25 de novembro de 2024 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)
Muito tem se discutido sobre a nova proposta do governo para taxar os ricos, mas, na minha opinião, trata-se de pura enganação. Vou explicar por quê. Antes de mais nada, é importante deixar claro que essa é apenas a minha perspectiva, que vem de alguém com interesse direto no tema. Sou liberal e gestor de grandes fortunas, então, obviamente, estou analisando isso a partir do meu ponto de vista.
Dito isso, sempre procuro entender outras perspectivas e, dentro do possível, alinhar essas ideias aos meus próprios interesses. Agora, vamos ao que realmente importa!
A taxação dos super-ricos é uma farsa?
É impressionante como os brasileiros têm facilidade em acreditar em certas narrativas sem questionar os interesses por trás delas. Atualmente, a mídia não para de destacar a “taxação dos super-ricos”, mas vamos pensar um pouco: quem controla essas empresas de comunicação? Os clientes que gastam fortunas em comerciais são pessoas comuns ou os próprios super-ricos?
A resposta é clara: são os super-ricos. Então, por que eles apoiariam algo que, em teoria, vai contra seus próprios interesses? A verdade é que há um interesse estratégico por trás disso.
Desde 2020, assistimos a uma injeção desenfreada de moeda na economia global. E o que acontece quando tanto dinheiro é colocado em circulação em tão pouco tempo? Para a população mais pobre, o resultado é claro: uma perda expressiva do poder de compra e o impacto brutal da inflação. Já os super-ricos, com carteiras de investimentos diversificadas, proteção em ativos como ouro e dólar, conseguem manter ou até aumentar seu patrimônio, minimizando os efeitos da inflação.
Enquanto isso, os mais pobres enfrentam salários corrigidos de forma insuficiente, cortes nos gastos básicos e mudanças radicais em hábitos essenciais, como alimentação. As pessoas estão deixando de comprar até mesmo itens essenciais, o que reflete uma realidade alarmante. Esse cenário cria uma espécie de panela de pressão social, e a pressão está chegando ao limite.
Por que o governo quer taxar os ricos?
Quando a população percebe que a situação está cada vez mais extrema — preços altos, aumento da carga de trabalho, e a sensação de que seu esforço não reflete em qualidade de vida — surge inevitavelmente um sentimento de frustração. Essa percepção só aumenta ao observar que, para algumas pessoas, especialmente as mais ricas, parece não ter mudado absolutamente nada. Esse contraste cria um terreno fértil para revoltas, protestos e até mesmo movimentos mais graves de insatisfação social.
Diante desse risco, os políticos entram em cena com a necessidade urgente de evitar um colapso social, pois isso seria extremamente prejudicial para suas carreiras e para a estabilidade geral. É nesse contexto que surge a proposta de taxação dos super-ricos, vendida como uma solução mágica e estrategicamente bem trabalhada do ponto de vista de marketing.
A ideia por trás dessa medida é criar uma narrativa que alivie a tensão social. Ao taxar os super-ricos, passa-se a impressão de que eles também estão “pagando o preço” pela crise. Isso faz com que a população mais pobre, que sofre intensamente com a inflação e a perda de poder de compra, veja que não está enfrentando dificuldades sozinha. Essa sensação de que “estamos todos no mesmo barco” ajuda a reduzir a pressão social e evitar explosões de revolta.
No entanto, o ponto-chave aqui é entender que isso não é apenas uma política tributária, mas uma estratégia política e midiática. Trata-se de uma dinâmica entre os conglomerados de mídia, empresas com interesses alinhados ao Estado e os próprios governantes para manter a massa calma, direcionando o foco para uma medida que, no final das contas, pode não resolver os problemas estruturais da economia, mas serve para aplacar insatisfações imediatas.
É impossível tributar os ricos?
Embora muitos acreditem que é viável taxar os super-ricos de forma efetiva, a realidade é bem mais complexa. Mesmo que uma legislação desse tipo seja aprovada, é praticamente certo que os super-ricos já tenham preparado alternativas para se protegerem dessas medidas, e não é por acaso. Esse cenário é fruto de um alinhamento estratégico entre essa elite econômica e o governo.
Os super-ricos não apenas influenciam, mas muitas vezes moldam o sistema político. Eles financiam campanhas, criam vínculos com políticos e participam ativamente das decisões que afetam a economia e os impostos. Por isso, é difícil imaginar que aprovariam algo que pudesse prejudicar seriamente os próprios interesses.
Essa relação entre poder econômico e poder político faz com que medidas como a taxação dos super-ricos, apesar de parecerem justas e necessárias, muitas vezes não passem de uma peça cuidadosamente ensaiada. É um balé político e midiático que busca criar a sensação de mudança e justiça social, mas que na prática raramente atinge os objetivos esperados. Enquanto isso, a grande massa se sente contemplada, sem perceber que os verdadeiros impactos são mínimos ou até nulos.
Única saída
Enquanto você acredita que o próximo político eleito irá resolver essas questões, a realidade permanece inalterada. O problema central não é quem está no poder, mas sim a estrutura que permite e perpetua esses ciclos. A verdadeira solução para melhorar a situação do brasileiro está em reduzir os impostos e o tamanho do Estado. Enquanto o Estado continuar centralizando o controle e a gestão de recursos, ele seguirá sendo vulnerável à corrupção, porque, no fim, o Estado é composto por seres humanos — e todo ser humano pode ser corrompido.
Essa é a dinâmica: dizem que vão taxar os super-ricos, criam manchetes que vendem essa ideia, mas, na prática, isso não acontece. É puro discurso para agradar a maioria. Os verdadeiros ricos, aqueles que dominam as engrenagens econômicas e políticas, sempre encontram formas de escapar. Eles conhecem as brechas, os caminhos e, principalmente, como influenciar o sistema a seu favor.
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