A pior experiência que já tive na Bolsa de Valores

17 de outubro de 2022, por Raul Sena (Investidor Sardinha)

Tempo de leitura médio: 2 min, 47 seg


Costumo dizer que existem dois tipos de investidores na Bolsa de Valores: o que já fez alguma cagada e o mentiroso.

Confesso que, quando comecei a investir, eu não sabia muito bem o que estava fazendo. Como consequência, acabei cometendo alguns erros.

Hoje, vou te contar qual foi o maior erro que cometi na Bolsa de Valores.

E espero te ajudar a não cair na mesma cilada.

A pior experiência que já tive na Bolsa de Valores

Meu começo na Bolsa de Valores

Quando comecei no mundo dos investimentos, em 2012, a realidade era bem diferente da atual.

Não havia tanto conteúdo gratuito e de qualidade como temos hoje, e os cursos que ensinam a investir eram raríssimos.

Na época, aos 19 anos, eu já tinha conquistado o cargo de diretor de um jornal na minha cidade, Goiânia (GO).

Uma das minhas funções era fazer o fechamento diário do índice Ibovespa e eu já tinha tomado gosto pelos temas de finanças e economia.

Os famosos “arrasta pra cima”

Num desses fechamentos, me deparei com um anúncio bem chamativo, com um texto do tipo: “ganhe dinheiro na Bolsa de Valores”.

Eu nem sabia a diferença entre trader, swinger e holder.

Mas acabei clicando no anúncio e assinando as recomendações de uma casa de análise de investimentos (research).

Terceirizando minha decisão

Como um “bom” iniciante, coloquei todo o meu dinheiro – muito pra quem só tinha 19 anos – nas duas ações que a casa recomendou: Banco do Brasil e Eletropaulo.

Ali cometi o erro de comprar ações sem pesquisar absolutamente nada sobre as empresas.

Afinal, os “especialistas” já tinha feito este trabalho por mim.

Claro que acabei perdendo dinheiro na Bolsa. Pouco tempo depois, o governo começou a se desestruturar e recaiu, sobre todo o país, uma grande ameaça de apagão de energia.

Quem foi mais penalizado? As estatais, claro.

Em poucos dias, perdi uns 20 ou 30% do valor investido. Vendi tudo e, alguns meses depois, a cotação já tinha voltado ao “normal”.

Prometi a mim mesmo que nunca mais iria investir em estatal, nem acreditar em casas de research.

Minha reação

Frustrado com a experiência, decidi ler uns livros sobre investimentos que tinha comprado há algum tempo: “Ações Comuns, Lucros Extraordinários”, de Philip Fisher, e “O Investidor Inteligente”, de Benjamin Graham.

Nas primeiras páginas, já percebi o quanto eu tinha sido burro.

O problema não estava na Bolsa de Valores, mas na minha própria burrice.

Eu cometi o maior erro que se pode cometer na hora de comprar uma ação: seguir o conselho dos outros e não pesquisar, a fundo, aquela empresa.

Depois disso, resolvi analisar, de verdade, minha primeira ação.

E aprendi como não errar nos investimentos.

Gostou do conteúdo? Então, não deixe de assistir ao vídeo acima (do canal Investidor Sardinha) em que detalho mais sobre essa minha péssima experiência com a Bolsa de Valores.

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E não deixe de conferir, também: Quem é Raul Sena?