23 de julho de 2024 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)
A geração Z, que são os nascidos entre 1997 e 2012, está consumindo cada vez menos álcool; essa geração bebe 20% a menos que os millenials da geração anterior. Por isso, vale se questionar,isso é um risco para a AMBEV?
Os número da empresa são sólidos, mas essa mudança de comportamento é inquestionável e pode causar dúvidas sobre o futuro da produtora de cerveja. Mas até que ponto isso pode ser ameaçador?
Realidade da AMBEV em números
A AMBEV (ABEV3) tem distribuído 6,42% de dividendos nos últimos 12 meses. A dívida líquida da empresa é de 9 bilhões e no geral, os números muito positivos. Nos últimos 10 anos, seu crescimento tem sido consistente e contínuo.
Um dos poucos pontos negativos é com relação ao tag along que é de 80%. O que significa na prática? Caso a empresa seja comprada e que ofereçam R$100 por ação, nesse caso você receberia apenas R$80 e o controlador receberia 20% a mais. Essa é uma prática antiga de mercado, apesar de ser aceitável quando dentro dessa margem de até 80%.
De acordo com a fórmula de Graham e pelo método Bazin, o preço das ações atualmente é justo. Além disso, a empresa paga dividendos com determinada frequência, o que também é positivo.
Por isso, a AMBEV é uma ótima empresa para se investir.
Redução no consumo de álcool é risco para a AMBEV?
De acordo com dados do Relatório Covitel de 2023, os jovens entre 18 e 24 anos que consomiam álcool três vezes na semana, caiu de 10,7% (dado anterior à pandemia), para 8,1% (período pós-pandemia).
A indústria está atenta a esse movimento e tem investido cada vez mais nas cervejas sem álcool. As vendas em bilhões estimada para daqui 4 anos é de R$51,2 bilhões, um aumento expressivo considerando que a projeção de vendas para este ano é de R$37,2 bilhões.
No entanto, apesar da alta, as cervejas sem álcool não representam muito da receita das empresas. Fato que comprova isso, é que a AB INBEV, empresa global da Ambev teve uma queda de US$1,5 bilhão na América do Norte em 2023.
Na contramão disso, todas as marcas de cerveja sem álcool tiveram crescimento de 10% nesse mesmo período. Inclusive, a presença da bebida tem sido cada vez mais frequente no ambiente esportivo.
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Maior investimento nas cervejas sem álcool
Diante desse cenário, a AMBEV informou que até 2025 cerca de 20% das bebidas produzidas serão sem ou com baixo teor álcoolico.
A tendência se confirma também do outro lado do globo. No Japão, a cervejaria Asahi prevê que as bebidas sem álcool representem até 50% de suas vendas até 2040.
Voltando ao cenário brasileiro, a Heineken é a opção favorita dos consumidores entre 26 e 35 anos e também para os acima de 56 anos. Além disso, a empresa prevê o investimento de R$80 milhões para incrementar a produção da bebida zero.
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Mudança de consumo não representa risco para a Ambev
Apesar de todas as mudanças, isso não representa um risco real para a empresa já que ela está sempre atenta ao mercado e sempre se reiventando para atender as necessidades de seus consumidores. E inclusive, tem investido em novas bebidas e sabores para agradar o público da geração Z, claro, sempre pensando em bebidas com zero ou baixo teor alcoólico.
Será que o Raul ainda tem a AMBEV (ABEV3) na carteira dele? Se quiser descobrir, só assistir ao vídeo completo!
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