Banqueiros se reuniram para controlar o dólar e VOCÊ

Você conhece a história de um grupo de banqueiros que se reuniram para criar o FED? Leia mais!

13 de dezembro de 2024 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)


Hoje, vamos falar sobre uma história de bastidores que parece saída de uma trama conspiratória, mas tem raízes bem reais: a famosa Conferência de Jekyll Island e os segredos por trás do nascimento do Federal Reserve, o Banco Central dos Estados Unidos.

Nossa narrativa começa em novembro de 1910, quando um seleto grupo de homens influentes foi convocado para uma reunião especial na costa da Geórgia. O anfitrião desse encontro foi Nelson Aldrich, senador republicano e, na época, chefe da Comissão Monetária Nacional. O objetivo era reunir as mentes mais brilhantes das finanças para encontrar uma solução para os problemas econômicos críticos daquele período.

Os convidados dirigiram-se a um resort extremamente exclusivo, acessível apenas à elite da sociedade. A escolha do local garantia discrição e privacidade, aspectos cruciais para o sigilo da reunião. Além disso, toda a viagem foi cuidadosamente planejada para não levantar suspeitas. Ninguém sabia exatamente para onde eles estavam indo. E, para despistar ainda mais, os participantes usaram codinomes ao chegar, preservando o mistério em torno do encontro.

Objetivo da reunião

Tudo isso aconteceu porque, durante essa reunião, eles traçaram os planos para uma das mudanças mais profundas no sistema financeiro dos Estados Unidos. Ao longo de dez dias, começaram a delinear a criação de uma instituição que trouxesse estabilidade ao sistema bancário.

A ideia era complexa: criar um sistema que, embora controlado por eles, não transmitisse a imagem de estar diretamente em suas mãos. Para que isso funcionasse, era essencial conquistar a opinião pública. Afinal, mesmo com o poder e a influência dos banqueiros, a narrativa estava nas mãos da mídia.

Foi então que eles começaram a analisar modelos ao redor do mundo e desenvolveram o chamado Plano Aldrich, que propunha um sistema descentralizado, mais eficiente e que interligasse bancos regionais. Em outras palavras, estavam dando os primeiros passos para a criação de um Banco Central.

Contudo, o segredo em torno desse encontro inevitavelmente gerou suspeitas, e, anos mais tarde, alimentou inúmeras teorias da conspiração. Muitos passaram a acreditar que o Federal Reserve foi criado não para servir ao sistema como um todo, mas para favorecer exclusivamente a elite financeira.

Plano sai do papel

Quando o Plano Aldrich foi apresentado ao Congresso, a reação foi imediata e marcada por resistência. Os parlamentares acusaram os envolvidos de tentar transferir o controle do sistema financeiro para os banqueiros de Wall Street. Como resultado, o plano foi revisado para incluir maior controle público e elementos de descentralização. Apenas após essas modificações é que a criação do Federal Reserve foi aprovada.

A conferência de Jekyll Island, portanto, marcou um momento histórico no sistema financeiro dos Estados Unidos. Séculos depois, o impacto daquela reunião ainda ressoa nos corredores do poder, influenciando debates sobre política monetária e o papel do Banco Central.

O mais interessante é que os americanos conhecem bem essa história e acreditam que os políticos da época barraram os interesses exclusivos dos banqueiros, criando uma instituição que daria mais poder ao Estado. Contudo, na minha visão, o que realmente ocorreu foi uma redistribuição do poder de uma maneira que favoreceu os banqueiros como nunca antes.

O que é fato e o que não é?

Mas, afinal, o que pode ser considerado verdade nessa história?

É fato que Aldrich organizou a Conferência em Jekyll Island; isso realmente aconteceu. E o que entra na esfera do exagero? A parte conspiratória, relacionada à ideia de uma conspiração bancária, pois não há evidências concretas que sustentem essa teoria.

O que se sabe, de forma comprovada, é que o Federal Reserve é, atualmente, uma entidade híbrida, com forte supervisão governamental. E, de fato, essa estrutura funciona assim.

Essa história, porém, oferece uma perspectiva interessante sobre os Estados Unidos. Muitas vezes, o Brasil é visto como o país do “jeitinho” e de práticas questionáveis. No entanto, essa narrativa nos mostra que episódios controversos não são exclusividade nossa. É, no mínimo, algo que vale a reflexão.

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