ENGIE Brasil Energia S.A

Informações atualizadas em 02/12/2022

Avaliação dos usuários

Empresa:
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Gestão:
  4,8 de 5
Ticker EGIE3
Fundador Fusão entre Gás de France (GDF) e Suez Energy
Presidente da empresa Eduardo Antonio Gori Sattamini
Alavancada? Sim
Registra lucro? Sim
Histórico de distribuição de dividendos

A Engie paga dividendos, consecutivamente, desde 2016. O payout mínimo da empresa é de 55% do lucro líquido ajustado. Acesse para conferir o histórico de pagamento de dividendos.

Prêmios 13º Prêmio Brasil Ambiental, da Câmara de Comércio Americana do Rio de Janeiro (Amcham Rio) / 24º Prêmio Expressão de Ecologia / Troféu Transparência, da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) / Índice de Sustentabilidade Empresarial da Bolsa de Valores (ISE, da B3) / Ranking Revista Institutional Investor / Malaria Champions of the Americas Award, da Pan-American Health Organization /
Participação do Estado 0%
Ano de fundação 1995
Ano do IPO 2005
Setor de atuação Utilidade Pública
Recuperação judicial? Não
Tamanho da empresa Blue Chip
Links úteis
  1. Prêmios e reconhecimentos da Engie
  2. RI da empresa
  3. Fundamentos Engie
Principais produtos

Dentre os principais produtos oferecidos pela Engie podemos citar: a Geração e Transmissão de energia elétrica.

A produção e comercialização de energia elétrica são realizadas por meio de estruturas, como hidrelétrica, eólica, termelétrica, fotovoltaica, dentre outros.

Além dos produtos, a empresa fornece prestação de serviços em:

  • Eficiência energética;
  • Monitoramento e gerenciamento de energia;
  • Gestão de contratos de fornecimento de eletricidade;
  • Iluminação pública;
  • Sistemas de HVAC (o termo em inglês pode ser traduzido em Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado);
  • Telecomunicação;
  • Segurança e mobilidade urbana.

O que a empresa faz?

A Engie Brasil Energias S.A é a maior empresa privada de fornecimento de energia elétrica do Brasil. De olho no ranking das maiores do segmento nacional, no setor elétrico, é possível notar que a companhia só perde para a estatal Eletrobrás.

A Engie está no país há mais de 20 anos. Além disso, faz parte do grupo internacional Engie Energy International, cotado nas bolsas de Paris e Bruxelas sob o código ENGI.

No Brasil, a companhia trabalha na produção e transmissão de energia elétrica com base em aparatos de qualidade e conhecimento reconhecido globalmente.

ENGIE Brasil Energia S.A - EGIE3

Setores de atuação da Engie (EGIE3)

Ao analisarmos o setor elétrico na bolsa de valores, é possível constatar que o funcionamento é pautado em um pilar composto por 3 segmentos, sendo eles:

  1. Geração;
  2. Transmissão;
  3. Distribuição de energia;

Em termos gerais, o grupo Engie fornece no Brasil produtos e serviços nas duas primeiras áreas, gerando e transmitindo energia elétrica por meio de uma estrutura colossal.

Para facilitar o entendimento, separamos pra você a estrutura da Engie divida em Geração e Transmissão, além de listar os produtos e serviços que a empresa oferece.

ENGIE Brasil Energia S.A - EGIE3

Geração de Energia na Engie (EGIE3)

Sua estrutura total é composta por 60 usinas em operação e 1 em construção. Juntas, as usinas somam 6,3% do Market Share nacional e da capacidade de geração de energia elétrica no BR.

São mais 2.300 colaboradores brasileiros trabalhando na geração de energia através de usinas hidrelétricas, eólicas, solares, biomassa, termelétrica e, recentemente, no mercado de gás natural.

Dentre as 60 usinas que fazem parte do corpo energético da Engie, 90% delas utilizam energia renovável. A estrutura de geração de energia está dividida da seguinte forma:

  • 11 usinas hidrelétricas;
  • 4 termelétricas;
  • 45 complementares (sendo 3 de biomassa, 38 eólicas, 2 solares e 2 pequenas centrais hidrelétricas);

Do somatório total de instalações, levando em conta a capacidade produtiva em porcentagem, a geração de energia hidrelétrica corresponde a 73%. As demais, de maior relevância, são divididas em 14% de termelétricas e, os 13% restantes, se concentram nas complementares.

Serviços oferecidos pela Engie (EGIE3) no Brasil

energia eólica

Além da produção e transmissão de energia, a Engie atua nas vertentes de comercialização de energia no chamado Mercado Livre. Os serviços fornecidos pela empresa neste segmento são:

  • Eficiência energética;
  • Monitoramento e gerenciamento de energia;
  • Gestão de contratos de fornecimento de eletricidade;
  • Iluminação pública;
  • Sistemas de HVAC (o termo em inglês pode ser traduzido em Aquecimento, Ventilação e Ar Condicionado);
  • Telecomunicação;
  • Segurança e mobilidade urbana;

Transmissão de energia na Engie (EGIE3)

imagem de uma torre de tranmissão de energia da Engie

A título de conhecimento, transmissão de energia é o meio pelo qual a energia elétrica sai das usinas e é transportado para os grandes centros distribuidores – aqueles que levam a energia até a sua casa.

No quesito transmissão, a Engie é dona de 5% do Market Share nacional. Em linhas gerais, o cenário de transmissão de energia no Brasil é extremamente diversificado, o que abre brecha para a companhia aumentar sua participação.

Neste sentido, as ambições da empresa são focadas em incrementar sua parcela de mercado através de leilões que são realizados pelo MME (Ministério de Minas e Energia).

Além disso, para aumentar a sua competitividade, a Engie adquiriu o controle acionário na TAG (Transportadora Associada de Gás) S.A, diversificando o fornecimento de gás natural, além da distribuição.

A estrutura de transmissão integrada que compõem a TAG conta com 4.500 km de extensão em malhas de distribuição, que atravessam 10 Estados e 194 municípios.


Breve história da empresa

O cenário por trás da origem da Engie está relacionado à criação da Nacional Energética pelo Banco Nacional, em 1994. Na época, a criação da empresa estava atrelada à conclusão das obras da Usina Serra da Mesa, no Rio Tocantins, que só foi possível através da parceria com outra empresa, a chamada Furnas, em 1995.

De olho na expansão do cenário de energias brasileiro, a companhia belga Tractebel veio para o Brasil. Através de uma das ramificações da empresa, a Tractebel Energy and Gás International chegou, em 1995, para constituir parcerias e aproveitar o cenário ativo e promissor.

O primeiro escritório no Brasil

sede da Engie (EGIE3)

Um ano após se estabelecer no país, a Tractebel abriu sua primeira sede brasileira, no Rio de Janeiro, em 1996. Depois de se instituir no Brasil, a companhia estrangeira criou a sua primeira marca oficialmente brasileira, a Tractebel Brasil Limitada, em 1997.

Apesar de visar o cenário expansivo, a empresa recusou o financiamento brasileiro concedido pelo BNDES e injetou pesados 801,5 milhões de dólares para crescer e se tornar mais competitiva.

Criando raízes através de aquisições

Com os investimentos internacionais, a Tractebel Brasil Ltda garantiu a concessão da Usina Hidrelétrica de Cana Brava no Rio Tocantins, em 1998. No mesmo ano, a empresa fez a aquisição da companhia estatal Gerasul.

A Gerasul teve origem na cisão dos ativos de geração e transmissão da Eletrobrás e, com o salto, a Tractebel garantiu duas novas usinas em construção (Itá e Machadinho).

O momento é tido, para muitos, como o início do formato que conhecemos como Engie, pois, com a aquisição da Gerasul, a companhia começou a contar com uma capacidade de geração futura de 3.719 MW.

Engie início como tractebel

Após a aquisição de duas obras em andamento, a Tractebel Brasil Ltda investiu no sentido de concluir a inacabada Usina Hidrelétrica Itá, que havia entrado em atuação alguns anos depois.

O procedimento foi bem sucedido e as obras terminam no ano 2000, garantindo uma capacidade geradora de 1.450 MW para a empresa. No mesmo ano, a Tractebel Ltda assinou seu primeiro contrato de livre transmissão para um consumidor livre através de uma venda direta.

Um apagão benéfico

O crescimento da empresa ficou ainda mais evidente no chamado “blackout”, que ocorreu no ano de 2001, por déficit de linhas de transmissão no país.

O Governo Federal decretou o racionamento de energia, o que possibilitou a empresa de aproveitar a deixa e colocar em uso a recém-adquirida Usina Termelétrica William Arjona (MS).

Neste sentido, a empresa começou a diversificar nos meios de obtenção de energia, incrementando 190 MW à capacidade produtiva da Tractebel.

Conquistando espaço no cenário nacional

Engie (EGIE3), a gigante do setor elétrico. Explorando empresas da Bolsa

Em 2002, a companhia cresceu bastante, principalmente por conta da necessidade brasileira por novas fontes de energia e linhas de transmissão. Ainda em 2002, o setor elétrico é marcado vários leilões promovidos naquele ano.

Dentre os diversos leilões, a Tractebel saiu vencedora, na Hidrelétrica Estreito, no Tocantins, com uma capacidade de 1.087 MW.

O ano também foi marcante para companhia por conta consolidação da Usina Hidrelétrica Cana Brava. Também foram iniciados os trabalhos da Usina Hidrelétrica de Machadinho, que a empresa havia herdado da Gerasul.

Com a companhia já estava estabelecida, robusta e confiante, a empresa promoveu o primeiro leilão de venda de energia elétrica no país, também, 2002.

Se tornando mais consciente e reconhecida

paineis engie

Um ano após o leilão, em 2003 a empresa entrou para a lista de Mecanismo de Desenvolvimento Limpo da ONU. Em seguida, em 2004, iniciou no mercado de livre fornecimento de energia. Os contratos somavam uma demanda média de 700 MW e, com o reconhecimento, a empresa ganhou dois certificados de renome, ISO 9001 e 14001.

O crescimento da Tractebel era evidente, os contratos haviam alcançado um fornecimento médio de 1.000 MW e, em 2005, a empresa abriu seu capital na Bolsa de Valores brasileira. Com o dinheiro do IPO, em 2007, a empresa adquiriu a Ponte de Pedra S.A, adicionando mais uma hidrelétrica pra sua capacidade produtiva.

Já em 2008, a Tractebel International passou a se chamar SUEZ e se fundiu com a estatal francesa Gaz de France, formando o grupo GDF SUEZ. Naquele mesmo ano, a companhia iniciou as obras da Usina Termelétrica Ibitiúva, entrando no segmento de biomassa.

Se tornando Engie

Engie (EGIE3), a gigante do setor elétrico. Explorando empresas da Bolsa

Com a entrada da inglesa International Power, a GDF SUEZ, em 2016, começou a adotar uma marca forte. O processo acarretou em um rebranding, transformando nossa queridinha na Engie Brasil Energias  S.A.

Em seguida, a Engie Brasil começou a diversificar no segmento eólico e entrou no mercado fotovoltaico. Com isso, o TBLE3 virou EGIE3, consolidando o nome já existente internacionalmente no Brasil.

A instalação no mercado fotovoltaico aconteceu ainda no mesmo ano, com a entrada na Engie no nicho de Geração Fotovoltaica Distribuída. Além disso, em 2017, a empresa entrou no chamado Varejo de Energia, aumentando consistentemente seus lucros.

A partir disso, a Engie iniciou, paralelamente, sua entrada no segmento de linhas de transmissão, com a aquisição de 1.000 KM de linhas no Paraná, por meio da arrematação do lote um do leilão de transmissão nº de 2017 realizado pela Aneel.

Caminhando em direção ao futuro

Engie (EGIE3), hidrelétrica

O crescimento da Engie que conhecemos não para por aqui. Recentemente, em 2018, a empresa fez a aquisição da GV Energy, considerada líder no mercado de gestão de energias e gás.

Assim, através da aquisição da ACS ainda em 2018, a Engie carimbou o passaporte no nicho de monitoramento de energia. O ano de 2018 foi de diversas aquisições e a companhia conseguiu, também, a Sadenco – líder no segmento de iluminação pública.

Engie energia eólica

No ano passado, foi dado mais um grande passo no processo expansivo da companhia, que fez o dever de casa ao se estabelecer no mercado de gás através da aquisição da TAG (na qual falamos pra você no começo deste artigo).

Agora, mais do que nunca, a Engie crava a palavra diversificação no fornecimento de energia, oferecendo serviços em setores como:

  • fotovoltaica;
  • gás;
  • eólica;
  • hidrelétrica;
  • biomassa
  • termelétrica.

Diretoria

Diretoria Executiva :

Eduardo Antonio Gori Sattamini (Diretor Presidente e de RI)

Marcelo Cardoso Malta (Diretor Financeiro)

Marcos Keller Amboni (Diretor de Regulação e Mercado)

Júlio César Lunardi (Diretor Administrativo)

Gabriel Mann dos Santos (Diretor de Comercialização de Energia)


Conselho administrativo

Conselho de administração :

Maurício Stolle Bähr (Presidente do Conselho de Administração)

Manoel Arlindo Zaroni Torres (vice presidente)

Karin Koogan Breitman

Roberto Henrique Tejada Vencato

Luiz Antônio Barbosa

José Pais Rangel

Raquel da Fonseca Cantarino

Paulo Jorge Tavares Almirante

Raphael Vincent Philippe Barreau

Pierre Jean Bernard Guiollot

Simone Cristina de Paola Barbieri

Dirk Achiel Marc Beeuwsaert

Gil de Methodio Maranhão Neto

Paulo de Resende Salgado

Antonio Alberto Gouvêa Vieira

Gustavo Henrique Labanca Novo

Leonardo Augusto Serpa


Principais concorrentes

AES Tietê (TIET11)

Afluente Transmissão de Energia (AFLT3)

Alupar (ALUP11)

Cemig (CMIG4)

CPFL Energia (CPFL3)

Eletrobras (ELET6)

Equatorial (EQTL3)

Eneva (ENEV3)

Empresa Metropolitana de Águas e Energia (EMAE4)

Elektro (EKTR4)

Energisa (ENGI11)

Engie (EGIE3)

Light (LIGT3)

Neoenergia (NEOE3)

Renova Energia (RNEW11)

Taesa (TAEE11)

Transmissão Paulista (TRPL4)


Perspectiva para o futuro

Para o futuro, a Engie Energias Brasil S.A promete grandes realizações. De maneira geral, a empresa conta com uma estrutura colossal, além de um perfil agressivo na aquisição de novos negócios.

A capacidade produtiva da empresa – que já é enorme – deve aumentar ainda mais. Pensando, além disso, no quesito transmissão de energia, a Engie possui um amplo mercado à sua frente.

Por ser uma companhia 100% privada por natureza, as atividades da Engie estão menos atreladas à questões governamentais. Isto garante  maior flexibilidade, além de maior autonomia em questões inerentes ao negócio em si.


Composição acionária

EGIE3 Acionista Percentual
1 ENGIE Brasil Participações Ltda. 68,71%
2 Banco Clássico S.A 9,86%
3 Free Float 21,43%