Fixa

Os fundos de renda fixa são a porta de entrada para muita gente no mundo dos investimentos. Eles funcionam de forma bem simples: o gestor pega o dinheiro dos investidores e aplica principalmente em títulos que têm uma rentabilidade mais previsível, como Tesouro Direto, CDBs de bancos, debêntures e outros papéis de renda fixa.

É como se você estivesse emprestando dinheiro para o governo ou para empresas, e ganhasse juros por isso. Esse tipo de fundo costuma ser mais conservador, com oscilações pequenas, ideal para quem busca segurança ou está começando a investir.

Não é aquele investimento para ficar rico da noite pro dia, mas é ótimo para preservar patrimônio, montar uma reserva de emergência ou simplesmente ficar tranquilo com seu dinheiro rendendo acima da poupança.

2. Fundos de Ações

Agora, se você está disposto a correr mais risco em troca de chances maiores de ganho, os fundos de ações entram como uma boa opção.

Aqui, o gestor do fundo escolhe empresas da bolsa pra investir, pode ser grandes nomes como Petrobras, Magazine Luiza ou até startups que estão crescendo.

Esses fundos podem variar bastante de um dia pro outro, então não são pra quem se desespera com oscilações. Mas, no longo prazo, podem trazer retornos bem interessantes.

É aquele tipo de investimento que exige paciência e uma certa coragem, mas que pode valer a pena com o tempo.

3. Fundos Multimercado

Pensa nesses fundos como uma mistura que o gestor monta com um pouco de tudo: ações, renda fixa, dólar, juros; depende do que ele acredita que vai trazer bons resultados.

É como dar ao gestor um leque de opções. Justamente por isso, o risco varia. Tem fundo multimercado mais calminho e tem uns bem agressivos.

É legal pra quem já tem alguma experiência e quer uma alternativa mais diversificada, sem precisar entender cada pedacinho da carteira.

4. Fundos Cambiais

Esses são os fundos que você procura quando está preocupado com o dólar. Eles investem em ativos atrelados a moedas estrangeiras, geralmente dólar, mas às vezes também euro.

Muita gente usa como uma espécie de “seguro” quando o real começa a balançar ou quando está de olho em viagem, intercâmbio, ou gastos futuros fora do país.

Não é um fundo que costuma trazer lucros constantes, mas serve muito bem pra proteger parte do seu patrimônio quando o câmbio resolve subir.

5. Fundos Imobiliários

Aqui é como se você estivesse investindo em imóveis, mas sem comprar um apartamento ou um prédio inteiro. Os fundos imobiliários reúnem o dinheiro de várias pessoas pra investir em grandes empreendimentos, como shoppings, hospitais, prédios comerciais, e até em papéis ligados ao mercado imobiliário.

E o melhor, boa parte deles paga uma renda mensal, que costuma vir dos aluguéis desses imóveis. É uma forma prática de investir no setor imobiliário com pouco dinheiro e sem dor de cabeça com inquilino, escritura ou reforma.

6. Fundos de Índice

Sabe quando você quer investir em ações, mas bate aquela dúvida sobre qual empresa escolher? Pois é, os fundos de índice surgem justamente pra facilitar essa vida.

Eles funcionam como um atalho bem inteligente. Em vez de comprar ação por ação, você compra uma única “cota” que já representa várias empresas de uma vez. É como se fosse um combo, tipo aqueles pratos prontos de restaurante, vem tudo junto.

Esses fundos seguem um índice, como o Ibovespa ou o S&P 500. Então, quando você investe num ETF que replica o Ibovespa, por exemplo, já está colocando seu dinheiro em gigantes como Petrobras, Vale, Itaú… tudo de uma vez.

E o melhor: é simples, costuma ter uma taxa bem baixinha, e você não precisa virar expert em bolsa pra diversificar sua carteira de forma inteligente.

7. Fundos Internacionais

Se você já pensou em investir fora do Brasil, mas achou tudo complicado demais. Os fundos internacionais resolvem isso pra você de forma muito mais prática. Com eles, você aplica aqui mesmo, em reais, e o gestor se encarrega de colocar esse dinheiro em empresas ou ativos no exterior.

Pode ser em ações de empresas que você conhece bem, como Apple, Google, Amazon, ou até em fundos e títulos que investem em países da Europa, Ásia, Estados Unidos e outros cantos do mundo.

É uma forma de expandir seus horizontes e colocar o pé em mercados muito maiores que o nosso. Além disso, tem uma vantagem estratégica: como o fundo está fora da realidade econômica brasileira, ele ajuda a equilibrar sua carteira quando o Brasil não está num bom momento.

8. Fundos de Crédito Privado

Agora, se a ideia é buscar uma rentabilidade mais gordinha, os fundos de crédito privado podem chamar sua atenção. Eles funcionam mais ou menos assim: o fundo empresta dinheiro para empresas, comprando papéis como debêntures, CRIs e outros títulos que essas empresas emitem para captar recursos.

Em troca, o fundo recebe juros, geralmente mais altos do que os de um título público. Parece ótimo, né? E pode ser mesmo, desde que você entenda um ponto importante. Esse tipo de fundo carrega um risco maior, porque se alguma dessas empresas tiver dificuldades financeiras, o pagamento pode atrasar ou nem acontecer.

Por isso, é um fundo que pede atenção, vale escolher bem o gestor e entender no que exatamente o fundo está investindo. Mas, feito com cuidado, pode ser uma bela forma de aumentar os ganhos da carteira.

Diferenças entre fundos de investimento abertos e fundos fechados

Os fundos abertos são os mais abertos mesmo, como o próprio nome diz. Você pode colocar seu dinheiro quando quiser e, se precisar, também pode sacar a qualquer momento.

É como se você tivesse a chave do cofre o tempo todo, dá pra entrar e sair com facilidade. O valor do seu investimento vai mudando todo dia, conforme o que o fundo vai rendendo, e você compra ou vende pelo preço do dia.

Por isso, esses fundos são muito bons pra quem quer ter essa liberdade, sem ficar preso ou sem saber quando vai poder pegar o dinheiro de volta.

Já os fundos fechados são um pouco diferentes. Eles vendem uma quantidade limitada de cotas no começo e, depois, não aceitam mais ninguém.

E, diferente dos fundos abertos, você não pode simplesmente pedir seu dinheiro de volta quando quiser. Normalmente, esses fundos têm um prazo pra terminar, e o resgate só acontece no final.

Isso porque eles investem em coisas que não são tão fáceis de vender rápido, tipo imóveis ou empresas. Então o dinheiro fica preso ali por um tempo. É uma boa escolha para quem sabe que pode deixar o investimento quietinho, pensando num objetivo lá na frente.

Quais são as taxas e impostos dos fundos de investimento?

1. Taxa de administração

A taxa de administração é como se fosse o custo para manter o fundo funcionando. Ela serve para pagar a equipe que cuida do seu dinheiro, como o gestor do fundo, os analistas e toda a estrutura por trás, desde a corretora até a plataforma.

Esse valor é cobrado de forma proporcional ao que você tem investido, todos os dias, mesmo que você não perceba diretamente.

O valor dessa taxa varia bastante: fundos mais simples, como os de renda fixa, costumam cobrar menos, algo em torno de 0,2% ao ano.

Já fundos mais complexos, com uma gestão mais ativa, podem cobrar 1%, 2% ou até mais. Parece pouco à primeira vista, mas no longo prazo isso pode afetar bastante a rentabilidade, então é sempre bom ficar de olho antes de investir.

2. Taxa de performance

A taxa de performance é uma espécie de prêmio que o gestor do fundo recebe quando consegue entregar um desempenho acima do esperado.

Funciona da seguinte forma: o fundo define uma “meta” de rentabilidade, como o CDI ou o Ibovespa, e, se o gestor conseguir superar essa meta, ele ganha um percentual do que excedeu esse resultado.

A taxa mais comum é de 20% sobre o que passou da meta. Isso pode ser bom, porque incentiva o gestor a buscar bons resultados.

Mas também exige atenção, porque nem todo fundo com taxa de performance entrega desempenho consistente. É importante avaliar se o fundo realmente tem um histórico de superar essa meta antes de aceitar pagar a mais por isso.

3. Imposto de Renda

O Imposto de Renda sobre fundos de investimento varia conforme o tipo de fundo. Nos fundos de renda fixa e multimercado, o imposto é cobrado de forma regressiva: quanto mais tempo o dinheiro fica aplicado, menor a alíquota.

Começa em 22,5% sobre os rendimentos para aplicações de até 180 dias, e vai caindo até chegar a 15% quando o investimento passa de dois anos.

Além disso, existe um mecanismo chamado “come-cotas”, que antecipa parte desse imposto a cada seis meses, em maio e novembro.

O governo retira uma pequena parte das suas cotas como forma de recolher esse imposto, mesmo que você não tenha sacado nada ainda.

Já nos fundos de ações, a regra é mais simples: o imposto é sempre de 15% sobre os lucros, e só é cobrado no momento do resgate, ou seja, não tem come-cotas. Isso pode ser uma vantagem para quem quer deixar o investimento crescer por mais tempo sem interferência.

4. Imposto sobre Operações Financeiras

O IOF só aparece quando você resgata o dinheiro do fundo muito cedo, como nos primeiros 30 dias após o investimento.

Esse imposto é regressivo! Ele começa bem alto, podendo chegar a até 96% do rendimento no primeiro dia, e vai diminuindo dia após dia até zerar no 30º dia. Ou seja, se você aplicar hoje e tirar o dinheiro em menos de um mês, pode acabar vendo quase todo o lucro ser levado pelo IOF.

Depois desse período, ele deixa de existir completamente. Por isso, o ideal é evitar resgatar o investimento logo no início, a não ser que seja uma emergência.

Qual a rentabilidade dos fundos de investimento?

A verdade é que a rentabilidade dos fundos de investimento não tem uma resposta única. Ela muda de acordo com o tipo de fundo, com o cenário econômico e com o tempo que você deixa o dinheiro aplicado.

E tá tudo bem isso variar, o importante é entender o que esperar de cada um.

Se você investe em fundos de renda fixa, provavelmente vai ver uma rentabilidade mais estável e tranquila. Eles seguem indicadores como a Selic ou o CDI, então costumam render bem em períodos de juros altos. São ideais pra quem prefere segurança e não quer muita surpresa.

Já os fundos de ações funcionam de outra forma. A rentabilidade deles pode variar bastante, porque depende da Bolsa, das empresas investidas e de como o mercado está se comportando.

Tem ano que o rendimento é ótimo, e outros em que pode até ficar negativo. Por isso, eles fazem mais sentido pra quem tem paciência e pensa no longo prazo.

Os fundos multimercado são um pouco mais versáteis. Eles podem investir em várias áreas ao mesmo tempo, como renda fixa, ações, dólar, entre outros, e isso permite buscar boas oportunidades. Mas, como eles assumem mais riscos, a rentabilidade também pode oscilar.

E tem os fundos imobiliários, que muita gente gosta porque, além de poderem valorizar com o tempo, costumam pagar uma rendinha mensal. É como se você estivesse ganhando aluguéis, mesmo sem ser dono de um imóvel.

No fim das contas, cada um tem seu papel e pode funcionar melhor ou pior dependendo do momento e do seu objetivo. O mais importante é entender onde você está colocando seu dinheiro e escolher o que conversa melhor com o seu perfil e com o que você espera.

Vantagens dos fundos de investimento

Existem algumas vantagens de investir em fundos. Uma delas é poder contar com uma gestão profissional especializada.

O gestor é quem tomará as decisões de investimento com base em alguns critérios e análises. Um investidor iniciante dificilmente teria condições de fazer isso sozinho.

Além disso, investir em fundos permite uma boa diversificação, mesmo que não haja muito dinheiro para investir. Isso porque o patrimônio do fundo costuma distribuir em vários ativos. Outro aspecto positivo do investimento é o acesso a ativos que não estariam disponíveis às pessoas de outra forma.

Imagine alguém que tenha R$ 500 por mês para fazer investimentos. Se essa pessoa investe em fundo de ações, ela conseguirá ter acesso a mais papeis do que se estivesse comprando cada ação individualmente.

Investir em fundos de investimento é seguro?

Fazer esse investimento é como em qualquer outra classe de ativos: envolve mais ou menos riscos, isso vai depender da expectativa de retorno. De acordo com os ativos que formam o fundo e a estratégia utilizada, o nível de risco acaba variando bastante.

Do ponto de vista administrativo, os fundos têm vantagem. Uma delas é o CNPJ próprio. Isso quer dizer que os recursos depositados pelos investidores são mantidos em uma estrutura apartada do gestor ou administrador.

Desta forma, se alguma instituição quebrar, o dinheiro está protegido.

Como escolher um fundo de investimento?

Escolher um fundo de investimento vai muito além de olhar qual rendeu mais nos últimos meses. O primeiro passo é entender o seu perfil: você se sente mais confortável com segurança e estabilidade, ou está disposto a correr mais riscos em troca de uma chance de retorno maior? Saber isso já ajuda muito a filtrar as opções.

Depois, pense no seu objetivo. Você quer deixar o dinheiro guardado por pouco tempo, como pra uma viagem ou reserva de emergência? Ou está pensando lá na frente, como uma aposentadoria ou um projeto de longo prazo?

Cada fundo serve a um propósito diferente. Os de renda fixa, por exemplo, costumam ser mais indicados para metas de curto e médio prazo, enquanto fundos de ações ou multimercado fazem mais sentido pra quem pode esperar e suportar as oscilações do mercado.

Outro ponto importante é entender como o fundo funciona. Vale olhar o histórico, mas mais do que isso, observar a consistência: como ele se comportou em diferentes momentos, qual é a estratégia do gestor, e claro, quais são as taxas cobradas.

Às vezes, uma taxa aparentemente pequena pode impactar bastante o seu retorno ao longo dos anos.

Por fim, evite escolher um fundo só porque está em alta ou porque alguém recomendou. O melhor fundo é aquele que conversa com o seu momento, seus objetivos e o que te faz investir com tranquilidade.

Passo a passo de como investir em fundos de investimento

1. Comece entendendo o seu porquê

Antes de qualquer investimento, pense no que você quer com esse dinheiro. É uma reserva de emergência? Uma viagem? Algo pro futuro? Ter um objetivo claro ajuda muito a escolher o fundo certo.

2. Descubra seu perfil de investidor

Você lida bem com risco ou prefere algo mais seguro? Essa resposta define se você é conservador, moderado ou arrojado e isso vai guiar a escolha do fundo. A maioria das corretoras oferece um teste simples pra te ajudar nisso.

3. Escolha uma corretora ou banco confiável

Você vai precisar de uma plataforma pra investir. Pode ser o banco onde você já tem conta, ou uma corretora com mais opções e taxas melhores. É só abrir a conta e transferir o valor que quer aplicar.

4. Pesquise os fundos disponíveis

Com o perfil em mãos, veja os fundos que combinam com você. Repare no tipo de fundo, no histórico de rentabilidade, nas taxas e no valor mínimo pra começar. Não precisa entender tudo de cara, o importante é ir explorando.

5. Invista com consciência

Escolha o fundo que faça sentido pro seu momento, e não só o que mais rendeu. Pode começar com pouco. O essencial é dar o primeiro passo com calma e propósito.

6. Acompanhe, mas sem pressa

Olhe de tempos em tempos, mas evite ansiedade com cada pequena oscilação. Investir é um processo. Com foco e paciência, os resultados aparecem no tempo certo.

Fontes: Nubank; XPI; GOV; Info Money; Santander

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