E se ELE ganhar as eleições?

5 de setembro de 2022, por Raul Sena (Investidor Sardinha)

Tempo de leitura médio: 3 min, 21 seg


As eleições estão chegando e a gente precisa admitir que o Brasil, de fato, está polarizado. De repente a eleição se tornou uma disputa que ela não deveria ser:

Uma disputa entre dois ideais de mundo.

O Brasil já tem um regime: somos uma República Federal Constitucional Presidencialista.

Isso significa que não deveria existir um diálogo se alguém pode ou não se tornar um ditador ou se alguém pode ou não fazer um país ser comunista.

Já passamos dessa fase. Mas, com a eleição chegando, essas fagulhas se acendem, e qualquer coisa que a gente diga pode ser mal interpretado.

Hoje eu vou escrever, especificamente, sobre o ponto de vista do investidor.

Imaginando os próximos anos, ainda faz sentido investir no Brasil?

E se ELE ganhar as eleições?

A eleição pode influenciar o mercado?

Algumas verdades precisam ser ditas, existem presidentes que são mais bem vistos ou mal vistos pelo mercado.

Existem políticas públicas que ajudam a economia e existem políticas públicas que atrapalham a economia.

Tudo isso é verdadeiro.

Mas diante de tanta gente catastrófica, eu vou me propor a fazer uma coisa diferente aqui.

Lembrar vocês da história do nosso país!

Nossa história

O Brasil tem 520 anos desde a chegada dos portugueses.

E temos 132 anos de república.

Nesse meio tempo tivemos 38 presidentes.

Os dois candidatos que provavelmente irão ao segundo turno, inclusive, já foram presidentes da república.

A primeira bolsa de valores do Brasil existe desde 1817 em Salvador, quando o Rio de Janeiro ainda era a capital do Brasil.

A B3, nossa atual Bolsa de Valores, existe desde 1890. Desde o Brasil império, ela está aqui antes da República.

Assim, a proposta é analisarmos a Ibovespa nessas últimas décadas para entendermos a resiliência das empresas brasileiras.

Afinal, olhar para o retrovisor nos proporciona um vislumbre do futuro muito maior que sucumbirmos aos ruídos da mídia.

  • 1994 – Abril de 1994 a Outubro de 1994

    Ibovespa saiu de 4.562,20 pontos para 4.797,90 pontos, alta de 5,17%. Após FHC assumir o governo, em seu primeiro ano de mandato o IBOV saiu de 4.353,90 para 4.299 pontos, queda de 1,26%. Já durante o período de seu primeiro mandato, o IBOV saiu de 4.353,90 para 6.784 pontos, alta de 55,81% durante 1995 a 1998.

  • 1998 – de Abril a Outubro de 1998

    IBOV teve uma queda de 39,65%. Ao FHC assumir o segundo mandato, o Ibovespa subiu 66,10% entre dezembro de 1998 a dezembro de 2002.

  • 2002 – de Abril a Outubro de 2002

    IBOV teve uma queda de 22,30%. Após Lula assumir o mandato em 2003, o Ibovespa teve uma alta acumulada de 294,69% entre janeiro de 2003 e dezembro de 2006.

  • 2006 – de Abril a Outubro de 2006

    IBOV teve uma queda de 2,73%. Após Lula assumir o segundo mandato em 2007, o Ibovespa teve uma alta acumulada de 55,83% entre janeiro de 2007 e dezembro de 2010.

  • 2010 – de Abril a Outubro de 2010

    IBOV teve uma alta de 4,66%. Após Dilma assumir seu primeiro mandato em 2011, o Ibovespa teve uma queda de 27,84% entre janeiro de 2010 e dezembro de 2014.

  • 2014 – de Abril a Outubro de 2014

    IBOV teve uma alta de 5,81%. Após Dilma assumir seu segundo mandato em janeiro de 2015, até o início do processo de impeachment, em dezembro de 2015, o Ibovespa teve uma queda de 13,31%.

  • De dezembro de 2015, até Michel Temer assumir a presidência, em 12 de maio de 2016, o Ibovespa subiu 19,50%.
  • Desde o início do Governo Temer, o Ibovespa subiu 47,48%.

Assim, olhando para o retrovisor, não parece que investir na B3 seja uma péssima ideia.

Gostou do conteúdo? Então, não deixe de assistir ao vídeo acima (do canal Investidor Sardinha) em que detalho mais sobre o rumo para o qual nossa bolsa de valores está se desenhando!

Aproveite e faça parte da nossa comunidade no Instagram (@oraulsena) pra ficar sempre por dentro dos investimentos e da Bolsa de Valores.

E não deixe de conferir, também: Ainda é possível viver de dividendos em 2022?