24 de setembro de 2021 - por Pedro Martoly
O Brasil deve conquistar aproximadamente R$3,6 trilhões em investimentos estrangeiros para projetos de infraestrutura sustentáveis e limpos. De acordo com o Estudo do Programa de Investimentos Verdes no Brasil (BGFP), o dinheiro será usado nos próximos 20 anos no País e o Reino Unido pode ser um dos aplicadores predominantes.
Vale lembrar que o Brasil não está em uma posição global significante de investimentos estrangeiros das Organizações Unidas (ONU). Portanto, a pesquisa realizada pelo BGFP demonstram pela primeira vez chances e valores de investimentos em geração de energia, iluminação pública, saneamento, transmissão e distribuição e refinarias de biocombustíveis, portos, hidrovias, ferrovias, gestão de resíduos sólidos, telecomunicações, transporte urbano.
Em casos como o de geração de energia com menor proporção de carbono, por exemplo, iriam custar R$968 bilhões em aplicações de investidores. Já todos os projetos envolvendo transportes públicos sem poluição seria indispensável um investimento de R$475 bilhões. Sendo assim, o meio ambiente seria beneficiado e também geraria um número superior a 2 milhões de empregos dentro desses 8 setores.
Envolvimento do Reino Unido
De acordo com o diretor associado da Carbon Trust no Brasil, João Lampreia, que tem parceria com o BGFP, os investidores do Reino Unido tem vontade de fazer aplicações em infraestrutura direcionada pelo Ambiental, Social e Governança (ESG).
Ou seja, se o Brasil se empenhar em atividades que resultem em um ambiente favorável irá possuir mais investidores britânicos. Ainda segundo João Lampreia, o maior centro global de gestão de investimentos do mundo é os Estados Unidos da América (EUA). Em seguida, o Reino Unido assume a posição sendo também o maior da Europa.
A Cidade de Londres, por exemplo, é um dos centros que mais se destacam em todo o Planeta. Principalmente para bancos privados e de aplicações em economia verde.
As dificuldades
Há vários fatores que impedem a atração dos investidores do exterior pelo Brasil. Como, por exemplo, riscos cambiais e de liquidez, elevação das taxas de desmatamento, leis trabalhistas complexas e complicação no ambiente tributário, sendo que não seria difícil resolver com uma reforma.
Outras barreiras que se destacam também são:
- Corrupção
- Influência política
- A ausência de clareza nas autorizações legais de infraestrutura
Ainda de acordo com o diretor associado da Carbon Trust no Brasil, João Lampreia, o Estudo do Programa de Investimentos Verdes no Brasil já foi revelado aos ministérios de Economia, Infraestrutura, Cidades e de Planejamento. Com isso, a expectativa é de o projeta seja seriamente analisado e aplicado.
Além disso, os investidores realizam aplicações no setor de infraestrutura do Brasil abaixo de 2% do Produto Interno Bruto (PIB).
Coleta das informações
Para conseguir todos esses dados, foram necessárias entrevistas em 22 organizações. Portanto, 11 foram realizadas no Brasil e as outras 11 foram feitas no Reino Unido.
Ademais dessas instituições, também foram alvos de pesquisas fundos de investimento, órgãos públicos, bancos, consultorias, entidades de ensino e pesquisa, ONGs e fornecedores de produtos e serviços para a indústria de infraestrutura.
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Fonte: Estadão
Imagens: Ekos Ambiental, Leverage Edu, Brazil HR