25 de outubro de 2022 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)

É normal ficar empolgado com a ideia de investir, principalmente quando se está começando. No entanto, diversos investidores ficam perdidos, sem saber por onde começar. Isso atrapalha e pode fazer tomar decisões erradas. É preciso entender bem sobre como montar uma carteira de investimentos antes de apostar o dinheiro em um futuro.
E foi pensando nisso que decidimos trazer esse artigo explicando melhor sobre o assunto e ensinando como montar a sua. Confira o passo a passo a seguir.
O que é carteira de investimentos?
Uma carteira de investimentos é, de forma simples e prática, o conjunto de escolhas que uma pessoa faz ao aplicar seu dinheiro pensando no futuro.
É como montar um plano financeiro pessoal, onde você distribui seus recursos entre diferentes tipos de investimentos, sendo alguns mais seguros, outros com mais chance de retorno, mas também com mais risco. Essa organização ajuda a proteger o que você já conquistou e, ao mesmo tempo, dá espaço para o dinheiro crescer.
Assim como a gente não coloca todos os ovos na mesma cesta, a carteira busca equilibrar os investimentos para que, mesmo se um deles não for tão bem, os outros possam compensar.
A composição da carteira vai depender muito do momento de vida, dos sonhos que a pessoa tem e de como ela lida com riscos.
No fim das contas, é uma forma de cuidar do dinheiro com intenção e responsabilidade, para que ele trabalhe a seu favor ao longo do tempo.
Leia também: 3 passos para aumentar a sua RENTABILIDADE e tirar a sua carteira do vermelho
Passo a passo de como montar uma carteira de investimentos
1. Entenda seu perfil de investidor
Antes de qualquer coisa, é importante você se conhecer como investidor. Isso significa entender o quanto você está disposto a correr riscos com seu dinheiro. Você é mais conservador, que prefere segurança e não quer grandes oscilações?
Ou é mais arrojado, que aceita mais riscos em busca de ganhos maiores? Saber isso ajuda a escolher os investimentos que fazem mais sentido para você e para o seu jeito de lidar com dinheiro.
2. Defina seus objetivos financeiros
Agora, pense no que você quer conquistar com esse dinheiro. Pode ser uma viagem, a aposentadoria, a entrada da casa própria, a educação dos filhos, ou até uma reserva para emergências.
Cada objetivo tem um prazo diferente e isso vai influenciar na escolha dos investimentos. Quanto mais tempo você tiver, mais pode arriscar, porque dá para esperar o mercado se recuperar em momentos de queda.
3. Separe uma reserva de emergência
A princípio, é fundamental ter uma reserva de emergência. Essa reserva é um dinheiro guardado para situações inesperadas, como um problema de saúde ou perda de emprego.
Ela deve ser fácil de resgatar e estar em investimentos mais seguros e líquidos, para você ter tranquilidade sem precisar mexer nos outros investimentos.
4. Diversifique seus investimentos
Vamos dar uma dica muito importante! Não coloque todo seu dinheiro em um único tipo de investimento. A ideia é dividir entre várias opções para diminuir os riscos e aumentar as chances de bons resultados.
Por exemplo, parte pode estar em renda fixa, outra parte em renda variável, e até um pouquinho em investimentos internacionais ou alternativos. Essa mistura ajuda a proteger seu dinheiro das oscilações do mercado.
5. Escolha os investimentos certos para você
Com seu perfil, objetivos e diversificação em mente, pesquise e escolha os produtos que se encaixam melhor. Não precisa entender tudo de uma vez, mas vá aprendendo aos poucos.
Muitas plataformas e bancos oferecem simuladores e orientações que facilitam essa escolha. Se preferir, pode contar com ajuda de um assessor financeiro para te guiar.
6. Acompanhe e ajuste sua carteira
Montar a carteira não é algo que se faz uma única vez e pronto. O mercado muda, seus objetivos mudam, e seu perfil pode mudar também.
Por isso, é importante olhar para a carteira de vez em quando. Pode ser a cada seis meses ou um ano. Isso serve para ver se está tudo alinhado com o que você quer e precisa. Se precisar, faça ajustes para manter o equilíbrio entre risco e segurança.
Como gerenciar a carteira de investimentos?
1. Acompanhe seu desempenho com regularidade
Você não precisa olhar todo dia, mas vale a pena reservar um momento por mês ou a cada trimestre para ver como seus investimentos estão indo.
Compare o rendimento com seus objetivos e veja se tudo está caminhando bem. Às vezes, só de olhar com calma, você já entende o que está funcionando e o que pode ser melhorado.
Leia também: O erro básico que destrói a carteira dos investidores
2. Reavalie seus objetivos de tempos em tempos
A vida muda, e seus planos também. Talvez você tenha começado investindo para comprar um carro, mas agora está pensando na aposentadoria.
Sempre que seus objetivos mudarem, ou o prazo deles, vale a pena ajustar sua carteira para que ela continue fazendo sentido com o que você quer hoje.
3. Rebalanceie sua carteira periodicamente
Com o tempo, alguns investimentos vão crescer mais do que outros e a proporção da sua carteira pode se desequilibrar.
O que era 50% em renda fixa e 50% em ações pode virar 70% e 30%, por exemplo. O rebalanceamento é como arrumar a casa. Você vende um pouco de onde sobrou e compra onde está faltando, para manter o equilíbrio entre risco e segurança.
4. Atenção aos custos e taxas
Fique de olho nas taxas de administração, corretagem, ou qualquer outro custo que possa estar comendo seus rendimentos.
Às vezes, trocar um investimento por outro mais eficiente já ajuda sua carteira a render mais, sem precisar de grandes mudanças.
5. Diversifique de acordo com o momento atual
A diversificação não é algo fixo. O que funcionava no ano passado pode não fazer tanto sentido agora. Avalie se faz sentido incluir novos tipos de ativos ou mudar a distribuição.
Por exemplo, se os juros subiram, talvez renda fixa volte a ser mais atraente. Manter-se informado ajuda a ajustar sua estratégia com consciência.
6. Não reaja por impulso às notícias do mercado
O mercado sobe e desce, e isso é normal. Em momentos de queda, a tentação de vender tudo pode ser grande, mas decisões por impulso costumam causar prejuízo.
Gerenciar bem a carteira envolve ter paciência e lembrar por que você escolheu cada investimento. Se estiver tudo dentro do seu planejamento, o melhor é manter a calma e seguir o plano.
7. Continue aprendendo
Você não precisa ser especialista, mas quanto mais entende sobre onde está colocando seu dinheiro, mais seguro você se sente.
Busque conteúdos confiáveis, leia sobre finanças, converse com pessoas que também investem, e vá ganhando confiança aos poucos. A educação financeira é uma aliada importante no gerenciamento da sua carteira.
Importância de ter uma carteira de investimentos diversificada
Ter uma carteira de investimentos diversificada é uma forma muito mais tranquila e inteligente de cuidar do seu dinheiro. Quando você diversifica, está basicamente espalhando seus investimentos em diferentes lugares, tendo como escolha os mais seguros ou arriscados, mas com ganhos maiores.
A vida é cheia de imprevistos, e o mercado também. Uma ação pode cair, os juros podem mudar, o cenário econômico pode virar de cabeça pra baixo.
E é justamente nesses momentos que a diversificação faz toda a diferença. Se um investimento não estiver indo tão bem, outros podem estar segurando a barra, e isso ajuda a manter sua carteira mais estável.
Além de reduzir riscos, diversificar também abre espaço para aproveitar oportunidades. Você pode crescer aos poucos, com segurança, mas sem deixar de lado a chance de ganhos maiores em algumas partes da carteira.
No fim das contas, diversificar é uma forma de investir com equilíbrio, sem colocar sua paz em jogo. É cuidar do seu dinheiro com mais consciência e menos estresse.
5 dicas para montar uma carteira de investimentos diversificada
1. Conheça seu perfil antes de tudo
Essa dica já foi dada por nós no começo do texto, mas é sempre bom ressaltar. Antes de sair investindo, entenda como você lida com risco. Você se desespera com qualquer oscilação ou aceita um pouco de instabilidade pensando no longo prazo?
Saber se você é conservador, moderado ou arrojado é o primeiro passo para escolher os tipos certos de investimento. E montar uma carteira que te deixe confortável.
2. Tenha objetivos claros
Diversificar é ótimo, mas precisa ter um propósito. O que você quer alcançar com esse dinheiro? Uma viagem, a compra de um imóvel, aposentadoria, ou só guardar com segurança?
Cada objetivo pede um tipo diferente de investimento e um prazo diferente. Saber onde você quer chegar ajuda a distribuir melhor seus recursos.
3. Misture tipos de investimento
Uma carteira diversificada combina diferentes tipos de ativos. Por exemplo:
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Renda fixa (como Tesouro Direto ou CDBs) para mais estabilidade;
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Renda variável (ações, fundos imobiliários) para potencial de crescimento;
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Talvez até um pouco de exterior ou criptomoedas, se fizer sentido para você.
Essa mistura ajuda a equilibrar riscos e oportunidades.
4. Pense em prazos diferentes
Coloque uma parte do dinheiro em investimentos de curto prazo, que você pode resgatar fácil, e outra parte em opções de médio e longo prazo, que podem render mais com o tempo.
Assim, você não fica preso nem corre o risco de ter que tirar o dinheiro num mau momento.
5. Reavalie e ajuste com o tempo
Montar a carteira é só o começo. A vida muda, e seus investimentos precisam acompanhar isso. Reavalie sua carteira de tempos em tempos: veja se continua alinhada com seus objetivos e perfil.
Se algo estiver fora do equilíbrio, ajuste, sem pressa e com consciência.
Fontes: SPC Brasil; Conteúdos; Investing; Nomad Global