16 de setembro de 2024 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)
Os problemas financeiros estão entre as principais causas de divórcios no Brasil. Isso ocorre porque, durante o namoro, esse é um dos temas mais evitados. Muitas pessoas sentem vergonha de revelar sua real situação financeira e acabam não abordando o assunto. No entanto, discutir finanças é crucial para o futuro do relacionamento, e hoje vou compartilhar algumas dicas para casais sobre como lidar com o dinheiro, evitando assim o risco de um divórcio no futuro.
Em 2018, um estudo do IBGE revelou que 60% dos divórcios no país foram motivados por questões financeiras. Esse dado demonstra o quanto o tema é preocupante. Muitos casais evitam falar sobre dinheiro durante o namoro ou noivado, e só depois do casamento a realidade financeira se torna evidente. É nesse ponto que muitos conflitos surgem, levando, em casos extremos, à separação. Por isso, é fundamental que o diálogo sobre finanças seja aberto e honesto desde o início do relacionamento, e hoje vou compartilhar algumas dicas que podem ajudar nessa jornada.
Falem sobre dinheiro
Desde o namoro, é essencial que o casal converse sobre dinheiro, discutindo a situação financeira atual, quanto cada um ganha e quais são as expectativas para o futuro, além de compartilhar sonhos e metas. Assim como o diálogo sobre filhos, essas conversas envolvem diretamente a vida financeira do casal, e abordar esses temas desde o início pode evitar surpresas e desentendimentos mais tarde.
Feito isso, outro ponto que deve ser debatido é com relação às despesas da casa. Existem três formas mais comuns de fazer isso, são elas:
- Divisão Igualitária: Ambos os parceiros contribuem com uma quantia igual para as despesas do lar.
- Divisão Proporcional: Cada um contribui com uma porcentagem do seu salário, com base no total de receitas da casa.
- Responsabilidade Compartilhada: Um parceiro cobre as despesas principais, enquanto o outro cuida de gastos menores e pessoais.
É importante que ambos entendam que, após o casamento, o dinheiro deixa de ser algo exclusivo de um ou de outro. Por exemplo, se a mulher do casal tem um bom controle financeiro e enriquece, isso também beneficia o marido. Se ela planeja uma viagem, ele também desfrutará dessa experiência. Se ambos estão usufruindo dos benefícios juntos, o dinheiro deve ser visto como algo compartilhado.
Em casos em que uma das partes ganha significativamente mais que a outra — digamos, dez vezes mais — uma maneira equilibrada de lidar com isso é somar os rendimentos, pagar as despesas da casa, investir uma parte do dinheiro e, depois disso, cada um pode usar o restante como preferir.
Invistam juntos
Se vocês ainda não tem um patrimônio, é muito importante tirar uma parte desse dinheiro para investir, para que conquistem seus sonhos e desejos ao longo do tempo. Agora, se vocês não tem objetivos em comum, se desejam coisas completamente diferentes e separadas, isso deve ser comunicado claramente. Afinal, não existem casais com nenhum nível de compartilhamento.
E, caso perceba que o seu companheiro(a) não está colaborando, não quer conversar sobre isso, recomendo seriamente que você se separe dessa pessoa. Ou, se já for casado, que vá até um cartório e modifique o regime de casamento para separação total de bens. Porque as chances de você ter problemas lá na frente são grandes.
Se a pessoa não quer conversar sobre assuntos complexos, quando acontecer alguma situação séria isso vai se repetir. Isso significa que essa pessoa não é um bom parceiro (a). Então, se você tem um parceiro ou parceira que está indo na direção contrária, reflita se vale a pena continuar com essa pessoa.
Organizando orçamento doméstico
Vamos supor que você ganhe R$4000 por mês. Você pode dividir seu orçamento da seguinte forma:
- Custos Fixos: Despesas essenciais que você não pode evitar, como aluguel e contas básicas.
- Conforto: Gastos que tornam sua vida mais confortável, mas não são essenciais, como assinaturas de streaming e refeições fora.
- Metas: Economias para objetivos futuros, como viagens ou grandes compras.
- Prazeres: Despesas com atividades que trazem prazer, como cinema e restaurantes.
- Conhecimento: Despesas com cursos, livros, treinamentos.
- Liberdade Financeira: Investimentos e reservas financeiras. Recomendamos alocar pelo menos 25% da sua renda nessa parte.
No entanto, cada caso é um caso. É muito importante ter essa organização. Se seus custos fixos são mais altos do que o recomendado, ajuste as outras categorias como a dos prazeres e conforto. O importante é garantir que você esteja poupando e investindo o suficiente.
Se você não tem reserva de emergência, inclua isso na categoria de liberdade financeira até que você tenha pelo menos seis meses de despesas cobertos.
Busque melhorar sempre
É muito importante que você busque sempre melhorar e evoluir. Principalmente quando se trata das finanças para casais. Para isso, você pode invistir em conhecimento e desenvolvimento pessoal com cursos e livros pois isso é essencial para aumentar sua renda no futuro.
Essas são algumas das dicas sobre finanças para casais que casais que considero extremamente importantes e que podem te ajudar a ter um casamento feliz e estável financeiramente.
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