Banco de Compensações Internacionais (BIS): o que é, funções

O Banco De Compensações Internacionais, ou BIS, comumente conhecido, é o ponto de encontro dos Bancos Centrais do mundo. É lá que são tomadas as decisões que fazem a economia girar. Confira.

23 de outubro de 2025 - por Diogo Silva


O Banco de Compensações Internacionais, ou BIS é um espaço de cooperação entre os bancos centrais, criado para ajudar os países a lidarem com desafios econômicos de forma conjunta.

Ele trabalha nos bastidores, orientando decisões importantes, fortalecendo o sistema financeiro e ajudando a criar regras que protegem todo o mundo. Mesmo que a gente não perceba, seu trabalho faz diferença na vida de todos. Confira a seguir.

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O que é o Banco de Compensações Internacionais (BIS)?

O Banco de Compensações Internacionais, conhecido como BIS, é como um ponto de encontro dos bancos centrais do mundo todo. Ele foi criado em 1930, na Suíça, para aproximar países e ajudar a manter a economia global mais estável e segura.

O BIS não atende pessoas ou empresas. Seu trabalho é nos bastidores, promovendo diálogo, troca de ideias e cooperação entre os principais responsáveis pelas finanças mundiais. É uma instituição discreta, mas fundamental para que o sistema financeiro internacional funcione de forma harmoniosa.

Quais os objetivos do Banco de Compensações Internacionais (BIS)?

O BIS tem como missão aproximar os bancos centrais do mundo e ajudar a manter a economia global em equilíbrio. Ele funciona como um ponto de encontro onde líderes e especialistas trocam ideias, compartilham aprendizados e buscam juntos maneiras de deixar o sistema financeiro mais estável e seguro para todos.

De forma simples, ele age como um guardião silencioso da economia mundial. Ele pesquisa, orienta e apoia decisões que evitam crises e fortalecem a confiança entre os países. É um trabalho de bastidor, mas essencial para que o dinheiro circule com segurança e o mundo financeiro continue funcionando de maneira mais justa e previsível.

Quais são as funções do Banco de Compensações Internacionais (BIS)?

Ele existe para que essas instituições conversem, troquem experiências e encontrem juntas maneiras de manter a economia global estável e segura. Em vez de agir sozinho, cada país conta com esse espaço de cooperação, onde se busca harmonia nas decisões que afetam o dinheiro e o bem-estar das pessoas.

Além disso, o BIS ajuda os bancos centrais em tarefas importantes, como cuidar de reservas internacionais e realizar operações entre países. Ele também acompanha de perto o que está acontecendo na economia, identifica sinais de risco e propõe caminhos para evitar crises.

No fundo, o BIS é aquele parceiro silencioso que trabalha por trás das cortinas, garantindo que o sistema financeiro siga funcionando de forma equilibrada, para que a vida das pessoas não seja impactada por instabilidades que poderiam ser evitadas.

Membros do BIS

1. Bancos Centrais dos Países-Membros

O BIS é formado, principalmente, pelos bancos centrais de vários países ao redor do mundo; mais de 60 atualmente. Eles são os grandes protagonistas dessa organização. São essas instituições que definem políticas monetárias, controlam a inflação e garantem o bom funcionamento do dinheiro dentro de seus países.

No BIS, eles se reúnem para trocar experiências e buscar soluções conjuntas para desafios globais, como crises financeiras e flutuações econômicas.

2. Banco Central Europeu

O BCE representa os países que usam o euro como moeda. Dentro do BIS, ele tem um papel de destaque, pois fala em nome de uma das maiores economias do mundo. O BCE ajuda a discutir temas como estabilidade financeira, taxas de juros e políticas monetárias que afetam não apenas a Europa, mas também o restante do planeta.

3. Federal Reserve

O Fed é o banco central dos Estados Unidos e um dos membros mais influentes do BIS. Sua voz tem grande peso nas decisões e debates sobre economia global, já que o dólar é a principal moeda de referência mundial.

O Fed participa das reuniões do BIS para compartilhar experiências e alinhar políticas que possam ajudar a evitar crises internacionais.

4. Banco da Inglaterra

O Banco da Inglaterra, um dos mais antigos do mundo, também tem papel importante no BIS. Ele contribui com sua longa experiência em políticas financeiras e monetárias, ajudando a discutir temas como estabilidade bancária, inovação financeira e o futuro das moedas digitais.

5. Banco do Japão

O Banco do Japão traz uma perspectiva asiática muito relevante. Ele compartilha sua experiência em lidar com deflação, envelhecimento populacional e inovação tecnológica; temas que inspiram outros países. No BIS, ele ajuda a construir pontes entre as economias do Ocidente e do Oriente.

6. Banco Central do Brasil

O Banco Central do Brasil representa a América Latina dentro do BIS. Ele leva para as discussões a visão de economias emergentes, que enfrentam desafios diferentes dos países mais ricos, como inflação, desigualdade e volatilidade cambial. A participação do Brasil é fundamental para que as decisões do BIS considerem realidades diversas.

7. Banco do Canadá

O Banco do Canadá colabora trazendo sua experiência em estabilidade econômica e em sistemas financeiros modernos e inclusivos. Ele costuma participar ativamente das conversas sobre regulação bancária e inovação digital, ajudando a moldar um sistema financeiro mais seguro e acessível.

8. Banco Nacional da Suíça

Sediado em Basileia, na Suíça, o BIS tem o Banco Nacional Suíço como um anfitrião natural. A Suíça é reconhecida por sua neutralidade e estabilidade financeira, o que faz dela o lugar ideal para sediar uma instituição que busca unir diferentes economias em torno de um mesmo propósito: a segurança financeira global.

9. Outros Bancos Centrais Parceiros

Além dos grandes nomes, o BIS também reúne bancos centrais de países menores ou em desenvolvimento, como Chile, África do Sul, Índia, Coreia do Sul, México e Turquia. Cada um traz sua realidade e seus aprendizados, enriquecendo o diálogo global. Essa diversidade é o que faz o BIS tão especial: ele une diferentes visões em torno de um mesmo objetivo, um sistema financeiro mais estável e justo.

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Estrutura do BIS

Dentro do BIS, existe o Conselho de Administração, que é como um grupo de líderes que supervisiona tudo e ajuda a traçar estratégias. Já a Direção-Geral cuida do dia a dia: organiza reuniões, transforma ideias em ações concretas e coordena pesquisas sobre economia e finanças.

Além disso, há comitês e grupos de trabalho, onde especialistas de várias partes do mundo estudam temas como política monetária, regulação bancária e inovações no sistema financeiro.

O banco funciona como uma grande rede de cooperação. Cada parte tem seu papel, mas todas trabalham juntas para que o dinheiro no mundo circule com mais segurança e equilíbrio. É um trabalho discreto, feito nos bastidores, mas que acaba impactando a vida de todo mundo, mesmo sem a gente perceber.

Como funciona o Banco de Compensações Internacionais (BIS)?

Como já falamos antes, o BIS é como um grande ponto de encontro para os bancos centrais do mundo. Mas, ao contrário de um banco comum, ele não atende pessoas; ele ajuda os próprios bancos a conversarem, trocarem experiências e encontrarem soluções juntos para manter a economia global mais estável.

O BIS também é um observador atento do futuro. Ele estuda tendências, acompanha novas tecnologias e identifica possíveis riscos antes que se tornem problemas.

E o mais legal é que ele não trabalha só com os países grandes, como também dá espaço para economias menores contarem suas histórias e aprenderem com as experiências dos outros.

É como aquele amigo experiente que atua nos bastidores, silencioso, mas essencial. Ele garante que o dinheiro do mundo circule de forma mais segura e equilibrada, ajudando a proteger a economia e a vida das pessoas, mesmo que a gente nem perceba.

Benefícios do Banco de Compensações Internacionais (BIS)

O Banco não aparece nas notícias do dia a dia, mas está sempre ali, ajudando os bancos centrais do mundo a se encontrarem, trocarem ideias e descobrirem juntos maneiras de manter a economia mais estável e segura.

Como já falamos, é um espaço onde os países aprendem uns com os outros, dividem experiências, acertam e erram juntos e, com isso, tornam o sistema financeiro mais forte.

O BIS também é meio que um ótimo analista do futuro. Ele acompanha novidades, como novas tecnologias, sistemas de pagamento e até moedas digitais, ajudando os bancos a se prepararem antes que problemas apareçam.

O trabalho dele pode ser silencioso, mas é essencial, pois garante que o dinheiro circule com segurança, evita crises e mantém a economia do mundo equilibrada e isso acaba impactando a vida de todo mundo, mesmo que a gente nem perceba.

Desafios do Banco de Compensações Internacionais (BIS)

O Banco de Compensações Internacionais enfrenta desafios que mostram como seu trabalho é delicado e importante. Um deles é ajudar países com economias bem diferentes a se entenderem e tomarem decisões juntos, algo que nem sempre é fácil.

Outro desafio é acompanhar de perto as mudanças rápidas do mundo financeiro, como novas tecnologias, pagamentos instantâneos e até moedas digitais, ajudando os bancos centrais a se prepararem sem colocar a estabilidade em risco.

E, claro, ele também precisa lidar com crises inesperadas, sendo um ponto de apoio para que os países consigam agir com segurança e confiança.

Atua nos bastidores, enfrentando desafios complexos, mas garantindo que a economia global siga mais equilibrada, segura e confiável, mesmo que a maioria das pessoas nem perceba seu trabalho.

Banco de Compensações Internacionais (BIS) e Acordos de Basileia

Basileia I

O primeiro acordo, implementado no final dos anos 1980, estabeleceu regras básicas de capital mínimo que os bancos precisavam ter para se proteger contra empréstimos que poderiam dar errado. Foi o início de uma tentativa de colocar limites claros e mais segurança no sistema financeiro.

Basileia II

Essa versão, lançada nos anos 2000, trouxe uma abordagem mais completa. Não só definiu regras de capital, mas também pediu aos bancos que melhorassem a gestão de riscos e a transparência. É como se o BIS tivesse dito que não basta ter dinheiro guardado, é preciso saber exatamente como usá-lo e estar preparado para diferentes situações.

Basileia III

Após a crise financeira de 2008, o BIS ajudou a criar o Basileia III, que reforçou ainda mais os padrões de capital e trouxe regras sobre liquidez e resiliência dos bancos. A ideia é garantir que os bancos tenham reservas suficientes para enfrentar momentos de turbulência e evitar que uma crise local se transforme em problema global.

BIS e o Brasil

O Banco de Compensações Internacionais pode parecer distante, mas na prática ele tem um papel importante para o Brasil.

O BIS também ajuda o Brasil a se preparar para desafios que vão além das nossas fronteiras, como crises financeiras, mudanças nos mercados internacionais e novas tecnologias no sistema bancário. Ele fornece estudos, análises e orientações que dão mais segurança às decisões do Banco Central.

Participar do BIS significa que o Brasil está conectado ao resto do mundo, aprendendo, colaborando e garantindo que a economia funcione de forma mais equilibrada. Tudo isso impactando a vida das pessoas, mesmo que a gente nem perceba.

Importância do Banco de Compensações Internacionais (BIS)

Já falamos e vale lembrar que o Bis não aparece nas manchetes, mas está sempre atuando nos bastidores, reunindo bancos centrais para trocar experiências, aprender com erros e acertos e encontrar soluções antes que problemas se tornem crises.

Ele ainda cria um espaço de confiança entre países grandes e pequenos, permitindo que todos possam se ouvir, aprender e colaborar. O banco também acompanha de perto tendências e inovações, como pagamentos digitais e novas formas de moeda, ajudando os bancos centrais a se prepararem para o futuro.

História do BIS

O BIS nasceu em 1930, em Basileia, na Suíça, em um momento complicado da história. Os países ainda tentavam se recuperar da Primeira Guerra Mundial e precisavam de um jeito de organizar o pagamento das dívidas entre eles.

Foi assim que surgiu o BIS, um lugar criado para que os bancos centrais pudessem se apoiar, conversar e encontrar soluções juntos, quase como um grupo de amigos de confiança cuidando da economia do mundo.

Com o passar do tempo, o BIS foi se tornando muito mais do que isso. Hoje, ele é um ponto de encontro global, onde líderes de diferentes países se reúnem para trocar experiências, dividir desafios e pensar juntos em como manter a economia mais estável.

Ele já passou por guerras, crises e momentos de grande turbulência financeira, mas sempre se manteve firme, ajudando os bancos centrais a aprender com os erros, tomar decisões mais seguras e criar regras que fortalecem todo o sistema financeiro.

Fontes: BCB; Abrão Filho; Investidor 10;

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