Café arábica recua 4% na ICE com preocupação de demanda; açúcar também cai

29 de novembro de 2021, por Reuters

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NOVA YORK/LONDRES (Reuters) – Os futuros do café arábica na ICE fecharam em queda de 4% nesta segunda-feira, já que as preocupações com a demanda futura após a nova variante da Covid levaram os fundos a reduzir a exposição às commodities softs, puxando o açúcar para baixo também.

CAFÉ

* O café arábica para março caiu 4% para 2,33 dólares por libra-peso. O mercado havia subido para uma máxima de 2,4820 dólares em 10 anos na semana passada.

* Operadores disseram que uma retração nos preços era esperada após o forte avanço recente do mercado, e temores em relação à demanda futura, conforme os pesquisadores avaliam os possíveis impactos da nova variante da Covid, proporcionando o gatilho para a liquidação do fundo.

* Os preços permanecem sustentados, no entanto, pelo estreitamento da oferta após atrasos nos embarques do Brasil, causados em parte pela falta de capacidade de transporte de contêineres.

* O café robusta para janeiro caiu 2,1% para 2.258 dólares a tonelada.

* As exportações de café do Vietnã nos primeiros 11 meses deste ano devem mostrar uma queda de 4,4% em relação ao ano anterior, para 1,36 milhão de toneladas.

AÇÚCAR

* O açúcar bruto para março fechou em queda de 0,9% a 19,19 centavos de dólar por libra-peso com preços abaixo da máxima de quatro anos e meio de 20,69 centavos de dólar atingida no início deste mês.

* Operadores disseram que ainda há preocupações significativas de que a nova variante do coronavírus ômicron possa levar a uma desaceleração econômica global e reduzir a demanda por açúcar.

* “O açúcar não estava imune à queda no petróleo ou à fuga para a segurança e saída dos especuladores”, disse um corretor dos Estados Unidos.

* Os preços do petróleo se recuperaram um pouco nesta segunda-feira, mas perderam muito no final da semana passada. Os preços mais fracos da energia podem impulsionar a produção de açúcar no Brasil, um dos maiores produtores.

* O açúcar branco para março caiu 0,7% para 497,70 dólares a tonelada.

(Reportagem de Marcelo Teixeira e Nigel Hunt)

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