8 de julho de 2024 - por Raul Sena (Investidor Sardinha)
Com a Ibovespa caindo e essa crise se acentuando cada vez mais, vou falar sobre onde estou investindo meu dinheiro para me proteger dessa situação, e quais estratégias estou utilizando para isso.
Onde investir com a Ibovespa caindo?
Recentemente, o Ibovespa teve uma queda de -7,58%, muito maior em relação aos anos anteriores. Em comparação à S&P 500, a bolsa americana que subiu 15,58% em 2024, nosso cenário não é otimista. Muitos inclusive acreditam que migrar para a bolsa de valores americana é a resposta.
Porém, é importante entender que o índice brasileiro é muito diferente do americano. O S&P 500 inclui as 500 maiores empresas americanas, enquanto o Ibovespa é baseado em volume negociado e tem regras que não refletem necessariamente o desempenho das empresas mais valiosas.
Há um consenso, inclusive, entre os investidores mais antigos, que dizem que o Ibovespa reflete o desempenho médio dos especuladores brasileiros, e não o dos próprios investidores.
O mesmo vale para os fundos de investimento, já que muitos ainda terceirizam a responsabilidade de seus aportes para grandes gestores, sem se darem conta do quão prejudicial pode ser para a carteira, graças às taxas de administração e performance.
- Veja também: Crise na China: Como isso pode te afetar?
Como está a rentabilidade da minha carteira?
Enquanto a Ibovespa experimenta essa queda, a carteira que criei para o “Investidor Sardinha”, com um patrimônio total de R$ 5.60 milhões e 34% deles na bolsa de valores brasileira, cresceu 11,15% desde o início de 2024. E o segredo por trás dessa proteção está na diversificação.
Minha carteira internacional, por exemplo tem uma rentabilidade de 32%, enquanto o S&P 500 cresceu 14,57%. Isso foi possível devido à diversificação e à compra de ativos que fazem sentido na carteira, mesmo em momentos de crise.
Como montar uma boa carteira de investimentos?
É comum o investidor iniciante se basear em boatos e conselhos de terceiros para investir, fazendo aplicações de maneira aleatória, de empresas em queda livre até criptomoedas, e acabar vendo seu desempenho ir para o ralo.
Nessa hora, ele acaba recorrendo à renda fixa para salvar um pouco do que sobrou. O problema é que agir dessa forma, sem estratégia, só vai fazer a pessoa perder tempo e dinheiro.
Portanto, para evitar que isso aconteça, vou compartilhar uma estratégia bastante simples para quem está começando. Por exemplo, imagine que você decide dividir seus investimentos em 50% Bitcoin e 50% renda fixa. Essa não é uma recomendação, mas uma forma de ilustrar como balancear uma carteira.
Se o Bitcoin valoriza muito, ele pode se tornar 70% da sua carteira. Nesse momento, faz sentido comprar mais renda fixa para voltar ao equilíbrio de 50/50. E vice-versa, se o Bitcoin cair, você compraria mais Bitcoin. Esse método ajuda a manter a carteira equilibrada, comprando na baixa e evitando comprar na alta.
Se aliar à essa estratégia a avaliação da qualidade dos ativos que você quer adquirir, as chances de seus investimentos darem mais certo são maiores do que agir de forma aleatória ou seguir conselhos de terceiros.
Dá uma olhada neste meu vídeo onde explico melhor a estratégia de sempre comprar ativos na baixa:
- Veja também: Carteira diversificada: o que é e como montar uma?
Quando investir em cada tipo de ativo?
Com base na estratégia citada anteriormente, criamos então um sistema que permite definir a porcentagem em cada tipo de ativos. Nesse sistema, é possível cadastrar cada item da carteira, e avaliar a qualidade de cada um. Além disso, é possível automatizar novos aportes com apenas alguns cliques.
Para ter acesso à esse e outros recursos da AUVP, a nossa escola de investimentos, faça a sua análise de perfil. Se receber aprovação, além de utilizar um sistema inteligente para a gestão de seus ativos, você vai aprender a investir no Brasil e no mundo inteiro e escapar da crise.
E para ficar por dentro das principais informações do mercado financeiro, acompanhe os conteúdos do canal @investidorsardinha e do perfil @oraulsena no Instagram.
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