27 de outubro de 2021 - por Pedro Martoly
A inflação de produtos seminovos na indústria diminuiu a velocidade para 0,40% no mês passado. Essa informação foi divulgada hoje (27) pelo Índice de Preços ao Produtor (IPP).
De acordo com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatísticas (IBGE), no total, 20 das 24 operações analisadas mostraram uma alteração boa nos valores. Esse levantamento foi feito pelo próprio IBGE. Em agosto deste ano o Índice de Preços ao Produtor cresceu 1,89% e ao mesmo tempo as 24 mostraram ter obtido um aumento também.
Mesmo com uma certa redução no mês passado, o indicador continua com uma coleta de ganhos de 30,59% dentro dos últimos 12 meses. Do início deste ano até setembro houve um acréscimo de 24,08%. Sendo assim, o Índice de Preços ao Produtor mensura a alteração dos preços das mercadorias diretamente das fábricas. Por isso, não é levado em conta o impacto provocado pelos impostos e fretes. Portanto, só é considerado os preços ligados de forma direta à produção.
Efeito das crises
Em meio a pandemia do novo coronavírus, uma fração dos insumos das indústrias ficou com o valor mais alto devido ao aumento do dólar. Em contrapartida, o real se desvaloriza e o preços das commodities cresce. Dessa forma, força as companhias que precisam de produtos importados.
Além disso, a crise hídrica foi outro motivo que influenciou na intimidação para o setor industrial. Ou seja, a falta da chuva impõe o ligamento de usinas térmicas. Com isso, faz subir os gastos de criação e as bandeiras tarifárias de eletricidade.
Estratégias do Copom
Uma das táticas do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom) para controlar a inflação foi de subir a Selic, que é a taxa básica de juros. No entanto, com os juros elevados a procura fica afetada e prejudica as aplicações rentáveis das indústrias.
Com essa visão, é bastante esperada uma nova reunião do Comitê de Política Monetária do Banco Central (Copom). A assembleia dos envolvidos teve início ontem (26) e está prevista acabar hoje (27).
Diversas instituições financeiras como, por exemplo, bancos estrangeiros, começaram a perceber um aumento de 1,5 ponto percentual na Selic durante esta reunião. Por conta dessa alta, que já é muito maior do que a aguardada, a taxa pode saltar de 6,25% para 7,75% por ano. Especialistas do mercado financeiro também acreditam que esses números possam crescer ainda mais e chegar a 2 pontos percentuais nessa semana.
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